A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Hey, amores!

Chegamos ao último capítulo dessa fanfic que eu amei escrever e que, felizmente, foi mais bem recebida do que eu imaginei a princípio. Foi a primeira história que eu decidi contar depois de alguns anos em um “hiatus” pessoal rsrs, e eu agradeço a vocês por termos chegado até aqui.

A Love That Consumes You foi fundamental para a existência das minhas outras fics, assim como para todas as outras histórias que eu ainda pretendo escrever. *-*

Deixo meus agradecimentos especiais às meninas que recomendaram a fic: Samantha, Thais, Marina, Biah, Juh, Tathy, Beeah, Adriana, Laís, Thay, Carol, Priscila, Joy, Clarissa, HuntersBra, Brenda, Caroline, Leticia Tory, Susu, Lay, Priscylla e Jéssica. Muitíssimo obrigada! :D
Agradeço imensamente a todos os que favoritaram e comentaram, vocês fizeram essa história junto comigo e eu não poderia estar mais orgulhosa do resultado. *-*

Espero que gostem desse final... Boa leitura!



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A Letra Escarlate, Walden, Admirável Mundo Novo, O Velho e o Mar… - Elena ia dizendo os títulos dos livros que se encontravam na parte mais alta de uma das estantes da privilegiada biblioteca da mansão Salvatore, enquanto Damon selecionava os que queria levar na bagagem. – Ratos e Homens, O Farol

– Esse.

O Farol?

– Não, Ratos e Homens.

– Ok. – do alto de uma escada, ela jogou o livro para o vampiro, que pegou o volume sem problemas do outro lado do cômodo, a vários metros de distância, para guardá-lo em uma caixa. Prosseguiu: - Som e Fúria, Otelo… Em mais de cento e cinquenta anos, você nunca pensou em fazer um catálogo dessas obras?

– Pensei sim, uma vez. – admitiu. Com certeza, seria bem mais simples se tivesse um registro daquele acervo nada modesto. - Mas eu gosto de procurar os livros.

– Então, por que sou eu quem está pendurada aqui em cima?

– Porque assim eu tenho uma ótima visão – ele lhe enviou aquele sorriso torto mirando diretamente as pernas expostas pelo short curto que Elena usava.

– Que conveniente! – ela riu e arremessou As Ondas em sua direção. – Eu quero esse.

– Você não leu há uns meses?

– Li, mas se vamos ficar anos fora… Eu prefiro levar. Esse volume está com minhas anotações.

Ela continuou citando os títulos na estante e os dois escolheram mais alguns. Eram umas das poucas coisas que faltavam ser empacotadas para a viagem que, como a vampira disse, duraria bastante tempo. Damon e Elena estavam prestes a deixar Mystic Falls.

Fazia dois anos desde que ela se transformara em uma imortal e, consequentemente, parara de envelhecer. Aos vinte e quatro anos e congelada nos vinte e dois, ela poderia permanecer facilmente na cidade por mais algum tempo, sem levantar suspeitas. Seu vampiro, por outro lado, já estava no mesmo lugar há mais de sete anos com as feições inalteradas. De acordo com os documentos que usava, Damon já passava dos trinta anos, mas ninguém lhe daria mais que vinte e poucos.

Era hora de se mover. Deixar as pessoas que conheciam para trás e recomeçar em outro lugar.

– Sempre posso compelir todos pra que ignorem minha idade. - ele a lembrou quando finalmente acabaram com os livros e foram para a sala. Damon lamentava que Elena não fosse passar mais tempo com a família.

– Como vai fazer? Hipnotizando um por um? – ela brincou.

– Se for preciso… - não queria que ela se sacrificasse por ele.

– Eu prefiro fazer do jeito normal e apenas partir. – disse, decidida.

– Não acha cedo demais?

– Não muito. Eu não estaria mais aqui se ainda fosse humana. Eu queria sair, Damon. Amo Mystic Falls e este sempre será meu lar, mas eu não tinha muitas intenções de passar a vida numa cidade pequena de interior. Se não fosse pra aproveitar a convivência com minha família, eu com certeza teria ido pra uma faculdade mais distante e teria conseguido um emprego bem longe daqui quando me formei. - era a verdade. Desde adolescente que Elena tinha planos de ver muito além dos limites de sua cidade natal. – Sei que vou sentir falta deles e da cidade… Mas eu quero começar a viver essa eternidade de que me falaram.

Estava sorrindo com sinceridade, desfazendo qualquer possível argumento que Damon pudesse formular. Viver a eternidade ao lado dela era tudo o que ele queria. O vampiro atravessara os séculos sem entender muito bem o sentido da imortalidade, mas agora ele sabia. Quando se está ao lado de quem se ama, todo o tempo do mundo é pouco para desfrutar desse sentimento. Se fossem ambos humanos, ele ficaria feliz em passar o resto da vida com ela. Mas já que eram vampiros… Então que esse amor perdurasse para sempre.

Ele avançou em seus lábios antes que ela piscasse. Logo os dois estavam aos beijos e se despedindo, de um jeito todo particular, da sua sala, diante das chamas que iluminavam o ambiente. Deitaram-se no chão, sobre o tapete felpudo, como tantas vezes antes ao longo dos anos, invocando as memórias que aquelas paredes guardavam. Relembrando seus momentos mais íntimos e apaixonados, vividos no interior daquela mansão.

– Lembre-me de conseguir uma casa com lareira – Damon sussurrou com os lábios encostados no seu pescoço.

– E com paredes largas…

– Ou sem vizinhos…

– Com lareira, paredes largas e sem vizinhos… - ela sorriu, arqueando as costas e deixando que seus corpos ficassem ainda mais próximos.

Os lábios desceram pelo seu pescoço até o colo, fazendo-a confundir o calor que partia das chamas com o que irradiava de seu próprio corpo. O que sentia quando estava com Damon já era intenso quando era humana, mas como vampira superava qualquer coisa que pudesse imaginar.

Era mais uma das particularidades do vampirismo, e uma que continuava fascinando-a mesmo depois de já ter se acostumado à sua nova condição. Como era possível que aquele amor imensurável que ela sentia por Damon tivesse aumentado tanto? Elena agradecia aos céus que o seu ser fosse agora dotado de uma maior resistência e durabilidade porque, do contrário, não sabia como seria capaz de guardar tanto amor dentro de si.

Não sabia como podia amar tanto um homem, como podia ser tão conectada a ele… De um jeito tão íntimo, tão entregue, tão completo. Sentia que estava sendo consumida por esse sentimento a cada segundo da sua existência… E tudo o que ela queria era que essa sensação continuasse. Para sempre.

.

– Isso é uma despedida? – Caroline disse em tom de lamento.

– Não seja dramática. – Bonnie riu. – Ela não está indo pra Austrália!

– Claro que não, Nova York é logo ali, vocês podem.… - Elena não estava muito certa, mas prometeu: - Vocês podem vir nos visitar. E nós viremos também.

Ela tomou um gole do seu coquetel de maçã, o sabor que sempre costumava pedir nos encontros com as amigas. Sentiria falta disso, das suas amigas-irmãs, suas noites de garotas, suas longas conversas sobre todos os assuntos… Mas assim como Elena estava partindo para dar seguimento à própria vida, as outras duas também tinham as delas. Seus encontros para jogar conversa fora vinham ficando cada vez mais raros com o passar do tempo, embora a amizade continuasse intacta.

Bonnie estava fazendo pós-graduação em Ciências Ocultas na Whitmore College e Caroline era agora uma promissora jornalista, com cada vez mais destaque no jornal da cidade. Não havia dúvidas de que a qualquer momento ela receberia uma proposta de um veículo maior e sairia de Mystic Falls. Por isso, elas não estranharam quando Elena alegou que estava indo para Nova York, aceitando uma ótima proposta de emprego na sua área de formação. Estranharam menos ainda quando souberam que Damon, obviamente, iria junto.

– Então, quando esse casamento sai? – Caroline foi direto ao ponto. – A menos que já tenham assinado os papéis em Las Vegas, em algum desses fins de semana quando vocês somem do mapa…

– Vegas, Car? Que ideia! – Elena gargalhou.

– Eu vou ter que concordar com ela. – Bonnie admitiu. – Você está com esse anel no dedo há anos…

Elena olhou de relance para o seu anel do sol, que todos julgavam ser uma aliança de compromisso.

– Faz alguma diferença se eu disser que já “assinamos os papéis”?

As duas arregalaram os olhos.

– Sem pânico, isso não aconteceu. O ponto é que não faz diferença. Entendem isso? Com papéis ou não, eu e Damon estamos juntos e, acreditem, é sólido, é real. O que nós temos não é algo que eu consigo explicar, mas é a maior certeza que eu já tive na minha vida.

As amigas hesitaram por um instante, mas a segurança com que Elena disse as palavras as convenceu de uma vez. Tinham que admitir que Elena e Damon eram o casal mais estável que elas conheciam. Mesmo as duas, com seus relacionamentos duradouros com Matt e Jeremy, passaram por alguns períodos de incertezas, alguns términos e voltas. Mas Damon e Elena eram diferentes. Havia algo neles que era imensamente profundo, enraizado. E ainda assim intenso, cheio de uma paixão que ficava evidente aos olhos de qualquer um.

Não importava se um dia eles se casariam oficialmente, os dois já viviam juntos há anos e ninguém conseguiria imaginá-los separados. Papéis, a essa altura da sua relação, seriam uma mera formalidade. Damon e Elena eram um do outro, e ninguém ousaria dizer o contrário.

.

– Vou sentir saudades! – na varanda de sua casa, Jenna abraçou fortemente a sobrinha. As malas já estavam no carro, esperando apenas por essa última despedida.

– Eu também… – Elena disse. Sentiria mais saudades do que gostaria de admitir. Dizer adeus aos amigos fora doloroso, mas fazer isso com Jeremy e Jenna chegava a causar uma dor física. Não conseguia se imaginar ficando longe deles pra sempre…

Ao tentar conceber essa ideia, uma outra surgiu na sua mente. Separou-se de Jenna e fez sinal para Damon, que conversava com Ric e Jeremy. Afastaram-se um pouco e ela lhe descreveu rapidamente o que imaginou. Precisava saber se funcionaria… O vampiro achava que sim.

Chamou o irmão, a tia e Ric, e concentrou-se para escolher as palavras certas. Depois de um minuto no qual os três não entenderam nada, Elena começou:

– Jenna, Jeremy e Ric, quando voltarmos daqui a um tempo, nós dois estaremos iguais ao que somos agora. Vai ser como se não tivéssemos envelhecido. Mas vocês não vão estranhar, nem vão fazer perguntas. Também não vão comentar sobre isso com ninguém e nem mesmo pensarão no assunto. De tempos em tempos, nós vamos visitar vocês e vocês podem ir nos visitar, e só o que vai importar nesses momentos é que nós precisamos matar as saudades e colocar os assuntos em dia. Não vai fazer diferença que a gente sempre pareça como agora.

Olhou para Damon, que sorria em incentivo. Ela continuou:

– Quando não estivermos juntos, vocês também não vão pensar sobre a nossa aparência. Tudo o que vão saber é que nós estamos bem. Que estamos felizes. Que logo vamos nos ver de novo… E que amamos vocês. – lutou pra manter a voz firme. – Podem fazer isso por mim?

– Claro, querida. – Jenna confirmou com um sorriso. Os dois homens ao seu lado concordaram.

Elena passou os braços ao redor dos três e se concentrou em não usar a sua força de vampira no aperto. Poucos minutos depois, os dois vampiros entraram no carro e Damon deu partida em direção à saída da cidade.

Elena não disse nada até se aproximarem da ponte Whickery:

– Você estava certo.

– O que é muito estranho. – ele riu. – Posso saber sobre o quê?

– As coisas que eu queria. Paixão, aventura, um pouco de perigo. Um amor que me consome… Mas você nunca me disse o que você queria. Quando te perguntei, meus pais chegaram de carro e nos despedimos às pressas.

Damon pensou por um instante. A noite que conhecera Elena era um dos momentos mais memoráveis de toda a sua longa existência. Todas os segundos com ela eram inesquecíveis.

– Essa era a minha resposta. – concluiu afinal. - Eu te disse exatamente o que eu queria, Elena. Lembra que eu falei que você queria o que todos querem? Bem, eu não sabia sobre todos, só sobre mim.

– Então esqueceu de mencionar que você era aquele que podia me oferecer isso. – sorriu.

– Eu nem tinha ideia do que estava fazendo, nosso encontro foi tão repentino, não me deu chance de pensar… Eu não costumava baixar a guarda pra ninguém daquele jeito, sabia?

– Eu também posso dizer que não tinha o hábito de falar sobre minha vida pessoal com estranhos misteriosos que surgem do nada no meio da noite.

Sorriram e ficaram em silêncio, enquanto Mystic Falls ficava cada vez mais para trás.

Damon e Elena não precisaram dizer uma palavra para chegarem à mesma conclusão. Fitaram-se com os olhos apaixonados, que confirmavam àquele doce fato. Eles sabiam. Os dois sabiam desde o primeiro momento, naquela noite, naquela estrada, que seus futuros eram um só. Que ficariam juntos para sempre, para viverem com paixão, aventura e um pouquinho de perigo.

Para viverem esse amor que continuaria a consumi-los pela eternidade.


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Notas finais do capítulo

THE END... Não sei se atendeu às expectativas rs, mas espero que tenham gostado. É mais ou menos assim que eu imagino o final da série. ;)

Então, meus amores, deixem um último comentário dizendo o que acharam desse último capítulo e da fic em geral... E muito obrigada mais uma vez por terem me feito companhia até aqui. Eu amei cada segundo. :)))

Algumas pessoas perguntaram se vou escrever outras histórias Delena inseridas no ambiente sobrenatural da série... Bem, eu pretendo, talvez alguma one-shot ou short-fic, mas não tenho nada específico em mente ainda.
No momento, estou com “Our Life”, uma nova fic Delena, e convido a todos lerem: http://fanfiction.com.br/historia/450529/Our_Life/

Até mais!
Xoxo ;)