POV Sam

Dia dos namorados, tem data que pode enlouquecer mais uma pessoa do que essa?

Ainda mais se ela não faz a mínima ideia de dar de presente para seu namorado.

Faz alguns dias que eu ando procurando um presente ideal para presentear meu nerd favorito, mas por mais que eu pense nada parece ser bom o suficiente.

Fiquei rolando na cama até pensar o que dar.

Ele provavelmente me daria um presente perfeito e eu não queria ficar atrás.

Fiquei pensando em como tudo começou há 6 meses atrás.

Eu havia terminado de uma maneira nada saudável o meu último relacionamento.

Fui atrás da minha amiga para conversar um pouco, mas ela havia saído para um encontro. Acabei encontrando-o no corredor voltando para a sua casa.

Depois de ele muito insistir decidi contar o que havia acontecido.

Claro que na hora não achei uma boa ideia, mas olhando agora, não me arrependo de nada.

A partir daí nos tornamos mais amigos e quando me dei conta já estava apaixonada por ele.

Talvez eu sempre tivesse, mas foi preciso eu sofrer para poder aprecia-lo de maneira correta.

Isso me deu uma pequena ideia. Vou escrever algo. Talvez venha alguma ideia.

Peguei um caderno e comecei a escrever.

“ For you.

Gostaria de ter me dado conta desde o inicio que com você eu teria um mundo perfeito, mas não acho que saberia aproveitar bem.

Teria sido bom eu nunca ter me machucado, mas como dizem só se sabe o que é bom quando conhece o que é ruim.

Você me ensinou que a beleza interior conta muito mais.

E eu agradeço por está comigo todas as vezes que eu precisei e que você me ver de uma forma clara e nunca busca nada em troca.

Eu precisei cair, sofrer, me perder para me dar conta que o mais importante estava bem na minha frente o tempo todo e me apoiava sempre.

É por isso que eu estou escrevendo... escrevendo para você.”

Era basicamente isso que eu sentia, mas não gostei muito.

Meu telefone toca e é uma mensagem dele me pedindo para encontra-lo na casa dele.

Me arrumei rapidamente e coloquei o papel dobrado no bolso de trás da minha calça.

Cheguei ao Bushwell rapidamente e logo bati no 8D.

- Você demorou. – ele falou assim que abriu a porta.

- Boa tarde para você também. – falei sarcástica.

- Boa tarde! Você demorou. – ele falou debochado.

- Então, eu vou ficar aqui o dia todo ou você vai me convidar para entrar? – perguntei irritada. Somente ele conseguia me tirar do sério dessa maneira.

- Entra. – ele falou me dando espaço.

- O que você quer comigo? – perguntei enquanto me jogava em seu sofá.

- É errado eu querer ficar o dia dos namorados com minha namorada? – ele perguntou.

- Claro. Então, cadê ela? – perguntei e ele revirou os olhos.

- Pode deixar um pouco suas brincadeiras que eu vou te dar seu presente. – ele falou indo em direção ao quarto.

Fiquei algum tempo esperando e logo ele volta com uma caixa nas mãos.

- O que é isso? – perguntei quando ele me entregou.

- Abra e veja. – ele falou rindo e eu abri.

Eu abri e a única coisa que pude falar foi.

- O meu Deus! – exclamei olhando uma coleção de garfos de todos os tamanhos.

- Eu sei que não é nada romântico, quer dizer, não há nada romântico mesmo, mas eu sei que você gosta de garfos e se casaria com um se pudesse, então: Feliz Dia dos Namorados. – ele falou sorrindo, mas ao mesmo tempo nervoso.

- Isso é perfeito, poderia realizar a cerimônia agora mesmo. – falei acariciando os garfos que tinham meu nome gravado.

- Então quer dizer que você não vai querer um buquê de bacon. – ele falou dando ênfase no não.

Larguei a caixa no chão e o agarrei pelo colarinho.

- Onde está? – perguntei entredentes.

- Na geladeira. – ele falou e eu sai correndo.

Rapidamente peguei o buque para comer a devorá-lo.

- Isso está ótimo Benson. – falei alto e de boca cheia. Ele não havia me seguido ainda.

Fiquei ainda um tempo na cozinha e ele não apareceu.

Decidi terminar meu buque na sala e o encontrei lendo algo.

- Foi você que escreveu? – ele perguntou quando percebeu minha chegada.

- Como você encontrou isso? – perguntei com os olhos arregalados.

- Caiu do seu bolso. – ele falou dando de ombros.

- E o que você achou? – perguntei com receio.

- Eu achei que se esse for meu presente é o melhor de todos. – ele falou se aproximando de mim.

- Então: Feliz Dia dos Namorados. – falei com um sorriso.

- Agora pra deixar meu presente mais completo só falta um beijo. – ele falou.

- Por que você não completa meu presente. – eu falei dando ênfase no você.

- Tudo bem, dos dois jeitos eu saio ganhando mesmo. – ele falou se aproximando.

- Bobo. – foi só o que eu consegui falar antes que ele me beijasse.

Foi um beijo lento, mas apaixonante.

Logo nos separamos com leves selinhos.

- Eu te amo! – ele falou tocando levemente meus lábios enquanto falava.

- Eu sei. E eu escrevi para você porque eu também te amo. – falei e nos beijamos novamente prontos para curtir o dia dos namorados.

O dia dos namorados podem enlouquecer qualquer um, menos as pessoas que tem seus amores verdadeiros próximos a elas. Não precisa de um presente perfeito, apenas a companhia e o amor que pode ser mostrado a cada dia. E hoje escrevendo para ele eu descobri isso.