Hunter - The Scape escrita por HannahHell


Capítulo 10
Capítulo 9.


Notas iniciais do capítulo

Sorry pela demora, mas eu tava viajando... e num tinha escrito mtu...
então por isso demorei
mas aki está o post o/



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Droga! Aqueles sanguessugas me acharam, isso não tem graça, eu mal cheguei à Nova York e um comitê de pessoas pálidas e sem reflexo apareceu nas redondezas, me seguindo discretamente, guiando-se pelas sombras. Se arriscando a sair de dia, o momento em que estão muito mais fracos.

 

A organização daqui é muito melhor, eles não tem medo do sol, mas são muito mais discretos. Vincent estava certo ao falar que sobreviver aqui seria perigoso demais.

 

Correr é muito cansativo, então me distraio a entrar em lojas, ruas e qualquer lugar lotado numa tentativa de despistá-los.

 

Por enquanto ando obtendo algum sucesso.

 

Consegui agüentar até o anoitecer, e depois de uma manobra muito bem articulada numa boate consegui me livrar deles. Agora era só arranjar um jeito de ir para o terminal rodoviário.

 

Cheguei numa parte da cidade estranhamente vazia. Nenhuma pessoa na rua. Isso não me cheirava bem. Como que algum canto da ‘Cidade Que Nunca Dorme’ pode estar vazio?

 

Meus passos ecoavam por onde eu passava. Droga! Vão me denunciar se meus perseguidores estiverem perto. E eu não posso deixá-los me achar, principalmente agora que consegui uma boa dianteira. 

 

A algumas quadras vi a estação de metrô, minha salvadora. Desci as escadas correndo, o lugar também estava vazio, passei o bilhete na catraca e entrei, não tinha tempo. Desci pelas escadas rolantes para a linha que descia no terminal rodoviário, era um lugar óbvio, mas se chegasse lá antes deles, eu estaria salva, ou pelo menos por aquele dia.

 

Peguei o trem quando as portas estavam quase fechando, foi um golpe de sorte, talvez eu não estivesse completamente perdida quanto achava.

 

O trem estava relativamente vazio, no meu vagão, por exemplo, havia mais umas cinco pessoas.

 

Passei por umas quatro estações até chegar à estação do terminal, saí do metrô correndo, sem ligar para quem passava por mim ou para a paisagem ao meu redor, me preocupei apenas em ir até onde vendiam as passagens dos ônibus que sairiam o mais rápido possível.

 

-Uma passagem para qualquer ônibus que esteja saindo nos próximos dez minutos – pedi no guichê.

 

-Me desculpe, mas compras de passagem tem de ser feitas com no mínimo uma hora de antecedência – o vendedor me informou.

 

-Sério, eu preciso sair daqui! – exclamei, mas então tive uma brilhante idéia, abaixei a voz e num tom assustado e choroso completei – eu fui raptada, e agora meus seqüestradores querem me pegar, por favor, me ajude!

 

-. – ele estava hesitando, me forcei a chorar e lancei o olhar mais melancólico e assustado que pude – tudo bem, tem esse ônibus que vai sair daqui sete minutos, a passagem custa vinte dólares – ele falou com uma voz bondosa.

 

-Obrigada! – lancei um sorriso grato e paguei, ele me passou a passagem – você acabou de salvar minha vida! – completei.

 

-De nada – ele falou enquanto eu corria para o portão de embarque.

 

Portão dezessete. Tenho que admitir, ele era perto levando em consideração todos os portões desta estação.

 

Passei pelo portão: 4, 5, 6. 15, 16 até que lá estava a minha salvação! O portão dezessete, quase fechando, corri o mais rápido que minhas pernas permitiam até chegar lá.

 

O guarda olhou bravo para mim, mas não liguei, fiz uma cara de “desculpe-me o atraso” e ele me deixou entrar.

 

Sentei no meu banco, o último do ônibus, sabe aquele bem do lado do banheiro? Mas não ligava, agora estou indo para Washington, e por ter sido uma coisa aleatória os despistei mais ainda.

 

Fazia dois meses que eu estou nesta fuga alucinante, sem tempo para respirar e usando todas as táticas de fuga imagináveis e inimagináveis, pois para fugir da minha caça precisava-se, não de força, e sim de inteligência, pois, afinal, não se pode vencer o que é mais forte que você sem que se use de táticas e estratégias elaboradas.

 

Tenho agora umas doze horas de viajem pela frente. O melhor é dormir.

 

Porém essas horas de sono não foram tão bem utilizadas quanto eu gostariam alguém me acordou com um cutucão.

 

Abri os olhos e senti que o ônibus estava parado, olhei o relógio e vi que passaram apenas duas horas, para mim foram mais como dois minutos e, com muita relutância, olhei para a pessoa que me acordou.

 

Levei um susto com a imagem à minha frente, lá estava Vincent com seu sorriso cínico olhando para minha perna que estava esticada no assento ao meu lado.

 

-Sua perna está no meu lugar – ele comentou com a voz de quem fala algo muito óbvio.

 

-Não estou vendo seu nome nele – retruquei aborrecida, quem ele pensa que é para me acordar para dizer coisas que eu já sei.

 

-Mas isto tem meu nome – ele me mostrou a passagem que confirmava que o lugar ao meu lado era mesmo dele.

 

 -Você é um tremendo insuportável – resmunguei enquanto tirava minha perna do assento. Por que ônibus tem de ser tão desconfortáveis?

 

-Porque assim as pessoas preferirão viajar de carro e as concessionárias ganham mais dinheiro – Vincent falou depois de se sentar.

 

-Você lê mentes agora? – isso me assustou, será que ele fica espiando minha mente? Depois dizem que mulheres são curiosas.

 

-Não, mas sua cara estava dizendo o que você pensava – ele contou rindo da minha reação. Ele parou um pouco com a risada e respirou fundo, e enquanto o ar saía da sua boca ele abriu um largo sorriso – que bom que você não está mais cheirando tanto ao seu sangue.

 

-Sabe, eu queria te perguntar uma coisa desde aquele dia – comecei assim que me lembrei de uma coisa que me deixou com a pulga atrás da orelha.

 

-Fale bela dama – ele usou um tom antigo como naqueles filmes do século dezenove.

 

-Sabe, lá naquele avião devia ter pelo menos umas dez garotas com o mesmo problema que eu, porque você sentiu mais o cheiro do meu sangue do que o das outras?

 

-Bom. Sabe quando você está num restaurante self-service e sente o cheiro da sua comida favorita? Embora tenha os cheiro de muitas outras que você também gosta, mas a que mais te deixa tentada a comer é a sua favorita? – ele começou adquirindo um tom sério, isso nele era impressionante, essa oscilação entre sério, cínico, irônico.

 

-Sei, mas como isso se aplica?

 

-Bom, seu cheiro era milhões de vezes melhor que de qualquer outra pessoa, então ele era mais tentador, bem mais. Eu estava quase perdendo o controle – Vincent explicou de cabeça baixa, como se isso fosse algo que ele se arrependesse profundamente.

 

-Eu te desculpo - não sei o porquê, mas tive a necessidade de falar isso, e não me arrependi, o sorriso de gratidão que ele me deu me deixou sentindo um pouco melhor.

 

Ele se sentou do meu lado e abriu um pacote de bolachas que, só agora eu percebi que ele segurava.

 

-Para onde vamos? – ele me perguntou passando o pacote para que eu pegasse uma bolacha.

 

-Washington, mas depois eu vou dar um jeito de ir para o Texas -  respondi entediada depois de comer uma bolacha.

 

-Texas? Mas por que justo o Texas? – ele estava curioso, um curioso que tava tentando me engordar enchendo-me  com bolachas.

 

-Para eu conseguir mais informações sobre o paradeiro dos meus avós – contei com um suspiro cansado, ainda tem uma longa estrada pela frente.

 

-Então assim que chegarmos vamos correndo para o aeroporto pegar o primeiro vôo para o Texas! – ele era realmente muito decidido.

 

-E os documentos? Dinheiro e afins? Viajar de avião é muito caro!

 

-Relaxa Belle, vai ficar por minha conta, além do mais ninguém pede documentos para Vincent Richards – ele se gabou.

 

-Já que é assim, tudo bem – só um maluco ou um idiota iria recusar uma viajem de avião de graça.


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Notas finais do capítulo

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