A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Hey, babies!

Então, passaram bem a virada de ano? Eu espero que sim e desejo que todos vocês tenham um ótimo 2014, e com bastante delena pra a gente ficar feliz! ;)))

Primeiro capítulo do ano, espero que gostem. Boa leitura!



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A porta estava aberta quando Elena chegou. A garota se perguntou rapidamente se a casa possuía um dono e, portanto, estava protegida contra vampiros. Queria que Damon aparecesse de alguma forma.

Seu primeiro pensamento quando percebeu que Katherine estava com Jeremy, foi o de chamar o namorado. Assim como foi esse também o seu impulso ao ouvir o que a vampira queria. O problema era que a ex dos Salvatore deixou muito claro que Elena não poderia avisar a ninguém que estava indo encontrá-la. Ela ainda pensou em desobedecer à ordem, mas a ideia do seu irmão estar nas mãos da psicopata que quase a matara há menos de vinte e quatro horas foi suficiente para inibi-la.

Não podia arriscar a vida do irmão dessa forma. Se Katherine dizia que ela precisava ir encontrá-la sozinha, então ela iria, ainda que não tivesse ideia de como poderia se livrar da situação sem a intervenção de Damon…

Elena entrou na casa decidida a libertar Jeremy, mesmo que para isso precisasse abrir mão de si mesma.

– Muito bem, eu gosto de meninas obedientes. – Katherine disse com deboche, do alto da escada. – Vamos ver se continuamos assim até o final do dia?

– Onde está meu irmão? – Elena reuniu suas forças e controlou-se o suficiente para que sua voz não tremesse.

– Ele está bem, não se preocupe. Até está vivo… - riu. Elena quis matá-la.

– Deixe-o ir.

– Mas tão cedo? Ainda não nos divertimos o bastante.

– Agora.

– Não. Você parece não ter entendido quem está no comando, mocinha. Se eu disse que não, então é não. E se eu disser que você deve vir comigo, então você vem. Acompanhe-me. – ordenou.

Katherine adentrou na casa e Elena se apressou em segui-la. Logo entraram numa sala ampla, no andar de cima, e a vampira fechou a porta atrás de Elena.

A garota ficou estática, olhou ao redor e percebeu que, além daquela porta fechada, a outra saída do local era uma janela também trancada e alta demais para pular. A vampira andou ao redor da humana, como um predador cercando sua presa, observando-a antes de dar o bote. Sua postura era tão ameaçadora que Elena começou a imaginar que não teriam conversa nenhuma, não haveria negociação e tudo estava acabado.

Visualizou-se morrendo pelas mãos de Katherine Pierce, sua garganta rasgada pelos dentes afiados e derramando-se em sangue no chão. Imaginou o que Damon faria quando soubesse. Desejou que ele conseguisse ao menos salvar Jeremy e que se lembrasse do quando ela o amava. Arrependeu-se por ter dormido essa noite ao invés de ficar acordada e fazer amor com ele uma última vez. Amaldiçoou-se por ser apenas uma humana frágil e não poder passar a eternidade ao lado de Damon.

Katherine aproximou-se de sua sósia e segurou, sem nenhum cuidado, o queixo da garota com uma mão.

– Sabe, eu não culpo os Salvatore por terem se encantado com você. Eles têm uma queda por esse rostinho… Mas tem algo que eu gostaria de saber – soltou Elena e foi sentar-se em uma confortável poltrona, com as pernas cruzadas, e deixando a humana em pé no meio da sala. - Por que Damon?

Elena não teve dúvidas quanto à resposta.

– Eu o amo. E ele me ama.

– Por que não Stefan? Ele te… “ama” também.

Elena deu um suspiro de cansaço. Era ridículo que fossem discutir esse assunto. Como não tinha escolha, respondeu:

– Eu não sinto nada por ele, nunca houve nada… Deixei claro desde o início.

– Mas por que você se limitou a apenas um? Tudo bem amar os dois. Eu amei.

A garota não acreditou no que estava ouvindo. A sugestão não era menos que nojenta, repulsiva. Katherine continuou:

– Quando eu vim pra Mystic Falls, em 1864, eu queria recomeçar. Só isso. Deixar para trás os meus problemas, me estabelecer em um lugar agradável, fazer amigos, como uma família. E talvez encontrar algum bom partido… Bem, eu encontrei dois. Um deles era doce, inocente… Também era muito apaixonado, intenso, muito bom de cama e me queria do jeito que fosse, vampira ou humana, para ele não importava. Damon simplesmente ama, entende?

Elena engoliu em seco. O impulso que sentia era de arrancar os olhos daquela vadia que agora falava com intimidade do homem que era seu, e apenas seu. Teve vontade de gritar isso na cara de Katherine, dizer que Damon lhe pertencia, que ele a amava e isso não iria mudar.

– Então havia Stefan… Mais contido, esperto, e não hesitou em conquistar a garota que o irmão amava. Os dois me amavam, Elena. Por que eu teria que escolher? Eu queria os dois. Eu tive os dois. Eles eram meus. Mas aí algumas coisas aconteceram e eu precisei partir. Meus dois Salvatore ficaram sozinhos… e acabaram encontrando você. E, claro, eles se apaixonaram! Por mim, outra vez.

– Damon me ama. – Elena não se conteve.

– Porque ele está tentando me recuperar, somente por isso, queridinha. Você não passa de uma substituta. E uma substituta burra, pra completar. Você podia ter os dois nas suas mãos e escolheu apenas um! Quão idiota você precisa ser pra fazer isso?

– Quão vadia você tem que ser pra achar que está tudo bem em ser compartilhada por dois irmãos?

Katherine gargalhou.

– Não está me ofendendo, criança. Não vejo problema nenhum em ser a vadia deles. E menos ainda em ser a vadia no comando.

– Por mim você pode fazer bom proveito do Stefan, fique à vontade. Mas Damon é meu, Katherine. Tudo o que ele sente por você é desprezo.

– Será? Tenho certeza que é em mim que ele pensa quando está na cama com você. Pensa no meu corpo, nas nossas noites juntos há 145 anos… Ele me quer, eu sei disso.

– Oh, então por que motivos ele diria o meu nome nesses momentos? E por que ele sempre fica tão consciente de que eu sou humana e tenho só 17 anos quando estamos juntos? Eu é que tenho certeza de que Damon sabe muito bem quem é a mulher que divide a cama com ele. E essa sou eu.

A vampira não respondeu. Estava muito séria.

– Era. Esses momentos acabaram, Elena. Espero que tenha aproveitado muito bem, porque você nunca o terá de novo. É o fim da linha para você.

.

Elena não atendia ao telefone e Damon estava ficando seriamente preocupado. Já havia ligado para Jenna e soube que a namorada não estava. Não acreditava que ela ignoraria a sua recomendação de ficar em casa, a menos que tivesse um grande motivo para fazê-lo.

Tentou achá-la com uma das amigas ou com o irmão e não descobriu nada. Percebeu que Jeremy também não podia ser encontrado em nenhum lugar e teve uma péssima impressão quanto a isso. Estava mais uma vez telefonando inutilmente para ela e imaginando em que outros lugares poderia procurá-la quando Stefan entrou na sala.

Ao ver o irmão visivelmente nervoso, com o celular na mão, o Salvatore mais novo já ia se retirar do aposento, mas foi impedido por uma mão firme apertando o seu pescoço e em seguida jogando-o contra a parede.

– Tudo bem, Stef. Já jogamos o suficiente aqui. Você vai me dizer qual é o lance com Katherine e vai me dizer agora.

– Que inferno, Damon! – disse, buscando ar. – Eu já disse que não há… eu não posso respirar…

Damon diminuiu o aperto, apenas um pouquinho.

– Há sim, e você sabe. Diga de uma vez!

– Damon, solte-me! – pediu. Tentar libertar-se era inútil.

Mas o que Damon fez foi invadir o peito do irmão, até ser capaz de segurar o coração de Stefan entre seus dedos.

– O negócio é o seguinte, irmãozinho. Economize nosso tempo e admita que você e Katherine têm algum plano patético. E aproveite pra me dizer onde a vadia está se escondendo.

Apertou o músculo até ver a face do irmão transfigurada pela dor. Então reduziu a pressão e soltou o coração do irmão, assim como o seu pescoço. Stefan caiu no chão, tentando se recompor.

Damon esperou alguns segundos, perdeu a paciência e pegou-o pela gola, atirando-o sobre o sofá.

– Você vai se recuperar ou eu vou ter que ir lá fora buscar sangue de bambi pra te ajudar?! Fala qual é esse maldito plano!

– Você vai me agradecer…

– Porra, Stefan. – Damon correu a mão pelo cabelo, angustiado. – O que você fez?

– Quando isso acabar, tudo vai estar no seu devido lugar, Damon.

– O que você fez?! – repetiu, mas o irmão ficou em silêncio.

Stefan ouviu o som dos ossos se partindo quando o punho do irmão alcançou o seu rosto. Damon se limitou a apenas um golpe, pois se desse outro não tinha certeza que seria capaz de parar. E precisava de Stefan consciente.

– Onde Elena está?

A confusão que tomou conta do rosto de Stefan lhe bastou como resposta.

– Você não sabe. Brilhante, Stefan! – ironizou. - Katherine vai matá-la, seu idiota!

– Não… esse não é o “plano”.

– Não me diga. Então por que aquela doente a pegou? Pra quê?!

– Ela não pegou…

– Não? Não encontro Elena em lugar nenhum e ela sabia que não era seguro sair. Katherine está com ela, Stefan! Eu tenho certeza disso, agora me diga em que inferno ela está escondida pra que eu possa ir buscar Elena.

Stefan não disse nada por um longo minuto, até que pegou o celular e ligou para Katherine. Damon esperava impaciente.

– Pois não, meu Salvatore preferido? – a vampira atendeu.

– Katherine, eu preciso… Acho que precisamos acertar alguns detalhes. Está livre agora?

– Oh, não se preocupe com isso. Eu já tenho Elena. Logo tudo estará acabado e…

– Era pra eu fazer essa parte, Katherine.

– Que diferença, faz? No fim das contas dá no mesmo.

– Sim… tem razão. Até depois.

Damon não esperou o irmão desligar o telefone. Antes disso Stefan se viu novamente no chão e com uma estaca, que até poucos segundos atrás era parte de uma cadeira, apontada para o seu coração.

– Você pretendia matá-la?! – Damon gritou furioso. Por mais que tivesse ameaçado o irmão de morte tantas vezes antes, nunca acreditou que fosse realmente capaz de fazê-lo. Até agora.

– Não. – Stefan respondeu. – Eu só ia fazê-la esquecer.

.

– Liberte meu irmão. É só isso que eu peço, Katherine. Por favor, ele não tem nada a ver com isso. - Elena implorou. Tinha que fazer alguma coisa para salvar Jeremy.

– Eu não sei… Talvez depois que eu te matar, se eu estiver de bom humor. Espero que seu sangue não respingue nos meus sapatos. Foram comprados em Paris.

Katherine se divertia com a agonia da garota. Elena estava em pânico, embora tentasse ao máximo disfarçar, o que a vampira considerava ridículo.

Também achava ridículo, tanto quanto absurdo, que Damon tenha se apaixonado por aquela humana entediante. Ele tinha uma chama que Katherine nunca encontrou em mais ninguém, enquanto Elena, na visão da vampira, não passava de uma faísca.

O fato de ele ter passado tantos anos em busca dela fora tão inconveniente quanto excitante, e ela não via a hora de tê-lo aos seus pés novamente. Tinha certeza que Damon voltaria a ser seu a partir do momento que Elena deixasse de existir.

Então, ela teria que lidar com um probleminha. Stefan não iria gostar de saber que não levaria a sua parte na barganha. Ele estava esperando ter Elena para si, enquanto o irmão voltaria para Katherine. Stefan não ficaria feliz ao ver Elena morta, mas isso era um efeito colateral a ser resolvido depois.

O que importava para Katherine, no momento, era que o único obstáculo entre ela e os seus dois Salvatore estava prestes a deixar de existir. Eles não iriam gostar a princípio, mas era apenas uma questão de tempo até voltarem para os seus braços e para que pudessem, enfim, ficar juntos como devia ter acontecido há mais de um século. Os três.

– Agora vamos ver… Como eu vou te matar?

Elena estremeceu. Ainda não acreditava que iria morrer, que não restava mais nada a ser feito. Katherine se aproximou:

– Eu posso quebrar o seu pescoço, isso seria bem rápido. Ou eu posso drenar o seu sangue, o que seria apetitoso… Posso também arrancar o seu coração. Acho que isso seria poético.

– Pelo amor de Deus, faça de uma vez! – Elena disse nervosa.

Katherine riu. Estava realmente se divertindo.

– Já que insiste… Eu acho que posso fazer um misto das três formas. Começando pelo seu sangue…

Em um rápido movimento que os olhos de Elena não capturaram, Katherine estava bem na sua frente. Segurou firme o pescoço da garota e, inclinando-o, cravou as presas na pele delicada.

A violência do ato em nada lembrava a forma carinhosa como Damon a mordia. Elena sentiu as pernas fraquejarem ao mesmo tempo que o sangue era tragado do seu corpo com rapidez. Não adiantava lutar, ela estava imobilizada pelos quinhentos anos de força da vampira. Em pouco tempo, Elena percebeu que logo perderia a consciência. E tudo estaria acabado.

Então de um segundo para o outro, os braços que a sustentavam a deixaram e ela desabou fraca no chão. Sem entender o que estava acontecendo, olhou ao redor e se deparou com Damon segurando a vampira contra a parede, com uma estaca de madeira a ponto de atravessá-la.

Katherine era mais velha e, portanto, mais forte. Segurava a mão de Damon a centímetros do próprio corpo e teria conseguido livrar-se com facilidade, se ele não estivesse absolutamente focado em acabar com o perigo que ela representava para Elena.

A garota, ainda no chão, lutava para ter forças suficientes para se levantar e fazer algo para ajudá-lo. O alívio que a invadira ao ver que o seu Damon tinha aparecido para salvá-la durou apenas alguns segundos. Elena logo percebeu que não havia só os três naquela sala. Stefan também estava lá.

– Damon! – ele tentou se colocar entre o irmão e Katherine. – Não precisa matá-la.

– Saia do meu caminho, Stefan! Você não viu o que ela fez?!

Stefan lançou um olhar para Elena, sentada no chão, assustada, e tentando conter o sangramento no pescoço. Só então ele se deu conta de que a vampira não estava realmente seguindo o plano que traçaram juntos.

Entretanto, a essa altura, era tarde. Katherine aproveitou o diálogo entre os irmãos para se concentrar na própria libertação. Damon acabou sendo forçado pelo irmão a afrouxar as mãos em torno dela e a vampira conseguiu escapar, levando consigo a estaca com que era ameaçada. Em um milésimo de segundo, ela estava a metros de distância pronta para agir.

Katherine ficou de um lado da sala, bloqueando a saída, enquanto os Salvatore ficaram no lado oposto, e Elena no meio, finalmente de pé. O que aconteceu a seguir não foi previsto por nenhuma das pessoas naquele lugar.

A vampira arremessou a estaca na direção da humana, decidida a terminar o que havia começado. Damon agiu rapidamente, tomou Elena nos braços e foi em um flash na direção de um dos cantos da sala, protegendo-a com as paredes e com o próprio corpo.

Em seguida, ouviu-se o lamento de dor de um homem, seguido do grito estridente de uma mulher.

Um silêncio mortal se apossou do ambiente. Tomando cuidado para que Elena ficasse atrás de si, Damon voltou-se para a cena que havia se desenhado às suas costas. Nem se já tivesse vivido mil anos estaria preparado para ver aquilo.

No chão, jazendo com uma estaca cravada no peito, estava seu irmão Stefan. Ao seu lado, silenciada pela agonia de perceber o que fez, estava Katherine, a vampira que o matara.


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Notas finais do capítulo

Então?... Adoraria saber suas opiniões. :)))

Até mais!
Xoxo ;)