Military Post escrita por Anny Taisho


Capítulo 17
Ice




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Cap. XVII – Ice


Depois de um banho, o que equivalia a duas horas dentro de uma banheira com água bem quente e sais relaxantes, Riza resolveu fazer uma visitinha ao seu hóspede.


Ainda estava dentro de seu roupão felpudo roxo bebê e com os cabelos louros penteados para trás quando entrou no quarto dele. Lyon estava ouvindo música clássica enquanto olhava para a neve cair do lado de fora da janela fechada.


- Qual o nome do filme? Os flocos de neve assassinos parte II?


- Hum? – ele olha para trás – Riza...


- É. – ela se senta no colo dele – O que foi? Preocupado?


- Pensando no que você disse.


- O que exatamente? Eu disse muita coisa hoje.


- Sobre os seus pais estarem aprontando e a pergunta sobre a presidência.


- E você dá moral para tudo o que falo?


- Eu entendi, Riz. Pensando na parte prática: Já ouvi o seu avô falar do seu chefe.


- Cara, você além de ruivo e gostoso, é esperto!


- Qual sua opinião sobre ele?


- Lyon, qual é? Eu não quero falar sobre alianças políticas!


- Não tive uma boa impressão sobre ele. O cara dorme um terço do expediente!


- Olha, ele pode ser meio relapso, inconseqüente, prepotente, convencido, preguiçoso, cara de pau... Mas é bom no que faz.


- Nossa, você não se esqueceu de nenhum elogio?


- Não. Agora deixa isso para os meus e, possivelmente, seus pais resolverem.


- E o que você quer fazer?


- Comer. – ela olha para ele – Não me olhe assim, eu estou com fome mesmo, larga de ser pervertido.


- Eu não fiz nada!!


- Certo, e eu não te conheço durante os meus vinte e cinco anos.


Os dois vão para a cozinha comer alguma coisa.


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Iriam para o Leste na terça-feira, mas como na segunda era o aniversário do Fuery, no sábado resolveram ir na Ice comemorar.


Como resolveram de última hora, Scieska ficou encarregada de avisar a amiga. Era duas da tarde quando a morena bateu no apartamento da loura.


Din dom


O prédio era bem silencioso e organizado. Parecia um bom lugar para se morar, estava tão perdida olhando a arquitetura que não notou a porta sendo aberta.


E quando notou, quase caiu para trás. Quem abriu foi um descamisado Lyon.


KAMI-SAMA!!


Dava para lavar roupa ali.


- Scieska...?


- Hã? – ela respira fundo – Oi, Lyon... A Riz tá ai?


- Está sim. Entra.


Ele recua alguns passos e ela entra. O rapaz vestia uma bermuda laranja e a barrinha da cueca preta estava aparecendo. Okay, ela amava o Fuery, mas não era cega!


- Riza!! Visita!!


- Já vou!


A voz parecia vir da cozinha.


- Senta!! – ele vai para o sofá menor e religa o som da Tv, estava vendo um jogo –


- Obrigada!


Riza aparece na sala, estava com uma bermuda jeans, uma batinha roxa e um avental rosa na cintura.


- Sci?


- Oi, Riz!! Você está ocupada?


- Não, vem para cozinha... Eu só estou fazendo uma torta, perdi uma apostinha para o Lyon.


- Oh... Claro.


As duas vão para a cozinha.


Apesar de a torta parecer difícil de fazer, a cozinha estava em ordem. A loura chegou em uma vasilia preta e passou a mexer o conteúdo com uma colher de pau.


- Então, o que te trás aqui?


- Os rapazes nos chamaram para ir a Ice, o aniversário do Fuery é segunda, mas como vamos viajar...


A morena viu a loirinha fazer uma careta.


- O que foi?


- Nada. Então, Ice, que horas?


- Nove.


- Vou sim, será que se importam se o Lyon for?


- Não, eles pediram para chamar ele também!


- Okay. Mas por que essa cara?


- Riz... – ela olha para a porta da cozinha para ver se Lyon estava ocupado – O que é aquilo???


Ela pontuava cada palavra enquanto apontava.


- ri – Eu tenho bom gosto.


- Gente, ele é mais sarado que o Ivis.


- É! Com certeza!


As duas conversam um pouco e depois de Sci curtir com o avental rosa vai embora.


- As nove vejo você!


- Okay, miga!


A morena vai embora.


- O que ela queria?


- Chamar para ir a Ice. Vamos?


- Ice? Isso é uma boate?


- É. O Aniversário do Fuery é segunda, mas como vamos... – a palavra travou na garganta dela –


- Viajar!


- Isso. Resolveram comemorar hoje indo lá! Tem uns shows legais.


- Vamos. – ele olha para ela – Então, como vai minha torta?


- Muito bem.


- Você sabia que fica uma graça nesse avental?


- Vai te catar, Lyon! – pausa – E não pensa que eu esqueci que você só ganhou essa aposta porque eu estava entupida de vinho!


- Você perdeu no poker!


- Eu estava bêbada!! Você não podia ter feito isso comigo!


- Eu não ia conseguir que você cozinhasse sem uma aposta!


- Não mesmo! Agora deixa eu ir lá, se não meu bolo queima.


- Vai lá, Amélia!


- Você. Vai. Morrer.


- Eu também te amo, Riz.


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Riza estava terminando de se arrumar. Um vestido tomara que caia verde escuro, uma meia preta bordada, um sapato estupidamente alto, um sobretudo escuro e pesado, luvas e cachecol.


Apesar do frio, dentro da boate estaria mais quente.


- Posso entrar? – Lyon já estava na metade do quarto quando perguntou –


- Acho que pode... – ela olha para ele – Hum...


- O que foi?


- Pretinho básico?


Lyon estava com os cabelos presos como sempre, camisa gola alta e de mangas longas preta, calça preta e sapatos sociais.


- Ficou ruim?


- Não. Vamos então?


- Vamos.


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O lugar estava lotado. A fila virava o quarteirão, mas por sorte os rapazes tinham arranjado tudo, então Riza e Lyon entraram logo.


As luzes coloridas, fumaça, música alta... Era uma típica boate.


Em algumas elevações via-se dançarinas, não algo no sentido erótico, e também tinha alguns dançarinos.


- Interessante o lugar.


O ruivo caminhava com o braço em volta da cintura dela.


- Eu já tinha vindo aqui com o Ivis. Por falar nisso, você já foi vê-lo?


- E eu lá tenho cara de quem vai procurar um cara?


- Bobo! – ela dá um tapinha no ombro dele – Não foi vê-lo mesmo?


- Fui sim, a gente saiu aquele dia que eu sai sozinho.


- E ai?


- O Ivis não muda nunca... Continua um admirador da beleza feminina.


- E você é tão diferente...


- Riz, quando estou com você, é só você!


Os dois chegam perto da mesa onde já estava o resto do pessoal.


- Olá!


Os casacos já haviam sido deixados na chapelaria e por isso os rapazes estavam notando as curvas da loura.


- Oi Riza!


- Parabéns, Fuery! – ele entrega ao rapaz uma caixinha preta – É um relógio, não tive muito tempo de sair para olhar.


- Que nada! Sentem-se.


Não passou despercebido braço do ruivo na cintura dela. Na linguagem masculina aquilo era algo como: Já tem dono!


O lugar era agradável e depois de algumas bebidas todos já conversavam animadamente, sem citar a viagem, já tinham notado o quanto Riza ficava tensa e não levavam a mau, depois do que Maes falara dos pais dela, era compreensível que ela tivesse uma certa cisma.


Tudo ia muito bem até que...


- Então Fuery, quantos anos você ta fazendo?


- Vinte e quatro.


- Nossa a Riza é mais velha que você?


A loura lançou um olhar assassino para Lyon.


- Quem está perto dos trinta aqui é você Cowboy.


- Relaxa, Riz... É que eu achava que você era a mais nova.


- Calado você fica mais bonito, sabia?


Antes que a discussão continuasse, uma figura nova entra na rodinha.


- Lyon Yukimura? Sabia que não podia ser outro ruivo com uma loira tão bonita!


Lyon se levanta e os dois dão um abraço, daquele estilo bem masculino e depois Ivis abraçou Riza.


- Saem e nem chamam os amigos!! – a visão dele alcança Sci – Scieska!


A morena fica quase azul.


- Oi, Ivis.


O rapaz caminha até ela e depois de um abraço dá um selinho na bibliotecária.


- Dança comigo?


- Er... Claro.


Fuery fica azul, verde, roxo, amarelo, vermelho...


- Quando a defesa afrouxa, o zagueiro vai lá e faz gol!


Havoc fez piadinha.


- Ela é solteira e desimpedida, não tenho nada a ver com isso!!


- Lyon sussurra – Ciuminho ou é impressão minha?


- Complicados, querido.


- Vamos dançar??


- Vamos.


Os dois vão para a pista de dança e Maes que já estava de saída porque a pequena Elycia estava com um pouco de febre fala para o amigo.


- Nada que ela não queira e eu acho que ela não se opõe. Fui galera!


O moreno esticou o olhar para o casal que estava na pista de dança. O ruivo não olhava para os lados, sua atenção estava toda na mulher com quem dançava. Riam e podia ver que a boca dele sempre estava perto do ouvido dela, provavelmente falando alguma coisa.


Não sabia por que, mas aquilo não era legal.


Mas a gora d’água foi quando ela deu ao Yukimura um beijo, se é que aquilo poderia ser chamado de beijo, estavam quase se engolindo.


- Kami-sama!! Aquilo ali que é um beijo!


Um dos rapazes comentou.


- Gente e a Scieska sumiu!


- Co... Como assim?


- Você não está vendo ela na pista, está?


- Não, mais...


- Cara, ela e aquele ruivo...


- Tem uns caras muito sortudos. Tipo eu nunca tinha olhado muito para ela, mas cara ela ta com tudo em cima.


A essa altura, Fuery já estava a beira de um simcope. E Roy na pista de dança se atracando com uma morena.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Gente!!
Mais um cap para a galerinha que eu amo tanto!!
Kiss e comentem em!



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