Martyr Dragon Slayer escrita por Cross Stalker


Capítulo 1
S de Solo


Notas iniciais do capítulo

Esta é a primeira vez que opto por fazer uma história com cronologia não linear, isto é, que não segue o fluxo contínuo de tempo de começo-meio-fim.
A história está inserida no mundo e contexto de Fairy Tail, mas possui elementos diretos de Deadman Wonderland e Nabari no Ou. Estes elementos serão retratados ao longo dos primeiros capítulos.
Desejo uma boa leitura.



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Longe da cidade, da vila ou de qualquer região habitada, nesse deserto de rochas e pedregulhos pontiagudos, pinta-se um cenário claramente hostil. Habitavam esse local inóspito, algumas poucas cactáceas e pequenos lagartos. Tal região era como uma planície cercada de cordilheiras, não fosse pela magestosa montanha que pairava no meio dessa imensidão. Era um montanha estranha, por não possuir um típico formato cônico. Muito pelo contrário, tinha o formato de "U" e parecia proteger sua parte interna. Apesar do ambiente hostil externo, a região interna da montanha continha uma biodiversidade exuberante. Tal miniecossistema abrigava um lago em seu centro e imensos répteis, além de uma densa vegetação.

Repentinamente, ouve-se um grunido bestial e um pequeno projétil avermelhado é disparado em alta velocidade, vindo de alguma parte da floresta que cobria as paredes montanhosas. Observando o local do disparo mais de perto, visualiza-se uma luta anormal: um adolescente, com aparência de 15 anos enfrenta um enorme réptil, com seus 15 metros, que por sinal, encontrava-se todo ensanguentado. O animal tinha um formato bestial, tendo o corpo de um dinossauro e membros e cabeça de um morcego.

Sem mostrar sentimento, tampouco alguma piedade, jogou seu braço coberto com sangue num movimento vertical ascendente contra a fera que tentava inutilmente resistir. Instantaneamente, o monstro recebe um enorme corte vertical, que parte de seu abdomêm e segue até seu maxilar, como se uma gigantesca espada invisível tivesse o atacado. Um espirro de sangue jorrou das feridas da besta e por um breve momento, o animal permaneceu inalterado, vindo a cair logo em seguida, como uma marionete que teve suas cordas rompidas.

O jovem, andou lentamente até o corpo do gigante, onde se sentou e retirou dois enormes frascos, quase do tamanho do próprio jovem. Com uma agulha e algo que se assemelhava a uma mangueira, cravou a enorme agulha no pescoço da criatura e rapidamente, o sangue começou a percorrer a mangueira, sendo tranferida para o enorme frascos que repousavam. Com um pano e um cantil de água, começou a limpar seu braço direito coberto de sangue. Por sinal, o braço do garoto não mostrava nenhuma ferida, não fosse uma estranha cicatriz avermelhada. A cicatriz tinha o formato de uma cruz, com uma das pontas alongadas e inclinadas como a lâmina duma foice. Em pouco tempo, os dois enormes tubos estavam cheios de sangue do animal morto. Guardando o pano ensanguentado e os dois tubos na mala, retirou desta vez, um pequeno frasco cristalino e uma pequena seringa. Retirou novamente um pouco de sangue do mesmo local onde havia retirado anteriormente e tranferiu para o frasco. Em poucos segundos, o frasco cristalino passou a brilhar como se fosse uma pequena lâmpada vermelha de lacryma. Com um suspiro, guardou o recipiente na mala, amarrou os dois enormes tubos e seguiu rumo ao topo das paredes da montanha.

O jovem em questão era o Bloody Dragon Slayer e no momento, estava em uma missão de classe S. Seu nome era Akinus e o dragão que lhe ensinou essa arte, foi o Sanguinws, o dragão de sangue. Akinus, com seus 15 anos, já era um mago de classe S, tendo desempenhado inúmeras missões as quais outros magos jamais sequer pensariam em realizar, sem antes se tornarem classe S. Com cabelos negros, estava usando uma camiseta preta de mangas compridas vermelhas e capuz cor de vinho, junto com uma calça e coturno, ambos pretos. O único acessório que utilizava era um colar, cuja jóia era um cristal vermelho escuro, cor de sangue. Famoso entre o Conselho Mágico, foi apelidado de Akinus, o Martyr, devido às suas extremas capacidades de batalha e ao seu estilo de luta. Temido por inúmeros, Akinus era uma criança solitária e um dos raríssimos magos sem guilda do reino, em que passa de tempos em tempos pelo Conselho e em outros locais mágicos, aceitando trabalhos de classe S.

Akinus era um jovem estranho, pois diferentemente das outras pessoas, aparentemente não possui sentimentos ou emoções. Desde que nasceu, não conheceu ninguém além de Sanguinws e desde que o mesmo sumiu, passou a andar solitariamente pelas cidades e vilas, aceitando missões que requeriam sua força e poder de combate. Apesar dessa solidão, o jovem guerreiro possuia apenas duas coisas em mente: reencontrar o Sanguinws e irmã mais velha, perdida durante uma confusão no pequeno vilarejo em que viviam. Poucas lembranças restavam de sua irmã, senão algumas poucas características físicas e breve momentos de alegria e felicidade que ainda remanesciam em suas memórias.

― Onde será que vocês estão? ― dizia enquanto olhava para o límpido céu azul que cobria o cenário desértico.

(...)

Após três dias de caminhada sobre o deserto de pedregulhos e rochas sólidas, Akinus chega às periferias da cidade de Magnolia. O governo local, que requisitou a missão oferecia uma recompensa nada mais, nada menos que  dois milhões de Jewels. O sangue do animal seria provavelmente utilizado para pesquisas científico-militares, e por isso, o alto nível da missão e a elevada recompensa. Após realizar a entrega e receber o valor da recompensa, decidiu repousar na cidade, por causa da exaustiva viagem. Num restaurante local, sentou-se e decidiu escolher algo para comer.

Repentinamente, escutou conversas em alto tom numa mesa próxima aonde estava sentado. Encontravam-se 3 pessoas sentadas e um animal de estimação. Havia um rapaz energético, de cabelos rosados e com um cachecol branco sentado no centro da mesa. A sua direita, uma moça de mesma idade, de lindos cabelos loiros, estava conversando com o rapaz de cabelos rosados. Perto dela, um gato aproveitava uma pequena porção de peixe. A direita, encontrava-se uma garota com aparência de 12 anos, com um sorriso angelical e cabelos azulados. O jeito tímido, mas ao mesmo tempo amigável, carregava uma aura que trazia confiança e força àqueles ao seu redor. As feições, o sorriso, o jeito... haveria alguma possibilidade de que fosse ela? Sua aparência era um pouca nova demais para ser a pessoa quem procurava. Excluso esse detalhe, à frente de Akinus, estava a imagem perfeita de sua irmã mais velha. Levantou-se e rumou para a mesa deles. E então, apenas permaneceu em frente à mesa deles e olhou fixamente para a garota de cabelos azulados. Os outros três da mesa logo perceberam o rapaz que olhava fixamente para sua companheira. Diante da estranha situação, Lucy, a garota de cabelos dourados, perguntou:

― Anh... com licença, mas você conhece ela?

(...)

Por um breve momento, não houve resposta, tampouco qualquer reação visível do jovem que olhava para a garota. Quando Wendy, a tímida garota de cabelos azuis resolveu perguntar se ele a conhecia de algum lugar, Akinus disse:

― Onee-san?



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Notas finais do capítulo

Encerro aqui o primeiro capítulo dessa fanfic.
Caso exista qualquer erro gramatical e/ou semântico, por favor, deixe uma resposta nos comentários, e claro, diga se gostou da história.

Atenciosamente, Cross.