Norte: Não sei se vocês repararam, mas Jack está muito estranho ultimamente.

Coelhão: Ele sempre foi estranho!

Norte: Mais ele está mais do que o normal. Ele se isolou.

Coelhão: Norte, ele viveu muitos anos sozinho.

Fada dos Dentes: Mas ele estava mais chegado. Somos amigos agora.

Norte: As tempestades de neve nunca estiveram tão fortes! Ele não aparece aqui há semanas.

Coelhão: Isso é verdade. O que será que está acontecendo?

Fada dos Dentes: O que Sandy? Vejam, Sandy quer falar algo.

Norte: Você sabe alguma coisa?

Coelhão: O quê? O Homem da Lua? Ele sabe?

Fada dos Dentes: Porque fez esse coração?

Norte: Já sei. Jack está com problemas cardíacos! Não? Não é isso? Então o que o Homem da Lua tem a ver com o coração do Jack?

Coelhão: Vamos ter que perguntar pra ele quando anoitecer.

Norte: Precisamos entender o que se passa, ou o mundo vai perecer debaixo de tanta neve.

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Eu estava aqui de novo. Mas meu coração tinha ficado pra trás. Nas mãos da Merida.

Eu tinha que me conformar. Mas como? Eu me isolei novamente. Não conseguia nem ventar do jeito certo.

Eu estava sentindo muita falta dela. Todos os dias, na mesma hora em que nos encontrávamos, era uma tortura. Era quando mais nevava. Era minha tristeza saindo de mim.

O Homem da Lua nunca mais falou comigo. Eu implorava por ela todas as noites.

Porque ele tinha me deixado ir ver minha família se sabia que isso ia acontecer?

Mas eu nunca ia me arrepender de tê-la conhecido.

Eu tinha tudo! E agora eu não tinha mais nada.

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Norte: Como assim Jack está apaixonado? Quando isso aconteceu?

Coelhão: Não acredito que você teve coragem de fazer isso com ele!

Fada dos Dentes: Isso não se faz, Homem da Lua! Você o mandou para a família dele e deixou ele lá um ano? E arrancou dele o primeiro amor?

Norte: Como isso foi possível?

Coelhão: Ele voltou no tempo. Por isso não fez diferença para nós.

Fada: Jack era um garoto normal antes de virar o Frost! Ele não é como nós, que nascemos criaturas imortais. Homem da Lua, você é horrível!

Coelhão: Manda ele de volta!

Norte: O problema é quem vai ficar no lugar dele!

Fada: Isso é verdade! O inverno iria acabar. Ah, pobre Jack!

Norte: O que Homem da Lua? Claro que queremos ver!

Coelhão: Ele vai nos mostrar este ano que Jack ficou lá.

Fada: Temos que mandar Jack de volta pra lá, imediatamente. Sr. Homem da Lua, se estivesse aqui, eu mesma lhe daria uma lição. Isso não se faz.

Norte: Mas ele tinha que voltar.

Coelhão: Homem, você sabia que isto ia acontecer quando deixou que ele fosse ver a família?

Fada: Então porque deixou que ele fosse pra lá.

Norte: Ele vai acabar com este planeta. Ela está muito triste.

Coelhão: Como assim está trabalhando nisto? Você tem que consertar isso! Preciso de sol e calor. Tem feito um frio do cão.

Fada: Temos que conversar com ele.

Coelhão: O que mais quer nos mostrar Homem?

Fada: Oh, não. A pobrezinha também está muito triste! Que injusto.

Norte: Ela está adoecendo!

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Eu tinha que pedir ajuda pra alguém! Eu estava desesperado. Então fui procurar os outros Guardiões.

Mas quando cheguei na casa do Norte, todos estavam reunidos lá. O Homem da Lua também estava lá. Eles estavam vendo algo. E Então eu a vi. Era ela, a minha Merida. Deitada numa cama, pálida e triste. Minha respiração se acelerou e fui chegando mais perto. Meus amigos me viram e ficaram espantados. Mas quando toquei naquela visão, ela desapareceu entre meus dedos e eu caí de joelhos.

Jack: Porque você fez isso comigo? Eu quero voltar!

Mas ele já tinha ido embora.

Norte: Jack? Nós não sabíamos nada disso até agora.

Jack: Desculpe não contar para vocês, mas eu estou muito mal para falar sobre isso.

Fada: Vamos arranjar um jeito Jack.

Jack: Eu não sei como isto seria possível.

Fada: Eu não sei as razões do Homem da Lua. Mais tudo isso deve ter um propósito.

Jack: Que propósito pode haver no sofrimento?

Norte: Meu amigo, as coisas vão ficar bem. Nós vamos te ajudar.

Coelhão: Deve haver alguém que possa levar o Jack de volta.

Fada: Não existe ninguém com este poder além do Homem da Lua. Não podemos voltar no passado.

Jack: Então não tem jeito. Se for para ficar sem a Merida, eu não quero mais viver.

Fada: Jack!

Eu não queria ouvir mais nada. Sai de lá. E naquela noite fiz nevar como nunca.