Querido Diário escrita por F R Charlie, Isabelle Masen


Capítulo 3
CAPÍTULO 2 – TEORIA DA VIAGEM NO TEMPO


Notas iniciais do capítulo

Postei logo no segundo dia porque eu fiquei realmente inspirada pra fazer essa fic. A chegada da Bella vai prometer muuuito!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376290/chapter/3


É o terror! Minha mãe disse que eu não podia levar muitas roupas, só um casaco, maquiagem digital e um tal de tênis. Fala sério, vou usar um sapato que ninguém usa só pra me enturmar? Sou mais eu, né?



Procurei o contrato em todos os lugares querendo rasgá-lo. Resumindo:


Eu + escândalo no laboratório + Ultrasyvicht rindo da minha cara ao desmascarar minha mentira.


Se bem que foi estranho ele não se oferecer em meu lugar, nem disse nada, só provocou. Deve ser só pra ver eu me ferrar em câmeras internacionais, só pode ser.



Depois de um dia estressante no trabalho, finalmente chegamos em casa. Eu irei amanhã, pois haverá uma tempestade de raios prevista pra ainda essa semana e eu precisarei ir o mais rápido possível. A última chuva explodiu uma arma nuclear na Rússia, imagine uma passagem humana por um buraco negro?



Quando me deitei, não consegui dormir. Mudei a paisagem da janela pra a de mar, floresta Amazônica ou apenas árvores mas nem os sons exóticos me fizeram adormecer. Eu estou preocupada nas coisas que irei levar comigo. Virarei uma Calophite medinga? Claro que não!



Decidida, levantei-me e acendi a luz com o comando de voz. Abri o guarda-roupas e tirei uma calça larga preta e, de mansinho, fui até o closet de meus pais e roubei um casacão antigo de Charlie. Os vesti em mim e na calça coloquei todas as roupas que consegui guardar. A calça, que era larga, ficou grossa e roliça.



Depois, desci pela escada rolante e fui até a cozinha. Tive que desligar o robô que limpava a casa e filmava tudo pra pegar todos os salgadinhos que eu podia e os enfiei no casaco, até comi um pedaço de pudim gelatinoso que encontrei no freezer embutido. Puxei a gola até o queixo, me fazendo ficar uma verdadeira bola de gorda, talvez eles pensassem que eu comi uma coisa qualquer no laboratório que deu errado.



Assim que acabei de me empanturrar subi as escadas rolantes e fui até o cofre que ia do teto até o chão e o abri em minha parte, sacando U$ 6.000 dólares. Enfiei-os no meu pescoço e me senti sufocada demais. Sem alternativas, acabei por calçar o maldito sapato. Quando acabei o trabalho, olhei-me no espelho do quarto.


–-- Gorda, alta, rica e bem vestida – falei colocando com muito esforço as duas mãos na cintura.

Depois disso o dia amanheceu rapidamente.

–-- Isabella!!! – ouvi meu pai gritar mas ignorei.

–-- Isabella Marie Swan, desça AGORA essas escadas! – ouvi minha mãe.


E quando eu já estava pela primeira vez sendo embalada pelo sono, as cobertas são arrancadas de mim com força. Arregalei os olhos e Charlie também.


–-- Bella o que aconteceu com você?

–-- Eu... Eu comi um bolo que tinha lá no laboratório – iventei.

–-- O único bolo que temos é o Bolo Khalories, ele faz a pessoa morrer só de sentir o cheiro – falou erguendo uma sobrancelha e eu engoli em seco.


(...)



Sorri super satisfeita. Meus pais acabaram por me deixar ir com essas roupas, e agora, estamos a caminho do laboratório. Pelos corredores, as pessoas me olham com medo e algumas riram.


Entramos, finalmente, no laboratório, onde tinham câmeras e o presidente dos EUA.

–-- Com essa nova experiência, poderemos avançar mais um passo no progresso da evolução tecnológica e descobrir... – não ouvi mais nada.


Em volta das cadeiras formalmente organizadas no grande espaço branco, algumas pessoas me olhavam aterrorizadas, mas não pela minha aparência.



Nesse momento comecei a refletir sobre todos os erros que cometi em minha vida. Eu desperdicei muito tempo fazendo coisas sem sentido e realmente não fiz nada que mudasse alguma coisa na vida de qualquer pessoa. Eu deveria fazer uma boa ação? Antes da morte?



Sem pensar, andei com dificuldade até a bancada que o palestrante estava e o empurrei pro lado.


–-- Eu quero dizer algumas palavras – falei tomada pela determinação, mas logo me arrependi pois realmente não sabia o que fazer. Olhei pros lados atônita e todos esperavam por alguma palavra ou aviso. Fala alguma coisa sua retardada!

–-- Eu... Vamos dar um grande avanço na ciência hoje e... e... E meus pais tem uma nova invenção! Um bolo capaz de matar só de sentir o cheiro! Vocês querem provar? – falei sorrindo e nem percebi as barbaridades que eu tinha falado. Ah, como eu queria que tivesse um buraco no chão agora.


O palestrante, atônito e envergonhado, olhou pros lados e fez um gesto com as mãos. Logo uma máquina enorme veio em minha direção. Ela parecia uma bola de hâmster gigante com vários tubos em volta dela. Logo atrás dela, vinha a maldita Rosie. Suspirei de imediato.


–-- Preciso de alguns homens pra ajudar a carregar a garota! – ouvi ele sussurrar pra um segurança.

–-- Eu sou o futuro da nação, não me chame de garota, senhor palestrante! – falei pra ele, levemente ofendida. Ele me de um sorriso fraco e voltou a conversar com outro segurança.

–-- Filha, venha cá – ouvi meu pai sussurrar de longe. Andei até ele e o mesmo tinha uma expressão preocupada no rosto.

–-- Pai, o que foi?

–-- Existem fortes vácuos em Rosie quando empregamos a máquina por mais de 5 minutos. Você regressará 1772 anos ao passado e com a forte cavidade você poderá ser abduzida ou ele poderá suprimir todo o algodão ou alimento que há dentro dele – dizia preocupado e eu não entendi nenhuma palavra que ele dissera.

–-- Eu... te amo? – falei com uma dúvida estampada na cara. A afirmação saiu como uma dúvida.


Logo depois disso sete homens vieram em nossa direção e me chamaram até a máquina dos infernos. Quando um deles colocou a mão em minha cintura, dei uma cotovelada em sua barriga, fazendo ele cair da escada, levanto os dois homens que estavam atrás dele.


–-- Bota a mão em mim não, rapá! – me defendi sem arrependimento e eles subiram bravos atrás de mim. Como se fossem me enfiar nesse cano de qualquer jeito. Sorri sarcástica.

Opa, peraí! Eles não estão parando...

–-- O que vocês... AAAHH! – gritei quando eles me empurraram pra trás, me fazendo cair dentro do cano, mas entalei nas coxas.

–-- PAREM! SAIAM DE CIMA DE MIM! – gritei e os homens me empurravam pelos ombros.

The Verve - Bittersweet Symphony


Uma música histórica pra uma cena ridícula: eu gritando que nem uma louca, quatro seguranças de preto e até com óculos escuros tentando me empurrar, algumas pessoas nas cadeiras chorando com o avanço científico, meus pais batendo palmas assim como os governadores e o presidente.


–-- PUTA MERDA! VOCÊ ENFIOU O DEDO NO MEU NARIZ! – berrei dando um soco no homem e quando ele caiu pude ver que havia um segurança se preparando pra correr como um touro.

–-- AAAAH NÃAAAAAAAAO! – gritei e o momento pareceu ser em câmera lenta. Minha boca aberta berrando desesperada enquanto eu balançava a cabeça negando, suas mãos indo pra cima e pra baixo da forma que ele tomava impulso pra correr e os outros seguranças se afastando de mim incentivando o cretino.


Todos da sala arregalaram os olhos quando o homem pulou um metro antes de onde eu estava e abriu os braços, como se fosse fazer natação olímpica.


Um dos cientistas se aproximou para tocar os botões que ligavam a máquina e quando o segurança pulou em minha cara, entrei com tudo dentro da droga da Rosie. Meu tablet dobrável se abriu e ralei minha perna. A merda parece ter sido feita de ferro!


Me encolhi dentro do tubo extremamente desconfortável e exageradamente pequeno. Rosie era demasiada fria.



Ouvi os cientistas murmurarem algo e apareceu uma legenda em uma tela gigante ao fundo, escrito ligar câmera. Procurei por alguma câmera e acabei por tirar o tablet de minha perna e abri a câmera em altíssima definição. Uau!



Pude ver o que estava filmando em telas por toda sala. Vi meus pais acenarem e mordi o lábio inferior fechando os olhos quando senti-me ser puxada com força pra cima e fiquei várias vezes de cabeça pra baixo. Tentei abrir os olhos, mas eles quase saltaram pra fora.



POV Edward



–-- Solta isso, Emmett! – falei pela milésima vez enquanto puxava a maldita placa de titânio de suas mãos.


–-- Não! Eu quero fazer essa experiência!

–-- Droga, parem com isso! Vão destruir nosso único projeto que deu certo até agora! – disse Alice se aproximando de nós pra brigar pela placa também.

–-- Jasper! Vem aqui nos ajudar! – gritei mas o idiota continuava lá na grama, paradão copiando alguma coisa em seu formulário.

–-- Parem de brigar, vocês tem 20 anos, não vale a pena brigar por um objeto que não vai nos servir pra nada – disse entediado e eu bufei, largando a maldita placa fazendo Emmett e Alice caírem no chão.

–-- Nada vai nos servir, precisamos de uma solução! Esse trabalho vale quase 80 pontos pro semestre! – falei me sentando na grama ao lado de Jasper e Alice e Emmett sentaram ao meu lado.

–-- Poderíamos fazer sobre mutações genéticas – disse Emmett – vamos combinar um guaxinim com uma zebra.

–-- Acho que se combinássemos você e um burro não faria muita diferença – falei com raiva – a culpa é toda sua.

–-- O que eu fiz? – disse franzindo o cenho.

–-- É, foi você que pediu pra professora nos dar um trabalho extra sobre mutações genéticas achando que combinaria a droga do guaxinim – Alice disse cruzando os braços.

–-- Mas eu tenho um guaxinim. Só os zoológicos que não querem me dar zebras.

–-- Oh, ótimo! Então vamos pra África! – falei sorrindo com sarcasmo – quem sabe lá tem zebras mais evoluídas.

–-- Jura? Vou pedir as passagens pelo notebook – ele disse se animando e eu dei um pedala na sua nuca.

–-- Ah, que vontade de matar um ser humano... – Jasper disse olhando de canto pra Emmett. Levantei e andei um pouco até poder ver abaixo de mim toda Forks.

–-- Não adianta ficarmos culpando ninguém. Precisamos encontrar um trabalho digno de nota que nos dê, pelo menos, um 50 – falei virando pra eles.

–-- Como se um cientista brilhante fosse cair do céu com todas as nossas respostas – Alice disse bufando e eu dei um salto quando ouvi o som audível de ferro se chocando contra a terra atrás de mim. Me joguei no chão assim como meus amigos e senti pedaços de vidro furando meus braços descobertos.

–-- Puta... Que... Pariu! – Emmett disse e eu consegui levantar o olhar.


–-- Gente, olhem isso! – ele disse mais uma vez e levantamos todos lentamente, em posição pra correr de fosse perigoso. Quando olhei pro chão em frente à Emmett havia um tubo alto e estreito roliço, com vidros quebrados e vários fios embolados.



Por dentro de tantos fios havia uma garota nua encolhida. Não dava pra ver suas partes íntimas, apenas ombros, joelhos, pernas e pés. Seus cabelos castanho-escuros estavam em ondas naturais bem penteados pra trás, seu rosto belo me lembrava uma boneca de porcelana. Seus lábios eram carnudos e levemente ruborizados, sua pele não tinha buracos ou espinhas e seus olhos, mesmo fechados, eram belos e suas maçãs do rosto contornavam seu formato perfeitamente. Ela era linda.



Fiquei estático com a cena, assim como meus amigos. Meu coração pareceu parar quando ela abriu os olhos, revelando duas orbes azuis levemente esverdeadas que cintilaram com a luz do sol. Engoli em seco. Não conseguia me mexer ou falar nada. Estava pasmo com toda a belezura daquela simples criatura.




PS: Ignorem os olhos vermelhos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Querido Diário" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.