Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 21
Uma carta.


Notas iniciais do capítulo

Tá, antes que todo mundo leia e fique tipo: WHAT?
Toda vez que aparecer isso: ** é mudança de POV. ( pov= point of view, ponto de vista pra quem não sabe)
O começo é com o Nathan e assim por diante.
Boa leitura



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Mesmo estando com o rosto perto dos seios de Shannon, agora não estou me importando. 

Meu pai é a pior pessoa que existe na face da terra e provavelmente jogou tanto que perdeu até a casa e agora quer minha ajuda.

Pois é. Mas eu não sou rico. 

Só porque tenho um carro que preservo até meu último suspiro, nunca iria vendê-lo para ajudar o meu pai. 

Como se ele merecesse minha ajuda.

Não se se Shan acha que meu pai está certo, ou só está tentando me juntar com ele. Até poque, eu sou um dos únicos que tem um pai vivo. 

Mas aqui entre nós, eu preferia ver meu pai morto, á saber que ele está vivo e quer alguma coisa de mim.

Sinceramente, o único jeito de eu perdoá-lo, será quando minha mãe voltar á vida. 

**

Bato os dedos de leve em seu ombro.

Já faz quase duas horas que acordei e quero que ele acorde logo.

Mas parece que ele está colocando sono em dia e não vai acordar tão cedo assim.

Ok, já chega.

Abro a boca e ele levanta a cabeça.

- Bom dia. - diz ele esfregando os olhos, me encarando e sorri. - Obrigado.

Sorrio e concordo com a cabeça.

- Por nada. - digo com uma cara assustada. Ele franze o cenho e senta ao meu lado. Cruzo as pernas e encaroseus olhos. - Nathan...

Ele bate as mãos nos bolsos da calça e me encara um tanto bravo, vendo o papel ao seu lado. 

- Eu falei para você não ler. - diz ele olhando para a cama com fúria. - Eu disse para você não ler.

- Você não ia ler. E nunca saberíamos o que era.

- E obviamente, eu estava certo. - diz ele convencido.

- Não. - digo. - Até que não melosa. - Sorrio e movo a mão na direção do envelope, mas ele coloca a mão em cima da minha. O encaro. - Eu só vou ler. 

- Não pedi para que você fizesse isso. Pedi? 

Balanço a cabeça e me levanto da cama, indo na direção da porta.  

Reviro os olhos e ando na direção da chave, pego-a e destranco a porta. 

Sou empurrada contra a porta e minha cabeça lateja.

Seu rosto fica próximo do meu.

- Você prometeu. - diz ele bravo.

- Eu não devo nada Nathan. Eu aturei sua personalidade por muito tempo, mas não vou admitir que fale assim comigo como se fosse meu dono. Seu pai se preocupa com você, e você é único que não enxerga.

- Você não sabe...

- Olha aqui. Qualquer um que lesse esta maldita carta, saberia que ele realmente se importa. Não é uma carta longa. Mas você não vai ler, certo?

- Ok. E você vai me deixar aqui sozinho?

- Georgia está esperando para entrar. 

**

Encaro seus olhos, mais irritado do que nunca.

Mais irritado do que quando notei que ela leu a carta.

Mais irritado do que nunca fiquei nestes vinte e dois anos.

- Georgia não se importa comigo! Ela só quer alguém para ficar a noite inteira com um cara e acordar sabendo que de noite vai ter mais! Ela não é mais do que uma vadia rica! - grito.

Mas é claro, eu nunca diria isso na frente da Shannon.

Ela me olha confusa e balança a cabeça, com a mão na maçaneta.

Seu olhar começa a ficar irritado com meu silêncio e sua mão gira empurrando a porta, mas graças a desatenção de Shannon, ela não consegue sair.

- Você precisa puxar a porta. - digo, mesmo sabendo que depois disso eu merecia levar um soco.

Ela puxa a porta, mas comigo tão próximo ela vai morrer tentando.

- Olha aqui. Você fica em silêncio quando eu digo alguma coisa e não me deixa sair, o que quer que eu faça?

- Não meta a Georgia nisso. Ela não sabe da história. - Apoio minha mão perto de sua cabeça. - Por favor.

- Está me pedindo favores de mais Sr. Jones. - diz ela com um olhar provocador.

Seus lábios estão avermelhados demais. 

Mordo meu lábio inferior e tiro a chave de sua mão, voltando a trancar a porta.

- Da próxima vez que tentar ir embora, eu vou coloca a chave em um lugar que aposto que você não vai querer pegá-la. 

- Me poupe de detalhes. - pergunta ela de braços cruzados. Coloco a chave no meu bolso da calça e ando na direção da cama. - Vai me manter presa aqui?

- Até eu não precisar mais de você, sim. - digo e me jogando na cama e colocando os braços apoiando a cabeça. Vejo que ela me encara assustada e eu rio. - Não leve neste sentido.

- Porque eu faria isso? - pergunta ela me encarando com os olhos estreitos. - Fala sério. Prefere me manter aqui do que a Georgia?

- Até cinco segundos atrás sim, mas estou pensando em mudar de ideia. O que tinha na carta?

**

Encaro-o sua cara de vergonha e sorrio.

- Quer mesmo saber? - pergunto sentando-me ao seu lado.

Ele suspira e concorda com a cabeça.  

- Posso? - pergunto apontando para a o papel em seu bolso. 

Ele dá de ombros e tira o papel e levanta o braço. Me debruço e estico o braço para pegá-lo, mas ele move o braço para o lado. - Nathan.

- É doida por acaso? Pega o papel. - diz ele com uma cara séria. 

Me ajoelho na cama e estico o braço, mas Nathan o move mais para longe.

- Shannon. Pega o papel. - diz ele sério.

- Talvez se você parasse de mover o braço. - digo pressionando a mão contra sua barriga, servindo de apoio para me debruçar mais.

- Acho que você está ficando maluca. - diz ele. - Pega logo essa droga de papel!

Encaro seus olhos, que achei que provavelmente estariam estreitos, quanto á uma brincadeira. Mas não estão. Estão sério e parecem estar confusos.

Me debruço mais ainda, mas sua mão já está fora da cama e minha mão escorrega em sua blusa, fazendo-me cair sobre ele. 

- Argh! - grita ele e começa a rir. - Consegui!

- Conseguiu o que? Quebrar sua costela? - digo arrancando o papel de sua mão e me e]sentando na cama, encarando-o rir até não poder mais.

- Carter me deve cem pratas.

- Como assim?

- Fizemos uma aposta em quem você deitasse por cima, de qualquer jeito, ganhava cem pratas.

Começo a socar seu peito, ele movimenta os braços, tentando me afastar mais ainda ri.

- Idiota! Carter nuca faria isso! - grito e ele segura meus punhos.

- Ele teve a ideia. - Ele ri e se levanta, aproximando nossos rostos. - Me escuta. Nenhum garoto é um anjinho que só vai pensar na personalidade de uma garota, você percebeu isso quando ele subiu em cima de você naquele sofá. 

**

Ok, foi um erro ter dito isso, mas dane-se é a verdade.

A personalidade é importante, mas ela precisava saber que Carter não é nenhum anjo. 

Ela encara meu olhos e nossas respirações ficam no mesmo ritmo.

- Quer falar com ele? - Não consigo não rir. - Mas você volta, ok?

Ela concorda com a cabeça e eu solto seus punhos

, me levantando e rindo com a cena que está por vir.

- Não acredito nisso. - diz ela de braços cruzados.

- Howard estava lá. Pode perguntar. - digo ainda com m sorriso no rosto. Carter está definitivamente ferrado.

**

Balanço a cabeça, aindfa não acreditado e tiro a chave do bolso de Nathan.

- O que eu disse...

- Você quer ver uma briga, então cala a boca. - digo puxando a gola de sua camisa e descendo as escadas.

- Nathan Jones! - grita Georgia. 

- Agora não! - diz Nathan.

Vamos até a cozinha e Carter me encara com um sorriso.

- Pode tirar este sorriso do rosto que você está bem ferrado. - Nathan se debruça sobre a mesa e encara seus olhos. - Você me deve cem pratas.

Carter se levanta da cadeira e me encara.

- O que? - grita ele. - Com assim?

- Calma, não aconteceu nada. Ela caiu em cima de mim e nada mais. Mas você disse. Em cima, de qualquer jeito.

- Com licença? - grito. - Como assim digo eu, Carter. Pode começar a explicar.

- Primeiro. Meu dinheiro. - diz Nathan com a mão estendida para Carter que tira uma nota de cem do bolso da calça e coloca na mão de Nathan. - Segundo, você está mais ferrado.

- Então é verdade. - digo de braços cruzados.

- Eu falei. - diz Nathan.

- Foi só uma aposta! - diz Carter despreocupado.- Eu sou seu namorado, que mal tem? E além disso, você deveria estar brigando com Nathan também.

- Eu não duvido nunca que Nathan faça isso. É o Nathan!

- Vantagens de ser um cafajeste. - diz Nathan sorrindo.

- Desculpa, ok? - Carter acaricia meu rosto. - Desculpa. 

Ele me abraça e eu reviro os olhos.

- Ok. - digo.

Nathan puxa meu braço e subimos as escadas.

Georgia e Carter puxam meu braço e Nathan os encara.

- O que foi?

- Ela é minha namorada.

- Você é meu namorado.

- E ela é a irmã do Abe. - Nathan puxa meu braço e tranca a porta.

- Nathan.

- Você disse que voltaria. Fica, por favor. E você tem que me contar da carta. 

  

  

   

  

  


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Notas finais do capítulo

Ok, esse ficou grandinho o suficiente então eu continuo no outro pq neh?
Bem, até depois.



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