Beautiful Disaster escrita por xinforinfola


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi [:
Me perdoem pela demora, eu recebi uma visita em casa que monopoliza o computador, logo não consegui escrever, só hoje que consegui usar um pouco porque a visita saiu ;x
enfim, me desculpem também por qualquer erro.
;**



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Regina não sabia ao certo a quantos dias estava naquela situação, ela parou de prestar atenção no tempo, andava a esmo pela casa, transitava pelos cômodos como se esperasse achar alguma coisa que acabasse com aquele silencio, sentia falta de Henry, sentia falta de ter alguém em sua vida. Não chorava mais, talvez não houvessem mais lágrimas, ou talvez ela só não conseguia mas perceber que elas estavam ali mesmo sem a sua permissão. Ela por vezes ligava a televisão em um canal qualquer e ficava lá sentada assistindo sem realmente prestar atenção, pensando em tudo, e ao mesmo tempo em nada, ela só queria que aquela solidão acabasse que aquela dor parasse. Aquilo já a estava sufocando, a dor já estava se tornando física, pensava em como sua vida chegou a esse ponto e como ela pôde deixar que chegasse.

Mas o som da campainha e as batidas na porta interromperam sua divagação e a assustaram. Ela não queria ver ninguém dessa cidade idiota exceto Henry, mas sua curiosidade não a deixaria simplesmente ignorar quem quer que estivesse a sua procura. “Talvez fosse Henry”, mas provavelmente não seria ele não iria querer vê-la, ele tinha sua mãe de verdade, seu pai, seus avós perfeitos e ela não se encaixavam nesse contexto, aliás, se encaixava sim, como a pessoa que destruiu a vida dele, que o impediu de estar com a sua verdadeira família. Ela abriu a porta e não pôde deixar de ficar surpresa com quem ali se encontrava.

-- O que quer Miss Swan? Aconteceu alguma coisa com o Henry?

-- Não ele está bem. Eu só..
-- Ótimo. Então vá embora – Regina a interrompeu antes mesmo que Emma terminasse de falar e bateu a porta.

-- Regina, por favor, abre, eu só.. eu só queria saber se você está bem.. – Emma insistia batendo na porta.

-- Estou maravilhosamente bem Miss Swan e não vejo porque a preocupação. – Regina respondeu sem nem mesmo se preocupar em abrir a porta.

-- Eu sei que isso não é verdade Regina, vamos conversar. Eu posso ficar o dia todo aqui batendo na porta.

-- Oh, é mesmo. Esqueci que você tem um super poder detector de mentiras. Como pude ser tão descuidada. Me poupe dessa palhaçada e vá embora Miss Swan. – a morena usou o máximo de ironia que conseguiu e se dirigiu a escada sem se esperar por uma resposta.

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Regina era uma mulher teimosa, prepotente e arrogante, mas Emma não conseguia deixar de se preocupar, ela viu a tristeza nos olhos dela, viu a aparente exaustão física, e emocional que a Rainha possuía e isso foi o bastante para fazê-la insistir em ter uma conversa com Regina, em tentar ajudar, Henry não a perdoaria se ela deixasse que algo acontecesse com a mãe dele.

-- Como pode ser tão cabeça dura. – Emma bufou frustrada.

Ela precisava dar um jeito de conversar com Regina, de fazê-la voltar a vida de Henry e além do mais ninguém deveria passar por uma situação dessa sozinha, nem mesmo a “Rainha má”.

Mas como poderia fazer isso se a morena mal a deixava falar, talvez ela precisasse fazer com que ela a ouvisse, com que ela entendesse que querendo ou não ela fazia parte daquela família e que ela não estava sozinha, foi pensando nisso que ela se lembrou das vezes que Henry havia fugido de casa para encontra-la.

-- Se ele conseguia sair, com certeza eu vou poder entrar. –  ela foi em direção a janela do quarto de Henry.

Não foi nada fácil subir naquela árvore e nada fácil se pendurar naquela janela, talvez tivesse sido mais fácil arrombar a porta, ela sabia fazer, não seria um problema, a loira se odiou por uns instantes por não ter pensado nisso.

-- Ela tentou me matar, tentou matar minha mãe, bateu a porta na minha cara e eu aqui subindo em uma árvore pra tentar falar com ela. Essa coisa de salvadora já está passando dos limites.

Emma estava irritada por estar naquela situação, não que ela estivesse arrependida, de fato não estava, queria mesmo fazer alguma coisa por Regina, ela só não queria que fosse tão difícil.  “Como se alguma coisa fosse fácil se tratando da Madame prefeita.” Pensou.

A loira sabia que a Rainha não estava bem, ela só não esperava que ver aquela cena fosse causar esse desconforto em seu coração. Regina estava deitada de costas para janela agarrada ao travesseiro de Henry chorando e murmurando coisas que Emma realmente não conseguia entender. A xerife não sabia o que fazer, ela mal respirava para não fazer barulho, seu coração batia tão forte que achou estranho que a prefeita não pudesse ouvi-lo, considerou a ideia de voltar ou de pular daquela janela sem pensar na queda. Não havia se arrependido tentar entrar ali até aquele momento.  Ela realmente não sabia como agir perante aquela situação, então fez a única coisa que conseguiu pensar no momento se aproximou. Mas antes que pudesse chegar perto de Regina tropeçou em alguma coisa muito barulhenta.

-- O QUE FAZ AQUI MISS SWAN?  COMO SE ATREVE A INVADIR CASA DESSA MANEIRA? – Regina disse de forma ríspida.

-- Regina, me desculpa, eu..eu.. –  Emma mal conseguia formular uma frase, estava em pânico

Ela estava aliviada de saber que estava tudo bem com seu filho, mas ver a loira ali na sua porta a fez relembrar de toda a sua dor, a fez relembrar do porque Henry não estava ali com ela, não que ela pudesse culpar a xerife, ela não podia, por mais que o tenha feito durante todo esse tempo, mas por ela ter deixado que as coisas chegassem a esse ponto, por ter mostrado a seu filho que realmente era uma pessoa má, por ter mostrado a ele o seu lado mais sombrio, mesmo que sem querer. Essas lembranças a levaram inconscientemente ao quarto de Henry, e a fizeram deitar na cama do menino e se agarrar ao travesseiro dele como se aquilo fosse tudo que restasse para ela, e de fato era, todas as lembranças do seu filho estavam ali, aquele travesseiro com o cheirinho do xampu, aquele quarto bagunçado o tênis espalhado era tudo que ela tinha agora, só uma lembrança material do que ela tinha de mais valioso na vida e perdeu por sua própria culpa.  E então mais uma vez ela chorou. Chorou de tristeza, de raiva e de arrependimento. Ela teria ficado por ali o resto da tarde se o barulho daquele joguinho que ela havia dado a Henry não a tivesse a despertado e a feito levantar.

-- O QUE FAZ AQUI MISS SWAN? COMO SE ATREVE A INVADIR MINHA CASA DESSA MANEIRA? --  a morena estava assustada e envergonhada por parecer tão frágil perante aquela que deveria ser sua inimiga, mas isso não a impediu de ser ríspida em suas palavras.

-- Regina, me desculpa, eu..eu..

-- Qual é o seu problema Swan?  Além de marginal é disfêmica? Eu deveria chamar a polícia. – Regina viu o rosto da xerife passar de assustado pra irritado .

-- Chame a polícia Madame Prefeita, Oh, não espera, eu já estou aqui, me diga qual a sua queixa.

-- Você sabe que eu poderia te transformar em um inseto e acabar com você agora mesmo não sabe?  -- Regina se aproximou com um olhar ameaçador.

-- Não, você não poderia. – Emma tinha um olhar desafiador.

-- E o que te faz pensar que não Miss Swan? — a morena mantinha o olhar e o tom de ameaça.

-- Henry. 


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Notas finais do capítulo

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