New School, New Life escrita por Lou, Sorriso Metálico


Capítulo 17
Inverno na Florida


Notas iniciais do capítulo

Hi loves,
i've been gone for a long time. Really long.
Espero que gostem,
Alexandra.



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Janeiro

O dia não prometia muito, o tempo estava bem nublado embora que os dias neste inverno estivessem a ser maioritariamente de temperatura agradável e secos. Muito melhor do que aquele calor que até abafava no verão.

Já estamos a meio do mês e nem acredito bem à quanto tempo estou aqui. No Natal, a minha família ficou por cá e deu para matar algumas saudades deles, mesmo assim tenho saudades dos meus amigos e família de Portugal, claro que da comida também tinha bastantes saudades.

Hoje é o dia antes da visita de estudo, onde vamos ter aulas porém vamos estar tão animados que os professores nem se vão esforçar. No início do ano, os professores disseram que íamos visitar a Alemanha, mais especificamente Berlim e ainda nem tinha preparado as malas para uma estadia de 4 dias.

Nestas férias tinha-me distanciado tanto do Brandon que nem parecia meu. Ele estava hipócrita, sempre a andar com uma rapariga diferente todas as semanas e nem se parecia importar do que ninguém dizia enquanto o Finn estava a conquistar a minha confiança aos pouquinhos e agora confio plenamente nele.

Enquanto pensava nisto tudo, já cheguei à escola e ao mesmo tempo também o Finnick. Só que enquanto eu andava a pé, ele era trazido pelo pai à escola no seu Porsche. É um carro mesmo lindo e igualmente caro.

É escusado dizer que a maioria das raparigas começaram a olhar para ele todas babadas como se ele fosse um bolo de chocolate. Como detesto pessoas assim, só por ele ser bonito e ter dinheiro já é perfeito. Lá sabem elas se ele pode ser um serial killer com uma divisão em casa decorada com cabeças de pessoas. E não, não estou com ciúmes. Talvez um bocado.

De qualquer maneira, finjo que nem o vi e ponho-me a caminho do meu cacifo para recolher os meus livros. Estava a ler um texto antigo quando o Finnick se pôs atrás de mim e me assustou o suficiente para eu praguejar em português:

—AIMEUDEUS.

Ele respondeu com um riso incontrolável – Calma amor, sou só eu, não um monstro.

—Já estive a elaborar uma teoria de seres um serial killer, não te surpreendas. E acima de tudo não me chames amor.

—É fofo.

—Não se o chamares a todas as raparigas.

Ele ia abriu a boca para dizer algo mas nesse preciso momento tocou a campainha.O que não adiantou muito porque íamos exatamente para a mesma aula: Psicologia A. Ainda me pergunto que raio eu fiz de mal para acabar em Psicologia e como tudo pode piorar ainda é A.

Sentei-me e deixei-me escorregar pela cadeira até a professora aparecer com um ar de quem queria causar a 3º guerra mundial que era capaz de assustar qualquer pessoa. Menos os ‘‘inteligentes’’ aka Finnick e Cato da minha turma que adoravam irritá-la ainda mais.

—Menina Cresta, quem era Jean Piaget?

Ensonada digo- Ah?!

— Não é ah, quem era Piaget?

Consciente que não sabia quem ele é, respondi -Era aquele checo que escrevia romances, né?

Pela expressão dela percebi logo que definitivamente tinha errado. Carrancuda, avisou:

— Talvez se a menina se deitasse a horas e usasse as suas noites para algo mais produtivo saberia.

Olhei para ela com cara de poucos amigos. Não gosto nada que me critiquem sendo que eu me tenho esforçado muito o facto de aquilo vindo dela ainda me irritou mais, mas o Cato brincou:

—Se você usasse as noites para algo mais produtivo e prazeroso também estaria aqui com melhor humor.— Piscou-lhe o olho e deu um high-five ao Finnick rindo-se.

A turma toda desatou ás gargalhadas incluindo eu. A nossa professora não parecia muito feliz, a menos que a felicidade a enchesse de manchas de raiva. De seguida, ameaçou:

—O menino quer ir para a rua? Olhe que eu posso cancelar a sua ida á Alemanha.

—Não se ponha com ameaças que nós sabemos que você é quem quer ir mais. Diga-me lá aqui de mulher para mulher, está com esperanças de encontrar um alemão todo jeitoso para alterar o seu humor e mais alguma coisa aí por baixo? — Perguntei com falso interesse.

—Pode ser honesta connosco - acrescentou o Finn— Afinal isto é psicologia e nós temos de falar sobre sentimentos. Podemos começar por algo básico, você nasceu no Paleozoico ou Mesozoico?

Ok, esta foi realmente mazinha. O suficiente para ela nos mandar para a rua e dizer que não voltássemos depois do intervalo. Todas as minhas amigas estavam nas aulas e provavelmente iam acaba-las todas ao invés de ser expulsas delas como eu.

Decidimos sair três da escola enquanto não tivéssemos mais aulas. Ficámos num parque qualquer por preferência do Cato pois ele queria fumar e não o podia num espaço fechado. Já sabia que ele fumava e não parecia incomodar nada a Clove mas o que me surpreendeu foi o Finn fazer o mesmo.

— Se queres conservar os teus pulmões o suficiente para conseguir jogar futebol não devias mesmo fazer isso. Isso não faz definitivamente bem .— Aconselhei.

— Também não me fazes bem, és um vício meu e mesmo assim eu continuo a gostar. — Respondeu a olhar-me nos olhos.

Ele podia ter recitado os ingredientes e a confeção de uma lasanha que tudo parecia profundo quando ele me fitava com os olhos verde-esmeralda como se quisesse ver a minha alma. O Cato riu-se baixinho como se não acreditasse naquilo.

Revirei os olhos. Não tenho nada contra as pessoas que fumam mas fumar quando se é jogador de futebol desgasta os pulmões ainda mais o que ainda diminui a possibilidade de se profissionalizar. Ele é que sabe, afinal de contas é a vida dele. Nem sei porque me ainda preocupo se ele nem me parece ouvir.

Nem sei o que pensar dele. Ás vezes sou a única pessoa no mundo para ele na outra não passo de uma rapariga qualquer, uma amiga que ele nem ouve.

Tenho que resolver isto o mais rapidamente possível, não vou ficar assim para o resto do ano.


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Notas finais do capítulo

Nada muito especial, só mesmo para atualizar.
Mas um novo capítulo deve chegar em breve ;)
Kisses,
Alexandra.



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