Ela se sentia fora de espaço, fora de si. Como se algo estivesse perdido. Killian dizia que tudo ficaria bem, que se lembraria do amor dos dois. Mas a cada beijo que ela permetia ( afinal, era o grande amor da vida dela), sentia uma culpa sem fim. Ela percebia que não o pertencia.

                Belle conseguiu convencer Hook que ela deveria voltar ao trabalho mesmo não se lembrando muito bem como era. Ele dizia que a estava protegendo “dele”. “Que criatura terrível, arrancou o coração da irmã do capitão!” pensava, mas contrariando toda lógica , não conseguia sentir medo “dele”.

                Com a ordem expressa de não passar nem em frente da loja “dele”. Entrou rapidamente na biblioteca. O trabalho ajudou a distrair da tristeza sem explicação que sentia, saudade de algo que não compreendia!

-Por que esta hora não passa? Por que estou com tanta fome e sono?- se indagou. E apesar ainda serem 10 horas da manhã, Belle decidiu comer algo no Granny’s.

                Quando entrou, Ruby, que supostamente era sua amiga, novamente a olhou com pena, mas Belle cansou das respostas vazias quando perguntava o motivo daquele olhar.

-Já?

-Sim, estou faminta-Belle responde sem emoção

-O que deseja, então?

-Um hamburguér com picles extras e um chá gelado.

                Ela quase sempre pedia a mesma coisa. Essa comida a fazia feliz, trazia uma desconhecida lembrança. O que era bem estranho já que Killian nem sabia que era um picles.

 De repente, coração dela bate mais forte ao ouvir os ruídos da bengala dele batendo no chão.”Killian vai me matar” pensou...