Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
Ok. Por hoje (de noite) já chega.
Espero que gostem desse capt e acho q tem gente que não vai mais querer me matar.
- Para! - grita ela segurando a própria perna. Puxo a agulha de volta o mais devagar possível. - Eu desisto. - diz ela com lágrimas nos olhos. - Eu desisto.
Cale a boca.
- Não dá. - diz ela girando o corpo na direção da porta.
Cale a boca.
- Não. - digo andando ajoelhado até ala, abraçando-a por trás. - Não diga isso.
- Mas é verdade. - diz ela com lágrimas caindo em seu colo. - Sabe disso.
Cala a boca.
- Não. Não é verdade. - digo segurando seus ombros e encarando a parte de trás de seu sutiã rosa e preto xadrez. - Eu... - Suspiro. - Eu tenho um jeito de fazer você não sentir dor.
Ela olha para trás e me encara.
- Tem?
- Tenho. - digo concordando com a cabeça e fechando os olhos por um momento. - Mas você não vai gostar.
- Eu vou sobreviver? - pergunta ela revirando os olhos.
Sorrio e me levanto, andando na direção das prateleiras de licores e pego o mais forte.
- Pronto. - digo deixando a garrafa aberta á frente de suas pernas cruzadas. Ela me encara e levanta a garrafa, me entregando-a.
- Te vejo no subsolo Nathan. - diz ela sorrindo.
- Eu disse que você não ia gostar. - digo encarando sua cabeça. - Mas fará você sobreviver. E melhor, você não vai sentir dor.
- Quem me garante que estarei segura inconsciente?
- Acha que eu faria alguma coisa enquanto você está desmaiada de tão bêbada? - pergunto deixando a garrafa no chão. - Eu seria capaz disso?
Ela olha para cima, encarando meu rosto e ri.
- Acho.
- Olha aqui, se eu quisesse fazer alguma coisa... Você não seria mais virgem á dois anos.
Ela me encara e arregala os olhos.
- Eu não brinco. - digo de braços cruzados.
Ela arranca a garrafa de minha mão, bebendo goles e ais goles como se aquilo fosse água.
- Vai devagar. - digo puxando a garrafa de sua mão, mas ela estapeia meu braço.
- Quem vai ser costurado sou eu, não você então cala a boca e espere até que eu durma. - Ela bebe mais um monte de goles e eu me sento encostado aos barris, rindo e esperando até que ela fique bêbada.
**
Continuo bebendo da garrafa e encarando-o me olhar. Coloco a garrafa praticamente vazia ao meu lado e o encaro.
- O que foi? - pergunta ele.
Começo a ficar meio tonta.
- Você vai se divertir, não vai? - pergunto com a garrafa na mão.
Ele ri e coloca a cabeça para trás.
- Com certeza. - Ele estica a mão na direção da garrafa de minha mão.
- Não. - digo puxando-a para trás. - Minha garrafa. Meu remédio.
Ele solta uma risada e segura meu braço, tirando a garrafa de minha mão e tomando um gole.
- Pronto, pode ficar com o resto.
Encaro a garrafa com somente um gole restando e o encaro.
- Acho que vou precisar de mais.
- Acho que se te der mais, você vai começar a dançar.
Ele se levanta e anda até a prateleira de licores.
- Você vai e divertir me vendo dançar.
Ele volta com mais duas garrafas e abre uma delas.
- Por isso estou te dando mais.
Ele sorri e me entrega a garrafa.
Continuo bebendo até enxergar o pai de Nathan.
- Oi John. - digo rindo totalmente tonta.
Eles riem e seguram uma caixa.
- Meu pai não está aqui. - dizem eles. - Só eu.
- Tem certeza? - pergunto bebendo mais um gole. - Eu estou vendo você e - Soluço. - seu pai. Johanna.
- John. - Ele ri, jogando algo ardido em minha perna.
- Ai! - grito. - Seu idiota! Isso dói!
Ele ri e esfrega algum pano em minha perna.
**
Depois de terminar a segunda garrafa, meu trabalho de cirurgião foi embalado pelas músicas infantis que Shan conseguia se lembrar.
Agora ela canta música do alfabeto pela terceira vez, me fazendo rir a cada vez.
- Nathan. - diz ela me observando fincar sua pele, sem sentir nenhuma dor.
- Shannon. - digo sorrindo.
- Você é bonito sabia? - diz ela com uma voz sonolenta.
Sorrio e a encaro.
- Você também é. - digo fincando sua pele mais uma vez, passando a linha e puxando-a para fechar parte da ferida. O sangue dela está em minhas mãos, mas desde que ela não sinta dor, eu não me importo.
Furo sua carne pela - espero que sim - última vez e olho para ela. Puxo a linha devagar, dando um nó e cortando a linha preta, jogando a agulha dentro da caixa branca, manchando-a onde ela bate.
- Pronto Shan. - digo me inclinando em sua direção para tirá-la desta parte ensanguentada do chão. Coloco um dos braços em sus costas.
- Nate. - diz ela envolvendo os braços em meus pescoço, fechando os olhos e encostando a cabeça em meu peito.
- Sim? - pergunto.
- Eu te amo. - diz ela um tanto baixo demais, mas alto suficiente para que eu possa ouvi-la.
- Eu também te amo Shan.
**
Sinto o calor de Shannon em meus braços.
Ela não disse uma palavra até agora, mas está respirando.
Vendo-a bêbada e tento que cuidar dela, lembro-me de quando ela teve que cuidar de mim quando eu estava bêbado.
**
Pelo jeito, Nathan está abraçado em mim.
Minha perna - assim como o resto de meu corpo - está dormente, e eu não sinto mais a dor de minha coxa. Abro os olhos e vejo três garrafas de licor derramada, mas vazias.
Minha cabeça gira e eu não sinto a menor vontade de me levantar.
Fecho novamente os olhos e me lembro de quando Nathan veio bêbado para casa.
- Shan! - A porta se abre e se fecha em um baque. Um vidro é quebrado.
Abro os olhos e encaro o teto, revirando os olhos. - Shan!
Ando até a sala e cruzo os braços,encarando-o.
- Oi. - diz ele.
- Achei que tinha morrido.
- Eu sou imortal! - grita ele bebendo mais um gole de cerveja.
- Não, você não é imortal. - digo. - Vai dormir Nathan
- Eu quero dizer uma coisa para voc... - Ele se disiquilibra.
- Você. - completo sem paciência.
- Isso. - diz ele rindo. - O que eu queria dizer mesmo?
- Tchau Nathan. - Ando de volta para meu quarto, mas sinto algo ser jogado em minhas costas e sinto-as sangrando. O encaro. - Você...
Ele me encara assustado, mas logo desaba no chão.
Minhas costas continuam doendo e sinto minha blusa ficar totalmente ensopada de sangue.
É. Ele atirou uma garrafa de cerveja em minhas costas.
Ando até ele, tentando não gritar de dor.
Levanto-o do chão e o jogo no sofá.
- Você é um idiota sabia? - digo, sabendo que ele não irá escutar. - Você é um grande idiota. Espero que saiba o que fez de manhã. Ah não, você não se importa comigo. Não é mesmo? - Jogo a coberta de lã por cima dele. - Vagabundo.
Ando até meu quarto e tiro a blusa do pijama, olhando minhas costas pelo espelho, vendo os arranhões e cortes feitos pelo vidro.
Entro novamente no chuveiro e sinto minhas costas arderem.
**
Encaro meu prato ao ouvir a porta se abrir.
Escuto-o pigarrear e se encostar na porta.
- Desculpa. - diz ele. - Eu não quis atirar uma garrafa em você.
Encaro a parede e tento não olhar para ele.
- Shan. - diz ele. - Eu pedi desculpas.
Continuo em silêncio, encarando a parede.
- Shannon. - repete ele vindo em minha direção. - Eu peço desculpas. - Ele segura meu braço.
O balanço, fazendo-o me soltar.
- Se me tocar de novo, eu cravo uma faca na sua garganta. - digo encarando seus olhos azuis.
- Eu só vim pedir desculpas. Qual o seu problema?
- Você é meu problema! - grito. - Você chegou no meio da noite, me acordou, disse que queria falar alguma coisa, mas obviamente você estava bêbado e diria alguma coisa indecente ou simplesmente vomitaria, eu andei na direção do quarto e você simplesmente atirou uma garrafa de cerveja em mim. Me diz, você quer que eu aceite suas desculpas?
- Como eu fui parar no sofá? - pergunta ele me encarando.
- Eu o coloquei lá. Eu alguma vez já deixei você desacordado no chão? Ou atirei uma garrafa em você?
Ele suspira e encara meus olhos.
- Quer mesmo que eu aceite depois disso?
Passo por ele na sala, mas ele segura meu braço e levanta minha blusa na parte de trás, vendo os cortes.
- Você é louco? - grito empurrando-o contra a parede, com uma faca encostada em seu pescoço. - Não me toque.
- Eu não vou fazer nada. - diz ele me encarando.
- Então não encoste um dedo em mim.
- Eu só quero ajudar.
- Não você não quer. Você só quer salvar sua pele.
- Eu já pedi desculpas, ok? O que mais você quer que eu faça para que você pare com essa idiotice?
- Traga Abe de volta. - digo encarando seus olhos azuis.
Ele solta uma risada.
- Algo possível.
- Cale a boca. - digo indo na direção do quarto.
Sim. Foi para este mesmo homem que eu disse eu te amo á algumas horas.
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Shatan 4 ever meus queridos. Shatan 4ever ♥