Just A Game escrita por Weasley Malfoy, Angel Herondale


Capítulo 6
What the Hell


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁ
Me desculpem mesmo a demora. Mas cheguei esse final de semana de viagem e as aulas já começaram. Delicia isso, não?
Eu respondo: não.
De qualquer forma, aqui está o cap narrado pela Rose! Ainda não tive tempo de corrigir, então já peço desculpas por qualquer erro. Eu vou reler mais tarde e corrigir qualquer coisa ;D
Enjoy
Ruiva



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A semana em Hogwarts passou bem rápido, e o único assunto que se ouvia naquela sexta na escola era: O final de semana em Hogsmade.

– É serio, vocês não tem nenhum outro assunto? Quero dizer, somos um total de 1400 alunos em uma escola mágica com um mundo inteiro para se aventurar e a únicas palavras que conseguem falar é sobre quem vai pegar quem em um vilarejo frio que vamos pelo menos milhares de vezes ao ano? – Eu digo me manifestando pela primeira vez na conversa entre as aulas.

Angel, Nina e Safira me encaram como se eu tivesse sérios problemas. E o pior de tudo é que sim, eu tenho sérios problemas.

– Nossa, alguém acordou animadinha hoje... – Safira diz de um modo que não sei porque me irrita mais do que deveria. – Você mesma sempre participa dessas conversas, o que deu em você Rose?

– É, acordou naqueles dias? – Nina pergunta em um tom nada apropriado para a pergunta. Mas nada que essa garota faça é apropriado, então não importa.

– É... – Angel responde com aquele sorriso irônico que eu já disse odiar – Aqueles dias que ela tem que sair com meu irmão.

Nina e Safira param de andar e seguram no meu braço para não caírem com o choque, o que é uma péssima ideia, porque nós três acabamos no chão.

– Você vai o que? ­– Nina pergunta balançando a cabeça – Como? Quando? Onde? Desde quando? Rose. Como. Você. Não. Me. Contou. Isso! A aposta já começou a dar certo?

– Não! – Eu digo – Sabe que a Angel aumenta tudo, é apenas nossa detenção. – Eu sinto o olhar de Angie sobre mim – E não vai acontecer absolutamente nada!

Resolvemos nos levantar do chão ou começariamos a ser pisoteadas. Nota: Os sapatos de Hogwarts não são nada confortáveis na sua cara.

– Rose, c’mom, até parece que você não está participando de uma aposta! – Angel me alerta. – E se continuar assim já sabemos quem vai perder...

Eu gelo. Não sei se detesto mais o fato dessa aposta existir ou o de que eu não pretendo perdê-la.

– É claro que eu não me esqueci da aposta... – Digo – Até tenho um plano.

– Sério? – As três me perguntam.

– Sério.

– Mesmo?

– Mesmo.

– Você tem mesmo um bom plano?

– Eu tenho mesmo um ótimo plano. – Respondo confiante.

Eu não tenho merda de plano nenhum.

– Então acho bom você agir logo ruiva, ele vem vindo aí – Angie fala.

– O que? – Eu digo enquanto as três me fazem girar pelos calcanhares para que eu possa ver o trio se aproximando: Luke Zabine, Albus Potter e Scorpius Malfoy.

– Weasley – Ele diz do jeito de sempre enquanto eu arqueio as sombrancelhas, porque se tem uma parte do plano que não existe que eu sei é: cale a boca ou você vai xingar o Malfoy. E por mais que isso aconteça o tempo todo em casa com meus pais, não acho que seja um bom começo de uma pseudo-relação saudável. E isso não foi uma comparação entre a minha relação com ele que não existe e a do casamento dos meus pais. Ahn... certo, melhor voltar ao foco.

Percebo que Zabine havia tirado Nina e Safira do meu lado para conversar com elas um tanto mais afastado e Angel havia saido para falar com Chase, o cara australiano que vai levá-la em Hogsmade. Apenas Albus está ao nosso lado.

– Temos... temos que entregar algo para o Slughorn, Weasley.

– Até amanhã de manhã. – Eu completo.

Olho um pouco para o lado e percebo que Al pisca para a direção de Angel.

– Esteja nas estufas às 22 horas. E não se atrase, não quero que meus treinos sejam prejudicados por uma weasel descuidada.

– 22 horas? – Eu pergunto incrédula tentando ignorar o “weasel descuidada” – Nas estufas? No horário que apenas os monitres convocados deveriam estar andando por Hogwarts?

– É. – Ele diz e faz um sinal para Zabine voltar. Os três então se distanciam e Albus dá uma olhada para trás antes de desaparecer nos corredores.

E eu decido fazer o mesmo antes que começasse o interrogatório por parte de três coisas curiosas que se aproximavam.

...

Dez pras dez. Em dez minutos eu estarei quebrando algumas regras pra não ter que quebrar regras mais importantes. Acho que decidir minhas prioridades pode diminuir a culpa e o nervosismo e bloody hell rosie, pra que isso? Não é como se nunca tivesse trabalhado com ele antes em uma poção, não está nervosa de verdade... certo? Certo? Certo, tenho que parar de esmagar meus pulsos com minha pulseira dos Cannons.

– Já vai cunhada? – Angel faz questão de perguntar.

– Já – Eu sussurro para ninguém no salão comunal ouvir. – E eu não sou sua cunhada.

– Ainda – Ela diz e pisca. – Aproveitem o “trabalho” – E ela pisca de novo. – Usem camisinha okay, não quero sobrinhos tão cedo.

Eu a repreendo com o olhar e ela rola no chão de rir. Angel tem mania de achar as coisas mais trágicas engraçadas. Eu reviro os olhos e saio do salão comunal com meu caldeirão, minha pulseira dos Cannons e o que resta da minha coragem e dignidade.

Atravesso os corredores escuros de Hogwarts torcendo para que os monitores da vez não me peguem, ou que os quadros e fantasmas gritem meu nome. Isso seria horrível.

Chego nas estufas pontualmente e adivinhe só? O senhor princesa demora 20 minutos para chegar. Que legal.

– E eu não deveria me atrasar. – Eu digo.

– Acontece que eu tive alguns compromissos agora. Mas não se preocupe, agora eu sou todo seu essa noite. – Ele diz com o mesmo sorriso irônico de Angel. Também odeio esse sorriso nele.

Ele então começa a andar em direção aos jardins de Hogwarts como se fosse um trajeto comum às 22 horas da noite. Depois de alguns metros ele olha pra trás como se dissesse “por que você não está me seguindo”.

– Eu não sou um cachorrinho muito menos uma de suas... hum... amiguinhas para seguir você pra qualquer lugar que quiser, Malfoy. – Eu respondo o olhar dele. – Onde pensa que está indo?

– Floresta Proibida.

– Oi?

– Floresta Proibida, Weasley. Além de desagradável é surda também?

Eu reviro os olhos.

– Talvez você não tenha notado que o nome “proibida” está lá por um motivo, que é para proibir os alunos. Somos proibidos e não vamos entrar na Floresta Proibida às 22:30!

Ele dá o sorriso de novo.

– E talvez você não tenha percebido, garotinha ingênua, que esta noite, como em qualquer outra em Hogwarts, você não é a única quebrando a regra do horário de recolher e tenho certeza que também não quer ser vista comigo essa hora.

– Eu não vou. – Digo.

– Está com medo de algumas árvores no escuro, Weasley? – Ele diz.

Touché.

Eu ando até ele, empurro seu braço e saio andando em sua frente.

– Medo? Não sou eu que fui para a Sonserina.

E andamos lado a lado contra o vento frio de Hogwarts até chegarmos no lugar que eu não devería estar. Mas estou. E não posso voltar a tràs por causa da merda de princípio de não fugir das coisas. Sinceramente, se eu fosse uma covarde minha vida seria bem mais fácil.

Chegamos em um lugar que se parece com uma clareira. Ele coloca os ingredientes em uma pedra larga e eu coloco meu caldeirão ao lado. Resolvo tirar minha pulseira, afinal somos nós dois e poções. Minha mão pode ser corroída, mas não minha pulseira dos Cannons.

Nos sentamos ao lado do caldeirão e começamos a trabalhar. Eu abro o livro de poções e dou as instruções enquanto ele as segue. Talvez assim dê mais certo que na aula, quando fizemos o contrário.

– Ahn, agora coloque as raspinhas de dente de fada, mas devagar. – Eu digo.

Tirando o fato do lugar ser assustador e de nenhum de nós parecer confortável nessa situação, acho que está dando certo.

Ouço alguns barulhos estranhos. Calma Rose, apenas 90% das criaturas que vivem aqui vão querer te matar subitamente. Pode ser uma das 10% certo? CERTO?

Mas são apenas as árvores se movendo, se é que isso pode ser considerado “apenas”. Nenhuma parece tentar nos acertar, mas causam uma ventania danada. Percebo que Malfoy está colocando quase todo o ingrediente de uma vez.

– Eu disse devagar, Malfoy! – Eu grito raivosa.

– Ah, me desculpe se eu não posso controlar os ventos, Weasley!

– Bom, a ideia estúpida de terminar o trabalho aqui foi sua!

– E quem concordou?

– Então agora a culpa é minha?

– É sempre su...

E ele não termina a frase porque de repente fica muito ocupado desviando de um feitiço que eu acabo de lançar. Todas aquelas vezes que eu não respondi ele por causa desse inferno de aposta se acumulam e saem de mim em forma de azarações.

E ele corresponde.

Ficamos nessa de tentar acertar um ao outro pelo que imagino ser alguns minutos, ou provavelmente horas. Talvez décadas, mas isso é apenas drama de minha pessoa ahn... quase dramática.

Eu me abaixo para desviar de uma das tentativas de Malfoy me acertar com sei lá o que e vejo nosso caldeirão borbulhando. A poção finalmente está no ponto.

– Hey – Digo me levantando – Acho que isso está...

E dessa vez eu não consigo terminar a frase. Um feitiço é lançado da varinha do Malfoy e acerta os vidros de ingredientes vazios na minha frente. Eu apenas vejo eles explodindo, meus olhos se fecham e eu sinto uma dor intensa em meu braço direito. E algo escorrendo por ele. É sangue.

– AAAAAH! – Eu berro enquato aperto meu braço. – MALFOY, SEU ANIMAL, VOCÊ ME CORTOU!

Ele fica paralizado. Quero dizer, não é como se nunca desejássemos isso um para o outro, mas acho que nunca esperamos machucar com nossas próprias mãos em horas como essa.

Ele parece acodar de um transe com meus berros, balança a cabeça e corre até minha direção. Ele estende sua mão para tocar em meu braço. Mas sinceramente não quero a ajuda dele, principalmente pela dor que ele causou, então faço a coisa mais correta e madura que consigo pensar.

– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! AHHHHHHHHH – Eu digo me virando.

– Weasley, quer parar quieta?! Estou tentando ajudar!

Eu continuo fugindo e gritando. Ah, me desculpem por não conseguir ser madura com meu braço quase fora!

– Você está agindo como uma criança de 5 anos! E é, continue sendo a propaganda viva de: criaturas medonhas da foresta, podem vir nos jantar!

– CINCO ANOS O CARALHO! E NÃO IMPORTA MAIS AS CRIATURAS, BLOODY HELL VOCÊ JÁ QUASE ARRANCOU MEU BRAÇO FORA MESMO!

– Seu braço... o que?

– AAAAAAAAAAHHHHHHHmfffffffff

Minha boca gritante é abafada por uma mão de doninha albina. Eu tento morder ela para me livrar, mas não tenho sucesso. Não sei como, mas Malfoy faz com que eu me sente no chão e ficamos ali até que eu me acalme. Eu tento acompanhar sua respiração com a minha enquanto ele tira sua mão lentamente de minha boca, olhando em meus olhos como se dissesse “cale a boca, porra!”

Não fecho os olhos, mas também não olho enquanto ele “examina” meu braço. Ele tira algo que acredito ser um caco de vidro e eu mordo minha própria língua para não gritar. Alguns segundos depois, ouço ele pronunciar “Episkey” com sua varinha perto de meu braço. Tomo coragem e olho para meu braço a tempo de ver a ferida se cicatrizando magicamente.

– Hum... foi mal. – Ele murmura.

– É. – É o que eu consigo responder.

Malfoy se deita no chão parecendo cansado. Ele então olha para a própria mão e faz uma careta.

– Argh! Weasley, você realmente me mordeu!

– Ah bem, eu sei morder. – Eu digo de forma seduzivel.

Nota: Eu seduzo tanto como um ganso manco com as roupas da minha avó.

– E se você quer saber, eu não “quase arranquei seu braço fora” – Ele diz tentando esconder uma risada. Não dá certo, ele começa a rir no chão.

– Você é o ser mais idiota que eu tive o desprazer de conhecer. – Falo me levantando.

Ele concorda em levar as coisas e eu saio de lá primeiro.

E tudo o que eu quero é dormir e acordar sabendo que isso foi apenas um pesadelo ruim.

...

– Vamos Rosie, você tem que acordar! – Ouço a voz de Angel entrar dolorosamente em meus ouvidos.

Talvez se eu não mover um músculo ela pense que eu morri e desista de me fazer levantar da cama.

– ROOOOOSE!!! – Ela joga um travesseiro em mim. Meu plano não deu certo. – Cara, quando mais vamos ver essa cena de eu tentando acordar você?

– É porque geralmente é você quem fica até tarde nas detenções e é uma chata preguiçosa.

– Chata preguiçosa e linda – Ela corrige. Claro. – Mas então, como foi com o Scorp?

– Ah – Eu digo me levantando – Foi Per-fei-to. O plano não poderia estar dando mais certo.

– É serio? – Ela pergunta sem acreditar em uma palavra.

– Não, ele quase arrancou meu braço fora.

– Hmmmm... então vocês fazem o estilo selvagem, hein?! – Ela faz esse comentário desnecessário que eu ignoro.

– E pra que mesmo você me acordou? – Eu pergunto bocejando

– TEMOS QUE IR PRA HOGSMADE! Hora do meu plano dar certo. – Ela responde e me puxa para fora do quarto.

...

Eu, Alice e Nina andamos pelas ruas de Hogsmade e comemos alguns doces. Tentamos ver onde Angel se meteu com Chase, mas não a encontramos. Resolvemos ir até o três vassouras.

– Então... vocês acham que vai dar certo esse plano? – Nina pergunta. Ela já havia sido avisada da parte da aposta que Alice sabe.

– Provavelmente – Safira diz, mas obviamente não está prestando muita atenção. A loira observa a janela onde é possível ver Dustin Wood e uns outros lufanos conversando do lado de fora.

– Argh, essa tea ainda não desistiu do Wood? – Alice pergunta entediada.

– Não – Eu e Nina respondemos no mesmo tom. Safira não percebe nem isso. A coisa legal de pessoas apaixonadas é que você pode xingá-las que elas vão pensar ser uma canção de amor e sorrir pra você da forma mais idiota possível.

– Hey Rose, e a poção deu certo dessa vez? – Alice tenta buscar um assunto.

– Não sei. – Confesso. E o fato de não saber já está me deixando nervosa de novo. Levo minha mão até minha pulseira e... e...

Arregalo os olhos. Não, não, não, não! Eu me levanto fazendo um sinal para Nina e ela me segue. Corremos até o banheiro, mas estou distraída demais e acabo trompando em alguém.

– Angel? – Nina pergunta.

– Não, não. Pancake o super hipogrifo. – Ela responde. E então olha pra mim. – O que aconteceu?

– Eu não sei. –Nina responde. – Essa louca saiu correndo e...

– MINHA PULSEIRA DO CHUDLEY CANNONS SUMIU! – Eu grito.

Elas entendem meu desespero. Qualquer um que me conheça bem sabe o quanto aquilo é importante pra mim.

– Tudo bem, onde foi o último lugar que você viu ela? – Angel pergunta.

E eu odeio esse tipo de pergunta. Se eu soubesse, já teria achado! E então uma lembrança passa pela minha mente... um lugar escuro... árvores... caldeirão...

– O último lugar? - Eu digo sem acreditar em minhas palavras - Junto com as coisas de Scorpius Malfoy. 

– Não acredito! – Nina exclama – Era esse o plano então? Foi uma boa se quer saber...

– É –Angel concorda – É uma indireta para vocês se encontrarem de novo e ele te conhecer e...

– NÃO!­ – Eu respondo – NÃO EXISTE PLANO NENHUM! E eu não quero parecer dramática mas junto com cada pingente daquilo tem uma parte da minha vida! Estão entendendo o quão perto do fim eu estou?

– Rose, você é dramática igual seu primo James. – Angel fala. – E é bom que isso se torne parte do seu plano agora, porque já aconteceu. E meu irmão curioso não vai deixar seu bem precioso de lado.

– Obrigada Angel por me acalmar. SÓ QUE NÃO! – Eu respondo.

Agora sim já era tudo pra mim.


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Notas finais do capítulo

E então??? Esse é o grande plano, que na verdade não é plano nenhum. Apenas um empurrãozinho do destino hehehe

Não se esqueçam: Deixem um comentário, não tomem dois calmantes em um avião e usem meias fonfudas de natal nesse frio dos infernos!

Bjos!
Ruiva