Rose Marry escrita por Mrs Choi


Capítulo 5
Capítulo 5




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Na manhã de domingo acordo com a cara toda inchada, vou ao banheiro, tomo um banho e fico meia hora deitada na banheira. Jess estava sentada vendo filme que ela tinha comprado semana passada não disse uma palavra quando passei por ela a caminho da cozinha. Depois que tomei meu café da tarde, umas beliscadas no pão e uns golinhos de suco, porque acordei eram quase três horas, sentei no sofá ao lado de Jess.

- Quer conversar?
           -Huum?
      Sobre o que aconteceu ontem? Te procurei na festa e não te achei. Liguei pro seu celular, estava desligado. Depois o Adrian me ligou te procurando - olhei pra ela assim que ela falou o nome do crápula - Aí percebi que algo estava errado. Então tentei te ligar de novo e um Patrick atendeu e disse que você não estava bem, mas que estava em casa e que esqueceu seu celular- ela o retira do bolso- no carro dele. Ele Veio devolver sua carteira e seu telefone hoje de manhã.
      -Aaaaah - é tudo que digo.
      -Lizzie, o que aconteceu?

Olho pra ela, me sentindo mais triste que ontem, porque falar é muito mais difícil.

- Só acabou. Adrian me ligou no meio da festa e disse que estávamos muito distantes, e que queria que tudo terminasse, eu o mandei pro inferno e desliguei meu celular. Quando liguei pra excluir ele das minhas redes sociais, descobri porque ele estava terminando. - Desvio o olhar - Ele estava saindo com a Amanda, já tem um tempinho.

Jess está com um olhar mortal estavam quase saindo tiros pelos olhos dela. Ela se levanta indignada e praticamente grita:

- IDIOTA, se eu pudesse pegava um avião e ia lá só pra dar uma surra nele. Esse filho da pucca. Vou ligar pro meu pessoal de lá e mandar dar uma surra nele, descarado, mau elemento. Como ele pode?
     -Me sinto tão dilacerada, porque mesmo longe eu ainda amo ele. Isso tinha que acontecer justo dois dias antes do meu primeiro dia de trabalho? Não tinha outra hora pra acontecer não? Na verdade não queria que isso acontecesse em hora nenhuma, mas, se tivesse que acontecer tinha que justo hoje?  E ainda disse que era por causa de uma promoção no serviço que tão cedo ele iria vir me ver. E ainda disse que me amava.
        -O que você falou?
      - Mandei ele casar com o amor e com a promoção dele. Mas ele não sabe que sei da foto. Então quando estava saindo da festa esbarro no Patrick, o mesmo cara que derrubei no parque aquele dia lembra? E ele me trouxe pra casa.
       -Você entrou num carro de uma pessoa que você nem conhece?
     - Entrei- fiquei um pouco envergonhada- Mas, veja pelo lado bom, estou viva ainda.

Deito minha cabeça em seu colo, e escorre uma lagrima, que começa a dar lugar à outra e mais outras:

- E agora?- choramingo.
Como assim “E Agora?”. Sair dessa ué. Você é linda, inteligente, muito bem vestida vai encontrar alguém que lhe de valor independente do quão longe você esteja. Agora que você vai trabalhar, coloque sua mente nisso. E nas coisas que são realmente importantes pra você e pra sua vida – ela passa o polegar nas minhas bochechas secando minhas lagrimas. - Vamos dar uma volta, vá se trocar.
Mas eu não quero sair.
Não perguntei se você está querendo nada, mandei você ir se trocar.

- E eu faço o que ela manda. Vou ao meu quarto, coloco um jeans surrado, uma camiseta preta e meus óculos escuros. Levamos Shenna conosco, que estava muito inquieta. Deitei na grama e fecho meus olhos, estava com meu coração tão doído, não sentia nem vontade de ir trabalhar amanhã, mas a Miranda me mandaria embora antes mesmo de começar. Olho pro lado e vejo Jess mexendo no telefone, e na minha visão periférica, não via Shenna.

- Liz, cadê a Shenna? – ela me olha com os olhos arregalados.

Finjo que nem ouvi. Não estou com saco pra vigiar ninguém hoje, mas ela me sacode e não tenho outra escolha a não ser abrir os olhos.

-Deve estar em algum arbusto aqui por perto.
Arbusto? Vou dar uma olhada.

Volto a fechar meus olhos, meu celular vibra anunciando que recebi uma mensagem, mas não dou a mínima importância, pra mim que o mundo se explodisse que não estava nem ligando. Ouço passos em minha direção.

- Achou? Eu disse que ela estava em algum mato por aqui?
Achou o que? Ou quem?

Abro meus olhos e levanto meus óculos. Patrick estava parado, em pé na minha frente.

- Ahh. Oi - estava bem envergonhada de vê-lo depois da minha choradeira de ontem.

E para minha total surpresa ele se senta.

- Minha cachorrinha sumiu de novo, mas Jess já esta procurando.

- Huuum, ela vive se perdendo.
         -É verdade - esboço um sorriso.

Então me aparece Jess quase chorando.

- Não a achei em arbusto, mato e arvore nenhuma. E-A-G-O-R-A?
         -Vamos procurar mais longe então e em outras direções.
         -Ah, olá Senhor Louis. - Diz Jess
        -Vocês se conhecem?
       -Sim ele é dono do Teatro que usamos. E vocês se conhecem de onde?
      -Ele é o Patrick... - Deixo o restante da frase no ar.
      -Ah! - é só o que ela solta.
   -Bom, vamos procurar então- me viro pra Patrick- Pat se quiser ajudar, será bem-vindo. Ela é uma Sharpey de um ano com o nome de Shenna. Encontramos-nos aqui em – olho no celular à hora - Uma hora, está bem?

 Os dois concordam com um aceno com a cabeça. Sem muita vontade eu me levanto e começo a procurar junto com Jess.

-Sheeeennaaaa. Sheeeeennaaaaa.- grito e ao meu lado vejo minha amiga muito quieta. – Jess nós vamos acha-la ok?
        -Não é nisso que estou pensando nesse momento.
      -Além do sumiço da cachorra, tem algo mais ou mais a para se pensar?
       -Claaaaro que tem.
       -Como...?
       -Como? COMO?  O “Pat” é o solteiro mais cobiçado de Manhatam, quem sabe dos Estados Unidos. E você foi consolada por ninguém menos que Patrick Louis.
   -Sheeeeennaaaaa - grito não dando muita importância ao que ela disse.
    -Sheeeennaaaaaa!
Porque ela não aparece?

Andamos mais uns metros e começamos a fazer o caminho de volta.

-Você tem noção de quem é ele?
          -Não?
        -Ele administra tudo que é do pai dele e não é pouca coisa e a mãe dele?Dizem que ela...

Jess não termina a frase, Pat estava voltando com Shenna nos braços.

- Minha filha, como você some assim? Não pode ficar longe da mamãe. Olha como você esta suja. Lizzie vou voltar pra casa pra dar um banho em alguém.

- Shenna estava tão feliz, mal sabia ela que seu pior pesadelo estava prestes a acontecer. Olho para Patrick.

- Muito obrigada.
          - Por nada.
       - Obrigado por ontem também. Se precisar de alguma coisa - o que eu duvido que ele precise, pelo que Jessy me contou - me procura.
Pode deixar, irei te procurar.
      - Bom, então eu já vou indo. Vou ajudar no banho da Shenna. Tchau.

E me viro pra ir embora, nem espero ele responder. Quero tanto chegar em casa  me deitar. Tinha até me esquecido de olhar com que roupa eu iria trabalhar amanha, não posso ir mulambenta pro meu primeiro dia, mas também não estava a fim de ver nada por hoje e pelo resto da minha vida eu acho. Chego em casa e algo passa por mim correndo.

- SHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENNA, VOOOOLTA AQUI.

A cachorra se esconde embaixo da mesa, Jess se abaixa e tenta puxar ela, mas ela sai correndo de novo. Encurralada Jess a pega no colo e a leva de volta pro banheiro e eu vou direto pro meu quarto.

- Como foi lá?- Grita do banheiro.
          -Como foi o que?
          -Vocês dois.
        -Que vocês dois? Eu agradeci e vim embora, não percebeu que eu cheguei muito rápido pra ter acontecido alguma coisa?
Ah! Verdade.

****************************************

Mais tarde eu finalmente tomei coragem pra olhar alguma coisa no closet e na minha cômoda. Olhei, olhei e olhei e no final não resolvi nada. Coloquei meu celular pra despertar e vi que tinha uma mensagem não lida. Cliquei.

Parece que está melhor, Pat.

Oh My God! Como ele conseguiu meu número?

Como conseguiu meu número?

Estava num misto de emoções, com ele conseguiu chegar a mim assim? Resposta:

Liguei do seu celular pro meu kkk.

Eu: Ah, ta.

Ele: Fiquei preocupado com você, então fiz isso, Desculpe.

Eu: Não tudo bem, agora eu vou dormir porque amanha irei trabalhar.

Ele: Mas ainda é cedo.

Eu: Boa Noite.

O celular vibrou mais uma duas vezes, mas eu não fui olhar. Olhei pro criado mudo do meu lado, tinha um par de brincos que tinha ganhado de Adrian de aniversario, começo a chorar e no meio disso durmo.

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Mesmo destroçada, com raiva, não poderia faltar logo no primeiro dia. Me levantei mais lerda do que o normal, tomei um banho e fui para a parte mais difícil : escolher a roupa. Peguei uma calça verde militar, uma camisa mullet de onça (pra igualar meu estado de humor) e botas sem saltos. Olhei o relógio, se não saísse me atrasaria.

Liz, Phil vai passar aqui para me buscar. Quer carona?
Seria ótimo!

Fui o caminho todo sem pronunciar uma palavra. Estava muito distante, simplesmente achava que as coisas não deveriam ser assim! Não conseguia entender porque Adrian fez isso comigo. Eu ... eu...

Chegamos – Jess disse animadamente, me tirando de meus pensamentos.

                           

Olho pra frente do ateliê sem nenhuma vontade de sair do carro, queria mesmo sair correndo pra casa. Viro pra minha amiga, que estava me encarando:

-Lizzie, concentre-se no seu trabalho que, vai dar tudo certo. Figthing!
          -Obrigado. Tchau Phil!

Anitha já estava me esperando. Conduziu-me a sala que ficava do lado da sala dela. Um lugar bem amplo com maquinas de costura, mesas de desenho e muito tecido.

- Eliza, esta é Yve, sua estilista. Você vai auxiliá-la no que ela precisar. Quando precisarmos, terá que ajudar em outros setores.
         -Ok, obrigada Anitha!

Ela me da mais uma olhada antes de sair. Yve era bem magra, muito bem vestida, usava estilosos óculos de grau, cabelos negros e olhos verdes.

- Como a Anny disse, sou Yve e essa é a Elizabeth, minha amiga e costureira.

Sorrio da forma mais calorosa e sincera que consigo.

-Você não deve ficar muito com a gente como é novata sai pras missões.
         -Missões?

Antes que ela pudesse me responder Anitha entra na sala com uma folha em mãos,

- Eliza, essas são suas atividades da parte da manhã.

Como estava de recesso pedi para trabalhar de manhã. Olhei a lista enorme de lugares pra ir até. Oh My God, o dia será bem cheio hoje. E tinha que entregar tudo ate onze horas na revista que ficava praticamente do outro lado da cidade, olho pro relógio quase nove horas da manhã. Pulei pra dentro do carro que ficava a disposição do Ateliê e mandei o motorista correr.

Fui a várias lojas, fiquei pra cima e pra baixo, o porta malas já não tinha espaço, fui colocando tudo no banco de traz até ficar entupido. Cheguei no prédio da revista faltando cinco minutos. Miranda já estava de cara feia pra mim.

- Desculpe Senhora Louis, teve um acidente que acabou me atrasando.

- Deixe com a Luisa ali na frente. Depois volte aqui.

E foi o que eu fiz, lógico. Deixei tudo com a tal Luisa e voltei pra ver o que mais ela queria de mim. Assim que entrei lá ela já estava se preparando para sair.

- Ali no canto tem algumas coisas que precisam ser levadas ao Teatro Marllin. Diga a Philip e Jéssica que a peça estava ótima e que este é o novo figurino.

E saiu da sala. Olhei o que tinha que levar: duas caixas nada pequenas e uma dúzia de sacolas. Falei com Luisa, que veio me ajudar a levar tudo ao carro e voltou a seu posto.

*****

No Teatro Jess estava em reunião com Phil e Mark, estavam gesticulando intensamente.

 - Algum problema Phil?- Digo em tom de brincadeira.

- Lizzie! – Diz enquanto me lança um sorriso largo.- Nada muito serio, só algumas coisas pro cenário. Coloque isso aqui em cima do palco que depois mando alguém buscar.

Coloquei tudo onde ele pediu, peguei as caixas que estavam com o motorista, que tinha me ajudado.

    - Obrigado Julius, pode voltar que meu horário se encerrou.

Para minha total vergonha meu estomago começou a discutir comigo ali, em publico. Fique vermelha automaticamente.

   - Isso que dá nem tomou café da manhã. Estamos indo almoçar e voe vem com a gente.

    - Ahmm... Não obrigado eu...

    - não estou te convidando estou mandando você vir.

Abri a boca para protestar, mas Jess me pegou pelo braço e me arrastou pra fora. Fomos andando para conversarmos melhor, segundo ela que foi falando o caminho todo. Mark e Phil já haviam chegado, foram de carro o estabelecimento nem era longe.

   - Demoraram - Mark diz sorrindo.

Fiquei calada a maior parte do tempo. Depois pagamos à conta e saímos.

- Vai pra casa?

- Sim, trabalho meio período lembra?

- huumm... É mesmo. Vemos-nos a noite.

- Até.

Chamei um táxi e fui pra casa, cansada de ter ficado pra cima e pra baixo. Tomei um banho comi pipoca com sorvete e acabei dormindo a tarde toda.


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Notas finais do capítulo

Será revisada em breve! espero que gostem beijos



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