Caçadora De Vingança escrita por A Granger


Capítulo 28
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas =]
Aqui estou eu de novo com mais um cap pra provar que voltei de vez =D
Então, eu to tentando adiantar CdV o máximo que posso antes das minhas aulas recomeçarem, mas como to com duas fic's pra adiantar isso ta meio complicado. Mas eu vo conseguir =]
Então, aproveitem o cap
E comentem pessoas, isso anima muito na hora d escrever



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POV Julia

Do nada ele mudou o assunto e isso me fez sorrir. Era como se ele entendesse quando insistir e quando me fazer focar em outra coisa. Não entendia como ele conseguia isso, mas agradecia que conseguisse. Ele acabou mesmo achando uma estação de rock antigo que estava numa programação de especial tocando apenas AC/DC o que eu adorei. E Ford acabou entrando na onda e, meia hora depois, eu já estava cantando as minhas musicas favoritas enquanto ele ria e tentava me acompanhar. Foi bom pra distrair um pouco a minha mente, mesmo que metade dela continuasse a pensar e repensar sobre tudo o que eu tinha de informação, mas isso era até esperado.

Evitamos conversar sobre o assunto da falta de pistas por todo o dia e pela noite que eu passei dirigindo. Quanto antes eu chegasse ao Krig melhor e Ford pareceu entender isso tanto que não fez perguntas nem pareceu se importar. Tanto que eu tive que mandar ele dormir algumas horas durante a madrugada. Mas em fim, quando amanheceu e ele acordou, nós já estávamos quase chegando.

Parei na cidade próxima e fizemos compras. Lia e eu sempre tivemos o costume de levar comida e outras coisas que o Krig poderia precisar por viver sozinho. Então Ford e eu enchemos um carrinho de supermercado com comida semipronta, bebidas dos mais variados tipos e os doces que eu sabia que o Krig amava. Colocamos tudo no carro e saímos na direção da casa do meu velho amigo; que eu até poderia chamar de tio, mas ele odiaria.

Krig morava num pequeno sítio, a verdade é que era apenas uma casa no meio do nada que só era acessível por uma estrada. Claro, apenas uma que era conhecida pelas pessoas; Krig tinha umas 3 rotas de fuga possíveis caso algo acontecesse. Afinal, ele lidava com coisas perigosas.

Quando chegamos na cidade de manhã bem cedo caia uma fina garoa, coisa pouca que não molharia muita coisa. Mas quando chegamos na estrada de terra dava pra ver a terra úmida com pingos de chuva, mas o que me chamou a atenção foram as marcas de pneus que removeram a areia deixando a areia seca a mostra. Alguém tinha passado por ali a pouco tempo. Eu não poderia dizer se entrou e saiu porque a areia fofa não deixava as marcas dos pneus direito pra que eu soubesse a ultima direção que eles seguiram, mas aquelas marcas teriam que ter sido feitas à menos de três horas por conta do horário em que a chuva havia parado.

Ford notou minha preocupação, mas teve o bom senso de ficar calado. Eu não queria ter que explicar nada pra ele agora. Dei a volta entrando por uma estrada quase invisível e praticamente em desuso. Meu Jeep só passava por ela por ser um carro alto e, apesar de saber que ele poderia ficar com riscos na pintura por entrar ali eu não me importei. Segui em marcha lenta até que parei num lugar onde a estrada se abria parcialmente dando espaço para o carro. Então desci e puxei minha arma.

– O que está havendo Julia? – Ford perguntou descendo também e pegando a .9mm que eu havia dado pra ele.

– As marcas na estrada de terra são de pouco tempo atrás – falei conferindo a munição e então coloquei a pistola na parte de trás presa ao cinto e abaixei para amarrar direito meus coturnos – Krig raramente sai de casa. E são poucos os clientes que sabem que ele mora aqui. Se for um cliente eu não posso entrar, seria uma confusão. Mas Krig estava me esperando, sabia que eu vinha, não deveria aceitar receber clientes hoje.

– Pode não ser um cliente – falou Ford pensativo – Se não for um cliente então quem pode ser?

– É isso que me preocupa – falei terminando e me erguendo, já pegando a arma de novo – Fica atrás de mim, eu vou mostrar o caminho. A trilha é estreita e deve estar escorregadia. Então se cair caia em silencio – falei sorrindo.

– Não deveria me falar para não cair? – ele pergunta com uma sobrancelha erguida.

– Qualé, cowboy – falo dando de ombros e começando a caminhar – E eu lá sei se você não é desastrado? – pude até ver ele rolar os olhos enquanto resmungava irritado.

POV Narradora

A trilha que Julia seguiu era realmente estreita e estava consideravelmente escorregadia, tanto que Ford preferiu guardar a arma na cintura travada para seguir a garota que ia na frente com a arma na mão direita. Apesar de tudo ele não chegou nem perto de cair e até conseguiu ser parcialmente silencioso no percurso inteiro. Quando chegaram no final dela uma cortina de hera e cipós cobria a saída da trilha. Do outro lado estava os fundos de uma casa de madeira aparentemente muito velha. Poderia até se dizer abandonada, mas Ford notou a quantidade de cabos que pareciam trazer energia da rede elétrica que passava por algum lugar por ali.

Julia saiu da trilha sem fazer som algum mesmo pisando no chão de cascalho e folhas. Antes que Ford desse um passo ela esticou a mão esquerda para trás mandando ele parar. Ele rolou os olhos e deu o passo a frente. Julia ergueu uma sobrancelha, mas foi de surpresa porque apesar de não evitar o som das folhas Ford até que era silencioso. O que acabou por fazê-la sorrir e se virar de volta para a casa.

De um dos bolsos da jaqueta Julia pegou o celular e o ligou acessando um aplicativo e digitando algo. Era um aplicativo do próprio Krig que fazia o sinal do telefone dela ser reconhecido avisando à ele que ela estava ali. Mesmo assim Julia foi até a parede de trás da casa e começou lentamente a circular o lugar com Ford logo atrás dela. A arma sempre nas mãos e o olhar sempre atento. Não havia carro parado na frente da casa nem em lugar nenhum o que a deixou mais aliviada.

Julia então foi para a porta dos fundos apertou um lugar na parede fazendo um teclado digital surgir do nada ao lado da porta. Ela digitou uma senha e um click foi ouvido indicando que a porta tinha se destrancado.

– Caramba – murmurou Ford guardando a arma.

– Krig – Julia falou como se explicasse tudo e sorriu entrando com a pistola ainda na mão direita.


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