Military Post escrita por Anny Taisho


Capítulo 24
karaoquê




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Cap. XXIV – Karaoquê

O pessoal ficou na cidade enquanto Richard e Lizandra foram para o quartel. Tinham que resolver algumas coisas.

O casal entrou junto no quartel, mas cada um foi para o seu lado logo depois. Lizandra fora para sua sala, mas lembrou-se de que o grupo especial de tiro estava em treinamento e ela tinha dito que iria dar uma olhada.

E qual não foi sua surpresa ao ver uma pequena balburdia no campo de treinamento. Não pensou duas vezes em empunhar uma de suas nove milímetros e lançar alguns tiros nos alvos que estavam a uma distancia de mais de cinqüenta metros acertando todas as balas.

- O que é que está havendo aqui?

Naquele instante cada homem daquela sala bateu continência e entrou em formação. Menos um. Um rosto que ela se quer conhecia. Não devia ser daquele quartel.

- Ninguém vai responder a minha pergunta?

- E por que deveriam?

O desconhecido era jovem, mas pelo Tom que usou Lizandra entendeu que ele não sabia quem ela era.

- Porque eu sou a comandante desse grupo.

O homem caiu no riso.

- Então quer dizer que aqui no Leste eles põe mulheres no comando de tropas? Deixe-me adivinhar, deve ser de alguma grande família.

- A família a qual pertenço não lhe interessa. Mas deveria tomar cuidado com o tom, rapaz. Está no meu quartel, fazendo zona com as minhas tropas e sendo inconveniente. Eu poderia acusá-lo de insubordinação.

- E quem pensa que é? Sou coronel.

Lizandra ri.

- Não sei quem é e muito menos o que veio fazer aqui. Apenas retire-se antes que eu me irrite. E caso não saiba, sou Lizandra Montine Monteclaire Hawkeye, general-brigadeiro e mestre em armas de fogo.

- General...? Não é possível.

- Quem é você e de onde é?

- Gabriel Nagashi, sou do sul.

- O garoto do Antony... – ela riu – Por que não vai se apresentar para o general-coronel Hawkeye? Creio que não está envolvido com armas de fogo.

O rapaz estava irado.

Uma mulher, uma relis mulher estava falando o que ele devia fazer?
Lizandra notou os punhos tensos do rapaz.

- Controle-se. Não seja imprudente em tentar alguma coisa contra mim. Seria punido por agressão e insubordinação.

- Hai.

De cabeça baixa o rapaz sai da sala.

- Bem, continuem o treinamento. Eu quero ver os progressos.

Todos ali era fiéis a Lizandra, qualquer coisa que o rapaz tentasse seria impedida. Todos a respeitavam e admiravam muito.

- Sim senhora.

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Lizandra estava voltando para sua sala quando encontrou o rapaz em um dos corredores que estava vazio devido ser hora do almoço.

- Boa tarde.

- É muito corajosa diante de sua tropa, general.

- Obrigada.

- Mas como se comporta sem seus soldados para lhe proteger?

A loura suspira, aquele era o tipo de militar que mais abominava. Achavam que mandavam em tudo e eram machistas. Não estavam no exercito para o bem do país, estavam para ter poder.

- Da mesma maneira. Pois meu soldados me protegem pois me respeitam e admiram e não porque preciso deles para isso. Por isso abaixe esse topete para falar comigo.

Quando ia passar direto para o rapaz ele a segura pelo braço.

- Poderia fazer a gentileza de soltar meu braço?

- E se eu não fizer?

Antes que o rapaz visse, a mão esquerda já possuía uma arma apontada para seu crânio e engatilhada. Em menos de um segundo o rapaz já havia lhe soltado.

Lyon que viu a madrinha de arma em punho, coisa nada normal, foi ver o que estava acontecendo.

- Precisa de alguma coisa, general?

- Leve o rapaz para prisão administrativa com queixa de insubordinação e desordem. Mandarei os papéis assim que os terminar.

- O que?

O rapaz fez menção de reagir, mas Lyon foi mais rápido e o imobilizou.

- Calminha ai rapaz. Não vai querer mais um queixa.

- Isso aqui é um abuso de autoridade...

Lizandra não ficou para ouvir. Tinha mais o que fazer até o fim do expediente.

Depois de puxar a ficha do rapaz viu que não passava de um desordeiro. A família já teve poder no exército, mas faliu devido a jogatina e sonegação fiscal.

O rapaz achava que era culpa do exército. Já havia sido acusado de abuso de autoridade e agressão a companheira.

- E são tipos como esses que colocamos para proteger o país...

Ela encaminhou a papelada e foi fazer algumas que estavam pendentes. Apesar de ter tirado uma licença para cuidar da festa e também por ser final de ano, não gostava de se afastar muito tempo de suas funcões.

Não notou que a noite já havia caído.

- Lizandra?

- Hã? – levantou o rosto para a porta – Richard?

- Já acabou o expediente. Temos que ir a cidade pegar a Riza.

- Já?

- Já, a mais de uma hora.

- Não tinha visto.

- Percebi. O que aconteceu, ouvi comentários que mandou um soldado para prisão administrativa?

- Nada demais, só um desordeiro. – ela se levanta e pega o casaco –

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Num Pub na cidade do Leste, um grupo animado ria e bebia juntos. Gracia encontrou a mãe na cidade, essa que levou a menina para passar o dia com ela. Então, Riza ligou para os pais e avisou que podiam ir para casa, eles iam depois nos dois carros que ficaram.
Maes e Gracia ficaram sem beber, alguém tinha que dirigir...

- Abriram o karaokê!

- Vai com Deus, Tay!

- Ai Riza, vamos comigo!

- Nem morta! Leva a Scieska!

- Eu não!!!

- Nossa! Quanta rejeição...

Todo mundo riu da cara que ela fez.

Ficaram mais um tempo conversando até que as cervejas subiram e Havoc, Breda, Fuery, Fallman e Roy resolveram cantar uma musiquinha.

- Olha, alguma coisa me diz que eu não deveria deixar o meu melhor amigo fazer isso...

- Gracci, manda o Maes sossegar!

- Mas gente, isso vai pegar mal e ele já está meio de fogo.
- Olha aqui, esquisito, eu gosto muito da Gracci, mas se você levantar a bunda dessa cadeira para atrapalhar o mico da galera eu não me responsabilizo.

Tayane mandou um olhar mortal que fez Maes ficar meio assustado.

- Você não podia arrumar umas amiguinhas mais normais, não?

O moreno sussurrou para a mulher.

- Se você não as acha normais, também não me acha normal. Eu não virei amiga delas sem ter afinidades...

O moreno pegou seu copo de suquinho e virou. Ia ficar quietinho que seria melhor para sua saúde.

- Tadinho do Jean, eu quase tenho dó de filmar ele cantando Villed People.

- Quase né, Tay...

- Quase. Mas você sabe que eu não agüento!

Scieska tinha saído para ir ao banheiro viu a falta dos rapazes.

- Cadê os meninos?

- Senta e bebe! Vai ter um showzinho hilário!

- Amor, não faça isso, elas são loucas..
.
Maes tava tentando se levantar de fininho.

- Gente, eu só ia pegar um suquinho! – ele balança o copo vazio –

- Pega depois!

E o showzinho começou e os meninos começaram a cantar e fazer coreografia. Todo mundo ria de quase cair da cadeira, fora estarem meio tontos, eles riam no meio da música, o Breda tropeçou...
Fora é claro que Riza estava rindo tanto que acabou caindo da cadeira.

- Riza?!
- A loura levanta jogando os cabelos para trás – Relaxa, tô legal!

- O man vai me matar amanhã.


- Ralaxa ai, garotão, você não precisa contar! Eles não vão esquecer, mas também não vão lembrar nitidamente!

- Vocês são más! Onde está sua lealdade, Riza?

- Ele paga mico e eu não posso rir??

- Você está gravando.

- Isso vai para meus arquivos pessoais. Todo mundo que paga mico comigo, é filmado para risos posteriores, né Gracci?

- Com certeza!

- E você está nos arquivos dela, amor?

- Ela está nos próprios arquivos.

- Caraca...

Os meninos voltam rindo.

- E ai? Como fomos?

- Uma graça, Jean! – Tayane deu um beijo nele –

Roy apossou-se da cadeira vazia ao lado de Riza, que também não estava lá muito sóbria.

- Então, Riza, gostou?

- Claro, fazia muito tempo que eu não ria tanto da cara de alguém!
A loura abriu um sorriso que deixou Roy com uma cara meio incógnita. Ela não sabia se ele estava ofendido, achando graça ou processando a informação.

- Então quer dizer que você vai ficar lembrando de mim?

O Mustang passou o braço em volta dos ombros da loura.

- Com certeza eu vou rir muito ainda.

Uma música começou a tocar: Meteoro.

Roy não pensou duas vezes em levantar e puxar a loura.

- Ai não... Não...

Riza tentou correr, mas Roy era mais forte e a puxou para onde tinham outras pessoas dançando.

Maes seguiu o exemplo e puxou a esposa. Fuery tirou Scieska. E Havoc puxou Tayane.

O restante ficou com uma carona de tacho.

- Eu não vou ficar aqui olhando para a cara feia de vocês!

Breda se levantou e foi atrás de uma moça para dançar.

No meio da pista, os braços de Riza estavam em torno do pescoço dele e as mãos dele estavam no meio das costas dela.

- Se eu pisar no seu pé eu não me responsabilizo, a Tay me encheu de caipirinha.

- Roy deu uma risadinha que fez a loirinha se arrepiar – Relaxa, eu guio muito bem.

Outra musica começou a tocar e os dois continuaram dançando. Roy puxava um ou outro assunto, mas Riza não parecia muito animada em bater um papinho.

Riza fez um passo que a deixou de costas para o moreno que a abraçou enquanto seguiam o velho: dois para cá, dois para lá.

- Então, cadê o ruivo chato?

- Você tá falando do Lyon?

- Chame-o como quiser.

- Ele trabalha amanhã.

- Hum... Que bom. – Roy esboçou um sorriso –

- Por quê? Está com saudades dele? – Riza riu sentindo o corpo do moreno ficar rígido –

- Sai dessa! Eu só fico feliz de saber que ele não vai aparecer para ensebar em você! Que cara mais grudento!

- A gente tava junto, por isso ele estava assim. Não que isso seja da sua conta.

- Estavam? Adorei o tempo do verbo.

- A gente nunca namorou sério e assumido, tínhamos nossos momentos, sabe, essa coisa de namorar dá um trabalho dos infernos.

- Então quer dizer que agora é só amizade, é? Hum... Então eu tenho o caminho livre?

A loura soltou uma risada sonora.

- Vai nessa! Eu não sou chegada em dividir! Gosto de exclusividade. Quando está comigo, o Lyon só dorme comigo e vice-versa.

- E quem disse que eu não posso ser exclusivo?

- Eu não acredito em contos da carochinha.

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Chegaram ao rancho quase três da manhã e como não queriam acordar ninguém procuraram fazer o mínimo de barulho possível. Como era tarde demais para deixar Tayane em casa, a ruiva foi para a fazenda com o resto do pessoal.


Depois de um beijo desentupidor de pia, Tayane foi atrás de Riza. As duas iam dormir no mesmo quarto, um hábito de criança que perdurou.

- Como é que aquele bobão consegue uma coisas dessas?

- Tem uns caras que tem muita sorte...

- Rizinha...

Ninguém ali além de Maes e Gracia estavam sóbrios e conseguindo andar perfeitamente.

Tayane se apoiou em Riza e rindo baixinho as duas começaram a subir as escadas. O resto da galera também começou a subir as escadas, era um desafio e tanto sem fazer barulho.

- Boa noite, Riza.

Roy sorriu e as duas amigas caíram no riso.

Cada uma caiu de um lado da grande cama de casal.

- Sabe, Rii, acho que o seu chefe tá arrastando um bonde por sua causa.

- Ele só tá querendo aparecer...

- Yare, yare... Caramba!! Só você não vê o jeito que ele te olha e o jeito que ele olha o Lyon quando está perto de você!

- Cala boca, Tay! – Riza jogou um travesseiro na cara da amiga – Você tá muito bêbada!

- Então você e o Lyon voltaram a ser só amigos porque deu na telha?

- A gente nunca é um caso por muito tempo, pode acabar mal e acabar virando um tipo de relação que estragaria nossa vida e lembranças.

- E o moreno gostoso não tem nada a ver com isso?

- Não, não tem! E dorme logo, caso contrário, eu te sufoco com o travesseiro.

- Uma garrafa de vodka russa como antes de voltar para casa vocês vão estar no maior amasso!

- Vai perder!!

- Vamos ver!

Continua...

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Não me matem, é a escola que não me d[á tempo!!!
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