Um Não Tornando-se Dois Sins escrita por White Demon IIV


Capítulo 1
Quem é? Porquê?


Notas iniciais do capítulo

Quem será ?



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Dizem que não tenho nome, não tenho idade, não tenho coração, não tenho vida, não tenho alma, mas tenho sentimentos.

Naquela noite escura sufocante de nevoeiro senti algo atrás de mim, algo que era tanto frio como quente.

Virei-me, pareceu-me ver uma nuvem ofuscante diferente das outras, o que tornava aquela noite diferente e especial.

Não vi nada para além disso, dirigi-me calmamente para uma cadeira de jardim perto de uma árvore formosa e elegante que parecia rasgar o céu. Entre cada árvore frondosa havia uma fila de candeeiros altos como jogadores de basquete que, com suas luzes fracas, tentavam assustar as pobres almas que por ali passavam.

Passei a minha mão entre os tirantes de madeira para ter a certeza se estavam molhados, tinham apenas algumas gotas mas, mesmo assim ,apressei-me a tirar o único lenço que tinha na minha minúscula mala. Coloquei-o no pobre banco de jardim apodrecido e sentei-me. Coloquei os hedphones que trazia também comigo. A música que estava a ouvir era : “Evanescence - Bring Me To Life”, o que combinava bastante bem com o cenário. Baixei o meu corpo da cintura para cima, excluindo a cabeça,, coloquei as minhas mãos entre o queixo, baixei a cabeça e pensei : “Porque existe música e timbre, porquê? E para quê se temos a bênção de poder fazer gestos para demonstrar os nossos sentimentos e as nossas palavras? E, aliás, qual é o nosso trabalho aqui, destruir?”. Depois de tanta coisa que pensei sobre a vida, pela primeira vez me caiu aquele líquido que demonstra o sentimento de alegria e tristeza, dizem os cientistas, para mim significa o nada.

Acordei, mais pálida que o costume, tentei sorrir. O que saiu foi mais uma forma de dizer que não entendia o que se estava a passar. Perdida em pensamentos, com apenas um piscar de olhos, saltei da cama e corri para não me atrasar para a “escola”. Após dois mil setecentos e oito anos de choro e gritos, finalmente poderia ter uma vida normal. Gente insignificante pergunta-me porque é que chamo a uma vida cheia de bullying "normal". Sempre respondi que, para mim, normal é ser esquisito. Desde os meus cinco anos fui pregada numa cadeira e, com um lenço nos olhos, obrigada a chorar. A única coisa em que acreditava naquela altura era numa pessoa, macho ou fêmea, nunca me importei quanto a isso. Sorria todos os dias para mim e virava as costas, limpava-me as lágrimas. Mas isso não interessa, uma história suja nunca é contada. Se for contada simplesmente tem que se a limpar no futuro.

FACTO: TODA A GENTE GOSTAVA DE IR PARA O MUNDO DAS MARAVILHAS E DAS PERFEIÇÕES.

No meio de tanto lixo olhei para outro sorriso no meio de mais de 6 bilhões. Outro sorriso que tocou no meu coração adormecido há muito tempo. Tentei sorrir mas em vez disso saiu outra vez o “sorriso” com falta de humor e carinho. Senti o calor e percebi que essa pessoa , rapaz ou rapariga tanto faz como já disse, parecia se aproximar mas mesmo assim virei as costas corri,corri… corri até cair na poça de lama que se camuflava com o seu fiel amigo chão. O meu velho e poeirento vestido branco agora era castanho. De volta fiquei vermelha de choro, aquele vestido não era só a minha primeira prenda como quem a ofereceu foi a primeira pessoa a experimentar me amar. Nunca soube quem fora essa pessoa.

FACTO: POR DENTRO DO MAR HÁ SEMPRE AREIA, COMO DENTRO DO HUMANO HÁ SEMPRE UM CORAÇÃO TRISTE OU CONTENTE HÁ E SEMPRE HAVERÁ.

Continuei a andar, começou a chover definitivamente não era o meu dia de sorte, mas lembrava-me sempre dele(a) alto, cada vez mais alto. Apareceu na minha fiel frente que sempre guei um armazém escuro e fantasmagórico mais de mil portas tinha com toda a minha certeza. Corri, corri por ali adentro abri uma porta; ai o destino decidiu. Apenas vi uma rapariga com um rapaz, eram crianças, esse rapaz lutava para matar a minha dor e eu virava-lhe as costas. A rapariga era aparentemente a nuvem ofuscante que vira no último dia, seus olhos eram pretos e levava um vestido branco. Não era como as crianças que colocam nos filmes de terror, aquela tinha um sorriso, um sorriso muito mal colocado, um coração com boas expectativas mas parecia confundida. Diria que essa rapariga era eu. Apenas eu conseguiria verificar aquela dor, aquele sentimento, mas… Quem era aquele rapaz doce que lutava sem sequer me aperceber, ou pelo menos fingir não me aperceber. Mas paciência era o que me faltava naquele momento e que fez a diferença em todo o resto da minha vida. Simplesmente fechei os olhos e sorri como uma psicopata apesar de não ser a minha intenção. Disse adeus, as duas crianças olharam pra mim como quem queria atacar, pelo menos eu nunca gostei de ouvir um adeus. Fechei rapidamente a porta.

Corri mais e mais cai de novo mas, alguém o quem já sentira aquele cheiro segurou-me pela mão , levantou-me e começou a correr fazendo com que eu escorrega-se algumas vezes, mas por norma nunca caí naquele enorme caminho sujo e molhado. Apenas conseguia ouvir os nossos pés a baterem no chão enlameado, as almas atrás, no armazém a gritarem por ajuda e um piano no parque onde tivera estado no dia anterior, o som branco mas combinava com a cantorias das almas do armazém.

Corremos bastante até que chegamos a um sítio escuro mas que no fim perlongado se via uma luz reluzente fria. A pessoa quem gosto mais de chamar de humano empurrou-me contra o chão e deu-me de comer depois disse com uma voz grave e ofuscante pois usava uma mascara a tapar-lhe a boca parecia aleijada:

Humano: Nunca mais entres ali, é perigoso!

Simplesmente tentei me levantar mas esse humano voltou a empurrar-me contra o chão. Depois faz com que bata com as costas na parede e abraça-me.

FACTO: A HUMANA QUE QUEM CONTA A HISTÓRIA (CUJO AINDA NÃO FOI RELEVADO O NOME (eu sou mázinha hihi :33)NÃO ESTAVA A PRESTAR ATENÇÃO AO QUE SE PASSAVA

Unicamente pensava no que vira no armazém. Saíram palavras as quais não percebi:

HUMANO-Oh não… Já esta a ser afetada….!

Apenas o destino sabe porque é que me fez olhar para ele naquela altura, mas quando olhei simplesmente vi os seus lábios que diziam:

HUMANO:Aishiteru*


*amo-te quando dizes para namorado ou amante etc…



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado coments (: isto foi só o ínicio de um amor e de um terror hihi



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