Only You escrita por Daniela Miih


Capítulo 2
Bad idea


Notas iniciais do capítulo

HELLO!
Desculpem a demora para postar, mas olhem só, o 3º cap está quase pela metade. YAHO.

Enjoy ~



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É, e ele está aqui para te matar.

. . .

N’s Pov

On



– O-o quê? - Indagou ela, sem entender - Não, espere um pouco. O-o que... P-por quê ele iria querer algo assim?! O que ele faz aqui? O que você faz aqui?

– Prometo que te respondo isso. Depois. Não há tempo para perguntas agora. Primeiro, tenho que dar um jeito de te tirar daqui. - disse eu, segurando seus ombros.

– Mas... – implicou, aflita.

– Confie em mim dessa vez, ok? - pedi.



As orbes azuis brilhavam direcionadas a mim desconfiadamente, resisti ao impulso de me desviar de seu olhar, parecia uma junção do bruxulear de chamas azuis ou até mesmo um mar revolto, que iria tanto queimar como congelar, se é que isso era possível. Touko meneou com a cabeça, concordando em seguida.

Uma bola de fogo explodiu logo ao nosso lado despertando-me de meu transe. Protegi parte do rosto com o braço, quando uma nuvem de fumaça soprou por nós, resultado de uma evaporação rápida demais após o contato do fogo com a neve.

– Onda de calor, Hydreigon - pediu Ghetsis, a voz em um tom de como não se divertisse há séculos.

Uma onda de lava veio em nossa direção. Percebi uma sombra nos cobrindo, sombras da dupla de pokemons lendários que já posicionavam-se a nossa frente, interceptando o ataque.



Envolvi seu corpo esguio abraçando-a e invertendo as posições, protegendo seu corpo sob o meu atrás. A única coisa que realmente nos atingiu foi um vento quente e seco, resultado da explosão causada pelo choque dos ataques, agitando os galhos molhados de neve nas árvores atrás de nós e me impedindo de manter os olhos totalmente abertos para ao menos entender o que estava havendo ali.

– Cuidado - a voz de Zekrom ecoou em minha cabeça antes que nos empurrasse com a asa, impedindo e bloqueando o ataque que faria um grande estrago se nos atingisse diretamente.

Aterrissamos na neve fofa com uma baque surdo.

Senti meu rosto esquentar quando finalmente percebi em em que posição nos encontrávamos. Uma posição constrangedoramente agradável, até mais do que eu gostaria.

Eu deitado por cima dela.

Podia a sentir em contato comigo, através de algumas camadas de roupa, os traços e volumes do corpo evidentes de uma mulher. Suas feições, os lábios rosados a poucos centímetros dos meus, e os espessos e longos cílios negros em torno das obsidianas em um azul indescritível, já não tinham mais aqueles traços infantis, esta cedera espaço a delicadeza, cedera espaço à mulher.

Estava linda.

Agitei levemente a cabeça espantando aqueles pensamentos moralmente errados.

– Você está bem? - perguntei, sentindo meu rosto ainda corado.

Touko abriu os olhos de encontro aos meus, atordoada.

– Seu ombro! - disse preocupada

Segui seu olhar até parar onde vermelho tingia o tecido de meu casaco e parte da neve fofa, enfim sentindo o líquido quente e viscoso escorrendo pelo meu braço, e logo em seguida, a dor.

– Está tudo bem, é só um corte. Vamos, levante-se.

Levantei-me puxando-a comigo.

– Ora ora...

Puxei-a, de forma que ficasse protegida e escondida atrás de mim.

Minha mão sobre o ferimento no ombro. Fechei um olho por um instante. Obviamente o ferimento me incomodava mas eu não podia me dar ao luxo de demonstrar.

– N...

Senti sua pequena mão agarrada ao meu casaco.

– Não saia de atrás de mim.

– O príncipe protegendo a donzela em perigo. Que cena... Comovente... - disse Ghetsis em ironia, batendo palmas - Parece que passou a se importar com alguém além de si próprio, não é mesmo? - comentou teatralmente.

– Não diga besteiras, continuo o mesmo - eu disse.

– Repita até se convencer. Sempre foi um péssimo mentiroso.

– Diferente de você, não é mesmo? - desafiei.

– Ora. Nunca menti para você. Você apenas escolheu acreditar no que eu dizia e agir conforme eu queria que o fizesse. Um tolo facilmente influenciável. Nunca tive o mínimo trabalho para te fazer concordar, sempre foi uma perfeita marionete. Mas então você conheceu essa garota. E graças a ela, meu plano perfeito, foi arruinado. Tudo porque os sentimentos que você criou por ela o fizeram ficar cego para a verdade. Traiu sua família, sangue do seu sangue por uma mulher. Não passa de um aspirante a um traidor inútil e...



– Que direito você tem para dizer isso, kimochiwarui*? - indagou Touko saindo de trás de mim. Sua voz soando mais desafiadora como eu jamais tinha visto. Não como das vezes que discutimos, era mais séria. - O manipulou como queria, para fazer todo o trabalho sujo, apenas o usou para seus objetivos fúteis e egoístas. Tudo porque é covarde demais para arcar com as consequências de seus atos, sozinho.

– Mas que insolência! Falta-lhe educação e gentileza.

– Como se você realmente merecesse o mínimo de educação e gentileza. - retorquiu.

– Com quem pensa que está falando?

– Com um... Criminoso? - lançou-lhe um olhar de desprezo, sua voz em pura obviedade, cruzando os braços em frente ao peito.

Não pude evitar o leve riso ao observá-la posando da teimosia em pessoa que era.

Não sabia dizer se ela era corajosa demais, ou incrivelmente idiota de falar dessa forma com Ghetsis. Talvez seu senso de perigo estivesse meio distorcido, ou melhor dizendo, sempre foi. Já que no momento, ela estava defendendo alguém que provavelmente mal conhecia e que só trouxera problemas a ela.

Mas... de certa forma, não podia negar que eu realmente ficara feliz por aquilo.

– Aprenda a se portar, pirralha. Você é uma simples plebeia, e eu e N, o garoto atrás de você, pertencemos a realeza. Ponha-se no seu lugar.

– Sei me portar muito bem, velhote. Você apenas está sendo tratado do jeito que merece.

– Já me encheu demais, pirralha.

– Digo o mesmo para você, Ojii-san - resmungou de volta.

– Hydreigo...

– Touko? Onde você está? Se perdeu de novo?

Ouvi a voz abafada ao longe.

– Touya...

O temor em sua voz era evidente.

– Quem é Touya? - perguntei sem conseguir conter a curiosidade.

– Touya? - indagou com a sobrancelha erguida - Touya é meu otouto. Pensei que soubesse... - sussurrou visivelmente preocupada.

Ghetsis riu deliciado.

– Então esse que ouço, é seu irmãozinho?

– Você... Você não ousaria fazer nada a ele...

Touko grunhiu.

– Bem que gostaria, mas não, não por hora. - disse Ghetsis, dando de ombros desinteressadamente.

Touko cerrou os punhos.

– Não encoste um dedo em Touya, senão...

– Senão o que? O que você vai fazer? Você é só uma garotinha, fraca e indefesa. Preciso provar?

Sorriu lambendo os lábios maliciosamente.

Fechei as mãos em punho. Um sentimento recentemente apresentado a mim agitava meu estômago desagradavelmente. Coloquei a mão sobre sua cabeça, puxando-a para trás de mim novamente.

– Zekrom, ataque. - pedi.

– Ah... Não não! Receio que tenhamos de deixar essa batalha pra depois... Até logo, sobrinho querido, jovem donzela.

– Você não vai fugir.

– Tarde demais, tolinho. Até mais ver.

Uma bomba de fumaça explodiu entre nós, cegando-nos.

– Reshiram, ventania.

Disse Touko entre tossidas, a ventania que partia das asas de reshiram agitaram as árvores e seus galhos cobertos de neve, dispersando a fumaça.

– Vamos atrás dele, Zekrom.

Preparei-me para subir em seu dorso, sentindo a mão quente de encontro a minha, me impedindo.

Poderia simplesmente ignorar aquele ato e prosseguir, mas me sentia paralizado. Não conseguia, não podia...

O que diabos aquela garota havia feito comigo?

A garota está certa. Está ferido. E também, se começarmos a persegui-lo e perdermos ele de vista, ele pode retornar e encontrá-la como sozinha.

Só de pensar em algo assim, meu estômago se embrulhou, me causando náuseas.

Não podemos subestimá-lo, por mais que ela tenha uma guardiã como Reshiram ao lado dela. Prefiro não correr riscos, se é algo evitável.

Virei-me de frente para ela, me arrependendo logo que o fiz. Seus olhos brilhavam em um azul tão intenso que não sabia dizer se poderia olha-los o dia todo, ou fugir naquele momento.

Nós não éramos/somos algo além de meros conhecidos. Mas o mais engraçado como toda vez que nos encontrávamos, dávamos um jeito de achar alguma coisa, mesmo que mínima, para implicar um com o outro.

Eu era uma pessoa calma. Mas ela conseguia, dando ênfase ao conseguia, me tirar do sério.

– Touko? - ouvi a voz daquele que se chamava Touya cada vez mais próxima.

Touko pareceu despertar de algum tipo de transe, arregalando levemente os olhos.


Observei ela se atrapalhar com as palavras talvez tentando formular algum argumento válido.


Não pude evitar de rir.

Parei de rir por um momento apenas para vê-la brava, seu rosto levemente corado, talvez pela neve, ou quem sabe pela raiva.



Voltei a rir.



– Pare de rir de mim! - resmungou.

– Não estou rindo de você. Estou? - provoquei me fazendo de desentendido, sorrindo cínico.

– Não se faça de bobo - fez um bico, cruzando os braços - Baka. - resmungou emburrada.



Por que tinha de ser tão... Fofa?



Ah! Por favor, estamos falando da mesma Touko?


Era isso que acontecia. Quando eu a tinha por perto, eu ficava assim... Idiota.



Ao longe, um garoto muito parecido com Touko, a julgar pela distância saia em meio às árvores.



– Ah! Aí está você. Que barulhos foram esses agora pouco?... Hã... O que está havendo aqui? - perguntou desconfiadamente, olhando em volta.



Seu olhar seguiu para Touko, em seguida para mim.



– Ah, Touya - disse, ainda terminando de rir.



– O que ele faz aqui? - perguntou ligeiramente nervoso.



Correu até parar ao nosso lado.



– ah... Esse é N. Um ami... Conhecido de viagem. - disse Touko.

– Não foi isso que eu perguntei. O outro herói, líder da equipe plasma, o que ele faz aqui? - indagou Touya.



O olhar do irmão de Touko era dirigido a mim carregado de raiva.



– Touya... Como sabe disso? - perguntou Touko, insegura.

– RESPONDA! O QUE ELE FAZ AQUI? - perguntou Touya, dessa vez sua voz estava pelo menos umas 2 oitavas mais alta.



– Acalme-se, não há porque se exaltar desse jeito. - disse Touko, tentando amenizar o estado de espírito do caçula.

– Solte minha irmã! - exclamou Touya, tentando separar nossas mãos.

– Pare com isso. Qual é o problema? - disse Touko, apertando mais nossas mãos, me empurrando para trás dela.

– Qual é o problema?! Que pergunta idiota! Ele só nos trouxe sofrimento. Quase fez todos nós abandonarmos nossos amados pokémons. Ele é mau! - disse ele.

– Pare de afirmar coisas que não sabe. Quem fez isso foi Ghetsis, não N. Ghetsis o verdadeiro líder da equi...

– Pare! Ele só trouxe problemas para todos, principalmente para você. - exclamou Touya.



– Eu não vim aqui para isso. - Intervi a discussão dos dois.

– Se não veio para trazer problemas, Para que veio então? - indagou irritado.

– É complicado - tentei argumentar.

– Não venha com enrolações... - começou Touya

– Ele está aqui para me proteger, está bem? E não sei se sua ignorância está permitindo que enxergue, mas ele está machucado, por minha causa! - interrompeu Touko, perdendo a paciência - Ele é inocente!



– Inocente? Não me faça rir.



Observei-a revirar os olhos, puxando minha mão para segui-la, ignorando o irmão.



Turururu rurururu ~



– Touya! Onde vocês se meteram? Que demora! - disse a voz de dentro do aparelho.

– ah... Kaa-san... Ei! - reclamou Touya, quando Touko tomou-lhe o pokétch das mãos.



– Estamos voltando para casa. - avisou, desviando o aparelho da mãos do irmão.

– E por que a demora? - perguntou a voz que provavelmente deveria pertencer a mãe dos dois.

– Encontrei um... Amigo no caminho de casa... - respondeu Touko.



Touko sorriu para mim. Senti algo se aquecer no centro do meu peito, dentro de mim. Pergunto-me se era possível não retribui-la sorrindo também.

– Amigo?

Ficando de costas para Touya, impedindo que alcançasse o que ela segurava.



– Devolva! Estou falando sério - disse Touya.



– É. Ele pode vir em casa? - indagou Touko, ignorando o irmão.

– Claro, Quanto mais gente, melhor. Até vocês chegarem provavelmente eu já estarei em casa - respondeu a voz.

– Onde você está? - indagou Touko.

– Vim comprar umas coisas pa... - disse a voz sem que eu ouvisse tudo o que ela dizia.



– Hm... Hai. Matta, kaa-san.



O aparelhinho chiou antes de desligar a ligação.



Touko jogou-o de volta ao irmão, segurando minha mão para segui-la.



– Não o leve para casa. Ele não é confiável e muito menos, bem-vindo.

– É a minha casa também.

– JÁ DISSE QUE NÃO O QUERO LÁ!

– PARE COM ISSO! Está sendo mal-criado, agindo como uma criança mimada e egoísta! - disse Touko.



– Não é isso, e você sabe muito bem disso. Mesmo sendo a mais velha, fui eu quem sugou sua energia, fui eu quem tentou te expulsar. Se posso evitar que se exponha a riscos evitáveis, farei o que estiver ao meu alcance.



– Isso é uma lenda boba. Você não pode me proteger de tudo, Touya!



– Posso tentar! Só quero te proteger de algo obviamente perigoso. Ele não é inocente como pensa. Não há como confiar nele.



– E como você pode afirmar que ele é perigoso? Da forma que diz, parece estar insinuando então que não acredita no que digo.



– Não coloque palavras na minha boca. Nunca disse isso. E sim, que não confio nele. Não é porque Looker e Alder desmentiram e esclareceram que ele fora manipulado por Ghetsis que arquitetara todo o plano. Ele não é digno de confiança.



– Eu não me importo! Acredite ou desacredite no que quiser. Ele cometeu erros sim, e tem sua cota de arrependimentos. Mas se redimiu e não tem causado problemas nem pra mim nem pra ninguém. Eu confio nele e estou arcando com as consequências.



Touya olhou para mim novamente, carregado de ódio, e olhou para a irmã, visivelmente chateado.



– Arcar com as consequências? Certo, faça como quiser - resmungou Touya, antes de sair, deixando-nos para trás, sumindo pela trilha entre ás árvores.



– Desculpe por isso. - ela disse, levemente enrusbecida.



– Não há porque se desculpar. Ele só quer protegê-la. Lhe dou razão, já que trouxe problemas a todos, principalmente para você, é compreensível que ele não confie em mim...



– Ah, qual é a dessa cara preocupada? E essas palavras tranquilizadoras, hein? - provocou forçando um sorriso, dando uma leve cotovelada nas minhas costelas.

– É só estou tentando... - tentei argumentar.



Touko riu de leve.



– Arigatoou - agradeceu me surpreendendo. - Mas relaxa, está bem? Somos irmãos. Discutir um com o outro é tipo um passatempo. Nem sabemos ficar bravos um com o outro direito - deu de ombros.



Notei ela abrir a boca diversas vezes, talvez pensando no que mais falar para me convencer, desistindo e ficando em silêncio, suspirou olhando para baixo e soltando minha mão.



Senti falta do calor instantaneamente.



Touko levou a mão até o dorso de Reshiram, acariciando-a.



Então, é você?



– Eu...? - indaguei ao ouvir a voz de Reshiram ecoar em minha cabeça.



– Descanse, Reshiram - pediu Touko, Reshiram pousou a cabeça sobre seu ombro.



Até mais, herói sombrio.



Reshiram voltou a se compactar na pequena pedrinha, pousando na mão de Touko.



– Zekrom... Descanse também... - pedi ainda absorto demais com as palavras dirigidas a mim a pouco tempo. Nem notando quando Zekrom tornara a ser a pedrinha negra, pousando ao lado de Reshiram, nas mãos de Touko.



– Vamos, minha casa é por aqui - indicou o caminho por onde Touya passara alguns minutos atrás.



Ir a casa dela... Ideia ruim.



– Por que está parado aí? Vamos - chamou

– Acho que... Não é uma boa ideia.

– Deixe de implicar. Apenas venha - disse parando e vindo em minha direção.

– Touko... - argumentei - E-ei - reclamei em seguida, quando ela segurou minha mão me puxando para ir com ela.



Acelerei o passo até estar ao seu lado acompanhando-a. Ela permanecia em silêncio enquanto seguíamos pela trilha, ainda de mãos dadas.



Não sabia qual era o motivo para que continuássemos de mãos dadas.



Embora eu devesse, não conseguia me incomodar com isso. Afinal, não havia mesmo nenhum problema nisso. Havia?



Olhei-a de relance. Touko caminhava olhando fixamente para frente.



Agitei a cabeça. Depois eu pensaria sobre isso.



– O que seu irmão quis dizer com tentar de expulsar, roubar sua energia?



Perguntei quebrando o incomodo silêncio.



Touko me olhou por um momento antes de voltar a olhar para frente em um ponto fixo qualquer.



– É apenas uma lenda boba que cercam crianças que nascem gêmeas. Uma história longa e supersticiosa.



Olhava ao longe.



– Gostaria de ouvi-la.



Touko me dirigiu o olhar novamente.



– Diz a lenda que crianças não podem nascer de um mesmo ventre ao mesmo tempo. Enquanto um viver o outro não poderá fazer o mesmo. O mais fraco cederá às garras da morte, enquanto o mais forte fará de tudo para sobreviver, até mesmo sugar a energia vital do caçula. Um tratará o outro como um invasor. Basicamente, eu fui a invasora.



Ela suspirou antes de continuar, balançando nossas mãos.



– E nasci enfraquecida. Sobrevivi graças a ter nascido primeiro. Mesmo assim não foi muito fácil, não nasci exatamente saudável. Quando criança, não podia fazer esforço físico demais. Como minha saúde nunca foi boa, adoentava-me com frequência. Médicos constantemente diziam a minha mãe que eu não deveria me arriscar em uma aventura pokémon, que o melhor seria que eu não corresse riscos. Desde então sempre fui tratada como se fosse frágil que quebraria ao minimo toque. Meu irmão acredita que agindo dessa forma, se redimiria de algo que ele nem tem culpa. É realmente um baka.



Sorriu tristemente.



Não sabia de nada disso.



Mas como eu deveria saber também? Não passávamos de estranhos que se cruzavam, vez ou outra.



– Desculpe ter feito você brigar com ele. - eu repeti, culpado.

– Não seja bobo. Já disse que a culpa não é sua.



A nevasca começou repentinamente, pegando-nos no meio do caminho. Continuamos andando, um pouco mais devagar agora já que a neve me impedia de enxergar uma palma em frente ao rosto com certeza.



Após alguns minutos, pude avistar logo ao lado, a placa indicando que havíamos chegado aos limites da cidade.



– Chegamos. - avisou parando em frente a uma das poucas casas da cidade.



Olhei para a casa.



Com toda certeza era menor que o meu palácio, mas era grande se comparada às casas tradicionais da cidade. Uma casa em estilo ocidental de alvenaria na cor azul. No telhado coberto de neve, via-se a chaminé de onde a fumaça saia indicando a lareira acesa para garantir provavelmente que a casa permanecesse quente.



Touko seguiu em frente soltando minha mão, que até então, já havia esquecido que estava com a dela.



– Acho que não tem ninguém em casa



Se antes a ideia de ir a casa dela, já me parecia ruim...

Agora era péssima.

To be continued...


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Notas finais do capítulo

Kimochiwarui* - Maldito, Desgraçado, Nojento, etc.
Hi minna-san! Genki?

Elogios, dúvidas, sugestões, reclamações?
Review, review, review

Esse último eu dispenso. Cof cof' parei.

Recomendation?

Ty por lerem.

Matta ne. Õ/