Caçadora De Vingança escrita por A Granger


Capítulo 1
Prólogo




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Eram 19:30pm quando um carro desconhecido entrou nos limites daquela pequena cidadezinha entre o Arizona e o Novo México, e quando digo que a cidade era pequena, acredite, ela era minúscula. Pouco mais de 550 habitantes, com 40% deles em áreas rurais no entorna da cidade. O carro com placas do Kansas parou na frente de um bar, na realidade aquilo era uma mistura de bar e lanchonete de beira de estrada; e era a primeira construção depois da placa que indicava a entrada da cidade. Estando a uma distancia razoável dos próximos prédios, o estabelecimento podia contar com uma espécie de estacionamento ao lado da estrada, feito de chão duro de terra batida em volta de toda a área do bar.

Do carro, um Jeep claramente modificado desceu uma moça, 21 talvez 25. Ela vestia uma calça cinza camuflada como as usadas por militares, um coturno preto com os cadarços frouxos, uma regata cinza claro um pouco larga por baixo de uma jaqueta de couro preta meio masculina com alguns detalhes metálicos (uma corrente de 3 cm de diâmetro com uma  ponta presa a frente e  outra atrás do ombro esquerdo, no bolso superior direito um zíper falso na lateral e os botões das mangas, alem da fivela que regulava a barra da jaqueta a cintura). A jaqueta aberta mostrava a frente da regata onde um óculos de armação fina estilo aviador estava pendurado e parte de uma corrente dourada cujo pingente se perdia em algum lugar entre os seios de tamanho médio. Nas mãos luvas como as que se usa para andar de moto, mas as dela tinham duas fileiras de taxinhas retangulares de 1 cm no dorso e os dedos cortados pela metade. E apesar de todas essas roupas (nada femininas) era impossível não notar como ela era bonita: corpo esguio, cintura fina, alem de pernas grossas e glúteos firmes que a calça falhava em esconder. Tinha também os cabelos negros curtos e repicados, como se ela mesma os tivesse cortado (o que era bem provável ser o caso); olhos que oscilavam entre castanho claro, verde e dourado; rosto anguloso, marcado por lábios cheios de uma cor rosa quase vermelha que a maioria das mulheres só conseguia com a ajuda de uma boa maquiagem. Mas, bom, qualquer observador que estivesse por perto não notaria esses detalhes devido à precária iluminação do local. Assim como não notaria que o Jeep do qual ela desceu não era realmente preto, mas de um cinza bem escuro com o teto removível da mesma cor e rodas com 8 raios, esses sim pretos, com o centro (menos os parafusos que também eram pretos) e uma linha fina de 2cm entre o pneu e a roda cromados, da mesma forma que a grade da frente, as maçanetas das portas e os estribos laterais e traseiros.

A falta de iluminação também impediria a visão da chave com dois chaveiros (uma guitarra em miniatura de um tom bronze, e um cortador de unhas com abridor de garrafas) que ela guardou no bolso da frente da calça antes de se alongar devido ao longo tempo em que esteve dirigindo. Mas também haviam detalhes que nem em uma boa iluminação poderiam ser percebidos: o iphone preto no bolso interno da jaqueta (que não era o ultimo modelo, mas ela gostava e já tinha-o reprogramado de acordo com suas especificas necessidades), o canivete prata tipo suíço com 3 laminas de tamanhos variados e 2 chaves de fenda diferentes dentro do bolso lateral direito da mesma, as duas facas em suas bainhas presas aos antebraços dela e a pistola 9mm carregada escondida por baixo da blusa na parte de trás do cós da calça.

Assim que ativou o alarme do carro a mulher andou em direção à porta do bar onde viu o letreiro, iluminado por uma luz fluorescente, dizendo: Elisa’s bar. Ao abrir a porta ela se deparou com um lugar bonito e até aconchegante. No interior havia um balcão em U a frente da cozinha rodeado por bancos altos. Varias mesas retangulares com bancos inteiriços estavam espalhadas contras as paredes laterais e frontal, exceto no espaço reservado a porta. A parede da frente também tinha uma enorme janela de vidro, a do fundo era dividida em dois espaços pelas paredes da cozinha. No espaço a esquerda ela viu uma JunkerBox, e a direita as mesas acabavam antes dando espaço a uma mesa de bilhar. A moça andou até o balcão e se sentou num banco diretamente a frente da porta encarando a estante lotada de garrafas de todo o tipo de bebidas e o espelho que havia ao fundo. Assim que se sentou uma mulher, de aproximadamente 30 anos saiu pela porta que dava acesso a cozinha. Ela tinha os cabelos castanhos e os olhos azuis, vestia uma regata preta e jeans gastos. Tinha um pano sobre o ombro esquerdo que deveria ter sido branco, mas agora estava um tanto encardido. A mulher se aproximou da forasteira desconfiada; não era comum haver gente de fora da cidade antes da época dos rodeios da cidade vizinha.


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Notas finais do capítulo

Primeiro cap amanhã ;)



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