Be Your Everything escrita por Rainy


Capítulo 23
Capítulo Bônus - POV Annie


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores. Sentiram minha falta? Espero que sim ><
Bom, quero me desculpar com a demora, já que faz um mês que eu não atualizo a fic DD:
Eu estou com certas dificuldades de escrever o próximo capitulo, porque vai ter uma cena bem HOT e eu não sei escrever isso (choremos/). Minha amiga até tenta me ajudar, mas ela também tem seus compromissos e tal... Enfim, vou tentar postar o capítulo nessa semana, mas não posso prometer nada.
Ah, muito obrigada por cada review! Quero agradecer o carinho de cada uma de vocês e a paciência que têm comigo asuauhsahu Sério gente, muito obrigada ♥
Espero que gostem do capítulo mesmo eu achando que ficou uma merda D: sorry, mas eu tentei. Não sei se a narração ficou parecida com a da Kath, mas.... Ai gente, eu tentei.
um beijos muito grande e até o próximo cap XD
PS: eu escrevi agora de noite e nem vi se tem algum erro. Por acaso tem alguma beta por ai? Tava super precisando de uma ;)



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POV Annie

Tic tac...

Tic tac...

Duas horas, quarenta minutos e trinta e sete segundos.

Estou sentindo a minha carne se juntar ao couro velho do sofá e já tinha perdido as contas de quantos mofos vi no teto. Merde.

Nesse intervalo de tempo eu discuti com uns pirralhos que tentaram roubar meus preciosos chocolates, me assustei com a dentadura de uma das tias gordas, ordenhei vacas, corri de um rato demoníaco e por fim me afundei no sofá, esperando que o tapado – e extremamente lindo –, loiro oxigenado voltasse com novidades sobre nossa missão.

Par Dieu! Só espero que tudo tenha dado certo. Será que a Kath se acertou com o Niko? Será que ela tá esfolando a cara do Fred?! Alors, quel tourment!

Só não entendo porque o pateta não atendeu nenhuma das minhas quinze ligações e nem ao menos respondeu minhas vinte e duas mensagens. Tem celular pra que então? Pra servir do como enfeite de árvore de natal?! Ou pendura na cabeça pra chamar atenção?!

Levantei do sofá e peguei uma bolinha de borracha, a jogando contra a porta de frente e esperando ela voltar aos meus dedos. Fiz isso uma, duas, cinco, vinte vezes, até que me irritei e a joguei de forma brutal contra a porta.

Só não esperava que bem nessa hora a porta abrisse.

Esperava muito menos que a bola acertasse o rosto de Fred e ele caísse duro no chão.

Pronto.

Matei o meu futuro marido e pai dos meus filhos. 

– Fred! – exclamei e fui até o seu encontro. Me abaixei o suficiente para que seu rosto ficasse próximo do meu e notei que ele ainda respirava. Ufa.

Ele – por mais que estivesse desmaiado por conta da minha bola assassina – tinha uma expressão serena no rosto e sem que eu notasse (ok, notei só um pouquinho) minha mão já estava acariciando seus cabelos macios e sedosos. Fui me levando ainda mais pela curiosidade e uma leve perversão, já que senti seu perfume e afundei meu rosto em seu pescoço quase que involuntariamente.

Oh, que fragrância dos deuses. Eu poderia me afundar nisso todos os dias.

– Isso faz cócegas.

Céus!

Levantei minha cabeça e empurrei meu corpo para trás, batendo a cabeça na parede. Droga! Tenho certeza que isso vai gerar um belo de um galo.

– O que você está fazendo?! – falei enquanto massageava o local dolorido e levantava do chão.

– Eu estou sendo molestado por uma francesa bem gata.

Esse garoto não tem vergonha na cara não? Será que ele não tem aquele negocinho na cabeça que avisa o limite de estupidez que uma pessoa pode dizer? Ou será que ele não tem neurônio nenhum?

Optei por acreditar na terceira alternativa.

– Eu não estava molestando você! – eu disse em minha defesa. – Só verifiquei se você estava respirando, oras.

– Tem certeza disso? – Fred se levantou e deu alguns passos em minha direção. – Porque pra mim pareceu que você queria arrancar um pedaço de mim.

S'il vous plaît ... Não seja tão cheio de si. Eu estava fazendo uma boa ação e você deveria me agradecer por isso. Ingrat!

– Seu sotaque é tão sexy.

– Sua perversão me fascina. – revirei os olhos e empurrei o corpo de Fred, sem deixar de notar os músculos em seu peitoral.

Oh ciel... Agora que eu morro.

Andei até a cozinha tendo a certeza de que o loiro ainda estava na minha cola e me sentei num dos bancos altos. Nem demorou para que Fred se sentasse ao meu lado e seu olhar pousou sobre mim por vários agonizantes minutos, até que acabei quebrando o silêncio.

– O nosso plano deu certo?

– Você quer dizer o meu plano. – revirei os olhos. – E sim, a Operação Recupera Queijo foi um belo sucesso. Nessas horas eles já devem estar suando e ofegando.

Não pude evitar o choque com aquelas palavras. Será que eles...? Sabe... Será?

– Eu estou brincando. – Fred disse ao notar o espanto em meu rosto. – Não sei se o Niko iria tão longe, mas tudo depende da vontade da Kath.

– E por acaso ele faz isso com qualquer uma?

– Não! – respondeu automaticamente. – O Niko tem cara de que come quieto, mas na verdade ele não pegou tantas garotas assim. É mais fachada mesmo.

– Mas e você? Já ficou com muitas garotas?

No mesmo segundo eu me arrependi de ter perguntado isso. Pra começo de tudo: que merde que me deu?! Por que eu tinha que me interferir nisso?! Afinal, não era da minha conta. A vida dele não é da minha conta. Ele é só um garoto estranho – e gostoso – que é melhor amigo do namorado da minha amiga. E mesmo convivendo certo tempo com o Fred e vendo que ele é um tapado, eu ainda não conseguia tirar ele da minha cabeça.

Por isso me decepcionei um pouco quando ele coçou a nuca num gesto meio nervoso e comprimiu os lábios. É óbvio que ele já pegou muitas. Olha só pra ele... Esse cabelos bem loiros, os olhos azuis que me lembram o mar, a pele branca e os músculos salientes... Sem falar nos lábios dele que são extremamente beijáveis e queria eu poder... Nada!

Eu não queria e não quero nada.

“Continue repetindo isso até se convencer, chérie.” – murmurou meu subconsciente.

Levantei da cadeira e já ia subir as escadas, quando senti uma mão segurar meu braço.

– Eu ainda não respondi a sua pergunta. – Fred sussurrou bem próximo ao meu ouvido e os pelos da minha nuca se arrepiaram.

Maîtrisez-vous, Anne. Controle-se...

– Não sei se quero saber a resposta.

– Vou te falar do mesmo jeito. – deu um longo suspiro e depois me encarou, sério. – Eu já beijei muitas, Anne. Já fiquei com várias também e não sinto nenhum tipo de remorso nisso. Mas não pense que eu sou o tipo de cara que não lembra nunca mais delas. Eu sei de cada uma, de cada rosto e de cada gesto. Óbvio que eu não liguei no dia seguinte porque eu nunca me apeguei a nenhuma delas, mas ainda sim as considero. Gosto do cabelo curto delas, do longo, da pele branquinha ou bronzeada, das que são baixinhas e peitudas ou das altas e magras. E elas são diferentes e eu achava uma perda de tempo me prender em só uma pessoa. Até que... – e ele travou do nada. Seu corpo ficou rígido e ele não me encarava mais.

– Até que o quê, Fréderic?! – perguntei, impaciente.

Não podia acreditar que depois de todas naquelas babaquices, ele simplesmente vai ficar quieto.

Mas ele não vai fugir de mim. Não agora que eu finalmente consegui arrancar alguma reação do Sr. Perfeição.

– Fala, Fred... – me pus a sua frente e fiquei na ponta dos pés, roçando o meu nariz no dele.

– E-eu não quero te decepcionar, Anne... – disse relutante, mas nada que o impedisse de enlaçar minha cintura com os seus braços.

– Só vou me sentir decepcionada se você não me der o que eu tanto quero...

– E o que isso seria?

Eu me movi lentamente colocando nossos corpos mais do que o limite da minha sanidade mental permitia, mas eu já não dava mais a mínima. Enrolei os cabelos loiros entre os meus dedos e sussurrei milímetros do seu rosto.

– Quero um beijo seu.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Curtiram? Mereço um review mesmo com a demora? *____*
BEIJOOOOOS ♥