Military Post escrita por Anny Taisho


Capítulo 32
Fim de festa




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Cap. XXXII – Fim de festa

Roy caminhava em direção ao quarto de Riza, ele tinha saído um pouco para andar com Maes e Elycia. O amigo fizera um discurso e tanto sobre as responsabilidades que vinham ao se tornar um homem de respeito.

E caramba, como Maes tinha o que dizer! Aquele cara parecia que tinha sido vacinado com agulha de vitrola, ou bebido água de maritaca... Quem sabe não os dois??

O Mustang riu para si mesmo... Até que não era tão ruim assim. Ele não se imaginava sem aquele tagarela louco pela filha. Era uma amizade que duraria a vida toda.

Ele parou diante da grande porta de madeira e bateu duas vezes, como não ouviu resposta, abriu-a com intuito de ter certeza que ela não estava ali dormindo.

O quarto estava bem iluminado, já que a cortina estava escancarada deixando toda luz entrar. Um som de fundo não deixava o lugar se afogar no silêncio, parecia com aquelas músicas de vídeos de Ioga.

Foi então que viu a namorada sobre um tapete com uma leg e bustiê preto numa posição que ele deduziu ser de Ioga. Ela tinha um dos pés apoiado da na altura do joelho, fazendo um quatro, e com as palmas das mãos juntas fazendo uma postura perfeita.

A lourinha estava tão concentrada que não notou que ele entrando.

- Pratica Ioga... Que interessante! – disse o Mustang chegando por trás com um tom malicioso –

- Não se aproxime, Roy! – Disse a mulher sem mexer um músculo – Deixe eu terminar a série.

- Yare, yare... Vou sentar ali na sua cama quietinho.

Ele riu, se afastou, sentou na cama e ficou a olhando. Riza permaneceu mais trinta segundos naquela posição e depois relaxou. Virou o pescoço e lançou um sorriso para Roy.

- Então, como foi o passeio?

- O Maes fala demais. – ele devolveu o sorriso e ficou esperando enquanto ela desligava o som – Me encheu o saco.

- Deixe-me adivinhar... Hum... – a loirinha fez uma cara de pensativa – Ele foi te dar conselhos sobre como você deve agir agora que está tentando ser um cara descente?

- Por que todo mundo acha que eu não tinha jeito antes de ficar com você?? – o moreno franziu o cenho simulando uma expressão de desaprovação – Isso não é muito justo não.

A Hawkeye soltou uma risada alta e cristalina enquanto sentava no colo do namorado passando uma perna de cada lado do corpo dele.

- O que fazer se sem mim você não consegue fazer nada certo? – disse sorrindo vencedora –

- Eu vivia muito bem antes de te conhecer sabia?

- Mas fale que a sua vida não se tornou muito mais fácil depois de ter a mim fazendo sua papelada, te obrigando a fazer a sua, botando sua equipe nos eixos...

- Realmente... – ele deu um beijo no queixo dela – Minha vida se tornou muito mais interessante depois que você apareceu, apesar de que eu podia jurar que a qualquer momento você desistiria devido ao que viu lá...

- Você agüentou, não? Por que eu não poderia? – Riza beijou o alto da testa do moreno e deu um sorriso meigo –

- Tão delicada, quase uma boneca... Seus pais tinham razão de querer a todo custo que você não visse aquilo. – ele apertou a mulher contra o corpo –

- Eu não acho que as pessoas que matei vão me perdoar, mas eu sei que teria sido muito pior não ter ido era necessário aquele choque de realidade... Agora eu tenho como dizer que só levanto a minha pistola se EU decidir que devo e não porque recebi uma ordem.

O casal ficou algum tempo em silêncio e depois começou a se beijar. Não voltaram a falar daquilo, não precisam, pois já conheciam as marcas um do outro.

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Riza estava comendo bolo na cozinha e conversando com Gracia. As duas ouviam o barulho vindo da sala de jogos, mas não se animaram muito a ir lá.

- Sabe Riza... Fazia tempo que eu não ria tanto. – a mulher de Maes sorriu enquanto cutucava um pedaço de bolo com um garfo – A Georgina é louca demais...

- Eu jurava que a Olivier tinha queimado todas as fitas... Imagina se o pessoal descobre do passado da General de Divisa Armstrong... – a loirinha ria –

- Iria ser meio embaraçoso. – a mulher viu a cara de reprovação da amiga – Tudo bem, seria MUITO embaraçoso.

- Mas a vida é assim!! Temos que ter histórias para lembrar... Caso contrário, que graça teria?

- Com certeza, graça nenhuma.

A senhora Hughes sorriu e ficou com o olhar distante por alguns segundos, esses que não duraram mais porque Riza jogou um bolinha de papel na amiga.

- Mas você perdeu a melhor festa da academia militar! – a Hawkeye fez biquinho –

- Só que eu conheci o Maes, acho que valeu a pena.

- Eu não acho! – a namorada de Roy riu ao ver o cenho franzido da amiga – Pensa comigo, Gracinha-chan, do jeito que foi o amor de vocês... O Maes iria acabar aparecendo por aqui mais cedo ou mais tarde! Você indo ou não para a Central aquela noite ele entraria na sua vida!

- Pensando assim... – mulher riu – Acho que tudo daria certo, talvez só tenha sido uma brincadeirinha do destino. Mas eu agradeceria se você tocasse fogo naqueles filmes e fotos!

- Botar fogo em que, amor?

Maes entrou na cozinha e caminhou até a esposa passando o braço em volta dos ombros dela.

- Não te ensinaram que ouvir conversas alheias não é legal, meu bem?

- Eu não estava ouvindo sua conversa, só entrei aqui e ouvi essa parte. Por quê? Está escondendo alguma coisa mim?

Ele deu um beijo na bochecha da mulher enquanto comia o bolo que ela não comera.

- Sabe quando você não quer saber a resposta de alguma coisa porque sabe que vai se arrepender por ser curioso? – Riza bebeu o que faltava de seu suco – Esse é um desses momentos.

A loura levantou, colocou o prato e o copo na pia e começou a sair.

- E Gracci, não vou tocar fogo em nada. Aquilo ali é latada quando estou entediada! – ela soltou uma risada e saiu deixando a Hughes com uma cara de poucos amigos –

- Não entendi, querida.

- Come quietinho amor! Come quietinho! – Gracia enfiou um pedaço de bolo na boca do marido –

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Roy estava sentado sobre uma das cercas olhando Black Hayate correr de um lado para o outro perseguindo uma borboleta. O cachorrinho parecia tão feliz.

- No que está pensando? – Riza chegou sentando-se ao lado dele –

- Em nada, só estou olhando o Black. Onde estava?

- No telefone com o Lyon. – ela riu da careta que ele fizera –

- Não gosto daquele cara.

- Ele é meu melhor amigo.

- Você dormia com ele, acha mesmo que eu posso gostar dele?

- Ai Roy, quanta idiotice!

- Eu queria ver se você no meu lugar! Já tinha mandado eu nunca mais falar com a criatura!

- Se fosse como eu e o Lyon, certamente não. Nossa relação não é baseada só nisso, na verdade, um mais ajudava o outro a arrumar um namorado(a) do que ficava junto. Eu só não falo que ele é como meu irmão mais velho porque a gente dormia juntos às vezes.

- Não precisa repetir a ultima parte, eu entendi desde que vi ele com a língua na sua garganta lá na Ice!

- Eu sou fiel, não se preocupe. Fora que com a Georgina, ele tem muito o que fazer... Ela não bate muito bem da bola.

- Sei... – disse o moreno com o rosto ainda meio franzido – Então será que pode me contar o que vocês tanto conversaram?

- Ele vai para o Norte, a Georgina disse que não vai largar dele. – a loirinha riu –

- Pensei que ele fosse o exemplo do filho que não sai de casa. – disse o moreno com um tom que quase chegava ao sarcasmo –

- A Georgina é arquiteta, está num grande projeto, quando terminar eles voltam. O Lyon gosta muito daqui e pretende ocupar o lugar do pai, um dia, como general.

- Você não acabou de dizer que a tal Georgina não bate muito bem? Como ela pode ser arquiteta?

- A Gracia não batia muito bem e olha ela hoje. Apesar de que o caso da Georgi ser bem mais sério.

- Calma, Riz, eu acho que perdi alguma coisa. A Gracia? A mulher do Maes?

- Ela andava comigo, eu andava com a Tay, essa que admirava a Georgina e suas loucuras e não posso esquecer que a Olivier era a melhor amiga da Georgi. Só isso é indicio de culpa.

- Quer saber, eu não entendi muito bem a sua lógica, mas também não vou procurar saber, algo me diz que eu ficaria meio traumatizado.

- Faz bem, Royzinho. Porque eu não quero saber o que você fazia... Então não faz sentido você ser curioso.

- Yare, yare... Mudando de assunto, por que você me abandou dormindo hoje cedo?

- Você estava apagado, nem se eu te derrubasse da cama você acordaria! Fora que tu estava kawai!!

- Claro que eu tava apagado, de madrugada você não me deixava dormir direito. Rolava de uma ponta a outra da cama, passando por cima de mim, se me permite dizer.

- Eu não disse que dormir comigo seria fácil. Sozinha, eu não mexo um músculo, acompanhada seja de quem for... Eu não paro quieta.

- Não se preocupe, já tenho meus métodos.

- Hum... Quanta eficiência!! – disse ela num tom zombeteiro –

- Eu sou muito eficiente! Vamos entrar... Vai começar a fazer frio!

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O dia amanhecera um pouco frio, mas ninguém ali tinha tempo de enrolar debaixo das cobertas. Maes, Gracia e Elycia iriam para a casa dos sogros, na fazenda vizinha. Havoc iria para casa de Tayane, já que essa não permitira que ele fosse embora. E os demais tinham que voltar a Central.

Scieska e Fuery pareciam estar se acertando, ou pelo menos, estavam se divertindo. Mas era pouco provável que um largasse do outro, e até que formavam um belo casal.

- Tchau, Riza-san, foi ótimo!! Manda um beijo para o Ivis!

Riza viu a careta que Fuery fez ao ouvir o que a namorada pedira.

- Eu mando sim e vocês dois, juízo!

- Pode deixar, Tai! E cuida bem do Black!!

- Eu cuido sim!! – Riza virou para os outros rapazes – Foi bom vocês terem vindo, até logo e... – ela fez uma cara de assassina – Contem para alguém o jeito que meus pais me tratam que a coisa vai ficar feia para o lado de vocês!

- Que isso, Riza... A gente não viu, ouviu ou vai falar nada.

- Somos um túmulo!

- Só se for aberto e escancarado! – Roy fez piada –

- Tá falando o cara que foi encoleirado! Muito legal!

Roy lançou um olhar assassino que para os rapazes que correram para dentro do trem.

Logo o apito soou e o trem começou a andar. Finamente toda aquela história tinha terminado.

O Mustang passou um dos braços em volta dos ombros de Riza e lhe deu um beijo carinhoso. Era melhor voltarem para fazenda, os pais dela chegariam logo.

- Então você está se sentindo encoleirado, Roy?

- Não, não... Está mais para um cara a beira da execução. – brincou o moreno que riu da cara que ela fez –

- Que bom, porque eu só pretendo te deixar o que nos separar for a minha viuvez.

O moreno deu um sorriso amarelo.

- Você me assusta às vezes.

O que os dois não viram foi um certo paparazzi escondido atrás de uma das pilastras da estação de trem.

Continua...

Oi amores da minha existencia!!!

Como estão meus caros e caras leitoras??? Espero que bem, como tambem espero que não sejam rancorosos!!! Eu andei meio sumida, mas cá estou postando mais um cap para fazer vcs felizes e esperando alguns comentáriosd para me fazer feliz@!!!!

Amu vcs os biscoitinhos e cookies estão mandando um alô!!

 

 

 


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