Feliz Dia Dos Namorados - Spin-off Primeiro Dia escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa fic é uma camada da minha outra fic em andamento Primeiro dia de trabalho. É só uma homenagem ao dia dos namorados e foi de coração!! Divirtam-se e não esqueçam das reviews. E se tiverem curiosidade, passem pela Primeiro dia também!



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Aquela maldita data no calendário! Deus do céu, mas pra que mais essa? Como se namorar a mulher dos sonhos não fosse suficiente provação, ainda tem esse atestado de namorado ideal? O que mais ele precisava? Pra que ele precisava disso? Era um engenheiro respeitado, digno, bom de cama, até mesmo amoroso, principalmente depois do sexo. Tinha que atestar sua “perfeição”?

Maldita hora em que foi ouvir aquele nudista do Fullbuster! Maldita! E agora, na véspera do dia dos namorados, ele, o grande Laxus Dreyar estava indo para a casa de Gray Fullbuster para um workshop de namoros ideais. E ironicamente, deixar a namorada Cana Alberona em casa.

E quem era Gray pra dizer como eles deveriam namorar??? Ele só namorava uma mulher que tinha o problema mental de ser completamente devota a ele. Nada além disso. E também tinha outra questão: Gajeel seria o tutor auxiliar! Porra! Tutor auxiliar? Só porque ele oficializou o relacionamento com a nanica antes de todos? Já é apto a ensinar? Droga!

“Espero que eu esteja sozinho lá e que essa merda valha a pena.”

E saiu.

Laxus estava muito feliz com Cana. O relacionamento deles era tempestuoso, mas era disso que eles eram feitos. Tempestade. Agora, estavam chegando em uma rotina perigosa! Claro que essa afirmação era feita com todo o exagero e inaptidão de se perguntar o que a namorada achava da relação deles ou ainda de uma interpretação mais profunda das inúmeras declarações de amor que ela fazia. Ele se sentia um lixo e não queria que ela o deixasse. Grande! Laxus, o terrível, inseguro e de quatro por uma mulher! Vida tirana!

Natsu estava desesperado e inseguro. Sempre se sentiu mal sobre si, mas agora era diferente! Estava em um relacionamento com uma mulher que dizia mesmo gostar dele com todos os chiliques que ele apresentava.

Claro que já tinha namorado antes, mas aquela situação era completamente nova. A dúvida o estava consumindo, já que o seu último relacionamento não terminou de uma forma lá muito boa, não queria fazer o mesmo com esse. Ele não podia! Não depois de tudo o que aconteceu, depois de tantas semelhanças depois dela quase ir embora e depois da ex dele querer voltar e o ex dela se descobrir como hétero novamente. Finalmente tinham se entendido, a namorada era dele. E mais aquela pressão daquela data maldita! A coisa boa de se ter um relacionamento longo, era a menor necessidade de comemorar datas como aquela. Agora, ele tinha que provar, diante dela e diante da sociedade que ele sabia ser um bom namorado. Ele podia ser burro e ter enjoos em carros, mas ele era uma boa pessoa e merecia a deusa com a qual estava namorando.

E tudo dependia de amanhã! Do presente certo, das palavras certas e das ações certas! Aquele era o último dia do resto do relacionamento deles. Ele não podia falhar!

Ele tinha conquistado a princesa, mas quando ela conhecesse a merda que a conquistou, o chutaria. Ele não podia permitir isso! Deixou aquela mulher com o corpo ainda nu, ressonando do amor que eles acabaram de ter e se rendeu à receita mágica que Gray e Gajeel ofereciam. Ele não podia perdê-la! Essa era uma derrota que ele não suportaria.

Pesquisou o endereço do tal workshop no Maps e pegou sua lambreta e o gato e se pôs em direção aquele local.

“Maldito Gray, espero que isso valha a pena.”

E saiu.

Jellal estava intrigado. Sua musa tinha recebido uma ligação de um ex que também era ex da namorada de Laxus! Não que ele fosse inseguro, nada disso. Mas ela nunca tinha ficado mais de 10 minutos no telefone com ele, sem falar na canseira que lhe deu antes de finalmente conquistá-la. Entretanto, parecia tão fácil conversar com Bacchus, Erza falava tanto quando conversava com ele, que aquilo não devia ser boa coisa.

Quando a namorada desligou o telefone, disse que iria tomar banho e ele a respeitou o suficiente para não se oferecer para ajudá-la, o que fez com que a ruiva ficasse alerta.

Ele foi voando em direção ao celular dela e discou o último número.

“Er-chan, o que foi agora?”

“Bacchus, é o Jellal.

“Ah, o que foi?”

“Preciso da sua ajuda.”

“Como?”

“Preciso da merda da sua ajuda.”

“Fala mais.”

“Você sempre tem assunto com a Erza, sempre faz ela rir, mesmo sendo essa bosta de homem que você é, preciso da sua ajuda.”

“Incrível, eu sou essa bosta e você me ligando pra te ajudar, coisa louca, né?”

“Touché. O que você vai fazer agora?”

“Tentar arrumar um corpinho quente para me aquecer amanhã, a não ser que você e aquele outro imbecil do Dreyar façam algo e eu possa aquecer-me com as minhas musas.”

Jellal ficou furioso mas adimitiu. “Preciso da sua ajuda pra não fazer besteira. |Quero que você vá em um lugar comigo, você pode?”

“Olha, Jellal, eu já te vi, você é bonitão, até apanhei de você, mas o meu negócio é mulher.”

“Bacchus, eu não sou gay. Eu só quero que você me ajude! Eu pago! O que você quiser, mas eu preciso da sua ajuda.”

“O que você quer?”

“Quero que me ensine como deixar a Erza interessada, só que tem que ser hoje, no lugar que eu vou te levar.”

“Eu vou receber pra te mostrar o quão idiota você é? Nossa, estou dentro.”

“Ah, mas não se empolgue tanto.”

“Ok, onde que eu te espero?”

“Me fala onde você está e eu passo aí.”

E desligou.

Avisou a Erza que estava saindo e que voltava daqui a pouco. Pegou as chaves, bufou, fechou a porta e saiu.

“Maldito Gray, espero que essa porra valha a pena! Espero que ninguém veja que eu vou pra lá.”

Nesse meio tempo, Lisanna acordou nua e sozinha em sua cama, Cana estava chegando e Erza estava ligando pra elas. Colocou uma camiseta e foi fazer um café. Frustrou-se. Natsu estava nervoso há alguns dias e ela sabia que era por sua culpa. Queria tanto ser uma boa namorada que achava que estava sufocando ele. Poxa, tinha lido aquelas revistas ridículas e até comprado aquelas lingeries desconfortáveis para fazer com que aquele dia dos namorados fosse inesquecível. E certeza que seria, porque era a primeira vez que era largada no dia dos namorados.

“Droga.”

“Uai, Lis, o que aconteceu? Cadê o Natsu, ele não ia dormir aqui?”

“Ia, mas ele saiu. Nem me disse onde ia, na verdade nem se despediu, me deixou pelada aqui. Eu sei pra onde ele ia, mas ele podia ao menos se dignar a mentir, não?

“Ok, calma, mas o droga é por isso?”

“Não!! Eu acho que ele vai me largar Cana. A Lucy voltou pra cidade! Eu sei que ela está feliz com o Sting. Lembra, ela até veio nos visitar, mas ela vai cair em si e voltar com o Natsu. E eu vou ficar largada e completamente apaixonada. Ele podia ser gay, né? Que nem o meu ex, né? Seria menos vergonhoso.”

Cana ficou sentida em ver a amiga assim. Tudo bem que Lucy era lindíssima, mas Lisanna também era e nem comecemos a falar da insegurança feminina que também assola o coração da Alberona que não recebeu nem um convite para um passeio com o namorado(?) Laxus. Ela ainda tinha duvida do que eles eram, já que se viam bastante, dormiam juntos mais de 3x por semana, mas ele ainda não tinha pedido.

Pelo menos o Natsu pediu a amiga quando eles estavam comprando videogames. Foi uma coisa fofa de ver.

“Lis, fica calma. As coisas são assim, mas vocês vão se acertar. São uns fofos.”

“Obrigada, mas cadê o Laxus. Ele sempre está aqui ou você sempre está lá.”

“Ah, ele disse que ia sair e eu agi como se não soubesse de nada. Escuta, você disse que comprou uma revista pra montar a surpresa de dia dos namorados. Me empresta?”

“Empresto sim. Mas aquilo lá não é uma ajuda, é um instrumento de tortura. Dá dicas de como se autoflagelar em nome do amor. Eu até cogitei fazer uma daquelas depilações decoradas, mas acho que aquilo brocharia o Natsu e não é isso que eu quero.”

“Falando em brochar, eu estou brochada com esse silêncio do Laxus também.”

Erza bateu à porta e foi recebida por Cana que estava com uma cara de ponto de interrogação.

“Oi gente! Tudo bem?”

“Erza, tudo bem sim. E você?”

“Tô com a pulga atrás da orelha.”

“Você também?”

“Sim, hoje o Bacchus me ligou. Vocês sabem que a gente sempre conversa, ainda mais agora que ele está doente, mas o Jellal ficou espiando, sabe? E depois falou com alguém no telefone e saiu, certeza pra aquela parada.”

“Erza, normal, né? Bacchus querendo ou não, foi seu namorado mais importante.”

“Só que o Jellal fala com a Ultear tranquilamente e eu não tenho grilos com isso. Ok, alguns, mas quem não tem?”

“E quem mais falta chegar?”

“A Levy e a namorada do Gray, a Juvia.”

“Bom, pelo menos não precisamos dar nenhuma desculpa, né? Podemos começar. Ah, mas eu não quero nenhuma frescura de ter que usar roupinha disso, roupinha daquilo porque eles nem usam nada de novo pra nós! O Jellal anda com cueca furada! E eu nem ligo! Se eu tiver que usar uma porcaria de fio dental, mando tudo isso pro inferno. Escuta, essa Juvia vai enfiar a gente na casa do Gray como?”

“Querida, Juvia além de namorada do cara, é a maior perseguidora/espiã/ que essa turma teve notícia.”

Enquanto isso, Gray FullBuster estava em polvorosa. Pela primeira vez em sua vida era o homem com o melhor relacionamento e era tão bom que resolveu ganhar uma grana com isso, ou melhor, fingir que ganharia uma grana, zoar os amigos e ainda dar boas risadas do quão patéticos eles eram. Só que estava prevendo que daria merda. Jellal ligou pra ele e disse que traria Bacchus, que era só o ex-namorado da namorada dele. E de Laxus, que falou que viria! Só prevejo merda! Ah, que se foda!

Os três chegaram juntos à casa de Gray. Natsu com aquela lambreta horrorosa, Laxus com seu Land Rover e Jellal com seu jipe e parecia que estava acompanhado. Quando se encontraram, foi aquele choque. Laxus teve que se segurar pra não avançar em Bacchus na primeira oportunidade.

“Mas que porra ele está fazendo aqui, Jellal? Você trouxe esse cretino? Na verdade o que todos vocês estão fazendo aqui?”

“Trouxe e se eu bem me lembro, quem tem motivo pra nos xingar é ele e incrivelmente ele está sóbrio, então cala essa boca.”

“Laxus- Natsu respondeu- eu vim aqui por causa da parada do Gray e do Gajeel. Não tenho ideia do que fazer pra esse dia infernal e essa porra é amanhã. Eu sou humilde o suficiente pra admitir que estou sem noção do que fazer, mas você, que seja todo gostosão, não sei o que está fazendo aqui – virando-se pra Jellal - “E você também não Jellal, ainda mais com o Bacchus? Tá querendo mesmo ver o circo pegar fogo.”

“Esse cara conversa mais com a Erza do que eu e eu preciso saber o motivo. Eu já expliquei pra ele e ele topou me ajudar, sem falar que ele podia muito bem ferrar com a minha vida e intercedeu ao meu favor. Então não enche o saco.” Jellal falou.

Bacchus deu um risinho curto enfurecendo Laxus, que por mais que tenha ficado mais calmo, ainda não acredita que esse cara já foi namorado da sua deusa. Chacoalhou a cabeça para espantar aqueles pensamentos assassinos e tocou a campainha ansiosamente.

Gray abre, aparentemente embriagado, com as bochechas coradas e Gajeel jogado do outro lado da sala.

Bacchus quase explodiu de rir: “Oe, Fernandes, eu acho que você pode fazer muito melhor do que gastar o seu dinheiro com esse tarado aí. Pensa, até eu estou sóbrio! Isso já é o prelúdio do apocalipse. Agora, um dos seus amiguinhos imbecis, bêbado, sem camisa, com um outro cara lá dentro, pra ensinar vocês três que namoram deusas a conquistarem mulheres?? Putamerda! Bando de fracassados, mas eu vou entrar porque eu acho que posso adicionar informações relevantes ao evento! HAHAHAHAAH!”

Natsu ficou morrendo de vergonha, ruborizou violentamente, Laxus, engoliu em seco porque depois de ver a situação dos dois “tutores” teve que concordar com Bacchus e só isso já era prova de amor mais do que suficiente para Cana e Jellal só suspirou.

Entraram na casa.

“Então senhores, prontos para aprender?”

“Aprender o que Fullbosta? Como parecer viado em 30 segundos?” Natsu perguntou.

“Não, aprender a deixar mulheres loucas por vocês, meus queridos. E Natsu.”

Gajeel que estava em um estado comatoso saltou perguntando: “Quem está louco aqui Gray? Meu Deus, a Levy vai me matar!”

“Calma ferro velho, a nanica não vai nem sonhar que você está aqui.”

“Bom, ela não me ligou ainda. Não me ligou ainda? Mas o que será que ela está fazendo? Aquelaaaaa....!

“Gajeel, calma, temos que ajudar nossos amigos a conquistarem as mulheres deles. Vamos começar com os elogios.

“Elogios?” Os três em uníssono.

“Sim, meus caros, elogios. Mas eu não falo de apelidos ridículos, mas elogios ao corpo, à alma da parceira de vocês, ao cérebro, no caso do Gajeel.”

Natsu protestou: “Como assim no caso do Gajeel? A Lis é a mulher mais inteligente que eu conheço.”

“Natsu, claro que comparado a você, qualquer mulher é inteligente. A Levy é infinitamente mais esperta que a sua albininha.” Gajeel falou.

“Primeiro, albininha é a mãe. Segundo: a Lis é inteligente sim, ela lê um monte e nunca me ridicularizou por eu ainda não tê-la alcançado, além de tudo ela me incentiva, sem falar que ela nunca me envergonhou na frente dos meus amigos, coisa que a Levy não faz! Ela vive criticando a sua burrice, que consegue ser pior do que a minha, na frente de todo mundo toda vez que tem a oportunidade. E não porque ela é ruim, mas porque você, seu idiota, fica implicando com o tamanho dela toda a hora. Parece que ela só é pequena. Ela não é a arquivista mais foda do complexo, ela não é a especialista em livros, ela não é a pessoa que sabe o nome do livro e a página onde está, sem falar dos jogos que ela tem que são fenomenais. Pow, você quer ensinar a gente elogiar, mas nem sabe as coisas boas que a sua namorada tem, seu imbecil.”

“O mundo vai acabar e eu nem me declarei pra Cana ainda, merda! Natsu, como foi que você ficou tão esperto assim? Essa Lisanna é milagrosa.”

“Laxus, pau no seu rabo! Mas a Lis me incentiva muito a ler, sem falar nos e-books que ela coloca no tablet que me deu. Temos uma espécie de clube do livro. A Levy participa também, viu Gajeel, seu idiota.”

Gajeel estava puto demais pra retrucar e simplesmente assentiu.

Gray que estava embasbacado pela súbita inteligência de Natsu tentou recobrar a consciência e se voltou pra Laxus indignado.

“Como assim você não se declarou ainda? Está louco? Quer perder ela pra alguém?”

“Fullbosta, qualquer um que tentar roubar a minha mulher de mim, se arrependerá pelo resto da vida, entendeu? Simples assim.”

Bacchus achou que era um mau momento para falar, mas falou mesmo assim. “Olha, do jeito que você fala Fullseiláoque parece que a Cana é uma dessas mulheres que abandona assim de qualquer jeito. Mentira absurda! Ela é a mulher mais fiel que eu já conheci. Ela é parceira! E olha, o nosso relacionamento só foi merda e mesmo quando a gente não tinha mais nada e só morava junto, ela sempre me respeitou. Olha Laxus, eu sei que a namorada é sua e tudo o mais, sei e já senti na pele esse seu ciúme todo, mas eu não admito que ninguém fale assim da minha melhor amiga! A Cana não é uma coisa, ela é uma mulher que está louca pelo loiro esquentado aqui que é um outro imbecil e fica gastando dinheiro com esse cara seminu e bêbado que diz que tem uma namorada melhor do que as outras.”

Laxus queria quebrar o pescoço do bêbado, mas ele era o melhor amigo de Cana, sem falar que intercedeu por ele em todas as chances que teve de estragar tudo. Só suspirou e rosnou pra Gray que tratou de se desculpar.

Jellal que já estava achando tudo aquilo um absurdo sem tamanho tentou retomar o tópico dos elogios e foi bem-sucedido. Ele não sabe elogiar Erza sem fazer alguma piada de mau gosto. Aquilo podia muito bem criar uma rachadura no amor deles e fazer com que tudo desmoronasse.

“Elogiar o quê? Toda a vez que eu elogio a beleza dela, ela não acredita.” Jellal falou.

“Mas assim, ela não é só isso, né Jellal? Erzinha é sargentona, organizada, boa amiga, formiga, companheira de ginástica, sabe cuidar de bêbados como ninguém e tem uma habilidade com doces fora do normal. Se você se restringir só na beleza, aí ela vai ficar encucada. Uma, porque ela não acredita na beleza dela, não acredita que te agrada desde o beijo que vocês deram quando eram crianças. Ela sempre quer ser melhor pra você e você fica focando na beleza, que é temporária.” Bacchus falou.

“Viu porque eu tinha que trazer ele? Até ele que não namora Erza há tempos sabe lidar melhor do que eu, mas escuta, como você sabe disso?” Jellal pergunta.

“E do que você acha que falamos ao telefone? Das mil e uma maneiras de Jellal reparar em algo além dos peitos dela.” Bacchus responde com a cara mais deslavada do mundo.

“Espera aee, então quer dizer que falar do peitão não pode?” Gray pergunta.

“Não é isso, quer dizer que falar SÓ do peitão não pode.” Bacchus responde.

“Oe oe Fullbosta, mas não é você que ia ensinar a gente a namorar, elogiar e tudo o mais? Você tem uma perseguidora que sabemos de fontes seguríssimas que vai começar a trabalhar na FT semana que vem.” Natsu interferiu.

Gray sentiu o suor frio na testa, sabendo da profunda obsessão que a sua namorada tem. Seria praticamente o inferno, mas iria ao inferno se fosse pra ficar com ela.

“Eu tenho uma ideia!” Continuou Natsu.

“Bom, já que você e o bebum ali foram a voz da razão hoje, pode falar.” Laxus respondeu.

“Já que é pra treinar elogio, por que não dizemos em voz alta o que faz as nossas namoradas serem tão especiais pra nós? Tentando citar a beleza o menos possível?”

“O sardento aqui tem razão! É uma boa ideia.” Bacchus completou.

“Quem começa?” Jellal perguntou.

“EU.” Gajeel respondeu.

“Ok, vai lá” Jellal falou.

“A Levy é a nanica mais irritante que já apareceu na minha vida, só que ela tem todos os motivos do mundo para me largar e não o faz. Ela vai comigo em todas as apresentações da minha banda, tenta me proteger dos tomates, faz tranças no meu cabelo, sem falar que ela desembaraça essa juba. Começou a andar a pé porque eu não aguento ficar muito tempo em carros, tenta fazer eu gostar de ler e entende quando eu quero ficar sozinho. Ela pode ser pequena, mas é perfeita, os cabelos dela brilham e o sorriso dela é o mais fascinante do mundo. Ela consegue quebrar todas as minhas defesas quando sorri e mesmo quando ela me envergonha por não saber as coisas, ela me ensina depois e eu sei que ela quer o meu bem e não tem realmente vergonha de mim.” Gajeel terminou.

Dentro de um guarda-roupa estrategicamente posicionado, haviam 5 mulheres que estavam ouvindo aquela bagunça há um bom tempo, mas isso vem depois, né?

“Agora deixa eu.” Gray falou

“A Juvia é esquisita, sem dúvida alguma, mas quem não é? Ela quer o meu bem e faz o que pode pra me ver bem, ela se sacrifica pra me agradar. Eu fico receoso porque ela faz tanto e tudo o que eu faço não parece chegar aos pés do que ela faz, então, eu fico um pouco indiferente, pra ver se ela para um pouco, pra ver se ela pega raiva de mim. Mas ela não pega. Ela cozinha pra mim, ela aguenta meu mau humor, ela esconde a TPM de mim! Alguém aí tem uma mulher que esconde a TPM? Eu tenho! Ela se desculpa todo o tempo por causa do humor, não faz exigências estúpidas, gosta de tomar banho de chuva e me ama! Cara, o quão doido é isso? Aquela mulher me ama!!! Isso não pode ser normal.” Gray terminou.

Os rapazes tiveram a impressão de ouvir alguém fungando, mas acharam que era Bacchus fazendo um barulho suspeito.

“Minha vez!” Gritou Natsu.

“Lisanna é o meu raio de sol, pode até parecer piegas, mas antes dela tudo era escuro. Ela consegue ver êxito em mim, no meu jeito simples de ser. Consegue ver coisas boas que nem eu mesmo vejo. Ela acha lindo como eu cuido do Happy, acha até a minha lambreta charmosa e nunca reclama quando andamos, nem quando o cabelo dela despenteia. Verdade seja dita, o cabelo dela fica lindo despenteado. Ela lê muito, todos os tipos e me incentiva em tudo. Estamos fazendo um curso online de física e ela está indo comigo nas aulas de pirofagia porque em uma das nossas conversas eu falei que achava legal. Sabe o que ela fez? Ela foi atrás de alguém que ensinasse! Se fosse qualquer outra pessoa ia rir de mim, achar que era coisa de idiota, mas ela não! Ela foi atrás, se interessou, achou a pessoa e estamos fazendo. É coisa de emprego? Não, mas é diversão e ela se diverte também. Outra coisa, ela joga videogame comigo. Passamos horas jogando e montando estratégias. Ela gosta de jogar e me faz sentir bem comigo mesmo. Eu sou melhor com ela, eu não sei como dizer entende, eu tenho vergonha, sei lá, mas eu não me vejo sem ela, é como se sempre tivesse algo faltando e ela fosse essa peça. Eu sei que um dia ela vai cair em si e ver que eu sou um idiota, mas enquanto esse dia não chega, eu quero ser o melhor namorado! E eu ainda não decidi a merda do presente! Ok, é isso.”

Mais um fungado foi ouvido, mas nem deram atenção. Dessa vez ouviram aplausos. Bacchus aplaudiu Natsu de pé e disse que se ela ouvisse isso, não o largaria nunca. Natsu ficou envergonhado, mas agradeceu e disse que esperava ter coragem para dizer isso a ela.

Jellal tomou a frente e começou o discurso: “Bom, eu sempre foi enlouquecido pela Erza antes dela se tornar a “Erza”, eu gosto dela desde quando ela me defendeu de um imbecil que caçoou da minha marca de nascença. Eu não sou apegado a nada, me acho um cretino, só que ela era a minha fada, entende. Sempre foi. Naqueles bons tempos de verdade e consequência ela foi meu primeiro beijo e eu estraguei tudo. Mas mesmo aquilo foi a melhor experiência da minha vida que só é superada pelos beijos que damos. Eu gosto da mania dela por doces, do olhar dela, da justiça e da proteção que ela proporciona e do estabanamento. Adoro quando ela cai, adoro essa imperfeição. É como se ela se fizesse perfeita pra mim. Eu adoro quando ela fica rubra quando eu a cumprimento ou ainda elogio. Quando eu pisco e ela repara. Ela tem um tic com as mãos que é magnífico e que ela só faz quando está muito satisfeita. Tem que fazer isso pra sempre, eu tenho que proporcionar isso pra sempre!!!

Todos ficaram estáticos e Laxus ficou puto por ter ficado por último. Não que ele soubesse que Cana estava escutando tudo, mas era um bronco que não sabia se comunicar. Seu avô falava isso, Cana falava isso e a torcida do Magnólia falava isso, mas ele não era um homem de recuar, principalmente quando se tratava dela. Pigarreou e começou

“Bom, a Cana desperta o divino e o profano em mim. Ela é o que pode se chamar de boa fortuna. Me faz um ser humano. É como se tivesse o poder divino de dar vida a um pedaço de barro, entendem? Antes dela, eu não vivia. Nada se compara com o que é hoje. Eu sinto mais. Tudo é intenso. Ela é tudo! Eu não sei se isso é amor porque o amor que eu conheço é o do meu avô e o amor entre homem é mulher é um mistério. Outra coisa, Cana é o meu melhor enigma. Eu tenho a impressão que vai passar a vida toda e eu não vou conhecê-la a fundo. E eu não quero, eu não posso. Porque se eu conhecê-la a fundo, quando morrermos, eu não vou poder pedir a Deus pra continuar a decifrá-la e eu sei que eu quero isso até depois que eu morrer. É exagerado, eu sei, tem horas que eu nem acredito que penso essas coisas, mas é verdade. Mesmo que a gente se separe, porque tem chance disso porque eu não sou fácil e ela é divina, ela temo poder de mudar as pessoas. Todo mundo aqui sabe disso. O que as namoradas de vocês eram antes da Cana e depois dela! Todo mundo aqui sabe que se ela não tivesse ido morar com a Lis, o Natsu nunca teria recebido aquela visita. Tudo bem que eu caguei o pau depois e talz, mas não interessa. Essa minha mulher, minha namorada, minha amante, minha amiga, minha vida é foda pra caralho e eu acho que ela ficaria puta se ouvisse eu falar tanta asneira desse jeito. Sabe que ela me assusta? Eu me sinto um menino perto dela. Um menino que quer atenção e nem te força pra falar que a ama. Bosta”

Depois disso, todos ficaram em silêncio. Primeiro, tanto romantismo não era esperado de nenhum deles e segundo, ainda não tinham aprendido como agradar as namoradas.

“Mas só se eu fosse imbecil pra ficar puta com uma declaração dessas, né Dreyar?”

“CANA, MAS O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?”

Todos os outros ficaram assustadíssimos quando viram as namoradas sairem daquele guarda-roupa na casa de Gray.

“Mas que merda está acontecendo aqui? Juvia? O que está acontecendo?” Gray exacerbou-se

“Gray-sama, Juvia descobriu que ia ajudar seus colegas a terem um amor tão fantástico quanto o nosso, então achou que seria mais proveitoso, se as mulheres ouvissem, já que não iriam falar pra elas. Gray-sama é o único que se declara para Juvia.”

“Eu não sei se você prestou atenção, ow esquisita – Bacchus falou - mas todos eles se declararam.”

“Natsu, é sério tudo isso que disse? Você acha isso mesmo? Eu não estou te sufocando?” Lisanna perguntou timidamente.

“Se isso for sufocar meu amor, eu quero morrer sem ar”Natsu disse.

E se beijaram.

Levy nem disse nada, só foi em direção ao namorado e deu-lhe uma beijoca estalada, fazendo o mesmo corar.

Erza foi em direção a Jellal, piscou pra ele, agradeceu ao Bacchus e beijou Jellal. “Eu amo você desde sempre.” Ele só suspirou e agradeceu.

Cana foi em direção ao namorado, nem sabia o que dizer. Ficou tão encantada com tudo o que ele disse, que só sussurrou as seguintes palavras: “Feliz dia dos namorados, meu deus do sexo.”

“Feliz dia dos namorados, minha deusa.”


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Notas finais do capítulo

Então foi isso! Uma homenagem aos meus ships queridos e que me divertem tanto!!



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