Insânia escrita por Mari N


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu me arriscando em postar uma fic deste anime. Eu sou péssima em sinopses, portanto, me perdoem! :')
Eu precisava sair da abstinência e postar alguma coisa por aqui... Exatamente um mês sem postar :o
E bem... Não tenho muito o que dizer desta história. Foi tranquila de escrever, fluiu naturalmente. Creio que ficou boa!
Mas bem... Leiam e formem uma opinião sobre.
Sem mais delongas... Boa leitura, espero que gostem! (;



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Orihara Izaya sempre foi um louco sádico, isso estava claro para quem quisesse enxergar. Ele era um completo louco extremamente fissurado em seu amor doentio pela humanidade em geral. Para ele tudo era um simples jogo do qual ele era o manipulador das peças. Era a sua forma insana de demonstrar o seu amor pelos humanos. Izaya sempre se envolvia em jogos perigosos do qual nem sempre era possível vencer, mas ele vencia. Vencia, pois era um cretino talentoso. Um gênio. Mas apesar se suas atitudes infantis e psicóticas, ele era um louco consciente. Era. Até que enlouqueceu completamente. Seus sorrisos dementes cada vez mais frequentes. Suas risadas maníacas cada vez mais intensas. Se tornou uma mente perturbada, insana. Se consumiu em loucura, se tornando um completo alucinado.

Quem o visse agora talvez até sentisse pena, piedade. Izaya havia se tornado a visão da decadência. Mas ele era apenas vítima de si mesmo. O mundo fictício de sua mente o consumindo aos poucos em insanidade. Agora, vivia em um manicômio de gélidos corredores brancos e absurdamente longos. Os quartos eram como celas de um presídio. Ele que sempre fora tão livre, era agora preso por correntes mais pesadas que o próprio destino. As correntes de si mesmo. Somada ainda as correntes do próprio quarto.

Namie acreditava que um dia ele iria se cansar. Ela não queria ter olhado nos olhos dele. É um fato que Namie havia expressamente odiado Izaya por incontáveis anos, mas aquela era uma realidade que não desejaria nem para ele. Era uma realidade cruel demais. O pior era perceber que ele aceitava isto como uma punição severa em lapsos de memória e consciência. Namie queria chorar. Porque Izaya era como uma criança. Era como uma criança jogando um novo jogo. A diferença era que agora ele era a peça. Logo ele que era tão acostumado a jogar com os outros. Um jogo de vida ou morte ao qual ele deveria calcular bem antes de mover a peça, antes de se mover.

Ela o visitava frequentemente, por medo de sua própria consciência, e por consideração ao que ele ainda era. Izaya tinha muitas faces. Izaya tinha muitos passados. Izaya tinha muitas sombras. E mesmo nessas condições ele continuava o mesmo. Às vezes quieto, às vezes agitado. Mas sempre distante. Distante de tudo, de todos. Distante de si mesmo. A vida de Izaya seria como um delírio passageiro que talvez ninguém lembraria de ter existido. Ele era consumido pelas chamas da própria insensatez.

E ela sabia, só de ter olhado para os olhos dele, que havia uma dor não dita. E que havia uma cicatriz. Talvez não houvesse arrependimentos, mas havia dúvidas. Ele pedia em silêncio para que ela se esquecesse, para que ela apagasse a existência de qualquer memória. Mas ela sabia ser impossível. Aqueles olhos de um profundo vermelho sangue nunca poderiam ser esquecidos. Mas ela havia silenciosamente prometido a ele que não diria ao seu filho que seu pai tinha sido um louco incontrolável. E ela sabia que ele tinha consciência daquela promessa silenciosa.

Às vezes ele expressava um sorriso tão triste quanto o olhar, num pedido eterno e mudo de desculpas. Tudo fazia com que a alma despedaçasse cada vez mais. E ela sabia que qualquer uma daquelas vezes que iria visitá-lo poderia ser a última.
Izaya se mataria por medo de perder no próprio jogo doentio criado e vivido por ele. Ela também sabia disso. Ele era um prisioneiro da própria insanidade. 


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Notas finais do capítulo

E então.. Gostaram? Amaram? Odiaram? Detestaram?
Digam-me o que acharam... Gosto de saber opiniões.
Bem... Isso foi tudo! Espero que tenham gostado.
Beijos e até uma próxima (;