I Can Wait Forever escrita por Quione Rodriguez


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

~Desculpem sério ♥ amo vocês, não me matem! haha lá nas notas finais eu explico a razão da demora :3



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Buracos na estrada e confuso, sei que é difícil baby, dormir à noite. Não se preocupe, porque tudo vai ficar bem. No decorrer das suas mágoas e das brigas, não se preocupe porque tudo vai ficar bem.

Justin Bieber - Be Alright

Acordei com um barulho na tenda onde eu e Pedro havíamos passado a noite anterior. 

_Que foi isso?_tateei a cama com procurando por Pedro, percebi que ele não estava ali e bufei; ouvi uma risada, a risada dele.

_Estou aqui ainda, não se preocupe_rimos, mas não era aquele riso feliz, alegre que dávamos quando estávamos juntos e sim um riso triste e melancólico. Hoje era o dia do duelo e meu coração estava a mil, eu não queria pensar nisso, entretanto era impossível bloquear esses pensamentos enquanto ele colocava a armadura e o acampamento inteiro do lado de fora ficava gritando incentivos à ele.

Fomos almoçar já que era quase meio-dia e não tínhamos comido nada ontem, e não comemos muito hoje. Todos já vestiam suas armaduras e cantavam músicas sobre Nárnia e como era incrível morar ali e canções desse tipo.

Me sentia mal, muito mal e nervosa; extremamente nervosa. Acho que nunca fiquei tão ansiosa com algo na minha vida. Caspian, eu, Pedro e Edmundo não trocamos nenhuma palavra sequer desde que nos vimos; os garotos me abraçaram e o mesmo fizeram com Pedro.

Um pouco antes das duas horas Trumpkin e o texugo já estavam sentados com todas as outras criaturas na orla do bosque, um pedaço considerável de terra foi demarcado na forma de um quadrado para que ali fosse como uma arena. Quando Glozelle, Sopespian, Verruma, o Urso Barrigudo e Ciclone se posicionaram em seus lugares de juízes a realidade me bateu mais forte do que antes.

Talvez até ali eu estivesse negando todo esse tempo que eles teriam de lutar, ou eu não tinha notado as proporções que isso tinha tomado. Só sabia que eu tremia de medo e queria eu mesma acabar com Miraz antes da peleja; queria também bater em Pedro pela ideia - que sim, foi uma boa estratégia, porém eu tinha quase certeza que teria um ataque cardíaco no primeiro barulho das espadas batendo uma com as outra.

Estávamos perto da arena improvisada, Pedro e Edmundo conversavam algo que eu não estava prestando atenção; o doutor estava perto de nós e Caspian estava ao meu lado, talvez estivesse falando comigo, eu não sei.

Só parei de encarar as fileiras dos homens de Miraz quando alguém tocou meu ombro.

_O que foi?_disse sem nem ao menos me virar para ver quem era.

_Hey! Olha pra mim_disse Pedro, suspirei e ao ouvir a voz dele eu sabia que dessa vez eu não escaparia do discurso de ontem a noite; eu não poderia chorar já que estava na frente do meu exército, o exército que composto de pessoas que me amavam e que mereciam que, aconteça o que acontecer, eu esteja mais firme do que nunca para comanda-los.

Me virei e o abracei muito forte, ele retribuiu. Coloquei minha cabeça em seu pescoço, só para poder sentir mais uma vez seu cheiro, eu queria guardar esse cheiro em minha memória para sempre. Olhei para o rosto dele, eu sabia que ele estava amedrontado e tentava não mostrar isso a ninguém, nem mesmo para mim ou Edmundo. Esse era Pedro.

Nos encaramos por alguns minutos e ele começou seu "discurso":

_Eu sei que você não quer que eu faça isso, mas eu tenho que fazer porque... Porque eu quero te dar adeus se algo der errado ali, está bem?_Apenas assenti, pois se eu respondesse começaria a chorar._Obrigado pelas melhores lembranças aqui de Nárnia, eu acho que sabes o quanto eu estava animado para voltar aqui só pra te ver; só que acho que não sabes o quão meu sentimento aumentou apenas por te ver quando eu voltei, eu te amo Liz e quero que saiba disso... E se isso for um adeus eu quero que você seja forte, por todos aqui. Sei que Edmundo não ficaria muito bem, nem Su e Lu; cuide deles por mim...

Sorrimos, e foi muito verdadeiro, nenhum de nós chorava, balancei a cabeça afirmando e nos beijamos, nos abraçamos de novo; e assim que ele se soltou de mim senti uma pontada no coração.

Isso devia ser mais um pesadelo, tinha de ser.

Pedro apertou a mão de Ed e do doutor, logo os dois e Caspian ficaram ao meu lado, estávamos formando um paredão. Caspian e Edmundo um de cada lado meu seguravam minhas mãos enquanto via Pedro andando em direção a arena. 

O tempo parecia estar querendo me torturar, tudo parecia estar no modo lento e o silêncio reinava pelo campo, ninguém falava, se mexia ou respirava mais forte. A tensão estava enorme e o único som que ouvia era o barulho das folhas resvalando uma na outra.

Assim que os dois entraram no espaço destinado a peleja, um quadrado de mais ou menos dez metros, ambos se saudaram numa saudação e acho que trocaram algumas palavras que não consegui ouvir.

E assim o duelo começou, eu apertava mais e mais as mãos dos garotos, o tinir do metal das espadas fazia-me ficar cada vez mais apreensiva. Logo cada exército começaram com saudações ao seu Rei e com ofensas ao seu Rei inimigo.

Edmundo soltou minha mão e começou a gritar em exaltação para Pedro, Miraz recuou alguns passos e meu coração se aliviou ao perceber que o combate estava ganho, porém Miraz se recuperou e, agora, começou a tirar vantagem de seu tamanho e peso.

Saudações do exército inimigo ecoaram pelo campo e meu coração parecia sair pela boca.

_Pedro está sofrendo golpes terríveis_disse Edmundo, só que assim que viu minha expressão percebi que tinha se arrependido do que tinha dito.

_E agora? O que está acontecendo?

_Estão cansados, estão recomeçando e testando a defesa um do outro. Tentando perceber entre um golpe e outro quem está mais cansado_eu disse apreensiva.

_Esse Miraz parece ser bom com a espada..._disse o doutor.

Logo um barulho ensurdecedor tomou o local, os narnianos gritavam de felicidade. Eu não tirei os olhos do campo, fiquei feliz e preocupada ao mesmo tempo.

_O que está havendo? Meus olhos cansados já não ajudam.

_O Grande Rei atingiu Miraz debaixo do braço! A ponta da espada entrou pela cava da cota de malha. É o primeiro sangue derramado_disse Caspian aplaudindo o golpe incrível de Pedro.

_É... mas as coisas não vão bem. Pedro não está segurando o escudo como devia... Deve estar ferido no braço esquerdo_falou Edmundo.

_O escudo está pendendo-lhe no braço..._eu disse, bufei em reprovação.

_Vocês, que estão mais habituados a combater, acham que temos esperanças?_Caspian disse com cuidado, por que eu sabia que ele havia direcionado a pergunta a mim também.

_Muito pouca. Você sabe Liz, e não adianta mentirmos para nós mesmos. Mas com sorte, talvez ele ainda consiga vencer.

_Eu sei Ed... Não devemos maquiar a realidade para que ela fique mais bela para nós. Porém sei que Pedro ainda vai conseguir vencer. Ele é superior à Miraz e é mais velho, o Grande Rei se cansará mais devagar que ele.

_Oh! Por que fomos permitir esse duelo?_Caspian disse e eme abraçou.

Repentinamente os gritos amoleceram, Ed se pronunciou:

_Estou entendendo. Resolveram descansar um pouco. Vamos, doutor. Talvez possamos ajudar o Grande Rei! Liz venha também, você pode anima-lo.

Corremos até a arena e Pedro correu até nós. Ele ofegava e estava muito vermelho.

_Está com o braço ferido?_perguntou Edmundo, Pedro sentou-se no chão e eu abaixei; lancei-lhe um sorriso e ele retribuiu, comecei a fazer um curativo em seu pulso ferido com as coisas que o doutor trouxe-me.

_Não é bem um ferimento_acho que ele falou isso para nos tranquilizar, porque era sim um ferimento._Tive que aguentar o peso dele sobre o escudo... como se fosse uma carroça de tijolos... e a borda do escudo fincou-me no pulso bem apertado, acho que posso aguentar-me.

E foi isso que eu fiz, ou pelo menos tentei já que eu tremia demasiadamente.

_Que tal é ele, Pedro?_perguntou Edmundo.

_Difícil, muito difícil mesmo. Talvez haja um esperançar, se conseguir aguentá-lo até que a falta de fôlego e o próprio peso o cansem... o peso e este sol de rachar. Para falar a verdade é com o que posso contar_meu coração pesou quando ele disse isso e parecia que o peso do mundo caia nas minhas costas._ Se acontecer alguma coisa, Ed, dê lembranças minhas a todos, lá em casa.

Me levantei e Pedro também, já que Miraz estava dirigindo-se à arena novamente.

_Adeus, meu velho. Adeus doutor. Ed não se esqueça de dizer a Trumpkin que lembrei dele. Tem sido um amigão_ Pedro apenas me abraçou e disse para eu "ficar bem".

Rapidamente estávamos de onde tínhamos saído e Pedro e Miraz lutavam. Pedro parecia mais concentrado e saltava de um lado para o outro fazendo com que o inimigo ficasse mais cansado.

Os telmarinos gritavam algo que eu não estava muito disposta a ouvir, todos conversavam a minha volta. Eu só estava prestando atenção na peleja, ele tinha que ganhar.

Ele tinha que ganhar.

Miraz dá um golpe no elmo de Pedro, ele cai sobre um joelho e os telmarinos gritavam para que seu rei desse um fim no meu. Eu estava atônita, Edmundo e Caspian tinham as mãos em minha cintura, me seguravam por medo de eu ir até a arena e fazer alguma bobeira.

Lágrimas corriam pelo meu rosto silenciosamente, me agarrei a Caspian, não iria ver aquilo. Como poderia?

Miraz parecia não querer acabar com aquilo já que os telmarinos estavam inquietos e os narnianos em silêncio. 

_Formidável! Está de pé outra vez. Coragem, Pedro!_gritou Edmundo enquanto me cutucava para voltar a ver a batalha, eu limpei as lágrimas que haviam caído e segurava arduamente as que queriam saltar dos meus olhos.

Todos começaram a comentar o que havia acontecido, todos os olhos pairavam na arena, corações a mil e gritos a plenos pulmões. 

Os reis lutavam como animais ferozes, um atirando-se contra o outro. Golpes rápidos, os dois estavam furiosos e estavam mais do que determinados a vencer a batalha.

Os narniandos gritaram, Miraz estava no chão e Pedro esperava que o outro se levantasse.

Todos gritavam para que Pedro acabasse com Miraz ali mesmo, porém os lordes Glozelle e Sopespian entraram na arena e antes que pudéssemos entender o que estava acontecendo fomos obrigados a nos armar, "traição!" era o grito que ecoava no campo de batalha, todos se armaram e a guerra começou.


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Notas finais do capítulo

~compridão né? Posto o próximo assim que der, estou em semanas de provas então não darei data certa...
~Reviews? *-* love u all darlings



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