Saí do shopping já era umas 20h da noite. Depois daquela longa conversa, eu e Hanna havíamos lanchado e ela havia me deixado em casa.

Cheguei em casa com planos de dividir com a minha mãe e com Hazel o meu dia, mas o que encontrei foi um tanto quanto perturbador.

Minha mãe. Um cara. Transando no sofá da sala.

— MÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAE! - gritei com todas as minhas forças

Que vadia. Como ela faz algo assim?

— MÃE!!!! O QUE É ISSO?

Ela parou de quicar pra me responder:

–Ah, esse é meu namorado.

E voltou a quicar.

Fiquei com ódio mortal da cara dela. Eu não via minha mãe desde os meus 15 anos e ele não estava nem interessada em passar nem que fosse 5 minutos com a filha dela. Eu deveria esperar. É lógico que Joanne prefere dar pra um cara que ela conheceu numa esquina qualquer do que estar com a família.

Amanha eu iria pedir pro meu pai depositar o dinheiro de emergências. Eu iria morar sozinha.

Mas naquela noite eu só queria sair de casa e não olhar mais pra cara daquela piranha.

Tomei um banho correndo e coloquei uma das 300 roupas que eu havia comprado com a Han mais cedo e um salto maior do que eu podia aguentar.

Fui andando por aí e entrei na primeira boate que encontrei. O local era enorme, mas muito escuro e abafado. Relevei.

Estava bebendo minha quarta ou quinta tequila quando veio uma garota em minha direção.

–— Ei, você quer ecstasy? - disse a garota, que depois descobri que se chamava Kathy, na lata.

Acho que eu já estava muito bêbada porque aceitei sem hesitar.

Já era umas 3h da manha e eu não fazia a minima ideia de mais nada. Só estava dançando e sentindo uma felicidade que eu nunca havia sentido.

–Ei, Taylor, tudo ok aí? - gritou Kathy, do outro lado da pista

Não sei o que aconteceu, mas eu fui atravessando a pista, meio cambaleando, e tasquei um beijo nela. E depois comecei a rir.

O que tinha de errado comigo?

A última coisa que lembro era de ter saído da boate com a Kathy, fumando alguma coisa que eu não fazia a minima ideia do que era e cair no meio da rua.