Sabe quando você um lugar grande e vazio e esse lugar é só e parece que você acabou de sair de uma gaiola?

É assim que estou me sentido aqui. É branco, grande é meu.

Sim, eu sou egoísa, pessoa mediocre. Mas você seria tambem se fosse alguem que não gosta de ser, se tivesse convivendo com pessoas que te dão vontade de morrer. Quando você não for você o tempo inteiro, ai sim, pode descer a letra, o verbo e o escambal em mim.

Ai, ai. É tanta coisa pra contar. Pena que o inicio ja me fugiu a mente, mais coisa aqui, coisa ali eu conto minha história.

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Calor é uma coisa horrível, o sol queima a agua esquenta e tudo fica abafado, parece que sempre tem gente demais, como se ja não tivesse gente demais normalmente.

A amiga dessa menina fragil e idiota a qual faço parte estava passando com o garoto que eu gosto, por assim dizer, afinal ela gosta eu gosto ou quase isso.

"Filha-da-p***" eu pensei.

– Oi! - mas disse animadamente outra coisa.

E ela teve a cara de pau de fingir que não viu. " Eu disse filha? Ela é a P*** master mesmo".

Eu olhei pra baixo, enquanto eu olhava triste para baixo, eu pus minha mente fértil a mil. " O lacinho do sapato se desfez". Abaixei-me para arrumar, mas perdi o equilíbrio, toootalmente sem querer. E não é que ela olhou, fiquei feliz em ver meu garoto se soltar da víbora para me ajudar a levantar. Ela parou de rir na hora.

– Oi, você ta bem?

– Sim, valeu. Acho melhor voltar para Sabrina.

– Quem?

"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAhhh!" Deu vontade de correr e gritar e pular na cabeça da nojenta.

Quando olhei para ela a multidão decidiu se mecher e atropelar a idiota que tava parada num lugar de muito movimento.

– Ah, tá, aquela Sabrina. Desculpa pelo deboche, ela é assim.

– Ela é minha amiga, melhor amiga, alias.

" Se me desse mais liberdade você ia ver o que é amiga de verdade."

" Cala a boca!".

" Ah, como é bom não ser tratada como invisível. Agora você sai fora como se ele não fosse importante".

" Mas ele é."

" Me trate como razão que seu coração só faz merda"

– Obrigado, eu tenho que ir. Até!

– Tchau.

E eu fui, o cara ficou com cara de imbecil acenando enquanto eu me mandava. O coração estava a mil e as mãos nojentas e suadas (Que, suor é nojento, aceite!)

"Agora acho bom você me tratar mais como alguém."

- Não, você sou eu, to cansada de você me distraindo. Eu to doida? Ah, céus, to falando sozinha.

"Não, você ta falando com você mesma, quem melhor que você mesma para te entender."

"Sai da minha cabeça!"

"Nossa, você aquela saia estranha que ela tava usando? Parecia ta implorando por uma mão indecente."

"Quem é você afinal?!"

"Bem, logicamente falando, eu sou você, acho que sou uma personalidade que você não deixa sair. Ser boazinha o tempo todo deveria te cansar. Serio, aquela sua prima merecia morrer. Agora que tal se você deixar eu escolher as roupas de agora em diante? Suas pernas são uma delicia, esses cachos precisam de liberdade e esses seios precisam ser admirados."

"Então, você não ta tentando mandar em mim, somente me ajudar."

"Credo, vira essa boca pra lá, eu só quero me vestir melhor."