Cap. XXX – Segredinhos

Riza estava abraçada com Roy dançando uma música eletrônica qualquer. A trança a essa altura já tinha sido desfeita e os fios dourados estavam um pouco ondulados. A máscara estava sobre alguma mesa qualquer e as sandálias também tinham sido jogadas em algum canto.

Para dizer a verdade, quem dançava animadamente era ela. Com os braços para cima, chacoalhava a cabeça e mexia animadamente o corpo de um lado para o outro.

Roy, por sua vez, mexia um pouco o corpo para acompanhar, mas não dançava realmente. Não gostava de daquele tipo de música.

Trocavam beijos e risadas. Outros casais também estavam pela pista de dança. Havoc e Tayane se atracando. Lyon e Georgina dançavam, ou melhor seria dizer que se esfregavam(?). Olivier estava bebendo sentada no colo do marido. E Scieska, FINALMENTE, estava dançando com Fuery que finalmente tomou a atitude de lhe dar um agarro. Maes e Gracia dançavam conversando alguma coisa suspeita baixinho. Os demais rapazes dançavam com moças que tinham conhecido na festa.

Não deveria ter mais de vinte cinco pessoas àquela hora na festa.

Breda que parou para pegar uma cerveja, comentou com Fallman.

- O cara era o maior cafajeste e ainda sim arrumou uma garota legal, que gosta mesmo e ainda é retribuído. Fora ela ser bonita e os sogros gostarem dele... Vê se pode?

- Mas com a Riza, ou ele anda na linha, ou anda na linha. Ele vai pagar os pecados...

No meio da pista de dança, Riza bebia do copo do namorado, visto que a sua bebida tinha acabado.

- Bebendo Whisky... Riza, o que mais eu não sei de você? Cadê a moça que só bebia suco de tomate?

- Você não viu da missa a metade! – ela soltou uma gargalhada – Dança, Roy!!! Que falta de animação!!

- Você já está animada por nós dois!

- In the night, I hear 'em talk, the coldest story ever told, Somewhere far along this road, he lost his soul... To a woman so heartless...

Roy olhava para mulher a sua frente se divertindo e rindo. Ela era tão linda... E o jeito com que ela se mexia era delirante. Não sabia como era possível ela mexer os quadris daquele jeito sendo que ela parecia distraída com ele e com as músicas.

Ela balançava a cabeça e mexia os braços no ritmo. Nesse momento, Tayane se aproximou e as duas esqueceram os namorados para dançarem com algumas coreografiazinhas. Logo puxaram Scieska e até mesmo Gracia. Georgina, a mais louca, tentava trazer Olivier.

Essa que se negava a todo custo. Ao que parecia, ela não queria deixar escapar alguma coisa de sua época de solteira.

Dançava sim, mas com o marido. Era melhor não facilitar. Aquilo podia ser constrangedor.

Por fim, notaram que algumas peças como Fallman , Breda e Ivis Tinham sumido. E que com eles algumas moças também... A maioria das senhoritas estavam em fazendas ao redor, então presumiu-se que foram levá-las para casa.

Quando já era quase quatro da manhã, os que ficaram, eram de casa. Já era tarde, ou melhor, cedo. Entraram para dentro da mansão.

Depois de tanta bebida, incluindo energéticos, não tinham sono. Mas o cansaço estava presente. Olivier caminhava ao lado de Miles e olhava Gracia que tinha os ombros cobertos pelo braço do marido.

- Quem vê até pensa, Hitch... – ela soltou uma risada que fez Gracia levar o rosto contra o ombro do marido para esconder a face rosada, era melhor deixar passar, Olivier sabia demais –

- O que foi, querida?

- Sabe aquelas horas que é melhor não saber de nada, Maes? – Riza riu – Essa é uma delas.

- Como se você pudesse falar muita coisa... – A mulher de Maes falou meio emburrada –

- Eu estou te defendendo, Sugar!!

- Sugar?! – todo mundo olhou para Riza –

- Cala boca, Riza!

Gracia olhou com aquele jeito de cereal Killer.

- Mas gente, eu não disse nada demais!!

- Isso ai, Lizzie Candy!

Riza olhou para Tayane com cara de “fica quieta”.

- Caladinha, TaySugar.

Uma loira soltava uma risadinha.

- Como se pudesse falar, Sweet... – Georgina deu um sorrisinho –

- Certo, é só eu, ou tá todo mundo boiando? – Hughes falou -

- Quem quer jogar sinuca, em??

Riza tentava desconversar, puxando o moreno para dentro. Estava um clima estranho, o único que sabia o que estava acontecendo era Lyon.

- Lyon.

- Fala, Olie.

- Se me chamar assim de novo, eu te pico em pedacinhos e mando tocar fogo no que sobrar.

- Certo, certo... Vai com calma, ou vai assustar seu marido. Ele ainda deve achar que você tem conserto.

- Dá para calar a boca, eu quero falar!

- Fale.

- Eu sei o que você fez no verão passado.

- Cara, isso parece cena daqueles filmes de segunda categoria... – ele riu –

- Eu não estou brincando.

O rapaz para e pensa alguns segundos, sendo deixado para trás pelos outros. Realmente, tem vezes que é melhor não abrir a boca.

Ele havia entendido o recado.

- Não entendi, Olivier.

- O que?

- A ameaça ao rapaz.

- Eu não ameacei ninguém, Miles.

- Sei... – ele ri – Não se preocupe, não sou curioso.

- Faz bem, curiosidade demais sempre acaba mal.

- Você deve ter muito o que esconder... Quem diria...

- Ninguém nunca provou. – ela deu um meio sorriso –

X-X-X

Depois de acomodar os que ficariam na fazenda, Roy e Riza foram caminhando abraçados pelo corredor.

- Então, vai dormir comigo? – ela olhou para o moreno sorrindo faceira –

- Não sei não... – ele deu um meio sorriso – Estou cansado.

- Idiota! Eu só quero DORMIR com você!

Ela se desvencilhou dos braços dele e virada de frente lhe segurou o queixo e deu um beijo nos lábios do moreno.

- Melhor não, Riza. – ele segurou os pulsos finos afastando-a  -

- Parece que você levou para o lado errado o meu convite, mas quer saber... – Riza abaixou um pouco o corpo para levantar a barra do vestido e assim andar melhor – Eu não me importo! Agora quem não quer dormir com você sou eu! Durma muito mal e tenha uma ressaca horrível.

A mulher deus as costas e começou a caminhar. Roy não sabia o que fazer: Rir ou ir atrás dela. A namorada estava levemente cambaleante e dava pequenos tropeços sobre o carpete do corredor.

Gente bêbada era uma coisa completamente sem noção. Não que pudesse falar alguma coisa, mas com o resto da sobriedade  que possuía achou melhor passar longe do quarto dela, Richard era um sogro legal, mas não gostaria de saber que o genro estava espalhado na cama da filhinha  querida dele.

E mesmo ele não estando lá, não seria muito difícil descobrir.

Quando chegou a porta do quarto, Riza parou, olhou para trás e mostrou a língua para Roy, depois disso entrou no cômodo e fechou a porta. E o moreno, por sua vez, ficou ali parado, sem saber o que fazer.

- Hum... – ele pensava se devia segui-la, estava frio e dormir acompanhado seria muito melhor – Ninguém vai ficar sabendo.

O Mustang pôs-se a caminhar para o quarto da namorada, e pelo caminho foi desatando o nó da gravata e desabotoando o colarinho e os punhos da camisa branca.

Parou diante da grande porta de madeira maciça com maçaneta dourada e respirou fundo, com a mão que não segurava o paletó abriu a porta e entrou.

O quarto da loira, como o esperado, era maior que os quartos de hóspedes. A cama era uma king size com armação de metálica toda trabalhada como se tivessem flores enroscadas e possuía um dossel branco de tecido levemente transparente.

De cada lado da cama tinha um criado mudo com abajures que estavam acesos. Distante cerca de dois metros tinha uma penteadeira de madeira com três grandes espelhos e muitas coisas femininas colocadas ordenadamente.

Estantes estavam presas as paredes com algumas bonecas que ele julgou ser da infância e viu também fotos. No canto esquerdo tinha um biondo de tecido fino que estava perto de uma porta que julgou ser o closet e viu outra porta que imaginou ser o banheiro, onde tinha outra luz acesa, ela deveria estar ali.

Um som baixinho de música clássica ecoava, não reconheceu no momento, mas pouco importava. Roy sentou-se na beirada da cama e deixou o colete, a gravata e o paletó sobre uma poltrona que encontrou pelo caminho.

Ficou esperando alguns minutos até que viu Riza sair do banheiro, Ela já tinha retirado as luvas e as presilhas que ainda tinham restado no cabelo e estava sem maquiagem. Ela olhou-o e levantou uma das sobrancelhas.

- O que faz aqui, Roy? Eu não te coloquei para correr?

Ela passou a caminhar na direção do namorado com uma das mãos atrás do corpo, Roy não sabia, mas ela estava descendo o zíper do vestido.

- Eu achei que não deveria te chatear.

Ele sorriu daquele jeito o que fez Riza sentir alguns calafrios.

Por fim, depois de descer o zíper ela parou um pouco e tirou o vestido. Esse que estava bem colado, mas não chegava a apertar.

- Que cara é essa? Como se estivesse vendo alguma coisa que o biquíni escondeu.

- Biquíni é uma coisa, lingerie  é outra, fora que seu biquíni não era de rendinha.

A loira soltou uma risada e se abaixou  pegando o vestido. Deu as costas para Roy e foi até o bionbo. Pendurou o vestido lá e vestiu alguma coisa pelo que ele viu a silhueta.

O moreno deitou o tronco sobre o colchão e fechou os olhos. Ouviu  os passos descalços se aproximarem da cama, mas não se mexeu. Sentiu ela passando uma perna de cada lado de seu corpo e espalmando a perna sobre seu peito.

- Eu não disse para você ir embora? Eu não quero mais dormir com você!

Ela sorria.

- Eu sei que você está louca para que eu vá embora.

Continua...

 Amores!!!

Deculpe a demora e o cap estar com algumas falhas, não tive tempo de dar uma boa revisada, escrevi hj de manha para nao deixá-los sem poste!!!

Comentem e kiss kiss