Só Por Uma Noite escrita por Gossip Girl


Capítulo 2
Apaixonada


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.



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'Mas você me conhece eu faço tudo errado, tudo errado.'

Alice Narrando:

Acordei no outro dia com o meu celular tocando. Resmunguei alguns palavrões enquanto procurava o iPhone que estava no meio dos cobertores. O toque cessou, e eu encontrei o iPhone. Olhei para a tela, 7:55 am. PQP! Quem acorda a esta hora em um dia de sábado? Olhei para o telefone novamente, haviam 3 chamadas perdidas... De Carla! Novamente o celular tocou, merda! Rejeitei a chamada e desliguei o celular. Enfiei o rosto no travesseiro. Me remexi, virei de um lado, virei de outro, mas o sono não vinha. O meu propósito, claro, era voltar a dormir, mas depois de ser acordava e ficar minutos de olhos abertos com aquela claridade, é claro que o sono vai embora! Resmunguei mais palavrões. Culpa da Carla! Me arrastei até o banheiro. Me despi e entrei de baixo do chuveiro. Terminei de tomar meu banho e me vesti.

Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=86010022&.locale=pt-br

Desci as escadas e fui até a cozinha. Já preparavam meu café da manhã. Esperei por pouco tempo até ele ficar pronto, me sentei e comecei a comer. Terminei de tomar café e sai. Fiquei na porta de casa, sentei na calçada. Esperei por nada, o tempo estava frio, mas um frio agradável. Fiquei por um bom tempo ali. Ultimamente o que eu mais estava fazendo era ficar pensando, pensando na minha vida, nos meus pais, nos meus amigos, na minha rotina, e principalmente nele. Olhei para o lado e o vi ali, sentando.

Pedro: Pensando? - Ele perguntou.

Alice: Ultimamente é o que eu mais tenho feito! - Respondi, e logo em seguida suspirei.

Pedro: Problemas?

Alice: Antes fosse.

Pedro: Então o que é?

Eu não respondi, não disse nada, não fiz nenhum movimento, nenhum gesto, mas a final, o que eu faria? Eu não posso simplesmente falar Eu estou apaixonada por você, mas você não dá a mínima pra mim, óbvio que eu não diria isso. Ele me fitou, acho que procurava o que dizer, ou o que interrogar, quando finalmente encontrou o mesmo continuou.

Pedro: Problemas com o coração?

Alice: Por que você se importa tanto?

Pedro: Não gosto de ver as pessoas tristes.

Alice: Claro, porque eu sou somente uma dessas pessoas. Não vivo com você, não sou sua amiga, nem pareço ser sua colega. Se eu for embora agora, pra uma outra cidade, um outro estado, um outro país, você não se importaria. Posso ir e vim, passar na sua frente, ou não. Você não liga. Por que mesmo você está conversando comigo? - Perguntei com indiferença, e ele hesitou, até achei que ele não ia falar nada. Ótimo Alice, você é mesmo uma idiota!

Pedro: Desculpa.

Alice: Não, eu que te peço desculpa. Foi mal a grosseria. - Ele ficou olhando para o celular, começou a mexer nele, acho que estava escrevendo uma mensagem.

Pedro: Tenho que ir. - Ele me olhou e deu um tchau com a mão, saindo logo em seguida. Como eu conseguia estragar tudo desta forma? Eu sou uma idiota! Pensei novamente.

Me levantei e comecei a andar. Estava frio, eu estava sentindo frio. Sem nem eu perceber, lágrimas rolavam pela minha face. Suspirei pesadamente limpando meu rosto, tentando enxugar as lágrimas. Fui até uma parquinho que havia ali perto. Sentei no primeiro banco que vi. As lágrimas ainda caiam, fiquei ali por um tempo, até eu parar de chorar. Sequei meu rosto novamente, e fiquei por ali. Logo de longe enxerguei Diego, ele vinha na minha direção. Eu fiquei ali parada, tudo que eu fiz foi levantar minhas pernas, e coloca-las em cima do banco, abraçando-as, encolhida no banco. Diego veio e se sentou ao meu lado.

Diego: Tem algo pra falar?

Alice: Por que eu teria?

Diego: Está tão distante ultimamente.

Alice: Eu sei. - Respirei fundo. - Você já se sentiu como se estivesse, não sei.. cansado da sua vida? Como se sua vida fosse toda programada, como se você estivesse em uma rotina e não tivesse como muda-la? Como se você fizesse tudo errado?

Diego: Não sei, eu nunca tive tempo para pensar nisso, sabe por que? - Ele perguntou e eu fiz que não com a cabeça, então ele prosseguiu. - Porque eu sempre tive amigos, amigos que tornam a minha vida doida do jeito de é. Você acha mesmo que o Tomás deixa eu pensar em alguma coisa com aquelas palhaçadas dele? - Eu ri com o comentário. - Eu vou indo, tenho que encontrar a Roberta. Você fica bem loira?

Alice: Sim, tchau! - Ele fez um tchau com a mão e saiu.

Fiquei ali por mais um tempo, e depois sai andando. Não sabia ao certo par aonde eu estava indo. Andei até uma sorveteria que fica perto. Entrei e me sentei em uma mesa. Esperei até ser atendida, mas antes disso vi Pedro na frente da sorveteria, ele parecia que ia entrar. Suspirei pesadamente. Como eu esperava, ele entrou e para minha surpresa foi até a minha mesa.

Pedro: Oi de novo. - Sussurrei em resposta, e ele continuou. - Posso sentar?

Alice: Fique a vontade. - Pedro se sentou. Ficamos em um silêncio constrangedor por um tempo, mas resolvi quebra-lo. - Então.. Me desculpa mesmo por hoje de manhã, eu estava... Não sei, minha vida anda complicada.

Pedro: As vezes dividir ajudar.

Alice: É, pode ser, mas não hoje. - Antes de um de nós dois poder falar algo uma garçonete apareceu para anotar os pedidos. Pedi um sorvete de morango, e quando eu olhei para Pedro para perguntar de que ele iria querer, o mesmo disse que tinha que ir pois ele precisava encontrar. Heloisy (a namorada dele). Ele me deu um tchau, e deixou o número de telefone dele, pra podermos falar mais tarde. Suspirei pesadamente, e vi que a garçonete ainda estava alhi. Ela me ohou.

Garçonete: Você gosta dele.

Alice: Não.

Garçonete: Foi uma afirmação, não uma pergunta. Você gosta dele. - Suspirei pesadamente, estava tão óbvio assim? - Não deixe ele escapar, diga logo que o ama. As vezes a melhor hora, pode ser tarde de mais. - Ela saiu, e me deixou pensativa. Respirei fundo e sai, deixando o sorvete ali.

Fui para casa pensando, talvez eu devesse seguir o conselho dela... Ou não. Entrei dentro de casa e subi as escadas, quando abri a porta do meu quarto me deparei com Carla e Roberta esparramadas na minha cama. Logo que me viram elas começaram a fazer várias perguntas, uma atrás da outra.

Alice: Ei, ei, calma. Uma pergunta de cada vez.

Roberta: Primeiramente, onde você estava?

Alice: Na sorveteria.

Carla: Por que faltou os dois últimos horários ontem?

Alice: Eu, bom... Eu é... Eu não estava bem.

Roberta: Aham, e o que você tinha? - Perguntou desconfiada.

Alice: Cólia. - Respondi, ou melhor, menti rápido.

Carla: Por que não tomou remédio?

Alice: Eu esqueci em casa. Pronto, acabou?

Roberta: Por enquanto sim.

Carla: Mas e ai garotas. - Eu me joguei na cama ao lado das meninas, e logo Carla continuou a falar. - Fim de ano, baile de formatura... Eu vou com o Tomás. - Falou e suspirou, patético.

Roberta: Óbvio que eu vou com o Diego. - Disse e repetiu o que Carla havia feito.

Carla: E você Alice?

Alice: Eu? Não sei.

Roberta: Qual é, vários garotos vão te convidar, você não tem em mente ao menos um que queira ir?

Carla: Ela tem sim Robs! - Carla se intrometeu e elas riram.

Roberta: Tá caidinha pelo Pedro não é? - Elas gargalharam de novo.

Alice: Isso, falem mais alto, deixem o meu vizinho escutar!

O resto da tarde passou assim, as garotas me zoavam, e riam. Ficamos ali fazendo palhaçadas e discutindo como achávamos que ia ser o baile e o que queríamos que acontecesse nele. Falamos sobre vestidos, roupas em geral e até no que queríamos fazer nas férias. De noite as garotas foram embora. Fiz minha rotina, me arrumei para dormir. Olhei para o papel em cima do meu criado mudo. Peguei meu número e comecei a escrever uma mensagem. Abri a cortina, mas voltei e sentei na cama, esperando uma resposta.

A: Eu só queria pedir desculpas novamente pela minha grosseria. Espero de verdade que você não tenha de chateado. 

P: Tudo bem, pode ter certa de que eu não fiquei chateado.

Olhei pela janela e sorri para ele, que contribuiu o sorriso. O celular emitiu um toque, eu olhei e vi uma nova mensagem, que logo foi respondida.

P: Boa noite.

A: Boa noite.

Olhei para ele, que apagava a luz do quarto. Me levantei e fiz o mesmo. Puxei a cortina e me deitei para dormir.

'Mas você me conhece eu faço tudo errado, tudo errado'

Continua...


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Notas finais do capítulo

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