Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 79
Não há motivos para se orgulhar, John.


Notas iniciais do capítulo

Ok gente, por favor, não pesquisem onde fica a minha casa para me matar!!
Atenciosamente, nem querida muito menos amada Sofia.



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- Tudo bem - diz Brandon em uma respiração funda e o sono estampado em todo o seu rosto. Duas noites sem dormir. Isto igualou todos nós. Nenhum de nós dormiu absolutamente nada desde que Shannon foi para a casa de John e ninguém ousou reclamar, até porque as coisas vão ficar bem ruins - se não posso dizer péssimas - quando Shannon descobrir que seu vagabundo agora é um bicho e quer - literalmente - comê-la. - Esperamos que funcione.

Encaro o relógio.

Bem, se isto funcionar, até o final do dia, Nathan ainda estará dormindo e sua pele não estará em tons de verde misturado com um cinza frio.

Engulo em seco e aguardamos.

Bato na porta, socando-a e gritando para Shannon.

- Mas que droga - Ela abre a porta e eu a encaro. - Tudo bem, aquilo não foi exatamente para você.

- Tá - digo revirando os olhos. - Vamos voltar. Agora... Eu precisava falar com o John.

- John? - Ela volta para dentro da casa, na direção da sala e eu suspiro, colocando as mãos sobre as coxas e esfregando as calças com algumas manchas de líquidos do laboratório que Brandon derrubou em mim, mas como eu tinha trabalho a fazer, continuei com ela no meu corpo e agora a mancha não irá sair mais.

Sinto minha pele de meus ombros queimar debaixo deste sol, mesmo que eu pensasse estar na sombra.

- Oi - John sorri, beijando o topo da cabeça de Shannon, antes de deixá-la passar na direção do carro e esboçar um sorriso novamente, mas agora direcionado a mim, pelo menos no meu ponto de vista, sem sentido algum. - Eu estou realmente org...

- John, - digo e suspiro. - Eujuroque tentamos. Ninguém dormiu absolutamentenadae conseguimos uma vacina, mas...

Não preciso dizer mais nada.

Seu suspiro mostra quer eleentendeu o que eu quis dizer.

- Bem... - Ele pigarreira, passando as mãos nos cabelos grisalhos e me encarando novamente. - Fico feliz que tenham resolvido as contas. - Ele esboça um sorriso, e embora ele chame Nathan detudomenos defilho,Nathanéo filho dele.

- Vamos continuar tentando.

- Pode funcionar, embora... - Ele suspira. - Eu vou procurar mais papeis aqui e mando pela Meg.

- Ótimo - digo esboçando um sorriso, mesmo nãoquerendosorrir.

- Brook! - Shannon abre a porta do carro e me encara, ansiosa para ver seu lindo namorado. Curado da gripe e sorrindo para ela.

Suspiro mais uma vez, andando na direção do carro batendo a porta depoisn que entro.

- Tudo bem? - pergunta ela, segurando a mochila sobre o colo.

Suspiro e concordo com a cabeça, mesmo que a imagem de sua cara de horror quando o vir me horrorize.

Respiro devagar, tentando conter meu estômago se embrulhando ao olha para ela e chamar Nathan de toedas as piores coisas possíveis por deixar a responsabilidade de dizerQuerida, eu tenho apenas três dias de vidapara outra pessoa, quandoelepoderia ter dito e tornado as coisas mil vezes mais fáceis.

Mas é claro, ele não poderia falar.

- Passou o portão - diz Shannon e eu freio o carro, piscando algumas vezes e dando ré para entrar no portão. - Brook? Aconteceu alguma coisa com o B?

Não com oB.

Suspiro e dirijo rápido até a casa que agora serve de laboratório e puxo a chave da ignição.

- Que lugar é este? - pergunta ela deixando a mochila no banco do carro de Nate, andando comigo até a porta.

Soco-a algumas vezes, até que Brandon a abre, com os cabelos desgrenhados e uma xícara de café nas mãos.

- Ah, oi - Ele encara Shannon e suspira. - Oi Shan.

- O que houve? - pergunta ela. - E o que exatamente eu estou fazendo aqui?

**

- Oi Nate. - digo encarando seu estado pior do que terrível e sorrio. - Vamos fazer você dormir, está bem?

- O que? - grita ele. - Conseguiram?

Concordo com a cabeça e sorrio.

Ele fica boquiaberto, sorrindo mais do que já o vi sorrir.

- Não vai ser a última vez que eu vi a Shan - Ele murmura. - Vocês são demais.

- É. - Encolho os ombros e suspiro. - Mas pode ter alguns efeitos colaterais e não queremos que você quebre o laboratório, por isso preciso levar você lá e deixar você em um quadrado de vidro.

- Como é que é? - Ele diz, ainda sorrindo mas com os olhos estreitos.

- Acontece que... Pode ser que não funcione e ainda podemos pegar a doença de você e... Além do mais, é bastante grande e você estará dormindo! Que diferença faz?

- Tudo bem! - diz ele rindo e se levantando. - Você está certa.

- Está dizendo isto apenas porque descobrimos a cura e ficamos dois dias inteiros trabalhando nisso? - Arqueio as sobrancelhas, encarando seu jeito desengonçado de andar até a porta. - Quem diria que você é o cara que come um montão de prostitutas, o filho do John, já foi parecido com ele, era bonito e fez a Shannon ficar com você?

- Eu estou tentando ser legal, mas se você começar não vai dar, Brook. - Ele se vira, mas volta a andar na pelo corredor e pelo refeitório - que por mais estranho que pareça - está vazio. 

- Conseguiram deixar a Shan lá?

- É, - digo rindo, esperando realmente que ela viesse para cá. - Parece que ela tinha mesmo o que fazer na casa do seu pai... - Ele olha para trás, encarando meus olhos com uma expressão séria e umedecendo os lábios. - Eu não quis dizer isto. Seu pai é gostoso e tal... - Ele arqueia as sobrancelhas. - Cala a boca.

- Eu não disse merda nenhuma. Aliás, quem dissemerdafoi você - Ele arqueia as sobrancelhas.

- Se você não falasse isso, ia pensar que você não sabe que a Meg está com o seu pai e a Shannon é maluca por você.

Ele se vira, não conseguindo conter um sorriso.

**

Eu e Brandon nos entreolhamos e entramos na sala, encarando a cortina preta que cobre a imensa jaula de vidro grosso.

- Seria normal perguntar o que tem atrás da cortina? - pergunta ela.

- Nathan - diz Brandon ainda encarando meus olhos.

- Porqueele está atrás da cortina? - Ela arqueia as sobrancelhas e fecho os olhos quando Brandon anda na direção das cordas da cortina escura, apagando as luzes e acendendo as mais claras.

Ele me encara mais uma vez, antes de puxar as cordas e Shannon começar a gritar.

Entre lágrimas.

Eu e ele nos entreolhamos, enquanto ele esfrega o rosto, respirando fundo e soltando o ar pela boca.


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Notas finais do capítulo

Amo muito todos vocês
Beijos
Não me matem



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