Concrete Jungle escrita por gabrielabfs


Capítulo 10
Fast & Furious




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Não sei como consegui vestir minha roupa e fazer com que minhas pernas parassem de tremer em apenas um minuto, mas eu consegui. Acho que mereço um prêmio.

— CHEGUEI!!!!

— Ah, o-oi Hanna! - eu disse, tentando não olhar nos olhos dela.

Eu queria chorar, eu queria correr, eu queria morrer. Não ia dar pra continuar ali.

— Hey, Han, eu preciso ir pra casa. Minha mãe me mandou uma mensagem, falando pra ir pra casa urgente.

— Sério, Tay? -indagou Jason.

— Sim, Jason. Sério. Se vocês me dão licença.

Peguei minha bolsa e saí correndo dali antes que as lágrimas começassem a rolar, mas foi em vão. Como eu pude ser tão estúpida a ponto de estar na cidade há apenas 3 dias e já ter traído minha amiga? Eu realmente merecia morrer.

Senti meu celular vibrando na bolsa e vi que haviam 5 mensagens perdidas: 3 da minha mãe, 1 do meu pai e 1 da Kathy

[5 mensagens não lidas]

''Mãe: Tay, cade você? Precisamos conversar.''

''Kathy: Qual filme: The Hangover ou Fast and Furious?
P.S.: Chega mais cedo no meu apartamento? (Te mandei um anexo com o endereço)

''Mãe: Taylor, apareça agora."

''Mãe: Taylor Hudson, eu sou sua mãe e estou mandando você vir para casa AGORA.''

''Papai: E aí filhinha, como vai na cidade grande? Estou com saudades...''

Resolvi responder apenas as mensagens de Kathy e meu pai, e fui direto pra casa pra minha mãe poder calar a boca.

— TAYLOR, FINALMENTE! Onde você estava? -gritou minha mãe assim que saí do elevador

— Por aí. -disse me jogando no sofá -O que você tinha de tão urgente pra me falar?

— Então...Você sabe que eu sou uma mulher de negócios e que vivo sempre viajando...

— E?

— E eu queria dizer que estou me mudando permanentemente pra Dubai, que é onde fica a central da empresa da família.

S-A-B-I-A! Sabia que Joanne ia me abandonar mais cedo ou mais tarde, mas não imaginei que seria agora. Por incrível que pareça, aquilo nem me doeu. Já estava tão acostumada com a ausência dela que nem ligava mais.

— E isso quer dizer que...?

— Que agora esse apartamento é seu.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

— E quando você vai? -tentei disfarçar o enorme sorriso por ter um acabado de ganhar um enorme apartamento só pra mim.

— Em duas horas. Estava esperando apenas você para partir. Mas saiba que irei te visitar de 15 em 15 dias.

Mentirosa.

— Ok, mamãe. Já está indo pro aeroporto?

— Sim! Já passei a documentação da casa pro seu nome, deixe 200 mil guardados no cofre para reformas e já conversei com seu pai, e ele vem em breve te ver. Me ajuda com as malas?

— Sim, claro.

Desci as escadas e acompanhei minha mãe até o táxi.

— Ei, filha.

— Que?

— Me desculpa.

Senti que ela estava falando a verdade e decidi abraça-la.

— Adeus, filha. Eu venho em breve.

— Tchau, mamãe.

Assim que ela saiu, eu saí correndo e fui me arrumar para o shopping e liguei para Hazel, contando as novidades.

Eram mais ou menos 17h30 quando o táxi me deixou na casa da Kathy, no Brooklyn, se é que aquilo poderia ser chamado de casa: era um beco, com muitas casas acumuladas, praticamente amontoadas umas nas outras.

Toquei a campainha e ela me atendeu com um sorriso enorme:

— Tay, que bom te ver! Entre, entre.

— Ei, Kathy! Obrigada

Observei bem a casa e percebi que era bem simples: apenas uma cozinha, uma sala pequena, dois quartos e um banheiro.

— Fique a vontade, eu só vou trocar de roupa.

Sentei no sofá da sala e fiquei trocando mensagens com Hanna (tentando explicar minha saída repentina de sua casa), quando eu ouvi alguém empurrando a porta.

— KATHERINEEEEEEEEE, CADÊ MEU DINHEIRO? -gritou um homem, aparentemente de uns 35 anos, gordo, sujo e drogado

Kathy veio correndo pra sala e eu vi que ela estava com um olhar assustado. Levantei do sofá e perguntei se ela queria que eu ligasse pra polícia, mas ela disse apenas pra eu ir pra seu quarto. Eu fui e fechei a porta mas continuei ouvindo.

— Tio, eu não tenho dinheiro hoje!

— TEM SIM, SUA VAGABUNDA! -pude ouvir o tapa que ele deu nela. Entrei em desespero, mas preferi ficar no quarto.

Ouvi um barulho brusco na porta e um soluço. Saí do quarto devagar e vi que Kathy estava chorando.

— Kathy...está tudo bem? -perguntei cuidadosamente

— Ah, sim.–disse ela, secando as lágrimas -Vamos?

Decidi não pressiona-la e pegamos o táxi. No caminho, ela foi me contando a história: seus pais haviam morrido muito cedo em um acidente de carro e ela foi obrigada a morar com seus tios. Isso não seria um problema se a tia dela não houvesse morrido de câncer há 2 anos atrás, que foi quando ela começou a trabalhar pra poder pagar sua escola e, consequentemente, o vicio do seu tio.

Fiquei com pena dela, e tive uma ideia, mas não iria falar com ela naquele momento.

Encontramos com Joey no shopping e vimos o filmes. Vale dizer que rolou uma faísca quando ''sem querer'' a minha mão encostou na dele, mas ok.

Jantamos e ficamos conversando até umas 01h00 em um barzinho perto do shopping. Como ficou tarde para voltarmos de táxi, Joey decidiu deixar nós duas em casa. Deixou Kathy primeiro e depois me deixou

— Joey, er, você quer subir?

— Claro!

Subimos para o apartamento e perguntei se ele queria beber algo. Peguei uma garrafa de vinho tinto que achei na adega e servi.

Foram um, dois, três, quatro, oito copos e duas garrafas acabadas. Lá pelas 3 da manhã já estávamos completamente bêbados e um pouco mais atrevidos.

— HAHAHAHAHAHAHA, ai ai, Joey, você é demais -eu disse, entre risadas.

— Sou, é? -ele disse, enquanto subia a mão na minha perna

Já estava tão bêbada que nem consegui negar.

Em dois minutos, já estávamos um em cima do outro, em um amasso delicioso no sofá da sala.

— Joey... -gemi, enquanto ele beijava meu pescoço

Ele desabotoou minha blusa com tanta facilidade que já percebi que ele tinha experiência.

Ele me pegou no colo e me levou pro quarto.


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Notas finais do capítulo

Capítulo gigantesco, mas muito bom



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