Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 17
A fera pode não se barbear, mas tem sentimentos.


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu esperava postar um dia depois do capt A ROSA pq eh meio q tortura deixar vocês só com aquele capt e não continuar, enfim
tá ai:



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Todos nós encaramos encaramos Nathan, que encara o último pedaço de bife em seu prato.

Ele pigarreia, limpa a boca com o guardanapo branco e arrasta a cadeira para trás, andando na direção das escadas.

Nos encaramos por um momento e não sei se corro na direção de Nathan ou para um lugar onde Georgia não possa me matar.

Escuto os passos de Nathan, até que eles acabam e a porta do quarto bate.

Arrasto minha cadeira para trás e corro pelas escadas.

Giro a maçaneta do quarto e empurro a porta, encarando seu tórax definido e a camiseta vermelha em sua mão.

- Porque me deu isto? - grito.

- Já ouviu falar em privacidade? - pergunta ele encarando meus olhos.

- Já ouviu falar em camisa? 

- Eu estava indo tomar banho então...

- Não me venha com este papo de privacidade, até porque você nunca respeitou minha privacidade nestes anos. - digo apontando para seu rosto. - O que é isto?

- Um medalhão de ouro com uma rosa. - diz ele encarando meus olhos, enquanto me aproximo.

- E de quem era? - pergunto.

- Minha mãe. - Ele joga a camisa em cima da cama. 

Cruzo os braços.

- Então você mentiu. - digo encarando seus olhos. - Eu lembro muito bem quando disse que só havia pego uma coisa antes de fugir de casa. Uma única coisa que pertencia a sua mãe.

- Este colar foi a única coisa que eu peguei.

- E porque diabos você me deu esse negócio? 

- Porque - Ele se senta na cama e solta um grunhido. - Georgia se drogou por um tempo e... Carter disse que ás vezes tem algumas recaídas.

- E o que isso tem a ver com você? - pergunto. - Que eu saiba você nunca se drogou.

- Isso. - Ele encara o chão. - Mas pode ser que eu comece e eu pesquisei sobre esse colar. Dá uma grana. 

- Então...

- Então que até onde eu sei - Ele se levanta e segura meus ombros. - Você não vai se drogar. E isso ficará mais protegido com você do que com outra pessoa. Você ficaria com peso na consciência se algo acontecesse com isso.

Encaro o chão.

- Mas então... Gostou?

Sorrio e encaro seus olhos.

- É muito bonito. - digo segurando o medalhão. - Mas poderia ter avisado, achei que Carter tinha dado isso para mim.

- Por isso estava toda fofinha com ele? 

- Talvez. - Ele ri. - Obrigada. 

- É melhor para mim do que para você. É a única coisa que eu tenho dela.

- Tentou voltar para lá?

- Lá aonde?

- A casa do seu pai. - digo me sentando ao seu lado. 

Ele ri.

- Eu definitivamente não vou para a casa do meu pai. - Ele olha para mim.

- O que aconteceu com a sua mãe? Ela foi comida pelos bichos...?

- Não. - Seu sorriso se vai e uma cara séria e sombria surge em seu rosto. - Meu pai a matou quando ela estava decidida a ir embora comigo. - Encaro seus olhos, esperando mais informação. - Você não quer mesmo saber disso, quer?

Pisco os olhos, com a mão no queixo e ele ri.

- Você é igual ao Abe. - Ele murmura e toma um gole de uma garrafa de água.

Encaro a garrafa e tiro-a de sua mãe, bebendo um gole também, sem sentir o gosto alcoólico.

- Água comum?

Ele ri.

- É. - Ele tira a água de minha mão e a fecha com a tampa branca. - Então...

Fico observando-o contar a história de como fugiu de seu pai.

Ele não poupara detalhes.

Bebidas, drogas, pôquer, prostitutas, dinheiro, cigarros, mortes.

Tudo o que fez sua vida parecer uma completa tortura.

Sua mãe foi morta por seu próprio pai em sua frente, chamando-a de vadia sem o menor sentimento pela mulher que um dia, dissera que amava.

 - Isso é mesmo sério? - pergunto, ainda com a mão no queixo quando o silêncio toma conta do quarto.

- Eu não brincaria com uma coisa dessas Shan. - diz ele sério.

A maçaneta gira e Georgia entra bufando e me encarando com os olhos arregalados.

- Saia! - grita ela. - Carter está lá embaixo olhando televisão. Vocês podem ficar a noite inteira no sofá que eu não incomodarei, mas saia agora de perto dele!

Eu e Nathan nos encaramos.

- Shannon. - Ela tira um revólver prateado do bolso de trás da calça. - Eu disse para você sair e você não é retardada. 

Levanto-me devagar da cama, vendo a arma ser movimentada na direção e minha cabeça, até que eu saia do quarto.

Desço as escadas e vejo Carter com uma garrafa de cerveja, sentado no sofá e os olhos fixos na televisão desligada.

- Porque ele deu aquilo á você? - Ele bebe mais um gole, mas sem o menos olhar para mim.

- Ele tem medo de começar a se drogar e vender isso. Parece que dá dinheiro.

Ele ri.

- Claro. Isso não é nenhuma novidade. E isso talvez possa ser culpa da Georgia. Não é?

- Não bem culpa dela, mas ele pode começar...

- Georgia era drogada Shannon. - Ele encara meus olhos. - E eu não sou burro.

- Acha que estou mentindo? - pergunto de braços cruzados.

- Nathan comentou comigo sobre isso, mas eu não sabia que ele faria isso. - Ele ri. - Ele nunca me contaria.

- Principalmente agora. - digo sentando-me ao seu lado. - Carter. - Seguro seu rosto e ele encara meus olhos. - Não é nada ok? É só um colar. Eu realmente gosto de você.

Ele concorda com a cabeça.

- Eu sei que é só um colar, mas que eu saiba, ele era da mãe dele, foi a única coisa que ele tinha dela e ele não parece ser o tipo de cara que dá presentes. - Ele arqueia uma das sobrancelhas e sorri. - Está tudo bem. Eu sempre tive problemas com temperamento. Não é nada a que se preocupar. Não é pior do que a Georgia.

- Ela apontou uma arma para minha cabeça. - digo rindo.

- É bem típico de Georgia Lewis. - Ele sorri e se debruça sobre mim, beijando-me devagar.

Quando percebo, ele já está praticamente deitado em cima de mim.

- Carter Lewis! - grita Nathan do andar de cima. Escuto o clique de sua arma e ouço seus passos. - Saia de cima dela!

- Ah. - Carter se levanta. - E porque? Ela é sua namorada por acaso?

- Não. - diz Nathan. Me sento no sofá e vejo Nathan somente com a calça. - Mas eu fiz uma promessa para o irmão dela.

- E do que se trata? - pergunta Carter de braços cruzados.

- Não deixar que qualquer um faça isso. 

Que eu saiba, o irmão dela está morto. 

- Mas eu fiz uma promessa. E ela vai morrer comigo. 

- Nathan. Tem certeza de que...

- Cale a boca! - grita Nathan ainda com a arma apontada para Carter. - Não ouse dizer. Vá para seu quarto.

- Você manda em mim desde quando?

Nathan encosta o cano da arma na testa de Carter.

- Nathan... - digo tentando ficar calma. 

- Desde quando eu tenho todas as armas desta casa. - Nathan sorri, mais parecendo um maluco. - Shh. Shannon! - grita ele. - Vai para o seu quarto e amanhã você fala com a Shannon.

Carter anda em minha direção.

- Nada de beijinho de boa noite. Porque além de ridículo, pode ser mais um motivo para você utilizar sua mão boba. Anda! 

Carter revira os olhos e sobe as escadas.

Nathan abaixa a arma e esfrega os olhos.

- O que foi aquilo? - grito. - Porque fez aquilo?

- Eu já disse. - diz ele calmo. - Prometi para seu irmão.

- Ah, e meu irmão comanda minha vida desde quando?

- Desde nunca, mas eu prometi e isso vai além de tudo o que é mais sagrado.

- Então eu vu morrer virgem? É isso? - grito o mais alto que posso. 

- Você não entendeu direito.

- Meu irmão deixou isso nas suas mãos? Nas suas mãos, Nathan? - grito.

- Pode parar de gritar? Vai acordar todo mundo. - diz ele segurando a mão contra minha boca. 

- Dane-se! - grito. - Eu não quero saber! Eu só quero que você deixe a minha vida comigo e cuide da sua! 

- Se não percebeu, minha vida agora é ter que cuidar da sua. - Ele aproxima o rosto de meu rosto.

- Então pare. - digo chegando mais perto de seu rosto. - Está ficando doente. 


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Notas finais do capítulo

Esse capt ainda vai continuar. Nem se preocupem.
Estou deixando uma parte faltar nos capts pra ter continuação nos outros ok?
Valeu e não fiquem loucos comigo q nem a Georgia.



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