Coração Dividido escrita por Jéssica Amaral


Capítulo 3
Capítulo 3 - Interrupção


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, esse capitulo eu fiz a pouco tempo, como a Maguh tinha falado pra fazer um com o pedido do Joe, resolvi detalhar melhor esse pedido e esse capitulo vai ser somente sobre isso. Espero que gostem, pois nunca fiz nada com esse casal... Então foi uma prova de fogo, eu acho que não ficou ruim, em fim digam vocês.



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Estava indo pra casa depois do meu trabalho. Quando chego em frente ao prédio, encontro Yamato na portaria olhando para o outro lado.

— Perdido? – ele dá um pulo e vira pra mim, não consegui não rir.

— Não. Queria te ver, mas o porteiro disse que não tinha chegado ainda.

— É que eu vim a pé – chego mais perto e o abraço, ele sorri e me envolve em seus braços.

— Vai pra faculdade hoje? – dá um beijo na minha cabeça.

— Tenho que ir né... Vai subir?

— Posso? – que educação...

— Claro que pode, estou te chamando – ele sorri e pega minha mão, a gente segue pro apartamento. E como sempre a porcaria da chave some na minha bolsa, aff...

— Perdeu a chave? – pergunta quando eu respiro fundo pra me controlar.

— Não, isso acontece todo dia... Achei! – finalmente! Entramos. – Tá com fome?

— Não... Já lanchei.

— Pois eu estou morrendo de fome! – ele sorri e vai pra cozinha comigo. Preparo um lanche e ele fica me olhando sentado na cadeira. Sento ao lado dele e como tudo louca de fome. – Tem certeza que não quer nada? 

— Tenho.

— Ok... – depois que termino a gente vai pra sala e senta no sofá abraçados, me sentia bem com ele, me passa muita segurança.

— Posso te levar na faculdade?

— É claro que pode – ele sorri e me beija.  A campainha toca fazendo a gente pular.

Vou até a porta e Mimi entra direto.

— Pode entrar Mimi – digo irônica enquanto ela já estava na sala.

— Ih! Estou atrapalhando vocês? – pergunta sarcástica.

— Imagina que você ia fazer isso! – respondo no mesmo tom que ela, que dá uma risada.

— Sinto muito Yamato, mas preciso conversar com minha amiga! – puxa ele pela blusa e vai carregando pra porta.

—Mimi! – coloco as mãos na cintura a olhando irritada.

— É muito importante o que tenho que dizer!

— Mas não precisa colocar ele pra fora assim! – vou até eles e tiro a mão dela da camisa dele.

— Tudo bem Sora. A gente se vê depois – olho de lado pra Mimi doida pra matá-la.

— Desculpa.

— Depois eu te ligo – me beija. Ai meu Deus...

Quando a gente se separa ele vai embora e Mimi estava com um grande sorriso me olhando.

— Já vi que a noite foi ótima!

— O que você quer falar? – tento fugir desse assunto.

— Nada disso! Você vai me contar com detalhes! – aff...

— Vamos sentar então... – ela senta no sofá e cruza as pernas me olhando curiosa, conto tudo a ela sobre como foi a noite e como Yamato se “declarou” pra mim. Ela fica toda sorridente.

— Que coisa mais fofa!

— Tá. Agora me conta o que você quer.

— Só queria te contar como foi ontem também – a encaro por um longo momento.

— Você o colocou pra fora, só pra isso?

— Só pra isso? – quase grita. – É um momento muito importante da minha vida ok? – viro os olhos.

— Você poderia me contar outra hora! – digo trincando os dentes.

— Não poderia esperar tanto.

— Conte.

— Foi assim...

Flash back Mimi

Fiquei a tarde toda no shopping, estava em dúvida em qual sapato queria e como eu AMO sapatos, de praxe que demore um pouquinho.  

***

— Um pouquinho... Sei...

— Sora não interrompe!

— Foi mal...

***

Coloco cada um que gostei nos pés e cada vez ficava mais em dúvida.

— Ai que indecisão! – olho pra fora da loja, na parte que estava sentada era de vidro então via tudo. Vejo Joe passando ali. – Obrigada não vou levar nenhum! – coloco a minha sapatilha e corro pra onde eu o vi.

E droga o perdi de vista. Que desanimador... Bom, fiquei tanto tempo dentro daquela loja que estava morrendo de sede. Segui pra praça de alimentação. Olhando todas as vitrines, adoro! Chego à praça e a fila estava enorme. Esperei. Comprei um refrigerante diet é claro! Quando me virei pra sair, esbarrei em alguém e meu refri caiu no chão.

— Ai! Não olha por onde andar não? – digo irritada.

— Desculpa... – olho pra frente e fico sem reação.

— Tudo bem. Foi sem querer – abaixo pra pegar e ele abaixa junto comigo e coloca a mão por cima da minha, que estava na latinha. Levanto o rosto e a gente fica com os rostos muito próximos, tipo, muito próximo... Ele fica vermelho e levanta rápido. Hum... Por que ele ficou vermelho? Levanto em seguida.

— Perdido aqui?

— Eu vim pagar umas coisas que comprei.

— Entendi - silêncio. Essa timidez dele me irrita!

***

— Tá rindo de que Sora?                                                                                                                      

— Nada...

— Sei... Voltando...

***

Ai que coisa mais irritante é o tal do silêncio.

— Bom tenho que ir – digo nervosa por conta do silêncio.

— Vai pra casa?

— Sim. Por quê?

— Você não quer... Ficar um pouco e conversar?

— Como a gente tá conversando agora? – ele fica mudo. – Desculpa... É que silêncio me deixa irritada.

— Então vamos conversar? – rimos.

— Vamos! – seguimos pra mesa mais próxima e sentamos. Dessa vez ele não ficou quieto, ainda bem. Me contou várias coisas do estágio dele no hospital e tal. Eu só ouvia blá blá blá, estava com o cotovelo apoiado na mesa admirando ele.

— Tá tudo bem?

— Tá, por quê?

— Quem ficou quieta agora foi você – diz rindo.

— Ah... Estou te ouvindo – desvio o olhar dele. Pra minha surpresa ele coloca a mão por cima da minha.

— Então responde o que te perguntei.

— O que? – ele dá uma risadinha.

— Quer dar uma volta comigo? – não consegui segurar o sorriso, não sei por que, somos tão diferentes, mas gosto muito dele. Realmente os opostos se atraem.

— Quando?

— Agora – ai que sonho!

— Claro! – saímos do shopping e fomos pra praça que era perto da minha casa, diga-se de passagem. Sentamos no banco e conversamos mais. Estava morrendo de frio, mas não queria ir embora.

— Quer ir pra casa?

— Por quê?

— Você tá com frio – maldito frio!

— Mas a conversa tá tão boa – ele sorri. E o maldito silêncio volta, estava tão bom! Aproximo-me e seguro a mão dele ficando pertinho pra me esquentar, ele não me olhava de jeito nenhum, olhava pra frente com as bochechas rosadas.

***

— Que fofo!

— Sora cala a boca!

— Nossa! Quanto estresse...

— CONTINUANDO...

***

Deito a cabeça no ombro dele, nesse momento o silêncio ficou aconchegante. Pra minha surpresa ele solta minha mão, o olho sem entender e ele passa o braço por cima da minha cabeça e apoia a mão na minha cintura me puxando pra mais perto, fiquei tão feliz que não conseguia parar de sorrir. Apoiei a cabeça no peito dele e ele deitou a cabeça na minha, ficamos um tempo assim olhando o céu, o sol estava se escondendo atrás da montanha. É tão bonito o por do sol. Olhei pra cima pra olhar o rosto dele. Quando percebeu que o olhava, virou o rosto pra me olhar também e mais uma vez ele estava próximo demais.

Ficamos nos olhando e avancei pra beijá-lo, achei que ele fosse correr, mas não, colocou a mão na minha nuca e me beijou de volta.

 Não posso acordar agora! Está na melhor parte do sonho!  Depois que nos separamos fiquei radiante em saber que não era sonho nada! Ai que felicidade!

— Não quero ir pra casa nem tão cedo agora – sussurro perto dos lábios dele e o beijo de novo.

— Mas eu vou te levar pra casa – me desmontou todinha ao dizer isso. Ele levanta do banco e me puxa pela mão, poxa vida... Que coisa humilhante. Ele me leva e eu nem falar conseguia. – Seus pais estão em casa?

— Não sei... – digo olhando o chão. Que humilhação! Entramos em casa e meus pais estavam na sala vendo TV.

— Boa Tarde – ele cumprimenta meus pais.

— Oi Joe entra, por favor – diz minha mãe com um sorriso no rosto. A gente entra e minha mãe o convida pra sentar. Eu fico em pé com os braços cruzados olhando a TV sem nem prestar atenção. Como ele me corta um clima como aquele? Arg! Que raiva!

 - Vai ficar em pé filha? – meu pai pergunta.

— Sim – respondo sem olhar nenhum deles.

— O que te traz aqui Joe? – minha mãe pergunta, viro o rosto pro lado pra olhá-lo, ele começa a ficar vermelho. Eu hein! Volto a olhar a TV.

— B-bem... Eu... – eespira fundo, viro pra olhá-lo de novo. – Eu queria fazer um pedido aos senhores... – meus pais trocam olhares e eu fico boiando.

— Pode falar meu filho – diz meu pai.

—... Eu queria saber se... Vocês me deixam ser... O namorado da sua filha – meu queixo caiu na hora. E os três me olharam também, me deixando constrangida.

— Não acredito que isso está acontecendo! – minha mãe diz aos prantos.

— MÃE! Por favor, ne! - que mico...

— Eu não pensaria em ninguém melhor pra ser o namorado da minha filha! – diz meu pai. Alguém sabe onde tem um buraco pra eu me enfiar?

— Mas e você filha, aceita? – todos me olham me deixando nervosa. Olho diretamente pra Joe, ele estava sentado no sofá com os cotovelos apoiados nas pernas e com as mãos fechadas, parecia apertar um pouco.

— E-eu... – vou em direção a ele e sento ao seu lado. Joe vira de lado no sofá pra ficar de frente pra mim. Pego as mãos dele, estavam muito geladas. Não sei se era pelo frio ou se ele estava nervoso. – É claro que eu aceito! – ele sorri largamente e eu o abraço apertado. Depois o puxo pela camisa pra beijá-lo.

— Mimi! Só não faça isso na minha frente, por favor! – diz meu pai com ciúmes.

— Desculpa... – puxo Joe de novo.

— Mimi!

— Desculpa pai... – mordo o lábio olhando Joe, ele dá uma risadinha.

Pego a mão dele e o levo pra sacada, porque no quarto meu pai surta!

— Porque você não falou que ia fazer isso?

— Eu precisava saber antes se tinha alguma chance... E como lá na praça aconteceu, resolvi arriscar de uma vez – pulo no pescoço dele e o beijo de novo.

— Eu te amo Joe – digo e volto a beijá-lo.

Fim flash back Mimi.

— Nossa Mimi que coisa mais linda!

— Você tá chorando Sora?

— Claro que não! Tá maluca? – pergunto limpando os olhos.

— Aham... – ri de mim.


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Notas finais do capítulo

E ai? Como foi minha primeira cena? (Comendo as unhas ao extremo.)