Ele Não É Quem Você Pensa Que É. escrita por ScissorsandCoffee


Capítulo 2
Sem a luz do sol.


Notas iniciais do capítulo

Olá suas lindonas ♥
Já tão sabendo que só amanhã minha semana de provas acaba, de qualquer forma eu já estou aqui postando!
Espero que realmente gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/378008/chapter/2

POV Jade.

Contorci-me no banco do carro. As cólicas das primeiras semanas estavam chegando. Oh Deus, era tudo isto de novo... Pelo menos teria Beck ao meu lado outra vez. Não que estivesse desrespeitando o carinho que o idiota do Jonas havia me dado nesta época, mas eu realmente queria quem me amava por perto para ver toda aquela coisa acontecer.

Dessa vez seria um menino ou menina? De qualquer forma, Liz não ficaria mais sozinha... A cada minuto eu adorava mais ainda esta ideia.

Um trovão acabou com a linha do meu pensamento. Olhei para o céu que havia ficado cinza de uma hora para a outra e estava começando a chuviscar.

- Jonas, estamos neste carro há horas... 

- Estamos na estrada apenas por 40 minutos. – Ele respondeu conferindo o relógio. Eu olhei ao redor e notei uma estrada cinzenta deserta e uma rua sem placas. Estávamos fora da cidade.

- Eu tenho que voltar para casa agora! Onde é que tá me levando? Me diz logo! – Eu tinha a minha Lizzie dormindo no sofá e provavelmente ela acordaria antes de Beck chegar. Não poderia correr o risco de deixá-la sozinha em casa.

- Jade parece que você está enjoada. – Ele respondeu depois de alguns segundos ignorando minha pergunta anterior.

- Eu estou com cólicas. – Eu respondi com raiva. Ele voltou a ficar quieto.

POV Jonas.

EXCELENTE!

Pensei em passar em uma lanchonete por perto para fazê-la comer alguma coisa com um remédio de dormir, então o restante do plano funcionaria. Mas minha bobinha estava com cólicas e então tudo ficava mais fácil. Tentei ser casual.

- Você é do mesmo tipo sanguíneo que a Tori?

- Não. – Ela estranhou  a pergunta  me fitou com uma cara de dor. – Por quê?

- Pois eu lembro que ela comprou um remédio para entorpecer a dor, daqueles comprados por 10 dólares numa farmácia e o deixou aí no porta-luvas. Ela disse que não funcionava nela por causa do seu tipo sanguíneo. Com você deve funcionar.  – Inventei qualquer baboseira. Jade pareceu interessada e procurou pelo frasquinho roxo no porta-luvas.

- É este daqui?

- É sim. – Sorri. – Se quiser pode mastigar é do mesmo efeito.

Ela assentiu e pegou uma pílula cor-de-rosa. Jade mastigou rapidamente o remédio. Sorte que ela não tinha estranhado o fraco estar sem rótulo. Mas agora só era uma questão de tempo para funcionar. Ela cairia num sono profundo de 10 horas.

Os minutos seguintes foram meio atordoantes para mim: se o remédio não funcionasse isto nunca daria certo e tinha riscos de meu plano ser descoberto por ela. Fiquei-a observando pelo canto do olho.

Primeiramente ela se remexeu outra vez no banco e jogou a cabeça para trás, murmurando alguma coisa como: ‘estou com sono... ’ E ela passou mais dois minutos olhando pesadamente para a estrada. Finalmente havia fechado os olhos.

- Isto! – Murmurei. Agora tinha que ter a certeza que ela realmente havia dormido.  Acelerei o carro e fui para 90 km por hora, 150, e finalmente 200 km por hora. Não tinha fiscalização por aqui e nenhum outro veículo, ou até mesmo um posto de gasolina nas redondezas... Estava tão deserto quanto às estradas que se encontravam no Texas. E durante todo o percurso Jade nem se mexeu.

Dirigi por mais meia hora e minha bobinha não fez barulho algum. Tinha dado certo, havia chegado ao ponto marcado e Jade estava dormindo. Adam me disse que era um galpão vazio que antigamente funcionava como uma fábrica enorme, mas estava abandonado há uns 30 anos e ninguém mais se lembrava da sua existência. Era um pouco longe da estrada, de modo que passei uns 10 minutos dirigindo em cima do cascalho e terra molhada sem que a Jade acordasse. O bom era que ninguém iria procurar por aqui.

Quando sai do carro e olhei ao redor para me certificar de que nenhum caminhão estava passando na estrada (que havia ficado lá em cima) e não tinha realmente ninguém por perto. Fui até as grades enferrujadas do portão e dei um chute com o pé... E como eu havia previsto, elas apenas se abriram. Sorri com o feito e decidi vasculhar o local.

Se tivesse alguma coisa viva ali dentro poderia ser apenas ratos. Nunca houve casos de sequestros, assassinatos ou descobertas de corpos por esta área do mapa. Então era outro motivo para ninguém vim procurar Jade West por aqui.

O galpão tinha dois andares. Na primeira parte o chão havia sido engolido pela vegetação rasteira e agora só havia mato ao redor do ferro velho. Tinha uma escada que levava para o segundo andar e estava tão enferrujada quanto quebrada no corrimão e em partes de alguns degraus.

Subindo por ela havia dois escritórios, um bem pequeno e com a porta arrancada e outro que se encontrava fechado. Girei a maçaneta e a porta se abriu... Era perfeito. Os garotos contratados por Adam trocaram a fechadura e deixaram a chave na porta.

O chão ainda era de cerâmica branca, só que pelo tempo havia ficado amarelada. Havia uma mesa de escritório de madeira vazia e uma cadeira que deveria estar coberta de teias de aranha. Tinha uma janela pequena ao lado que dava para ver o chão. E oh sim, um pequeno lago que estava enchendo cada vez mais pela ação da chuva. Acho que era um afastado demais do lugar que era para realmente ficar.  No chão e encostado a parede, tinha um colchão grande de anos atrás e que não deveria estar ali. Mas tudo bem. Em um dos meus braços eu tinha uma mala com algumas coisas e eu a joguei em cima do colchão. Quando fiz isto a poeira subiu e eu comecei a tossir, então decidi abrir a janela que se encontrava emperrada, pelo menos metade dela havia se aberto.

Eu tinha um bilhete para Jade guardado em um envelope branco e o coloquei em cima da mala. Desci e fui para o carro, atrás de minha bobinha que ainda dormia como anjinha.

Peguei Jade no colo ao estilo noiva e até quando subi as escadas ela nem se moveu. Achei que já tivesse morta. Quando cheguei ao quarto a sentei em cima do colchão e ela continuou dormindo. Peguei as algemas.

Adam disse que um de seus garotos havia deixado um martelo, uma corrente e alguns pregos grandes na gaveta da mesa. Logo a achei em meio a alguns papeis envelhecidos pelo tempo. Ouvi o trovão lá fora enquanto martelava ao lado do colchão. Amarrei a corrente e continuei a martelar, depois enganchei a algema na corrente de modo que não saísse, e prendi um braço de Jade.

Era realmente cruel, coisa de outro mundo e devastador. Principalmente para eu estar fazendo isto. Mas eu era esperto e montei isto de modo que minha mente não tivesse a consciência pesada (mesmo se tratando da morte de Jade). Eu iria passar um tempo com ela aqui, então chamaria os caras de Adam e eles vistoriariam  Jade enquanto eu estivesse na cidade, e ficaríamos revezando este turno. Eu iria tirar fotos dela (que provavelmente já teria sido... digamos numa linguagem menos agressiva... ‘acabada’ pelos caras) e mandaria em anonimato para Beck. Ficaria nesta durante algum tempo, até que Adam chegasse e escolhesse o que iria fazer com Jade.

Ele  já havia escolhido por várias outras garotas... Então eu não iria me sentir culpado por nada. Quem deveria se arrepender seria Jade.

Olhei para ela algemada na parede. Pobrezinha... Dava até dó. Mas quem mandou mexer com o nome de minha família? Quem mandou ela me enganar? Afinal eu sou o único que poderia fazer isto com ela.

O caso é que agora a barra estava limpa para mim. Primeiramente eu já tinha o novo material que Jade havia gravado e então o meu seguinte CD com a voz perfeita dela já estava pronto. Os tabloides iriam me perguntar o que havia acontecido com minha mulher e eu inventaria uma história tristonha de desaparecimento e toda Londres sentiria pena de mim, me tornando mais famoso ainda. Meus pais iriam ser enganados também por esta história e não iriam ver que estavam certos ao me dizerem que não era para casar com uma grávida de outro. Afinal, minha doce e linda amada havia desaparecido. E eu ainda tinha um bônus, pois Beck iria ver a notícia de que sua Jade estava fora do mapa e receberia constantemente mensagens no celular com fotos anônimas do estado dela. Então se cansaria disto e voltaria acabado para Los Angeles, o melhor de tudo é que a guarda de Liz seria minha... Pois eu não havia assinado o divórcio, a garota estava comigo desde quando nasceu e apenas algumas semanas com Beck. Para os jurados ele ser pai verdadeiro dela não importaria, saberiam que eu era o cara que estava sofrendo com a perda da minha mulher e eu tinha direitos de ficar com Liz para mim. E finalmente poderia dizer a Tori Vega que havia me arrependido por ter feito aquilo... E pela as histórias que Jade me contava quando estava no colegial, era bem óbvio que Tori e ela lutavam para ver quem era  a melhor. Então poderia dizer a ela que nunca amei Jade de verdade e que Tori era bem melhor do que ela em tudo. E não teria mais dúvidas, minha morena voltaria a ser minha.

Tudo era um plano perfeito... Bastava Jade sair do mapa.

Foi com este pensamento que eu deixei o galpão e voltei para a cidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que pensam sobre isto?
Putts, o que vai acontecer agora, hein?
Pobre Jade, não sabe nem a encrenca que se meteu ao aceitar sair com Jonas... Ele realmente não presta.
Mandem reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ele Não É Quem Você Pensa Que É." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.