Ela saindo do escritório da Hokage, foi andando pelas ruas movimentadas de Konoha sem rumo e foi conversando com você mesma, com seu coração.

- “Eu acho que eu vou lá ver o Kankuro, eu sei que ele não merece mais... Eu como ‘futura esposa’ dele devo ir lá, pelo menos ver como ele está, até porque se eu não for eu acho que ele me bate, mais do que já bateu” – Ela foi andando em direção ao Hospital de Konoha, estava nervosa, as batidas do seu coração estavam aceleradas. Não queria ir, mais por outro lado, sentia a obrigação de ir vê-lo.

Ela chegou ao grande prédio branco, e logo foi adentrando ao local, passando pelos guardas que ficavam na porta, ela apenas fez um breve aceno com a cabeça. Logo chegou à recepção, estava aflita, dava para notar na sua face.

- Por Favor, queria fazer uma visita ao senhor Sabaku no Kankuro. – Disse ela perguntando ao uma senhora que estava sentada na recepção, com uma roupa branca, ela deduziu que fosse o uniforme do hospital. - “Nossa, como os uniformes daqui deixam as pessoas gordas, claro, branco engorda... TENTEN pare de se preocupar com a vida dos outros! Que coisa feia!”

- Seu Sabaku no Kankuro? – Perguntou a mulher, fazendo Tenten dá um aceno afirmativo com a cabeça. – Ele chegou aqui mais não tinha nada de grave com ele... E já foi liberado.

Tenten fez uma expressão surpresa, Tsunade havia lhe informado que ele estava em caso grave, talvez... Ele tivesse informado isso a ela, tentando a moça ter piedade dele. A recepcionista vendo que ela estava em “transe” começou a tentar chamar a atenção dela.

- Moça? Moça? – Perguntou a mulher em um sussurro. – A senhorita está bem?

Tenten finalmente despertou de seu “transe” e ficou encarando a mulher por alguns segundos.

- E, você por acaso sabe para onde ele foi? – Falou ela ‘ignorando’ pergunta que a mulher havia lhe feito.

- Pelo o que está dizendo aqui, ele foi para o hotel central de Konoha. Onde ficara lá até voltar para Suna. – Disse a senhora, olhando os papeis do hospital, que continha a ficha de Kankuro.

- Obrigada, já vou indo! – Dito isso, ela saiu do hospital e foi em direção ao hotel.

Chegando ao hotel, foi à recepção e perguntou qual era o quarto de Kankuro, e após o homem lhe informar que era quarto 605, Tenten se dirigiu até lá, mais uma vez, aflita. Chegou à frente da porta de madeira branca bem refinado com maçaneta de ouro, e o número do quarto também em ouro, concerteza aquela hospedagem dele, lhe custaria caro. Ficou receosa, mais logo deu leves batidas na porta, que foi retribuído por um: ‘JÁ VAI’. Ela ficou esperando na porta e após alguns segundos, ouviu passos até a porta, a maçaneta girando e o barulhinho de porta se abrindo. E deu de cara com um Kankuro raivoso.

- Entra, eu quero conversar com você sua imoral! – Disse ele puxando Tenten pelo braço e fechando a porta. – O que seu amiguinho fez não foi legal e também não foi legal você ficar abraçada com ele na frente do seu marido!

- VOCÊ NÃO É MEU MARIDO AINDA! – Disse ela se descontrolando.

- CALA A BOCA, CALA A BOCA QUE EU TO COM MUITO RAIVA DE VOCÊ! – Disse ele, dando um tapa na cara de Tenten, enquanto a mandava calar a boca, e outro quando disse que estava com raiva.

Os orbes castanhos de Tenten se encheram de água e ela levou a mão em direção a face, no lugar dos dois tapas dados por Kankuro. Ela ia correr em direção a porta e sair dali, mais foi impedido por um Kankuro, que agora pegava ela por um braço e um pedaço de madeira que ele tirou não sei da onde. Ele olhou para ela.

- VOCÊ VAI MANDAR ESSE TAL DE NEJI NUNCA MAIS TE PROCURAR E VOCÊ VAI ESQUEÇER ELE! – Gritou ele com raiva.

- NÃO, JAMAIS VOU ABANDONAR MEU AMIGO! – Ela levantou o tom de voz, recebendo uma paulada na mão.

- VOCÊ VAI ABANDONAR ELE NÃO VAI? – Gritou ele olhando ameaçador.

- NÃO VOU! – Ela disse mais alto que ele, recebendo outra paulada na mão, o que a fez fechar os olhos de dor.

- PENSA BEM NO QUE VOCÊ VAI DIZER, VAI OU NÃO VAI? – Perguntou ele mais uma vez.

- Não vou... – Falou ela sussurrando e recebendo outra, sua mão já estava ficando ferida.

- Tenten, você está brincando com fogo! – Disse ele.

- Não me importo! MEUS amigos MINHA vida! – Falou ela, recebendo agora inúmeras pauladas e sua mão a esse ponto, já saia sangue e estava muito ferida.

Após minutos assim, ele olhou para ela e mandou ela ia dizer a Neji que ela não queria mais saber dele. E ela saiu dali e foi em direção aonde Neji e ela costumavam treinar. Neji ao vê rela, sorriu e foi até ela, e ao chegar mais perto, viu que essa chorava e continha um olhar de dor. Então olhou para a mão da morena, e viu sua mão sangrando violentamente. E ficou seriamente preocupado com ela. Agora seu sorriso havia desaparecido e uma cara seria havia tomado conta de sua face.

- Foi ele não foi? – Perguntou ele, encarando a sua amada.

Ela queria falar, mais nada saía de sua boca e ela começou a chorar e abraçou-o.

- Calma! Calma! Tá tudo bem! – Disse ele acariciando o cabelo da morena, e sentindo aquele cheiro que ele tanto gostava. – Você tem que enfaixar essa mão, venha, tenho alguns curativos aqui! – Disse ele olhando para a morena, depois se afastou dela e a chamou.

Ela foi indo em direção ao local onde Neji estava e se sentou com cuidado. Ele pegou uma maletinha branca que tinha  escrito: “Frist AID”, ele abriu a maleta e retirou de lá um polvidine, um gase e uma faixa de gase também. Ele pegou o remédio e espirrou na mão dela, e foi enxugando o excesso que caia com o gase, após de muitas caras de dor dela, ele enfaixou a mão e sorriu para ela.

- Prontinho! – Falou ele.

- Ah, não sabia que você era tão bem dotado, tem até uma caixa de primeiros socorros. – Falou ela rindo, fazendo o moreno rir também.

- Claro, afinal somos ninjas, estamos sempre lutando, sempre em movimento, se machucando. – Disse ele sorrindo. – Agora já está tudo bem... Mais você sabe que tem que tomar providencia contra isso né? Violência contra mulher é crime! – Agora ele continha uma expressão séria.

Ela apenas abaixou a cabeça, e começou a chorar. Ele foi até ela e a abraçou, depositando um beijo em sua cabeça

{CONTINUA}