I Can Wait Forever escrita por Quione Rodriguez


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

~Gente eu espero milhões de reviews pra esse capítulo pqe eu demorei UMA HORA E MEIA pra fazer ele bunitinho pra vcs... u.u



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Você ganha força, coragem e confiança através de cada experiência em que você realmente para e encara o medo de frente.

Eleanor Roosevelt


_Não sei se tocar a trompa é o certo agora_ ele disse e o olhei assustada.


_Como não, Caspian? Acabamos de decidir isso e você estava certo disso há segundos atrás...

_Eu sei Liz, porém algo está me degradando agora.

_Faça o que achar melhor..._dei de ombros.

_Você não concorda, não é?

_Só acho que precisamos de toda a ajuda possível!_Parei de andar e virei-me de frente à ele_nossos homens não aguentarão mais que duas batalhas e sabe disso.

_Eu sei, mas algo me diz que a trompa não deve ser tocada agora...

Bufei, e o olhei analisando-o; algo me dizia que ele devia fazer o que achava que era certo; entretanto meu coração diz para que ele toque logo a trompa para que eu tenha mais rapidamente Pedro e os outros; mais uma vez bufei e passei as mãos pelo rosto. Abri um sorriso e murmurei: "Você é um rei, faça o que acha melhor" e voltei a andar ao lado de Caspian; que agora sorria.


Alguns dias depois...



_Você sabe muito bem por que motivo não toquei a trompa naquela madrugada_disse Caspian._ Já se esqueceu que, mal Trumpkin partiu, Miraz caiu em cima de nós e durante mais de três horas lutamos com todas as nossas forças para salvar a pele? Toquei a trompa logo que pude.


_Claro que não me esqueci_eu estava sentada ao lado de Caspian, enquanto este estava em pé, conversando irritadamente com Nikabrik._ Como ia me esquecer, se foram os meus anões que suportaram o ataque e se vários deles morreram no campo de batalha?

Eu e o rei reviramos os olhos.

_Você devia ter vergonha, anão_disse Caça-Trufas_ todos lutaram tanto quanto os anões, e ninguém mais do que o rei e a rainha!

_Vocês deviam é parar de bobeira, em relação a isso de quem luta mais e quem luta menos! Todos lutamos e vocês deviam estar discutindo como vamos fazer para ganhar de Miraz, isso sim é importante!_Eu disse.

_Concordo com a rainha_disse o texugo, ouvi um baque na porta, porém como ela não se abriu não dei muita atenção.

_Não faz a maior diferença! O fato é que ou se tocou a trompa tarde demais, ou ela não possui poder mágico coisa nenhuma. Não veio nem auxílio, nem meio auxílio. Você, seu feiticeiro, seu sabe-tudo, ainda acha que devemos ter esperança em Aslan, no rei Pedro... nessa cambada toda?

_Bem... devo confessar que... não nego que... estou bastante desapontado _ doutor Cornelius disse.

_Sabem que ainda há tempo deles chegarem, certo?_eu disse, afinal, essa batalha ainda não está totalmente perdida.

_Para falar às claras, sua sacola está vazia, seus ovos estão estragados e suas promessas não se cumpriram... Seu peixe papou a isca e se foi! Agora o jeito é você ficar de fora e deixar os outros trabalharem. É por isso que...

_O auxílio ainda vem, Nikabrik! Continuo a confiar em Aslan. Por que vocês não são persistentes como nós, os animais? O auxílio há de vir! Pode ser até que já esteja a nossa porta.

_Concordo com Caça-Trufas, vocês nunca conheceram Aslan como eu conheci. Deviam se envergonhar tanto de não acreditar que ele mandará ajuda até nós!

_Pois é, se dependesse de vocês, texugos e rainhas, ficaríamos esperando que o céu viesse abaixo e a terra se abrisse. Já se foi o tempo de esperar! A comida é pouca, a cada embate sofremos mais baixas do que podemos suportar, e os nossos soldados começam a nos deixar_disse Nikabrik.

_Esse anão quer levar uns belos tapas_sussurrei pra Caspian que segurou o riso e revirou os olhos.

_E por quê?_perguntou Caça-Trufas._Se você não sabe, eu digo. Por que se espalham rumores que invocamos em nosso auxílio os reis dos velhos tempos e eles não responderam. Lembrem-se de que as últimas palavras de Trumpkin antes de partir (quem sabe ao encontro da morte?) foram estas: "Não deixem o exército saber por que estão tocando a trompa, se tiverem de tocá-la!" Pois na mesma tarde não havia um soldado que não soubesse de tudo!

_Pode-se perceber que estavam esperando algo cair dos céus! A ajuda, mesmo que venha, virá na hora certa! Esqueceram que estamos falando de Nárnia, da magia profunda e do próprio Aslan? A sabedoria deve ser levada em conta; o auxílio virá apenas em hora opurtuna.

_Oportuna para quem? E estão insinuando que fui eu que espalhei a informação? por que não vai enfiar seu focinho numa colméia de abelhas bravas?!

_Por que ele não é tolo como você_abri um sorriso cínico, nisso recebi um olhar reprovador de Caspian.

_Acabem com isso!_pediu o rei._Gostaria de saber o que Nikabrik sugere que façamos. Mas, antes de mais nada, quero saber quem são aqueles dois forasteiros, que estão ali parados, ouvindo o que se passa, sem dizer uma palavra.\\

Estremeci, nem ao menos tinha percebido a presença daqueles dois, meu coração disparou e logo estava prestando atenção a tudo e a todos e meu corpo ficou tenso; sabia que aqueles dois não eram boa gente.

_São amigos meus_declarou Nikabrik._ Por que razão você próprio está aqui, a não ser pelo fato de ser amigo de Trumpkin e do texugo? E por que está aqui aquele velho bobo, vestido de preto, senão por ser seu amigo? Por que só eu não poderia convidar os meus amigos?

_Você está falando com o rei, a quem jurou fidelidade!_disse Caça-Trufas; me levantei e peguei a espada.

_Mesuras da corte!_debochou Nikabrik._ Aqui neste buraco, casa um pode dizer o que pensa. Todo mundo sabe que este rapaz telmarino nunca será rei de coisa alguma e de ninguém, a não ser que o ajudemos a sair da embrulhada em que se meteu.

_Agora chega_apontei a espada para o rosto do anão, que estava sentado à minha frente._Quer saber o que eu penso sobre você e suas atitudes? Que você tem que aprender quem manda aqui, eu e ele somos as autoridades, se não gostou vá até as linhas inimigas e se atire aos pés de Miraz pedindo misericórdia em troca de nossos planos! Vá e se divirta! Posso dizer que vou rir abertamente quando ele cortar sua cabeça, se eu não fizer isso primeiro!

Todos me olhavam assustados, menos Caspian que tentava segurar o riso e a todo momento olhava para minha expressão irritada e mais uma vez tinha de segurar as risadas; as minhas explosões de raiva estavam sendo muito comuns esses dias.

_Já vou avisando, que quem não concorda com o que fazemos, pode se retirar_acabei sentando e sorrindo, esperando alguém falar ou fazer algo.

_Talvez seus novos amigos prefiram falar por eles mesmos, Nikabrik_ disse doutor Cornelius, ignorando o que eu tinha feito e dito a pouco._ Vocês aí, digam quem são e o que pretendem.

_Digno doutor e mestre_uma voz fina pronunciou-se, e segurava o cabo da minha espada com muito mais força, sentia que aquilo não era certo, que aqueles seres não eram bons e confiáveis, praticamente o mesmo que sinto sobre Nikabrik._ sou apenas uma velha, que, com sua licença, esta muito grata a este digno anão._Agora era eu que segurava a risada,_ Sua Alteza, abençoado seja tão famoso jovem, nada tem a recear de uma velhinha quase entrevada pelo reumatismo e que nem mesmo tem lenha para acender fogo. Conheço algumas artes mágicas... pequenos feitiços e sortilégios, que poderia usar contra os seus inimigos, se todos estiverem de acordo. Porque detesto a todos eles mais do que ninguém.

_Sugere que usemos magia negra? Está louca? E com quem aprendeu esses feitiços?_eu disse, a senhora engoliu em seco antes de me responder.

_Não é bem magia negra, Vossa Alteza... e não vem ao caso quem tenha me ensinado esses feitiços..._ e quando eu ria responder a velha, doutor Cornelius se envolveu:

_Hm! Tudo isso é muito interessante... Muito curioso! Creio que já sei quem é a senhora. E agora, Nikabrik, talvez o seu outro amigo também queira falar.

Uma voz pesada disse:

_Sou a fome e a sede. Aquilo que eu mordo, guardo-o comigo até morrer, e, mesmo depois da morte, tem de cortar do meu inimigo aquilo que eu mordi e enterra-lo comigo. Posso dormir cem noites sobre o gelo, sem gelar. Sou capaz de beber um rio de sangue sem estourar. Mostrem-me os seus inimigos.

_É na companhia desses dois amigos que você propõe expor o seu plano?_ perguntou Caspian, percebi que ele estava tenso também, ele segurava a espada que estava em sua cintura e sabíamos que poderíamos ter que lutar.

_É_disse Nikabrik, sem se preocupar com as palavras ditas pelo homem(?)._E é com a ajuda deles que penso em executá-lo.

Caspian começou a conversar com todos na sala, porém eu estava atordoada demais para prestar atenção no que ele dizia, essas pessoas e essas vozes... Me lembravam algo muito profundo, talvez um sonho ou uma lembrança que eu custei em apagar, apenas voltei dos meus pensamentos quando Caspian disse:

_Pois bem, Nikabrik, ouviremos seu plano.

Droga Caspian! Mil vezes droga! Como ele pode confiar neles?!?

Ficamos algum tempo em silêncio, e parecia que meu coração ia sair pela boca; tinha medo do que ia ouvir e minhas mãos tremiam mais do que um carro andando em paralelepípedos, eu ainda estava perdida em pensamentos quando três vozes disseram:

_A Feiticeira Branca?_meu coração disparou e uma raiva me penetrou e em um salto, eu Caspian, o texugo e o doutor estávamos em pé.

_Sim, falo da Feiticeira Branca! Precisamos de uma força, de uma força que se ponha ao nosso lado. E não diz a lenda que a feiticeira derrotou Aslan e o algemou sobre aquela mesa que está lá perto daquela luz?

_Fale com mais respeito de Aslan na minha presença, anão presunçoso! Acha mesmo que aquela mulher vai nos ajudar? Ela quase dizimou meu povo, tentou me matar! O que te faz pensar que vamos nos aliar à ela? E outra Aslan ressuscitou, seu grande idiota!_minha voz, por conta da raiva e do medo, saiu falhada por vezes e a voz era transparente em mim, eu queria acabar com a raça desse anão e destes dois intrusos, como eles podiam sugerir algo assim?

_Há quem diga que ele ressuscitou! Mas não se esqueçam de que pouco se conta do que ele fez depois. Desapareceu logo da história. Se de fato ressuscitou, como se explica isso? Não acha muito mais natural que tenha continuado morto e que a lenda não fale mais dele pela simples razão de que não há mais a falar?

_Eu estava lá! Vi ele com meus próprios olhos! Ele foi embora, pois simplesmente nada o prendia aqui!

_Foi ele quem coroou os reis e as rainhas_disse Caspian.

_Um rei que alcança uma grande vitória pode muito bem coroar-se a si próprio, sem precisar da ajuda de um leão de circo!_disse Nikabrik.

Caça-Trufas rosnou e eu bati na mesa que havia em nossa frente, eu tremia de ódio, eu faria aquele anão se engasgar com as próprias palavras.

A discussão continuou e Caspian segurava meu braço com força toda a vez que eu ameaçava pular no pescoço do anão, como ele podia dizer tantas bobeiras?

_Meta a espada Caspian_disse Nikabrik._ É esse o seu jogo, assassinar-me em pleno Conselho? Não se atreva. Acha que tenho medo de você? Estamos empatados, três do meu lado e três do seu!

_Acho que não sabe contar anão, Caspian tem a mim ao lado dele!

_Mulheres não contam!

Travei meu maxilar, larguei a espada, me soltei de Caspian e fui até o anão. Eu tremia de ódio, de raiva e meu coração parecia bater tão forte que sairia de meu peito, todos me olhavam com pavor nos olhos, inclusive o anão.

_Escute aqui, pode não ter medo de Caspian e qualquer um que seja, só sugiro, seu anão ridículo, que tome cuidado com as palavras, Aslan me disse para tomar cuidado com o meu temperamento; porém você está pedindo para que eu corte sua cabeça e a coloque em uma estaca para mostrar a todos o que eu posso fazer enquanto rainha e quanto é bom saber a hora de calar-se, não sou obrigada a ouvir suas besteiras, acha que tem algo aqui? haha, está muito enganado, se atreva mais uma vez a dizer algo contra mim e eu juro que vou te matar com as minhas próprias mãos.

Voltei ao meu lugar, peguei a espada e coloquei na bainha.

_Parem com isso! Estão indo depressa demais! A feiticeira está morta. Todas as lendas são unânimes nesse pondo. O que, pois, Nikabrik quer dizer com invocá-la?

_Não dêem ouvidos à eles!

A voz cinzenta disse:

_Ah, sim? Está morta?

A voz da velha continuou:

_Oh! O meu querido principezinho não deve preocupar-se com o fato de que a Dama Branca (é assim que costumamos chamá-la)_eu chamo ela de vadia das neves... O meu apelido faz mais jus à ela._esteja morta. Eminentíssimo doutor, está apenas querendo brincar com uma pode velha como eu, ao dizer isso. Amável doutor, sapientíssimo doutor, onde é que já se viu uma feiticeira morrer? É sempre possível invocar uma feiticeira!

_Invoquem-na que faço questão de fazê-la morrer de uma vez por todas.

_Invoque_disse a voz cinzenta._Estamos prontos. Trace o círculo e prepare o fogo.

Nesse momento eu e Caspian pegamos nossas espadas e ficamos em posição de ataque; Caspian disse algo, o texugo rosnava, e doutor Cornelius exclamava nervosamente; enquanto eu queria apenas que tivessem me escutado quando disse para não dar ouvidos à eles.


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Notas finais do capítulo

~REVIEWS? já já termino o próximo capítulo ;)



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