Concrete Jungle escrita por gabrielabfs
Não sei como consegui vestir minha roupa e fazer com que minhas pernas parassem de tremer em apenas um minuto, mas eu consegui. Acho que mereço um prêmio.
— CHEGUEI!!!!
— Ah, o-oi Hanna! - eu disse, tentando não olhar nos olhos dela.
Eu queria chorar, eu queria correr, eu queria morrer. Não ia dar pra continuar ali.
— Hey, Han, eu preciso ir pra casa. Minha mãe me mandou uma mensagem, falando pra ir pra casa urgente.
— Sério, Tay? -indagou Jason.
— Sim, Jason. Sério. Se vocês me dão licença.
Peguei minha bolsa e saí correndo dali antes que as lágrimas começassem a rolar, mas foi em vão. Como eu pude ser tão estúpida a ponto de estar na cidade há apenas 3 dias e já ter traído minha amiga? Eu realmente merecia morrer.
Senti meu celular vibrando na bolsa e vi que haviam 5 mensagens perdidas: 3 da minha mãe, 1 do meu pai e 1 da Kathy
[5 mensagens não lidas]
''Mãe: Tay, cade você? Precisamos conversar.''
''Kathy: Qual filme: The Hangover ou Fast and Furious?
P.S.: Chega mais cedo no meu apartamento? (Te mandei um anexo com o endereço)
''Mãe: Taylor, apareça agora."
''Mãe: Taylor Hudson, eu sou sua mãe e estou mandando você vir para casa AGORA.''
''Papai: E aí filhinha, como vai na cidade grande? Estou com saudades...''
Resolvi responder apenas as mensagens de Kathy e meu pai, e fui direto pra casa pra minha mãe poder calar a boca.
— TAYLOR, FINALMENTE! Onde você estava? -gritou minha mãe assim que saí do elevador
— Por aí. -disse me jogando no sofá -O que você tinha de tão urgente pra me falar?
— Então...Você sabe que eu sou uma mulher de negócios e que vivo sempre viajando...
— E?
— E eu queria dizer que estou me mudando permanentemente pra Dubai, que é onde fica a central da empresa da família.
S-A-B-I-A! Sabia que Joanne ia me abandonar mais cedo ou mais tarde, mas não imaginei que seria agora. Por incrível que pareça, aquilo nem me doeu. Já estava tão acostumada com a ausência dela que nem ligava mais.
— E isso quer dizer que...?
— Que agora esse apartamento é seu.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
— E quando você vai? -tentei disfarçar o enorme sorriso por ter um acabado de ganhar um enorme apartamento só pra mim.
— Em duas horas. Estava esperando apenas você para partir. Mas saiba que irei te visitar de 15 em 15 dias.
Mentirosa.
— Ok, mamãe. Já está indo pro aeroporto?
— Sim! Já passei a documentação da casa pro seu nome, deixe 200 mil guardados no cofre para reformas e já conversei com seu pai, e ele vem em breve te ver. Me ajuda com as malas?
— Sim, claro.
Desci as escadas e acompanhei minha mãe até o táxi.
— Ei, filha.
— Que?
— Me desculpa.
Senti que ela estava falando a verdade e decidi abraça-la.
— Adeus, filha. Eu venho em breve.
— Tchau, mamãe.
Assim que ela saiu, eu saí correndo e fui me arrumar para o shopping e liguei para Hazel, contando as novidades.
Eram mais ou menos 17h30 quando o táxi me deixou na casa da Kathy, no Brooklyn, se é que aquilo poderia ser chamado de casa: era um beco, com muitas casas acumuladas, praticamente amontoadas umas nas outras.
Toquei a campainha e ela me atendeu com um sorriso enorme:
— Tay, que bom te ver! Entre, entre.
— Ei, Kathy! Obrigada
Observei bem a casa e percebi que era bem simples: apenas uma cozinha, uma sala pequena, dois quartos e um banheiro.
— Fique a vontade, eu só vou trocar de roupa.
Sentei no sofá da sala e fiquei trocando mensagens com Hanna (tentando explicar minha saída repentina de sua casa), quando eu ouvi alguém empurrando a porta.
— KATHERINEEEEEEEEE, CADÊ MEU DINHEIRO? -gritou um homem, aparentemente de uns 35 anos, gordo, sujo e drogado
Kathy veio correndo pra sala e eu vi que ela estava com um olhar assustado. Levantei do sofá e perguntei se ela queria que eu ligasse pra polícia, mas ela disse apenas pra eu ir pra seu quarto. Eu fui e fechei a porta mas continuei ouvindo.
— Tio, eu não tenho dinheiro hoje!
— TEM SIM, SUA VAGABUNDA! -pude ouvir o tapa que ele deu nela. Entrei em desespero, mas preferi ficar no quarto.
Ouvi um barulho brusco na porta e um soluço. Saí do quarto devagar e vi que Kathy estava chorando.
— Kathy...está tudo bem? -perguntei cuidadosamente
— Ah, sim.–disse ela, secando as lágrimas -Vamos?
Decidi não pressiona-la e pegamos o táxi. No caminho, ela foi me contando a história: seus pais haviam morrido muito cedo em um acidente de carro e ela foi obrigada a morar com seus tios. Isso não seria um problema se a tia dela não houvesse morrido de câncer há 2 anos atrás, que foi quando ela começou a trabalhar pra poder pagar sua escola e, consequentemente, o vicio do seu tio.
Fiquei com pena dela, e tive uma ideia, mas não iria falar com ela naquele momento.
Encontramos com Joey no shopping e vimos o filmes. Vale dizer que rolou uma faísca quando ''sem querer'' a minha mão encostou na dele, mas ok.
Jantamos e ficamos conversando até umas 01h00 em um barzinho perto do shopping. Como ficou tarde para voltarmos de táxi, Joey decidiu deixar nós duas em casa. Deixou Kathy primeiro e depois me deixou
— Joey, er, você quer subir?
— Claro!
Subimos para o apartamento e perguntei se ele queria beber algo. Peguei uma garrafa de vinho tinto que achei na adega e servi.
Foram um, dois, três, quatro, oito copos e duas garrafas acabadas. Lá pelas 3 da manhã já estávamos completamente bêbados e um pouco mais atrevidos.
— HAHAHAHAHAHAHA, ai ai, Joey, você é demais -eu disse, entre risadas.
— Sou, é? -ele disse, enquanto subia a mão na minha perna
Já estava tão bêbada que nem consegui negar.
Em dois minutos, já estávamos um em cima do outro, em um amasso delicioso no sofá da sala.
— Joey... -gemi, enquanto ele beijava meu pescoço
Ele desabotoou minha blusa com tanta facilidade que já percebi que ele tinha experiência.
Ele me pegou no colo e me levou pro quarto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Capítulo gigantesco, mas muito bom