Son Of Sin escrita por Mrs JessieMikaelson


Capítulo 1
Capítulo Único :


Notas iniciais do capítulo

Existem aqueles dias de tédio descomunal , e então uma pessoa quer arranjar algo para fazer o tempo passar . Esta One-Shot foi escrita nessas circunstancias, então não sei se está suficientemente boa ou pelo menos decente xD
Aviso já que a história é Death-Fic , por isso se não gosta de ver um personagem principal a morrer , não leia .
Ela vai ser escrita no presente onde a Elena já está no hospital para ter a criança , e o que aconteceu no passado vai ser narrado através de Flashbacks .
Então é isso ...
ENJOY ♥



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Estava neste preciso momento na ambulância a caminho do hospital. As dores eram bastante fortes e quase insuportáveis. Soltava pequenos gritos quando as contrações eram mais fortes e apertava a mão de Stefan com bastante força. Aposto que lhe estava a doer, mas não iria reclamar, pois percebia o sofrimento que eu estava a passar.

- Tem calma, estamos quase a chegar. – Pediu ele enquanto passava as suas mãos geladas pela minha testa quente e suada.

- Dói tanto. – Disse quase num grito, pois era impossível falar em termos no meio daquelas dores.

- Mais uns minutos e o nosso filho vem ao mundo. – Tranquilizou ele sorrindo largamente.

Eu podia sorrir igualmente se estivesse em condições de o fazer, e se estivesse realmente feliz. Não que eu não amasse o meu filho, obviamente que o amava, por isso que estava naquele preciso momento a caminho do hospital para o trazer ao mundo. O problema é que eu não tinha planeado ficar grávida, muito menos do Stefan. Tudo aconteceu naquela maldita noite em que eu tinha saído com ele, visto que o Damon tinha ido fazer uma viagem para tratar de uns negócios da família.

Nós saímos os dois e não soubemos controlar o que bebíamos. Depois disso não me lembro de nada. Tudo o que me lembro foi de ter acordado ao outro dia e o ver deitado ao meu lado…






[ FlashBack On ]


Sentia a minha cabeça a latejar, era como se tivesse passado um camião por cima da minha pessoa. Não só a cabeça me pesava como também todo o meu corpo que parecia estar acorrentado à cama com correntes pesadas e fortes. Também as minhas pálpebras pareciam estar coladas, por mais que eu quisesse abrir os olhos, parecia completamente impossível de o conseguir.

Como tudo parecia em vão, mexi o meu braço direito para tatear a cama ao meu lado e quando o fiz, senti a presença de um corpo ao meu lado. Não sabia quem era, mas podia calcular que fosse o meu namorado, visto que ele era a única pessoa com quem eu dormia. Contudo, não estava em condições de tirar qualquer tipo de conclusão, pois não me lembrava de rigorosamente nada do que tinha acontecido na noite passada.

Sentia os raios de sol brilhantes a entrarem pelo quarto adentro e a baterem-me no rosto, mas nem isso conseguia fazer com que eu abrisse os meus olhos para observar tudo à minha volta. Por isso mesmo, decidi parar de lutar contra as minhas forças e voltei a adormecer…


***

Senti qualquer coisa a lamber o meu rosto, e a custo abri os meus olhos para tentar perceber o que se passava. Quando os abri vi na minha frente um lavrador branco bastante familiar, eu conhecia aquele cão de algum lado, mas no momento a minha cabeça parecia não querer raciocinar. Decidi virar-me para o outro lado da cama, e quando o fiz nem queria acreditar naquilo que os meus olhos viam.

- Oh meu deus! – Exclamei colocando as mãos na frente da minha boca.

Até podia concluir que aquela pessoa era o meu namorado, visto que estava virada de costas e coberta pelo lençol branco, mas aquela pessoa não tinha os cabelos negros, eram de um castanho-claro quase loiro. Não conseguia ter uma mínima ideia de quem fosse, por isso o melhor a fazer, era acordar a pessoa e desvendar aquilo de uma vez por todas.

- Acorda! – Pedi eu começando a abanar a pessoa deitada ao meu lado, que parecia dormir tranquilamente.

Ela mexeu-se imediatamente, e tirou as suas mãos debaixo do lençol, levando-as ao rosto e ao cabelo. Quando se voltou pude finalmente ver o rosto e saber quem era o homem que tinha dormido comigo, e naquele momento eu desejei morrer.

- Stefan? O que estás aqui a fazer? – Perguntei eu tapando-me melhor com o lençol.

- Não sei, não me lembro. – Respondeu ele esfregando os olhos.

- Como? Como isto aconteceu? – Perguntei desesperada, deitando as mãos à cabeça.

- Aconteceu alguma coisa entre nós, tipo… - Perguntou ele fazendo gestos sem sentido, enquanto arregalava os olhos.

Limitei-me a agarrar no lençol que lhe cobria o corpo da cintura para baixo, virei o rosto para o lado e levantei o lençol para que ele pudesse arranjar uma resposta à sua pergunta. Senti rapidamente as mãos dele a baixarem o lençol, e eu retirei as minhas voltando a olhar para ele.

- Não acredito que isto aconteceu. – Lamentou ele tapando o rosto com as suas mãos.

- O que vamos dizer ao teu irmão? – Inquiri começando a entrar em desespero.

Eu não podia acreditar que tinha sido irresponsável ao ponto de me embebedar e ir dormir com o irmão do meu namorado. Ele não merecia uma coisa destas, duas das pessoas que ele mais ama enganaram-no. Podia ter sido inconscientemente, mas tinha acontecido.

- Estás louca? O Damon não pode saber de nada! – Exclamou ele de imediato.

- Tens razão, vamos esquecer que isto aconteceu. – Concordei eu enquanto colocava o lençol à volta do meu corpo e caminhava para a casa de banho.

Tudo o que mais queria naquele momento era tomar um banho de água gelada, vestir-me e sair daquele apartamento o mais rápido possível. Ainda não sabia com que cara ia olhar para o Damon, mas se dependesse de mim, ele não ia saber que aquilo tinha acontecido, pois não há nada que me obrigue a fazê-lo.


 [ FlashBack Off ]






Bem, isso era o que eu pensava na altura. Que tudo o que tinha acontecido naquela noite tinha terminado naquela manhã. Mas enganei-me redondamente.

Eu tentei viver o resto dos dias normalmente, como se nada tivesse acontecido. Tentava conviver com o Damon como sempre tinha convivido, mas sempre que ele queria ter momentos mais íntimos comigo, vinha-me à cabeça as imagens daquela maldita manhã em que acordei ao lado do irmão dele. Era impossível conseguir ficar ao lado dele sem me lembrar que lhe tinha sido infiel, sem que a minha consciência pesada falasse mais alto.






[ FlashBack On ]


- O que se passa? – Perguntou Damon assim que eu me afastei dele.

- Nada, estou um pouco mal disposta. – Respondi enquanto vestia a camisa que ele me tinha tirado, com intenção de passar um momento mais intimo comigo.

- Estás sempre a rejeitar-me, o que se passa? – Insistiu ele levantando-se, chegando-se mais perto de mim.

Eu permaneci quieta enquanto olhava para o espelho e dava um jeito nas roupas amarrotadas e nos cabelos despenteados. Damon olhava para mim através do espelho com um ar sério, ele percebia pelo meu rosto que eu estava nervosa e estranha. Era impossível conseguir esconder uma coisa dessas, por mais que tentasse ter uma relação normal como sempre tive, não me era permitido que o fizesse agora.

- Responde-me, por favor. – Pediu ele paciente.

Respirei fundo e voltei-me para o poder fintar, pois sentia que necessitava de desabafar de uma vez por todas aquilo que escondia. Eu sabia que tinha dito que nada me iria fazer dizer a verdade para o Damon, mas estava enganada, pois este peso na consciência é insuportável.

- Damon, preciso de te contar uma coisa. – Disse eu calmamente, tentando ganhar coragem para lhe dizer que o tinha traído com o irmão.

- O quê? Diz-me de uma vez por todas, estas a deixar-me preocupado. – Pediu ele visivelmente preocupado.

- Eu… eu… - Comecei a gaguejar, e de seguida senti um enjoo que me obrigou a correr para a casa de banho.

Coloquei-me de joelhos em frente à sanita e comecei a vomitar. Senti a presença de Damon atrás de mim, que me segurou nos cabelos para que eu não os sujasse.

- O que foi isso? – Perguntou ele ajudando-me a levantar do chão.

- Não sei, fiquei mal disposta. – Respondi enquanto lavava o rosto com água fria.

- Desta vez não foi uma desculpa. – Disse Damon.

Respirei fundo e pensei o quanto ele estava redondamente enganado, porque inicialmente tinha sido mesmo uma desculpa. Quando o rejeitei não sentia rigorosamente nada, o vómito só surgiu quando eu ia contar a verdade ao Damon. Talvez tivesse sido os nervos, ou talvez não…


[ FlashBack Off ]






Na altura pensei que era mesmo dos nervos, mas os enjoos continuavam e eram cada vez mais frequentes. Damon andava preocupado comigo, e eu ainda não tinha ganho coragem para lhe contar a verdade, até porque no momento estava mais preocupada com aqueles sintomas que de certa forma me assustavam.

- Já chegamos. – Disse Stefan interrompendo os meus pensamentos.

A porta da ambulância abriu-se, e os bombeiros tiraram a minha maca para fora, levando-me de seguida para dentro do enorme edifício. Continuava a soltar alguns gritos de dores, e algumas pessoas que estavam sentadas na sala de espera ou que passavam pelos corredores, olhavam encantados para mim. Ser pai e mãe era o sonho de qualquer pessoa. Também era o meu sonho, mas preferia que o pai do meu filho fosse o homem que realmente amava.

Lembro-me como se fosse ontem, do dia em que descobri que estava grávida do Stefan…






[ FlashBack On ]


- Parabéns menina! Está grávida de duas semanas. – Disse o médico encantado enquanto olhava para os papéis com o resultado do meu teste de gravidez.

- O quê? Não! Diga-me que isso é mentira! – Pedi eu sentindo os meus olhos a encherem de água.

O médico olhou para mim como se fosse louca por estar tão aterrorizada com uma boa notícia daquelas. Seria uma boa notícia se aquele filho fosse do Damon, do meu namorado e o homem que verdadeiramente amava. Mas não, era precisamente do irmão dele. Eu estava gravida do irmão do meu namorado, e tudo tinha acontecido porque eu tinha bebido demais… Sou tão idiota!

- Menina, se não quiser o filho pode sempre recorrer ao aborto. – Disse o médico não muito satisfeito, mas era uma hipótese que ele tinha de colocar às suas pacientes.

Estremeci ao ouvir a palavra “aborto”. Uma das coisas que eu era contra nesta vida era o aborto. Por isso mesmo nunca em tempo algum iria matar o meu filho, preferia enfrentar a dura realidade, perder o homem que amo, e ficar sozinha e abandonada. Mas nunca, nunca em tempo algum eu mataria o meu filho.

- Não quero abortar. Eu vou ter este filho e ama-lo com todas as minhas forças. – Respondi confiante, pois sabia que era isso mesmo que queria e ia fazer.


[ FlashBack Off ]






- O bebé vai nascer, levem-na para a sala de partos rapidamente! – Gritava uma médica que entretanto tinha chegado perto de mim.

Aceleraram o passo, e eu continuava a gritar de dores. Stefan continuava ao meu lado a segurar-me na mão, e o que eu mais desejava naquele momento era que fosse Damon a estar ali do meu lado. Que fosse Damon o pai do filho que eu estava prestes a trazer ao mundo.

Quando chegaram em frente a uma porta enorme no fundo do corredor, pararam.

- O pai vai querer assistir? – Perguntou um dos médicos a Stefan.

Ele olhou para mim, como quem pedia autorização para o fazer, ou como quem pedia a minha opinião. Naquele momento precisava de alguém ao meu lado, e a pessoa indicada era o pai do meu filho.

- Vem comigo, por favor. – Pedi com a voz fraca, apertando ainda mais a sua mão.

- Eu vou contigo, não te vou abandonar. – Respondeu ele sorrindo largamente, olhando de seguida para o médico. – Vou querer assistir ao nascimento do meu filho.

Sem mais demoras levaram-me para dentro daquela sala, e colocaram-me em cima de uma cama especial para momentos como estes. Meteram-me numa posição desconfortável, onde as minhas pernas estavam em cima de dois suportes, fazendo-me ficar com as pernas bem afastadas, facilitando assim a realização do parto.

Os médicos davam-me indicações e eu fazia tudo o que eles pediam. Sentia a presença de Stefan ao meu lado, que me agarrava na mão com bastante força, dando-me algumas palavras de incentivo. Enquanto os médicos falavam todos ao mesmo tempo, eu gritava cada vez mais alto, e todo aquele barulho me fez recordar o dia em que contei toda a verdade ao Damon.






[ FlashBack On ]


Estava com Damon e Stefan numa esplanada, tinha combinado com o Stefan nos encontrar ali para contar toda a verdade ao irmão, incluindo a parte de que eu estava gravida de Stefan.

- Precisamos de te contar uma coisa. – Comecei por dizer, mostrando já um ar sério.

- Temos? Tu e quem? – Perguntou Damon erguendo a sobrancelha.

- Eu e o teu irmão. – Respondi enquanto olhava para Stefan que parecia estar a tremer de nervosismo.

- O que se passa? – Inquiriu Damon visivelmente preocupado, como sempre se mostrava cada vez que eu ficava com um ar sério.

- Primeiro promete-nos que vais manter a calma, e não vais fazer nenhum disparate. – Pediu Stefan ao irmão, o que fez com que o outro começasse a olhar desconfiado para nós os dois.

- Importam-se de dizer de uma vez por todas o que se passa? – Perguntou ele impaciente.

- Eu estou grávida. – Falei imediatamente.

Ele esboçou um sorriso.

- Isso é ótimo, mas de certa forma estranho. Sempre tive o máximo cuidado. – Disse ele pensativo. – Mas isso não importa, o que importa é que vamos ser pais.

Ao ouvir aquelas palavras e ver a sua felicidade, não contive mais as lágrimas que pareciam teimar em sair à muito tempo. O homem que eu amava estava feliz porque pensava que era o pai da minha criança, como eu lhe ia dizer que isso não era verdade? Pior, como eu lhe ia dizer que o pai do meu filho era o irmão dele? Como lhe ia dizer que o tinha traído com o seu irmão?

Quando Stefan reparou que eu estava a chorar, percebeu que não estava em condições de prosseguir. Damon olhava para mim confuso, sem perceber a razão pela qual eu chorava. Se calhar pensou que era de felicidade, mas não era.

- Damon, existe um pequeno segredo por trás desta gravidez. – Falou Stefan, dando-me uma ajuda.

- Segredo? Que segredo? – Perguntou ele desviando o olhar para mim. – De que segredo ele está a falar?

- Stefan, diz-lhe tu… por favor, eu… eu não consigo. – Pedi entre soluços, enquanto o choro se tornava cada vez mais compulsivo.

- O que se passa aqui? Importam-se de me dizer de uma vez por todas? – Perguntou Damon começando a entrar em desespero.

- Damon, o filho não é teu. É meu. – Respondeu Stefan. – Desculpa, mas nós estávamos completamente bêbedos e acabamos por dormir juntos naquele dia em que foste em viagem por causa dos negócios da família. Perdoa-nos, nós não fizemos isso conscientemente.

Quando ouvi Stefan dizer aquelas palavras, o choro tornou-se ainda mais compulsivo. Olhei para Damon a medo, com os meus olhos completamente cheios de lágrimas, e vi a sua expressão estática. Não sabia o que viria dali quando ele acordasse do transe, mas estava realmente com medo do que ele fosse dizer, e principalmente fazer. Imagino o quanto deve ser difícil alguém ouvir uma coisa daquelas, e como eu me sinto a maior cabra existente à face da terra.

Ele olhou com uns olhos cheios de fúria e amargura para nós os dois, deu um murro com força na mesa e levantou-se, prestes a ir embora.

- Damon! – Gritei por ele e levantei-me, indo atrás dele.

Segurei-lhe no braço, virei-o de volta, e abracei-o com força enquanto chorava desesperadamente.

- Desculpa-me, por favor! Eu amo-te tanto. – Pedi abraçando-o com todo a minha força.

- Larga-me! Eu não quero ouvir nada que venha da tua boca. – Gritou ele, empurrando-me.

- Damon? Por favor, perdoa-me! – Gritei eu cada vez mais desesperada, pronta a ir atrás dele novamente.

- Não insistas, ele precisa de pensar. – Pediu Stefan segurando no meu braço, impedindo-me de ir atrás dele.

Deixei-me ficar onde estava, enquanto olhava para o homem da minha vida a afastar-se de mim com um passo apressado e com lágrimas nos olhos. Estava completamente desvairado, e isso deixava-me com medo.

Quando ele ia a atravessar a estrada, senti o meu coração a apertar com força. Tudo aconteceu rápido demais…


[ FlashBack Off ]






Quando senti o choro do meu filho desliguei-me por completo dos meus pensamentos. Aquele choro era o despertar do passado, era o som de um novo começo, de uma nova vida. Era o som emitido pela pessoa mais importante da minha vida: o meu filho.

- Parabéns! Têm aqui um belo menino. – Disse a médica dando-me para o colo o meu filho embrulhado numa toalha.

Olhei para ele e sorri largamente quando vi o meu filho, pois ele não era parecido comigo nem com o pai, e sim com o tio. Tinha os lindos olhos azuis do tio, e isso deixou-me encantada e feliz. Muitas crianças vêm ao mundo e não são a cara chapada nem do pai nem da mãe, e sim de outro membro qualquer da família. E por incrível que pareça, o meu filho era muito parecido com o Damon.

- Que nome vai dar ao seu filho? – Perguntou a médica tirando o meu filho do colo, para lhe dar banho e colocar a pulseira com o nome.

Nesse preciso momento fechei os olhos, e relembrei-me do último pedido que ele me tinha feito…






[ FlashBack On ]


Quando vi o Damon a atravessar a estrada sem se preocupar em olhar para os lados, pressenti logo que aquilo iria dar mau resultado. Foi isso mesmo que aconteceu… Quando ouvi um carro que vinha com toda a velocidade a buzinar, o meu coração caiu no chão naquele exato momento. Vi Damon a virar-se lentamente para avistar o carro, e tudo o que eu queria naquele momento era ter forças para gritar por ele, ou até mesmo para ir até ele.

O carro ainda travou, mas vinha com tamanha velocidade e já estava tão perto dele, que não foi o suficiente de parar a tempo de o homem da minha vida se salvar.

- DAMON! – Gritei eu ganhando finalmente reação.

Corri desesperada para o meio da estrada onde ele estava deitado. Várias pessoas já se tinham junto em volta do local tal como o homem do carro já tinha saído para ver como ele estava. Cheguei lá e afastei toda a gente da minha frente, indo ajoelhar-me ao seu lado.

- Damon, amor, estás bem? – Perguntei-lhe, embora soubesse que era uma pergunta idiota.

- Eu vou ligar para uma ambulância. – Disse Stefan ajoelhando-se ao meu lado.

Coloquei a cabeça de Damon nas minhas pernas e acariciei-lhe os cabelos e a face. Ele estava com os olhos fechados mas respirava, embora soltasse uns pequenos gemidos de dor. Estava completamente desesperada, agarrava-me a ele com força e chorava compulsivamente, soluçando e suspirando devido à falta de ar por culpa do choro.

- Aguenta amor, a ambulância vem buscar-te e vai ficar tudo bem. – Pedi meio a custo.

Ele abriu um pouco os olhos e começou a tossir, e conforme ele o fazia mais vezes, ia-lhe saindo sangue pela boca. Isso fez-me ficar ainda mais desesperada.

- Queria, pe…pedir uma coisa. – Disse ele meio a custo.

- O quê? – Perguntei tentando limpar as lágrimas.

- Se… se o bebé for menino, dá-lhe o me… meu nome. – Pediu ele sorrindo fraco, coisa que quebrou o meu coração por completo.

- Amor, eu prometo que lhe dou o teu nome, e eu prometo que vais acompanhar o crescimento desta criança como se fosse teu filho. – Prometi eu dando-lhe um beijo na testa, enquanto fechava os olhos com força e deixava cair mais lágrimas.

- Ela tem razão, vai ser uma criança sortuda, com uma mãe e dois pais. – Disse Stefan sorrindo, embora também as lágrimas estivessem a escorrer pelo seu rosto.

- Eu gostaria muito, mas… isso não vai acontecer. – Respondeu ele voltando a tossir, e mais sangue caiu.

- Claro que vai acontecer, eu sei que vai! Vamos ser felizes juntos, eu prometo. – Prometia eu, sem saber ao certo se poderia cumprir.

- Só quero que saibas uma coisa. – Disse ele segurando na minha mão com alguma dificuldade. – Esteja onde estive, vou… vou amar-te… para sempre.

- Não digas uma coisa dessas. – Pedi quase num grito, enquanto várias lágrimas quentes desciam velozmente pelo meu rosto abaixo.

- Amo-te. – Sussurrou ele, esboçando um sorriso fraco, e de seguida fechou os olhos e o seu coração parou de bater.

- NÃO! DAMON, POR FAVOR! NÃO ME DEIXES! – Gritava eu desesperada enquanto me agarrava a ele com toda a força. – VOLTA PARA MIM!

Chorava e gritava como uma desvairada, e sentia a maior dor que alguma vez na vida tinha sentido. O coração apertava-me com força, tal como os pulmões, fazendo com que eu ficasse sem ar. A garganta doía-me de gritar tanto, e os músculos das minhas pernas tinham prendido devido à força que eu fazia enquanto agarrava o meu amado que estava deitado naquele chão, sem vida.

Naquele dia, uma parte de mim tinha ido embora.


[ FlashBack Off ]






- Menina? Está a ouvir-me? – Perguntou novamente a médica, acordando-me do transe. – Você está bem?

Quando levei a minha mão ao rosto reparei que estava a chorar, por isso apressei-me a limpar as lágrimas. Eu tinha perdido um dos meus motivos de viver, mas em compensação tinha ganho outro motivo em troca. Aquela criança iria ser tudo aquilo que o tio sempre tinha sido, um grande homem e a razão do meu viver.

- Damon. O meu filho vai chamar-se Damon. – Respondi firmemente, como se aquilo me desse mais vida.

Senti que Stefan me apertava a mão com mais força, e quando voltei o meu rosto para o fintar vi que ele sorria orgulhoso por eu ter ganho coragem de dar aquele nome ao nosso filho, e assim ter realizado o último desejo de Damon.

- Vou dar banho ao pequeno Damon e já o trago. – Disse a médica saindo do quarto com o meu lindo filho.

Stefan abraçou-me imediatamente.

- Obrigado por teres dado aquele nome ao nosso filho. – Ele afastou-se de mim e deu-me um beijo na bochecha. – Ele é lindo, e parece-se tanto com o Damon.

- Era o que eu mais queria. É uma maneira de homenagear o nome do teu irmão. – Respondi sorrindo orgulhosa. – E concordo, parece-se muito com o Damon.

- Esteja ele onde estiver, estará muito orgulhoso deste momento. – Respondeu Stefan fazendo-me uma festa na bochecha.

- Para mim, ele estará sempre entre nós. – Respondi pousando a mão no meu peito, do lado do coração.

Por mais que ele não estivesse presente fisicamente, ele iria estar sempre dentro dos nossos corações.




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Notas finais do capítulo

Leu e gostou? Comente! Leu e não gostou? Comente igual!
É importante saber a vossa opinião , então não se esqueçam de deixar uma marca da vossa passagem . Ficarei muito grata.
Estou com a ideia em mente de fazer mais One-Shots dos meus shippes favoritos , por isso agradecia a vossa ajuda .
Se eventualmente eu escrevesse uma One-Shot a seguir , de qual dos seguintes shippes vocês queriam ver?
( São os meus shippes favoritos e recuso-me a fazer outros que não sejam estes )
* Delena *
* Bamon *
* Steferine *
* Monnie *
* Eleric *
* Elejah *
* Kalijah *
* Stebekah *
* Mabekah *
* Klaroline *
* Kennett *


São esses aí. Se puder escolher um, agradecia que me facilitava a tarefa :)
Beijos ♥