The Angels Also Love Forever escrita por Bella Guerriero


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Um começo sombrio para uma história complicada...



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–Você não pode fazer isso... - Disse o Altíssimo para o inimigo escondido nas trevas.

O ser se aproximou dele, agachado envolto das sombras que o cercavam, aproximando seus lábios de seus ouvidos, proferindo, cuidadosamente, as palavras que não deixaria o mundo ter conhecimento.

–Eu não só posso como fiz. - Sussurrou ele.

E, enquanto A Sombra lhe dava o seu desejo, Ele viu o Sol nascer na Terra, iluminando a ponta da montanha de Inhaé, porém, algo em seu topo fez os raios brilharem ainda mais fortes, refletindo por todo o mundo um novo dia estava se iniciando...

Uma Nova Era.

Ele se parecia com a ponta de um diamante, espalhando seus raios quentes por todos os lados, fazendo um pequeno arco-íris, quase que impossível aos olhos humanos, nascer. Um arco-íris negro e de repúdio desconhecido.

“Este é o fim do sétimo dia...” Pensou o Altíssimo olhando sua obra. ”E eu juro a vocês filhos, que o alto desta montanha só se iluminará novamente quando tudo for consumado...”

O sol se elevou nas nuvens, passando seu tom rosa damasco para uma chama no horizonte, uma chama de cores amarelas e laranjas de tons tão diferenciados, incapazes de se contar. A lua ia sumindo ao Oeste com o azul celeste do céu destacando sua brancura indecifrável.

“E ai vocês terão a sua Esperança...”

Gabriel estava sentado na beira de uma nuvem ao leste da Nova Zelândia, vendo o nascer do Sol que, com o passar dos séculos, já não possuia mais aquela luz tão inebriante, capaz de fazer seus olhos arderem com vontade de chorar, como se alguém tivesse jogado enxofre neles, mas sua cor laranja ainda reinava nas bordas daquela grande pintura que é o planeta Terra, mesclando-se com o azul cobalto do céu.

Um novo dia surgia, porém, se pareciam iguais há muito tempo.

A Terra, atualmente, estava um caos.

Ele quase não tinha tempo para ver as belezas que o Pai criou, pois sempre tinha que ir salvar um ser humano que corria perigo, exercendo o trabalho que havia lhe herdado.

Apesar de ter seus “subordinados”, Gabriel tinha gosto pelo que fazia, mesmo se sentindo exausto, as vezes. Ele não achava correto deixar todo o trabalho duro nas mãos dos anjos-espíritos – anjos provindos de espíritos humanos que haviam morrido, porém devido a dor angustiante que tinham por terem deixado quem mais amavam para trás, o Criador decidiu os fazer de Anjos protetores, ou como no plano mundano eram chamados, Anjos da Guarda de seus familiares amados- e gostava do que fazia ,se sentia realizado quando conseguia salvar um recém-nascido no útero da própria mãe, crianças que atravessam a rua sem olhar ou adultos que são colocados em risco.

Mas apesar de tudo, ele ainda encontrava um pequeno momento, diariamente, para ver o arrebol e o crepúsculo dos dias se lembrando de cada história que o Criador contara aos Anjos e Arcanjos. De como ele criou o mundo e como ele ficou ao ver o primeiro raio de Sol nascer no horizonte e as lágrimas que derramou quando viu sua criação humana pisar na Terra, criando então a chuva.

Essas histórias alimentavam o desejo de Gabriel a continuar seu trabalho e fazer parte, de alguma forma, da Criação de seu Pai... Tentando se tornar um deles.

–Vendo mais uma vez a grande ilusão, Gabriel? - Indagou Uziel chegando devagar, perto do irmão, com um sorriso maroto nos lábios.

–Só estava vendo o sol nascer no plano mundano. - Respondeu com indiferença enquanto Uziel se sentava ao seu lado.

–Mas por que aqui? – Perguntou Uziel com receio da resposta, mesmo sabendo que ela nunca viria.

–Eu não sei, parece que é um dos lugares mais calmos da Terra.

–Realmente... Todo o resto parece contaminado com aquelas coisas acinzentadas que insultam os céus... Como é mesmo o nome...?-Perguntou-se em voz alta Uziel estreitando os olhos cor de mel tentando puxar das lembranças o objeto.

–Os carros?-Respondeu com ironia Gabriel.

–Não me condene ,irmão. – Prosseguiu dando um soco fraco no ombro do caçula. - Eu passo todo o tempo no Céu, sou um anjo guerreiro. Você é um Arcanjo protetor que conhece cada mísero pedaço de terra dessa imensidão. - Indicou com a cabeça o mundo.

–Realmente...- Gabriel começou a olhar a imensidão do mar que se estendia e focou seu olhar aguçado no quase fim do oceano, vendo onde céu e mar, dois lugares opostos quase se tocavam imaginando o que aconteceria se, um dia, fizessem o menor contato. - Mas eu ainda tenho muito o que viver... E o que aprender. - Abriu suas asas protetoras jogando-se da nuvem, dando inicio a uma queda livre.

Ao se aproximar da água, planou e sobrevoou a costa sentindo o vento úmido inundar seu rosto.

Uziel, agora sentado sozinho, sentiu a mesma brisa no rosto fazendo-o se encolher e abraçar uma das pernas.

Aquela brisa lhe era muito conhecida dos tempos remotos, antes mesmo até de Gabriel ser criado, aproximando-se cada vez mais depressa.


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Notas finais do capítulo

A história se mescla com o poder do Armagedom de como ele é diferente de tudo o que nós acreditados e de como grandes decisões podem ser dadas a pessoas que parecem tão infamas, mas que na verdade trazem um grande poder...



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