Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 67
Tranque a porta, John.


Notas iniciais do capítulo

Bem. Agora deu certo e á escrevi dois capts pq esse tinha ficado bem grande ai eu dividi.



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Bato o pé impaciente no chão.

- Ele está lá. John não vai deixar o próprio filho se matar. - diz Brook e arregala os olhos para Meg. - Deixaria?

- Não. - Meg suspira. - Está tudo bem ok? O máximo que vai acontecer é Nathan querer ficar lá. 

- Ah, ótimo. - digo sarcasticamente e suspiro.

- Olha, não que eu esteja incomodado, mas... - Brandon me encara. - Não é melhor tirar esse pijama?

- Me chamem se eles ligarem. 

Ando na direção do quarto e troco de roupa o mais rápido possível. 

Ando para a sala de Meg e ela está com o telefone no ouvido.

- Nathan. Não é melhor você voltar? - diz ela.

- Eu disse para que... - Brandon tapa minha boca. - Me solta!

- Tem certeza que não quer falar com ela?

**

- Ela não vai querer falar comigo. - digo esfregando um dos olhos, sentindo a terceira seringa em meu braço.

- É, eu acho que você está errado.

- Ok. Não quero. - digo, mesmo sabendo que quero pedir desculpas. Mas não é o certo a fazer. Eu vou acabar gritando com ela novamente em algum dia e ela vai pensar que não me importo. 

- Fale com ela. - diz meu pai injetando a vacina. - Eu estou mandando.

- Não. Você não manda mais em mim. - digo e suspiro. - Não deixe ela vir aqui ok? 

- Vai fugir dela? - diz Brook. - Olha aqui. Você é um idiota sabia? 

- Oi para você também. - reviro os olhos.

- Cale a boca! Brandon está segurando ela para que ela não avance em mim e arranque o telefone da minha mão. 

- Me solta! - grita Shannon no fundo.

- Mande ele não soltar! - grito. - Brookly. Você não entende.

- Acha que não escuto suas tosses? - Ela pergunta. - Ela não se importa ok? Ninguém se importa. Mas parece que você não se importa em deixar isso aqui um caos porque não consegue pedir desculpas.

- Não é por isso. - digo. - Eu não vou pedir desculpas. Até porque não quero ficar perto dela.

- Ela estava escutando. - diz Brook. - Agora se explique ou vai achar que você é a pior pessoa do mundo.

- Se fizer ela ficar longe. - desligo o telefone e suspiro.

John se levanta e me encara de braços cruzados. 

- O que foi? - Ele balança a cabeça. - Pensei que tivesse discalculia, não que era retardado. - Ele pega o telefone de minha mão e segura uma seringa. - Ligue para ela. 

- Não. - digo encarando seus olhos. - Não vou ligar. 

Ele suspira e estreita os olhos.

- Você vai me odiar pelos próximos dos minutos, mas vai me agradecer pelo resto da sua vida. - Ele finca meu braço com a seringa e injeta o líquido amarelado.

- O que é isso? - pergunto começando a ficar com a vista embaçada. - O que você fez?

- Sedativo. Vai escutar e ver tudo, mas não vai conseguir correr pelos próximos trinta minutos, que é o caminho certo para Shan chegar aqui a partir do momento em que eu ligar.

Estico o braço na direção de sua mão e agarro o telefone, ficando em pé, mas parando de sentir minhas pernas e caindo no chão. 

- Pare. - Ele segura meus braços e me joga no sofá. - Vai acabar se machucando.

- Ótimo. - digo e apoio as mãos ao lado das pernas, sem ao menos sentir as duas coisas. 

Me jogo contra a parede mais próxima e praticamente cravo os dedos dentro da parede.

- Senta no sofá. - Ele me encara bravo, com o telefone no ouvido. - Olha aqui. Pare de chorar. Eu já confundi você com um prostituta e agora só imagino uma criança de nove anos. Se quer acreditar nas idiotices que Nathan acabou de dizer eu vou trazer uma prostituta de verdade aqui e ele vai ver o que é bom para a tosse.     

Começo a rir, encostado a parede.

- Cala a boca. - digo.

- Engula o choro e venha até aqui. - diz ele grosso. 

- Pare de gritar com ela. - digo sonolento, mas piscando várias vezes para continuar acordado e não cair no chão, porque tenho certeza que continuarei lá. 

- Pode trazer até a Catarina! Só venha agora. - Ele ri. - Ele é um vagabundo. Vai ter que se acostumar. 

Ele desliga o telefone.

- Vai ficar ai? 

- Vou. - digo concordando com a cabeça e tentando andar na direção da cozinha, caindo e batendo a cabeça na geladeira.

- Viu o que você faz? Você é igual a mim. Idiota. - Ele me levanta eme joga no sofá. - Se você se você se levantar e cair, vai ficar no chão. 

- Não deixe ela entrar. - digo tentando encara-lo, mas vejo somente uma sombra. - Por favor.

- Você não a quer junto de você.

- Quero. - digo mais em um gemido do que em palavras.

- Então. 

- Mas não vai ser bom. - digo me mexendo um pouco no sofá. - Por favor. 

- Aprenda. - Ele segura meu queixo. - Se uma mulher quer entrar na casa, não tranque a porta.

- Não quero aprender. Tranque a porta. - digo quase não conseguindo mais enxergá-lo. - Tranque a porta.

**

- Vamos. - Brandon puxa meu braço e Brook vem em nossa direção. - Temos trinta minutos para chegar lá e Nathan vai estar acordando. 

- John sedou ele? - Brook começa a rir e entramos na camionete vermelha. - Ele gosta mesmo de você. - Ela coloca a cabeça para fora da janela. - Vem Meg! 

- Não! - grita ela. - Depois eu falo com ele.

- A gente trás ele! - Brandon fecha o vidro e começa a dirigir pela estrada. - Ok. Eu sei como chegar. Mais ou menos. 

- Conseguimos chegar em trinta minutos?

- Nathan conseguiu em cinco. - Brandon começa a dirigir mais rápido.

- Se você bater, a gente vai correndo e eu vou dar um chute em você.

- Querem chegar ou não? - Ele grita.

**

– Shannon. Eu não tenho tempo para seus lamentos sobre Abraham. - grito socando a porta, mesmo sabendo que fazer isso todos os dias não vai ajudar nada. 

- Já vou! - diz ela em um grunhido,fechando a torneira. Ela abre a porta, enrolada em uma toalha e me encarando. 

– Achei que havia se afogado. - murmuro entrando no banheiro e fechando a porta com força.

Tomo banho e me encaro no espelho. 

Cabelos desgrenhados, barba por fazer e os mesmos olhos azuis esverdeados que me dão nojo.

Penso se não era melhor cortar logo o cabelo, mas logo desisto.

Saio do banheiro e espero mais ou menos um minuto e entro no quarto, vendo Shannon sem uma blusa.

Ela me encara com vontade de me socar - como em todos os dias. 

Ela encara meu abdômen e forço para calar minha boca, mas não tem como.  

– Admirando a paisagem? - pergunto.

– Já ouviu falar em privacidade? - pergunta ela de braços cruzados.

– Já ouviu falar em blusa? - pergunto, cruzando os braços e rindo quando ela se encolhe. Tiro uma blusa de cima da cadeira e jogo em sua direção.

Ela coloca a blusa e sai do quarto com uma escova de cabelos na mão, me deixando rindo sozinho.

Ela é a irmã de Abe, mas de qualquer jeito e por mais idiota que pareça, sou apaixonado por ela.

Não me importa o quanto ela grite comigo. Não importa o quanto sei que ela me odeia por tudo o que faço e por tudo que falo.

**

Começo a beijar o rosto de Brandon antes de pular do carro e quase cair em uma poça de lama na frente da casa.

- Um obrigada seria suficiente. - diz ele com a cabeça para fora do carro.

Começo a rir e bato na porta. 

**

Ouço alguém bater na porta.

Ouço John se levantar e andar até ela.

Levanto meu braço, mesmo não enxergando nada. 

- Tranque. - digo, mais pensando em falar do que tendo a certeza de que falei isso. John começa a rir, supostamente entendendo o que quis dizer, mas não dando atenção.

- Meia hora. - diz ele. - Não se preocupe. Vai ter "energia" daqui á dois minutos. - Ele começa a rir e eu reviro os olhos começando a enxergar alguma coisa. Bem, na verdade uma pessoa vindo em minha direção.

- Vai embora. - digo, mesmo sabendo que é o contrário do que eu penso.

Ela balança a cabeça e se senta ao meu lado, beijando-me sem se tocar que estou totalmente sedado.

- Pare. - digo empurrando-a.

- Estou sinceramente achando que você é gay. - diz John. Shan segura uma almofada do chão e atira em John. - Shan.

- Cala a boca. - digo com a devida visão que eu estava a meia hora atrás.

- Você é um idiota. - diz ela mordendo meu lábio com força.

- Ai. - digo rindo.

- Era para doer. - diz ela enquanto me viro e fico sobre ela.

- Desculpa. - digo e encaro seus olhos. 

**

Nathan me encara e eu tento não chorar. 

Já sei que teremos que ter uma conversa séria e todos vão ter que estar aqui.


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Notas finais do capítulo

Nathan sedado, não dança que nem a Shan, mas continua sendo top



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