Military Post escrita por Anny Taisho


Capítulo 22
Para um urso raivoso...




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Cap. XXII – Para um urso raivoso...


Chegaram a fazenda da família Armstrong e Roy não se espantou com o lugar. Era mais ostentoso que o da família de Riza, mas isso não era de se estranhar.


Era uma característica da família a ostentação, principalmente de alguma coisa que fora passada de geração em geração.


- Chegamos.


Logo Roy viu um criado se aproximar.


- Olá, em que posso ajudá-los?


- Viemos ver a Catherinne.


- Oh sim, me acompanhem. Podem deixar os cavalos aqui.


- Claro.


- Quem devo anunciar?


- Riza Hawkeye e Roy Mustang.


- Senhorita Hawkeye?


- Sim.


- Catherinne-sama, vai ficar feliz em vê-la.


Foram levados a primeira sala. Era um lugar enorme e aquilo em cima da lareira era uma mini estátua do Armstrong?


- General!!! Tenente!!


Oh meu Kami, aquela era a voz do major?


- Major!!


- Que bom recebê-los!!! Eu já estava sentindo falta...


Ele abraça Roy. Roy que por sua vez não acha isso legal. Era impressão ou ele não estava mais com os pés no chão.


- Vocês são muito importantes para mim e eu fico emocionado.


- Será que dá para você para com essa cena, Alex? Ponha o Mustang no chão.


- Olie!


- Oi, Riza. Oi, Mustang.


Roy ainda estava meio em choque devido ao abraço. Nunca mais ele ia esquecer daquilo.


- Eu vim ver a Cathy, fiquei sabendo que ela vai casar...


- Claro, parece que ela e o Stradivários se acertaram mesmo. E você veio para o Leste para a festa dos seus pais?


- Foi sim, eles queriam conhecer meus colegas de trabalho.


Roy tinha que admitir que Olivier ficava bem diferente sem a farda. Estava com uma saia até o joelho azul escura, uma blusa branca dentro da cintura alta da saia e sapatos altos, nada muito extravagante, mas valorizava o que ela tinha.


O que? Estava apaixonado, mas não era cego!


- Olivier, seu pai está te chamando.


Olharam para o lado e viram Miles entrar na sala.


- Eu? – ela ergue a sobrancelha –


- Sim, parece que quer sua opinião na compra de uma fazenda no Sul.


- Oh... Bem, eu tenho que ir. Catherinne está descendo e Alex, não fique abraçando o Mustang, acho que ele ficou meio traumatizado.


Meio???


Estava traumatizado e meio!


- Imagine.


- RIZA!!!


Uma serelepe Catherinne desce as escadas e abraça Riza.


- Oh... Cuidado.


- Hum... Desculpe... Me empolguei. – ela vê Roy – Olá, Roy-san.


- Olá, Catherinne.


- Hum... Vamos conversar, Rii!! O Roy-san não se importa de ficar aqui com o Alex, não é?


- Não, vão lá.


Catherinne sai puxando Riza e Roy vê que teria algumas horas vendo os músculos de Alex.


- Então... O Miles por aqui?


Na verdade ele queria perguntar sobre a mão do rapaz sobre a de Olivier.


- Oh, você não soube? Eles casaram a dois anos.


- Como é qui é???? – ele falou desse jeitinho –


- Sim, eles se casaram. Mas sabe como é a Olivier não quis nada de vestido branco ou uma grande recepção.


- Nossa! Que... Bom!


- Eu acho que as garotas vão demorar, porque não vamos a sala de musculação para eu mostrar a técnica de malhação passada de geração em geração pela família Armstrong... – pausa – Você está precisando.


O.O


Roy ficou ofendido pela parte de que ele precisava malhar. Mas  sabia que a pior parte estava por vim... O Major sem camisa...


Urgh!!


- Claro.


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Foram longas três horas. Roy viu Armstrong numa bermuda de malhação de que tão apertada parecia colada a pele dele.


- Tchau, Riz, depois vou te ver!


- Certo, Cathy e leva o Fellipe!


- Claro!!


Roy e Riza subiram nos cavalos e começaram a se afastar da fazenda.


- Você sabia que a Oliver está casada?


- Sabia sim, eu fui no casamento dela.


- Oh... Esse Miles é um cara muito corajoso.


- Por favor, Roy! A Olie é ótima.


- Claro, para um urso polar raivoso no meio de iceberg sem comida.


- Deixa ela te ouvir falando uma coisa dessas.


- Se você não contar, eu não conto.


- Sério, a Olie só gosta de ser respeitada.


- Para casar com a Olivier ou o cara é muito louco ou muito apaixonado.


- Eu posso afirmar que é a segunda alternativa. Os dois não são externos como o Maes e a Gracci, mas tem uma relação muito forte.


- Mas pensa comigo, você já é perigosa na TPM, imagina ela.


- Eu não sou perigosa!


- Riza, você trabalha para mim a quase dez anos, eu sei reconhecer quando está com Tendência Para Matar.


- Já que sabe quando estou assim, quando foi a última vez.


- O dia que você quase fez o Fuery desmaiar, deve fazer uma semana. Sabia que apontar uma metralhadora para um garoto que não é um militar de campo pode resultar em desmaio?


- Okay, você acertou, mas o que aconteceu foi de eu estar testando uma arma e virar para trás e coincidir dele estar bem na mira quando eu parei.


- Yare, yare... Mas você fica mais irritadiça, come muito chocolate, come mais de qualquer coisa, fica inquieta...


- Como você sabe do chocolate?


- Você achou que eu não sabia que na terceira gaveta da sua mesa tem uma infinidade de chocolates? E que você come todo dia um quando fica inquieta ou estressada?


 


- É.


- Olha, eu passo um bom tempo sem fazer nada, preciso observar alguma coisa e você não queria que eu observasse um monte de marmanjo.


- Aff! Mas e ai, o que você e o Alex fizeram?


Uma nuvenzinha negra paira sobre a cabeça do moreno.


- Não quero falar sobre isso, vou precisar de anos de terapia para superar as cenas que vi... E aquele abraço. Você acredita que ele falou que eu sou magrelo????


- ela ri – Bem, qualquer um perto dele parece magrelo. E o que tem quanto ao abraço, ele só mostrou que gosta de você.


- Riza, nada contra abraçar um amigo, mas eu não gosto de ser tirado do chão. Fora que é muito mais agradável ser abraçado por uma moça bonita.


- Claro... Chegamos.


Os dois descem dos cavalos que são levados para o estábulo.


- Então, não se habilita a me dar um abraço.


Ele sorri DAQUELE jeito.


- Okay.


O moreno demora alguns segundos para processar animação.


- Sério?


- É.


Riza da um abraço no moreno que retribui. Era bom o abraço dele. O perfume dele era tão gostoso. E o moreno não era nem de longe magricelo.


- Roy...


- Hum.


- Me solta.


- Por quê?


- Porque tá ficando estranho.


- Tá.


Antes dos dois entrarem, viram Havoc e Tayane. Tayane estava nas costas do louro e os dois riam.


- Ela foi rápida.


- Riza, alguém tinha por ordem no coreto. O Havoc é uma negação na conquista, juro, você nunca ouviu as cantadas dele.


- Roy, o Havoc não é tão panaca, ele se faz de besta e você acha mesmo que o primeiro aspecto que a mulherada que fica com ele olha é as cantadas? O cara tem um e oitenta e cinco, olhos azuis, louro...


- Nossa! Tá reparando demais.


- Eu não sou cega.


- Então se tivesse a oportunidade ou sei lá... Um clima, você ficaria com ele?


- Claro.


Roy fez uma careta.


- Tayane!


- E ai. Cadê o resto do povo?


- Chegamos agora.


- Nossa, a Cathy tá quase merecendo um tapa na cara do tanto que tá feliz, né?


- Ai, Tayane... Menos.


- O que? É o que eu acho.


- Que cara é essa, Roy?


Roy estava olhando para Havoc tentando achar alguma coisa atraente, sem sucesso.


- Nada. Onde vocês foram?


- Demos uma volta por aqui e fomos na casa dela.


- O mamãe amou o Jean.


- A tia Mellany gostando de cara, assim, na cara dura, de alguém?


- Eu sei. Mas ele foi tão educadinho e bonitinho.


- Oh... vamos procuram o pessoal.


Tayane e Havoc entram na frente.


- Viu, de bobo só tem a cara. – Riza sussurrou –


- Que nojo.


- Hã?


- Ainda não sei o que você viu nele e ele parece que está com a sua amiga.


- Eu não disse que pretendia alguma coisa, eu disse que SE, POR ACASO, POR VENTURA, ocorresse uma chance eu não teria problemas em ter alguma coisa com ele. – pausa – Estou bem com o que tenho, não sou gananciosa.


- O ruivo chato. – o moreno resmungou –


- Falou alguma coisa?


- Não.


O pessoal estava na sala de jogos.


Alguns na sinuca, outros baralho, alguns só olhando.


- Os sumidos voltaram.


- Alguém ai tá a fim de um pokerzinho? Riza?


- Primeiro um banho. Vai jogando sem mim.


- Okay, só não bota um decote.


- Vai te catar, Tay.


- O que? Você sabe bem que o Kaike já perdeu porque ficou secando decote alheio.


- O Kaike não serve de base.


- Yare, yare...


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Depois de algumas partidas de poker, foram jantar e depois do jantar a criatura ruiva excumunquenta jabucréia vulgarmente conhecida como Lyon apareceu e chamou Riza para dar um passeio.


Roy então não teve outra opção se não ir dar um passeio pela casa e assim acabou encontrando a biblioteca. Se bem que aquilo estava mais para uma mega biblioteca.


Tinha dois andares e entrada pelo segundo piso da casa. As estantes eram presas a parede, fora e claro as que estavam simetricamente espalhadas pelo resto do grande cômodo.


Tinha desde matemática até alquimia.


Por isso sempre que podia a loura tinha um livro nas mãos. Com uma biblioteca daquelas a disposição. E ele que achava que os pais eram exagerados. Tinham uma biblioteca em casa, muito extensa e boa, mas aquela estava no patamar de biblioteca de escola ou mesmo militar.


Enquanto olhava os títulos, viu um que lhe chamou a atenção em especial: O espelho da alquimia, de Roger Bacon.


Só havia achado aquele livro em idiomas que não conhecia, como Russo, irlandês, chinês...


Nunca em inglês, espanhol ou francês. Que eram os idiomas que os pais o haviam feito aprender e que foram muito uteis quando começou a estudar alquimia.


Pegou o livro e passou a folheá-lo.


- “A alquimia é a ciência que ensina a preparar uma medicina ou elixir, o qual, sendo projetado sobre metais imperfeitos, lhes comunica a perfeição” Roger Bacon.


Roy deu um pulo ao ouvir a voz atrás de si e ficou muito sem-graça. Não sabia se podia mexer naqueles livros.


- Eu estava passando... E... O livro...


- Calma, meu rapaz, não me importo. Na verdade, alguns estudantes vêm aqui pedir para olhar esses livros.


- Eu nunca achei esse livro em idiomas que conhecesse.


- Eu devo tê-lo em espanhol, russo, alemão e esse em inglês.


- Russo? Alemão?


- A Liza fala Russo e eu arranho um alemão. Queria ver se tinham contradições nas traduções.


- Nossa! Russo?


- A Liza sempre gostou de estudar. Se quiser pode pegar esse livro, depois me devolve. Já sei de cór.


- Obrigado.


O homem mais velho começou a caminhar pela biblioteca e acabou por se sentar em uma das poltronas.


- Então, por que não está com seus amigos? Estão lá fora, fizeram uma fogueira.


- Sei lá... – Roy se sentou no outro sofá – Só não estava muito a fim.


- Hum... E acabou aqui?


- É, eu acho... Estava meio ranzinza.


- Tão jovem e ranzinza?


- Não sou tão jovem assim, vou fazer trinta.


A risada de Richard ecoou pela sala.


- Por favor, garoto, você está em pleno período de ascensão.


- É, pensando assim. – Roy riu – Então, eu ouvi falar sobre o senhor.


- E?


- Dragão do Leste.


- Richard riu – Isso foi por causa de uma batalha há mais de trinta anos, tinha acabado de me tornar um alquimista federal, uma tentativa de invasão de Areugo. – pausa – Eu usava um isqueiro, fósforo, ou qualquer coisa que me cedesse faíscas, ainda não usava o tecido de atrito. E teve um ataque surpresa...


O olhar do homem se perdeu, ele parecia estar perdido nas lembranças.


- Foi tudo muito rápido, se eu não fizesse alguma coisa, todos os meus companheiros seriam mortos, peguei dois isqueiros e criei as chamas. Elas se expandiram rapidamente e conforme eu me mexia elas fizeram um circulo e depois de abriram abrangendo todo o inimigo... Como um dragão raivoso.


- Nossa...


- Meu superior então me deu apelido de Dragão do Leste. Fui de major à coronel em dois meses no exercito. Meu pai ficou louco de felicidade, mas eu não quis mais matar daquele jeito. Não que eu nunca mais tenha matado, mas não daquela maneira...


- Eu imagino ou sei...


- Mas isso é só uma história de um homem velho. Tenho certeza que a fogueira lá fora está muito mais interessante.


- Claro, claro... – Roy olhou para o homem que ainda parecia perdido em lembranças – Tantas guerras, um dia isso vai mudar e não vão ter que haver mortes desnecessárias.


- Um dia... Mas para isso é necessário um líder.


- O senhor é coronel-general, a segunda maior patente militar, está diretamente ligado a sucessão.


- O meu tempo de mudar já foi, agora é preciso sangue jovem.


- Nunca colocariam um jovem no poder.


- Não seja descrente. Agora os militares são indicados e o povo escolhe o líder.


- Trinta anos de mandato, uma chance a cada três décadas.


- Basta vencer a primeira.


- É. – Roy suspira – Vou lá ver o que estão fazendo.


- Vai lá.


Richard ficou olhando Roy sair. Ele tinha o que a filha e Lyon não tinham. Era um líder nato com ideais. Tinha ambição, mas não era cego.


Se viu alguns anos mais novo, talvez se tivesse tido a chance que ele poderia ter ou tivesse anos menos, tentaria o cargo.


Continua...


 Oi gente!!


Desculpe a demora!!


è que andei meio sem inspiração, começandoi fics e parando...


¬¬


Gemen!!


O prox cap já ta pronto, vou ver se posto antes da proxima sexta!!!


E sorry pela falta de resp dos reviews, eu leio todos, mas quase não ando entrando na net então muitas vezes não da tempo de resp todos!!


Kiss


 


 


 


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