Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 43
É isso que eu quero. Quero que você cale a boca.


Notas iniciais do capítulo

Ok. Por hoje (de noite) já chega.
Espero que gostem desse capt e acho q tem gente que não vai mais querer me matar.



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- Para! - grita ela segurando a própria perna. Puxo a agulha de volta o mais devagar possível. - Eu desisto. - diz ela com lágrimas nos olhos. - Eu desisto.

Cale a boca.

- Não dá. - diz ela girando o corpo na direção da porta.

Cale a boca.

Não. - digo andando ajoelhado até ala, abraçando-a por trás. - Não diga isso.

- Mas é verdade. - diz ela com lágrimas caindo em seu colo. - Sabe disso. 

Cala a boca. 

- Não. Não é verdade. - digo segurando seus ombros e encarando a parte de trás de seu sutiã rosa e preto xadrez. - Eu... - Suspiro. - Eu tenho um jeito de fazer você não sentir dor. 

Ela olha para trás e me encara.

- Tem?

- Tenho. - digo concordando com a cabeça e fechando os olhos por um momento. - Mas você não vai gostar.

- Eu vou sobreviver? - pergunta ela revirando os olhos. 

Sorrio e me levanto, andando na direção das prateleiras de licores e pego o mais forte.

- Pronto. - digo deixando a garrafa aberta á frente de suas pernas cruzadas. Ela me encara e levanta a garrafa, me entregando-a. 

- Te vejo no subsolo Nathan. - diz ela sorrindo.

- Eu disse que você não ia gostar. - digo encarando sua cabeça. - Mas fará você sobreviver. E melhor, você não vai sentir dor.

- Quem me garante que estarei segura inconsciente? 

- Acha que eu faria alguma coisa enquanto você está desmaiada de tão bêbada? - pergunto deixando a garrafa no chão. - Eu seria capaz disso?

Ela olha para cima, encarando meu rosto e ri. 

- Acho.

- Olha aqui, se eu quisesse fazer alguma coisa... Você não seria mais virgem á dois anos. 

Ela me encara e arregala os olhos.

- Eu não brinco. - digo de braços cruzados.

Ela arranca a garrafa de minha mão, bebendo goles e ais goles como se aquilo fosse água.

- Vai devagar. - digo puxando a garrafa de sua mão, mas ela estapeia meu braço.

- Quem vai ser costurado sou eu, não você então cala a boca e espere até que eu durma. - Ela bebe mais um monte de goles e eu me sento encostado aos barris, rindo e esperando até que ela fique bêbada.

**

Continuo bebendo da garrafa e encarando-o me olhar. Coloco a garrafa praticamente vazia ao meu lado e o encaro.

- O que foi? - pergunta ele.

Começo a ficar meio tonta.

- Você vai se divertir, não vai? - pergunto com a garrafa na mão. 

Ele ri e coloca a cabeça para trás.

- Com certeza. - Ele estica a mão na direção da garrafa de minha mão. 

- Não. - digo puxando-a para trás. - Minha garrafa. Meu remédio.

Ele solta uma risada e segura meu braço, tirando a garrafa de minha mão e tomando um gole.

- Pronto, pode ficar com o resto. 

Encaro a garrafa com somente um gole restando e o encaro.

- Acho que vou precisar de mais. 

- Acho que se te der mais, você vai começar a dançar.

Ele se levanta e anda até a prateleira de licores.

- Você vai e divertir me vendo dançar.

Ele volta com mais duas garrafas e abre uma delas.

- Por isso estou te dando mais.

Ele sorri e me entrega a garrafa.

Continuo bebendo até enxergar o pai de Nathan.

- Oi John. - digo rindo totalmente tonta. 

Eles riem e seguram uma caixa.

- Meu pai não está aqui. - dizem eles. - Só eu.

- Tem certeza? - pergunto bebendo mais um gole. - Eu estou vendo você e - Soluço. - seu pai. Johanna.

- John. - Ele ri, jogando algo ardido em minha perna.

- Ai! - grito. - Seu idiota! Isso dói! 

Ele ri e esfrega algum pano em minha perna.

**

Depois de terminar a segunda garrafa, meu trabalho de cirurgião foi embalado pelas músicas infantis que Shan conseguia se lembrar.

Agora ela canta  música do alfabeto pela terceira vez, me fazendo rir a cada vez. 

- Nathan. - diz ela me observando fincar sua pele, sem sentir nenhuma dor.

- Shannon. - digo sorrindo.

- Você é bonito sabia? - diz ela com uma voz sonolenta.

Sorrio e a encaro.

- Você também é. - digo fincando sua pele mais uma vez, passando a linha e puxando-a para fechar parte da ferida. O sangue dela está em minhas mãos, mas desde que ela não sinta dor, eu não me importo.

Furo sua carne pela - espero que sim - última vez e olho para ela. Puxo a linha devagar, dando um nó e cortando a linha preta, jogando a agulha dentro da caixa branca, manchando-a onde ela bate. 

- Pronto Shan. - digo me inclinando em sua direção para tirá-la desta parte ensanguentada do chão. Coloco um dos braços em sus costas. 

- Nate. - diz ela envolvendo os braços em meus pescoço, fechando os olhos e encostando a cabeça em meu peito.

- Sim? - pergunto. 

- Eu te amo. - diz ela um tanto baixo demais, mas alto suficiente para que eu possa ouvi-la.

- Eu também te amo Shan. 

**

Sinto o calor de Shannon em meus braços.

Ela não disse uma palavra até agora, mas está respirando.

Vendo-a bêbada e tento que cuidar dela, lembro-me de quando ela teve que cuidar de mim quando eu estava bêbado.

**

Pelo jeito, Nathan está abraçado em mim.

Minha perna - assim como o resto de meu corpo - está dormente, e eu não sinto mais a dor de minha coxa. Abro os olhos e vejo três garrafas de licor derramada, mas vazias.

Minha cabeça gira e eu não sinto a menor vontade de me levantar.

Fecho novamente os olhos e me lembro de quando Nathan veio bêbado para casa.

Shan! - A porta se abre e se fecha em um baque. Um vidro é quebrado.

Abro os olhos e encaro o teto, revirando os olhos. - Shan!

Ando até a sala e cruzo os braços,encarando-o.

- Oi. - diz ele. 

- Achei que tinha morrido.

- Eu sou imortal! - grita ele bebendo mais um gole de cerveja. 

- Não, você não é imortal. - digo. - Vai dormir Nathan

- Eu quero dizer uma coisa para voc... - Ele se disiquilibra.

- Você. - completo sem paciência.

- Isso. - diz ele rindo. - O que eu queria dizer mesmo?

- Tchau Nathan. - Ando de volta para meu quarto, mas sinto algo ser jogado em minhas costas e sinto-as sangrando. O encaro. - Você...

Ele me encara assustado, mas logo desaba no chão.

Minhas costas continuam doendo e sinto minha blusa ficar totalmente ensopada de sangue. 

É. Ele atirou uma garrafa de cerveja em minhas costas.

Ando até ele, tentando não gritar de dor.

Levanto-o do chão e o jogo no sofá.

- Você é um idiota sabia? - digo, sabendo que ele não irá escutar. - Você é um grande idiota. Espero que saiba o que fez de manhã. Ah não, você não se importa comigo. Não é mesmo? - Jogo a coberta de lã por cima dele. - Vagabundo. 

Ando até meu quarto e tiro a blusa do pijama, olhando minhas costas pelo espelho, vendo os arranhões e cortes feitos pelo vidro.

Entro novamente no chuveiro e sinto minhas costas arderem.

**

Encaro meu prato ao ouvir a porta se abrir.

Escuto-o pigarrear e se encostar na porta.

- Desculpa. - diz ele. - Eu não quis atirar uma garrafa em você.

Encaro a parede e tento não olhar para ele.

- Shan. - diz ele. - Eu pedi desculpas. 

Continuo em silêncio, encarando a parede.

- Shannon. - repete ele vindo em minha direção. - Eu peço desculpas. - Ele segura meu braço.

O balanço, fazendo-o me soltar.

- Se me tocar de novo, eu cravo uma faca na sua garganta. - digo encarando seus olhos azuis.

- Eu só vim pedir desculpas. Qual o seu problema?

- Você é meu problema! - grito. - Você chegou no meio da noite, me acordou, disse que queria falar alguma coisa, mas obviamente você estava bêbado e diria alguma coisa indecente ou simplesmente vomitaria, eu andei na direção do quarto e você simplesmente atirou uma garrafa de cerveja em mim. Me diz, você quer que eu aceite suas desculpas?

- Como eu fui parar no sofá? - pergunta ele me encarando.

- Eu o coloquei lá. Eu alguma vez já deixei você desacordado no chão? Ou atirei uma garrafa em você? 

Ele suspira e encara meus olhos.

- Quer mesmo que eu aceite depois disso? 

Passo por ele na sala, mas ele segura meu braço e levanta minha blusa na parte de trás, vendo os cortes.

- Você é louco? - grito empurrando-o contra a parede, com uma faca encostada em seu pescoço. - Não me toque.

- Eu não vou fazer nada. - diz ele me encarando.

- Então não encoste um dedo em mim.

- Eu só quero ajudar.

- Não você não quer. Você só quer salvar sua pele.

- Eu já pedi desculpas, ok? O que mais você quer que eu faça para que você pare com essa idiotice? 

- Traga Abe de volta. - digo encarando seus olhos azuis.

Ele solta uma risada.

- Algo possível.

- Cale a boca. - digo indo na direção do quarto.

Sim. Foi para este mesmo homem que eu disse eu te amo á algumas horas. 


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Notas finais do capítulo

Shatan 4 ever meus queridos. Shatan 4ever ♥