The Big Four - The Rise of Darkness escrita por Nelly Black


Capítulo 20
Confrontando meu pior pesadelo


Notas iniciais do capítulo

E ai galera! Mas um capitulo da fic!

Haven e Vic não me ameacem de morte,ok?

E quanto as meus leitores fantasmas eu só peço que comentem gente. Na fic anterior tinhamos alcançado os 185 rewies nesse capitulo,podiamos chegar agora aos 130 ou 133 comentarios agora... O que me dizem?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376546/chapter/20

POV Soluço

Eu não conseguia parar de pensar na Merida.

O jeito dela de ser. Olhos azuis que me faziam me lembrar do céu. O cabelo ruivo e rebelde como o fogo. Aquela era Merida. E eu nunca sentira isso por outra garota. Eu gostava da Astrid, mas não do mesmo jeito que gostava de Merida. Era outra coisa, sabe?

Por isso que eu estava extremamente preocupado com ela, enquanto seguia ao lado de Rapunzel e Banguela por aqueles corredores escuros e úmidos. ‘“Cuide da minha loirinha.” Jack tinha me pedido. Sim, eu cuidaria dela. Mas será que ele faria o mesmo pela minha garota ruiva?

Tentei pensar positivamente e me concentrar no caminho a minha frente, que era iluminado por uma luz dourada que emanava do cristal do cajado de Rapunzel.

“Eu posso jurar que já passamos por aqui.” A loira murmurou, olhando para a parede de pedra do corredor onde havia algumas rachaduras.

“Você está certa. Já passamos por aqui.” Concordei vendo que o corredor era idêntico ao que tínhamos passado há alguns minutos.

“Tem uma saída ali.” Rapunzel disse apontando para um arco escuro que estava logo a nossa frente.

“Mas e se pararmos no mesmo corredor?” Perguntei franzindo o cenho e olhando para o arco.

“Não vamos parar, mas em todo caso é melhor deixarmos uma marca. Assim saberemos se passamos por aqui ou não.” A loira respondeu sorrindo.

Assenti e acenei para Banguela. O dragão se virou ecuspiu uma bola de fogo que acertou a parede do lado direito. O fogo se apagou rapidamente deixando uma marca negra.

“E ai está a sua marca, loirinha.” Falei sorrindo.

Rapunzel retribuiu o sorriso e seguimos juntos pelo corredor. Passamos pelo arco nos deparando com espécie de sala cheia de escadas, que era estranhamente iluminada pela lua.

“Hã... você sabe o que é isso?” Perguntei, olhando ao redor.

“Não. E nem sei por que isso existe.” Rapunzel me respondeu e o cajado dela parou de brilhar.

“Pelo menos não paramos no mesmo corredor.” Falei tentando ver o lado positivo das coisas.

“É, pelo menos isso.” Rapunzel concordou e começou a subir a escada que estava logo a nossa frente. Banguela e eu a seguimos, mas escada parecia que nunca iria acabar. Ele subia e descia, mas nunca parava. Como vi que não sairíamos dali tão cedo resolvi puxar conversa.

“Então...” Disse tentando pensar em algum assunto para falar.

“Então?” Rapunzel perguntou parecendo distante.

“Hã...” Comecei a dizer e um assunto brotou na minha mente “Merida me falou sobre o lance da Bruxa. Eu... sinto muito.”

“Humm, sem problemas.” A loira respondeu.

O silêncio voltou a tomar conta do ambiente e eu fiquei incomodado com aquilo. Meus dedos torceram nervosamente a frigideira.

“O Jack gosta de você sabia?” Falei do nada e Rapunzel enrubesceu, olhando para mim com os olhos arregalados.

“Por que você acha isso?” Ela me perguntou passando a mão esquerda pelos cabelos trançados.

“Eu não acho. Eu tenho certeza.” Respondi sorrindo abertamente. “Já reparou no jeito que ele olha para você?”

“E o que isso tem haver?” Ela rebateu parecendo, constrangida.

“Tem tudo haver.” Respondi e ergui as mãos. “Bem... não é da minha conta. Só fiz um comentário.”

Rapunzel não disse nada, apenas fitou o chão. E sem nenhum motivo parou e se virou para mim.

“A Merida gosta de você.” Ela disse sorrindo calorosamente.

“Você acha mesmo?” Perguntei parando de andar automaticamente. Ela estava dando o troco pelo que eu disse sobre Jack e ela.

“Eu não acho. Eu tenho certeza.” Rapunzel disse repetindo minhas palavras.

Eu e ela rimos.

“É, sei que ela gosta de mim. Também gosto dela.” Admiti pensativo “Sinto por ela algo que nunca senti por alguém.”

O sorriso de Rapunzel se alargou e ela tocou o meu ombro direito.

“No final vamos ficar com aqueles que amamos Soluço.” Ela disse com a voz suave.

“Você acha que isso vai acontecer?” Perguntei me lembrando do que enfrentaríamos.

Rapunzel riu novamente quando Banguela soltou um grunhido feliz, então disse:

“Eu não acho. Eu tenho certeza.”

Sorri de orelha a orelha e Rapunzel acenou para frente. Assenti e continuei a subir a escada. Passados alguns minutos chegamos ao fim daquela escadaria, que dava para uma sala oval.

Um tanto receosos nos entramos na sala. Suas paredes eram negras e abrigavam grandes pilares de fogo, que me fizeram lembrar imediatamente do Grande Salão de Berk. No centro da sala havia uma porta idêntica a que nós entramos no covil. Olhei para Rapunzel que estava tão confusa quanto eu.

“Acho que isso é uma espécie de portal.” Disse tocando a estranha porta.

“Só saberemos o que é isso se abrimos.” A loira disse parecendo pensativa.

Assenti e um tanto hesitante, girei a maçaneta. A porta se abriu revelando uma entrada para Salão do Globo. Olhei para trás e Rapunzel gesticulou para que eu passasse. Assenti novamente e passei pela porta. A loira passou depois de mim seguida por Banguela, que conseguiu de algum jeito passar por ali.

“E voltamos para o inicio.” Rapunzel constatou suspirando.

Mas por quê? Minha consciência me perguntou.

Eu já ia responder grosseiramente a ela, quando uma risada fria encheu o ar. Rapunzel, Banguela e eu nos viramos automaticamente na direção do som. Mas não havia nada, apenas escuridão. O que deixava claro de quem a risada pertencia.

“Breu...” Murmurei entre dentes.

“Olá crianças.” O cara cinza disse atrás de nós, surgindo do nada e fazendo-nos virar e dar de cara com ele.

Imediatamente Rapunzel o atingiu com sua areia dourada. Mas como Breu estava em seu “território”, ele tinha vantagem. O cara cinza lançou sua areia negra para cima da dourada. E quando as duas se chocaram, a dourada se transformou em negra e unidas como apenas uma avançaram para cima de Rapunzel.

Pelo canto do olho eu vi o maxilar da loira se trincar. Ela jogou as duas mãos para frente lançando uma imensa onda de areia dourada na direção de Breu.

Apesar de estar mais forte, ele não podia lutar contra aquilo. E por isso foi lançado violentamente para trás, acertando a parede com força. A onda cessou e Rapunzel e eu nos entreolhamos.

Breu estava caído no chão e parecia estar desacordado. Aproximamos-nos um pouco e o cara cinza abriu os olhos. Antes que pudéssemos reagir ele lançou uma onda negra que nos lançou para trás. Uma parte da onda envolveu Rapunzel e se transformou em um casulo.

A outra parte foi para um canto da sala e se transformou em um enorme circulo que me lembrou os portais do Norte. Uma ventania monstruosa emanava dessa onda e uma força me puxava junto com Banguela para dentro dela.

“Para onde isso vai dar?” Perguntei gritando e deduzindo que era um portal.

“Para o lugar onde meu mais precioso aliado está.” Breu respondeu se levanto e sorrindo

Eu fiquei branco de susto. O mais precioso aliado. Arrepiei-me ao ouvir isso e um pânico se apossou de mim; só podia ser o Morte Vermelha, o grande dragão. Meu pior pesadelo.

“Vá Soluço!” Breu disse acenando na direção do portal “Vá com seu dragão e enfrente seu medo.”

Assim que o cara cinza terminou de falar, Banguela e eu fomos puxados violentamente para dentro do buraco negro. E eu me vi novamente na Ilha dos Dragões. Ali também era noite e o céu brilhava azul e estrelado.

Banguela olhou para mim parecendo preocupado e eu engoli em seco. Um vento frio passou por mim e me encolhi. Aquilo não estava nada bem. Na minha primeira batalha contra esse dragão eu perdi minha perna. Dessa segunda vez seria o que? Meu braço? Ou minha vida?

Olhei ao redor e meus olhos focalizaram a enorme entrada que existia na montanha. De alguma forma eu sabia que o dragão estava ali em dentro. Virei-me para Banguela e tentei colocar firmeza em minha voz.

“Meu maior medo é perder você amigo. Sabe disso não é?”

Banguela balançou a cabeça concordando e eu suspirei derrotado.

“Peço que lute ao meu lado só mais uma vez. Infelizmente não posso garantir que iremos sair vivos dessa.”

O Fúria da Noite se aproximou de mim e eu estiquei minha mão para tocá-lo. A onda de deja vu veio de imediato quando ele fechou os olhos e se aproximou de mim, permitindo que o tocasse. Banguela abriu os olhos e me fitou como se dissesse “Para morte e para glória, amigo!”.

Sorri e montei no dragão.

Encare seu medo... Breu havia dito. Ok, eu iria encarar. Então me lembrei de Rapunzel. Jack iria me matar por eu tê-la deixado sozinha com o Breu. Mas se eu não morresse, iria dizer para ele que não tive escolha, que a onda me puxou.

Foco Soluço! Concentre-se no Dragão! Minha consciência gritou. Chatinha ela não?

Respirei fundo e disse confiante para Banguela:

“Certo, amigo. Vamos convidá-lo para a festa.”

Meu dragão pareceu rir e cuspiu a maior bola de fogo que eu já tinha visto. A bola entrou na caverna e desapareceu nas profundezas da mesma.

Banguela e eu ficamos atentos e do fundo da montanha um rugido monstruoso surgiu. Sorri sentindo a coragem me encher. A única coisa triste em eu morrer, era que não poderia ficar com Merida.

Sabia de algum modo que eu e a garota valente não iríamos para o Valhala e sim para Folkvang, o palácio da deusa Freyja. O lugar aonde metade dos vikings iriam após terem morrido com honra em batalha.

Toda ilha tremeu e eu decolei para cima com Banguela.

Sorrindo, pronto para encarar minha morte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguma ideia para fic? Comentem
Não gosta de algo na fic? Comentem
Querem me matar? Comentem
Ficou feliz pelo Brasil acordar e ir para ruas? Comentem



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Big Four - The Rise of Darkness" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.