Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 11
"Eu nem consegui me despedir dele"


Notas iniciais do capítulo

Aviso logo:
Estou praticamente sem inspiração.
isso vale para qualquer uma de minhas fics. lutando para pensar em alguma coisa
Agora que vou entrar em férias tem duas opções: ou eu vou escrever bastante, ou vou escrever muito pouco. (menos do que já estou escrevendo)
obrigada a todos e boa leitura.



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Eu e Nathan ficamos em silêncio o jantar inteiro, trocando olhares  assustados com as discussões da família Lewis. 

- Estou com medo. - digo sem som.

- Vamos lá para fora. - Leio seus lábios. Ele balança a cabeça na direção da porta e arrasta a cadeira para trás. - Eu preciso tomar um ar.

- Você fuma? - pergunta Sr. Lewis. 

Nathan ri.

-Não. Porque?

- Por nada. - diz Sr. Lewis com a taça de vinho tinto nas mãos. - Pode tomar seu ar.

Sr. Lewis toma um gole do vinho e larga a taça na mesa. 

Eu e Georgia nos entreolhamos e ela estreita os olhos para mim.

- Então, Shannon - diz Sra. Lewis. - Você e Nathan são companheiros de fuga? 

- É. Mais ou menos. - digo bebendo um gole de água. 

- São namorados? - pergunta Sr. Lewis. 

Eu e Georgia nos engasgamos e Carter arregala os olhos para seu pai.

- Como? - gritamos nós três.

- Ora, vocês vivem juntos. - Sr. Lewis dá de ombros. 

É a hora perfeita para fugir. Arrasto a cadeira para trás, limpo minha boca com o guardanapo branco com bordados em linhas douradas formando um L na diagonal direita de cada guardanapo, e ando de vagar na direção da porta. 

- Me juntarei á Nathan para tomar ar. - digo para Georgia, antes que ela se levante e grite comigo por causa de Nathan. 

Abro a porta da frente e vejo Nathan sentado no gramado com um revólver pequeno preto e uma garrafa de cerveja na outra mão.

- Nathan! - grito com o único pensamento: Ele quer se matar. - O que pensa que...

Ele me puxa para seu colo e pressiona a mão sobre minha boca.

- O que você pensa que está fazendo? Estou matando os bichos. Estou entediado. 

Puxo meu corpo para a grama, tirando minhas pernas de cima de suas pernas.

- Família pacifica, não? - pergunto.

- Não mais do que a minha. Minha mãe atirou em meu pai em uma discussão por quem iria lavar a louça, Shan. 

- Porque você me chama de Shan? É nome de homem! - digo um tanto irritada.

Ele ri e toma um gole de cerveja.

- Era essa a intenção. - diz ele rindo. - Sente falta do Abe, não é?

- Você não?

Ele dá de ombros.

- Era um bom amigo. - diz ele e me encara com a cara confusa. - Qual desculpa você arranjou para sair? Disse que fumava? 

Nego com a cabeça.

- Sra. Lewis me perguntou se éramos namorados. - digo.

- Você e o Carter? - Ele bebe mais um gole da garrafa.

- Não. Eu e você.

Ele se engasga e cospe o líquido que sobrou em sua boca.

- Como? - grita ele.

- É. Foi essa a minha reação. A minha, de Carter e de Georgia. - Suspiro. - Eu não queria dizer nada. Aliás, você sabe muito bem que nunca comentei nada sobre as garotas com quem você... - Encaro seus olhos. - Você entendeu. - Ele ri. - Mas Georgia acha que vocês namoram sério.

- Não ela não acha.

- Sim ela acha. 

- Não foi o que ela disse para mim. Essa garota não é como as outras. - Encaro um bicho andar perto da fonte. Vejo Nathan destravar a arma e atirar no bicho, fazendo-o cair no chão. - Aliás. Eu nunca vi você com um garoto. 

- Você me chama de Shan. 

- Não vem ao caso agora. - diz ele. - Aliás, isso vem ao caso? 

- Não. - digo. - Eu gosto de garotos. Só não acho importante ter um namorado uando temos que fugir e eu não vou ser uma vadia que fica com caras como... Bem, como...

- Como eu? - pergunta ele sorrindo. - É assim que funciona Shan. Mas enfim, se você gosta de garotos, Carter está praticamente tirando a roupa para você. É só você dizer que ele pode ir para cima. 

- O que você quis dizer com isso? 

- Bem o que eu disse. - diz ele rindo. - Você é uma criança Shan. Por favor, me diz que você sabe que...

- Que você e Georgia ficaram horas e horas... - digo e aperto os lábios. - Você entendeu.

- Qual o problema de você dizer isso? 

- Eu não quero dizer. Faz você parecer pior do que já é. 

- Mas você gostou do cabelo. - diz ele se deitando na grama.

- É. - digo. Ouvimos gritos dentro da casa. - Pronta para subir em cima? - pergunto me referindo á Georgia.

- É, acho que não desta vez.

Nos levantamos do chão e corremos até a casa.

Georgia e Carter recuam de alguma coisa. Vemos Sr. Lewis  com a pele esverdeada e os passos lentos na direção de seus filhos, com espuma em sua boca, olhar faminto para os próprios filhos que choram, sabendo o que eles viraram. 

Sabendo que não há mais volta. Sra. Lewis começa a se levantar do chão e vir em minha direção.

- Nathan! - grita Georgia.

Nathan dá dois tiros na cabeça do bicho e ele cai morto no chão. 

Georgia grita, com a cabeça no pescoço de Carter. 

Nathan atira em Sra. Lewis e olha para o lado.

A casa fica em silêncio. Maria e Howard olham assustados para os corpos no chão. 

Georgia cai de joelhos e aos soluços no chão. Nathan deixa a arma cair e nós nos entreolhamos.

- Droga. - diz Nathan. - Eu não queria fazer...

- Não tem volta! - grita Carter. - Você só fez o que todos dizem! Fez a coisa certa. Nem se preocupe em se desculpar. 

Carter corre pelas escadas, sem ser impedido por Maria e seu aviso de não correr pelas escadas. 

Georgia continua no chão, encarando os corpos dos pais mortos.

- Maria. - diz Nathan. - Levem-na para o quarto. Eu vou tirar os corpos daqui. Eu já falo com ela. 

Maria concorda com a cabeça. Howard e Maria seguram os braços de Georgia e eles sobem as escadas.

Eu e Nathan continuamos nos encarando até que meu queixo treme e meus olhos ardem.

- Não chora. - diz ele me abraçando. - Não chore. Por favor. 

Engulo o choro e pisco várias vezes.

- Eu ajudo a tirar os corpos. - digo passando as mãos nos olhos para tirar as lágrimas. - Ok?

Ele concorda com a cabeça e puxa o corpo do Sr. Lewis na direção da porta. 

Um rastro de sangue se forma até a entrada. 

Seguro Sra. Lewis pelos braços e a arrasto com cuidado até a entrada. Tento não manchar o vestido - que por mais fútil que pareça, seria muito ruim para Georgia. Era o vestido favorito de sua irmã, não quero destruí-lo.

Eu e Nathan nos entreolhamos e encaramos os corpos no meio do jardim.

Nathan tira o isqueiro do bolso da frente da calça preta, acende-o e joga sobre os corpos que queimam com a gasolina que Nathan jogou sobre eles. 

- Melhor falarmos com eles. - diz ele voltando para a casa. 


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Notas finais do capítulo

Ok, como ás vezes acontece depois de uma luta para chegar na metade de um capt, eu agora tenho inspiração. KKK. Eu pensei em colocar as conversas deles nesse capt mas tá bem grandinho já então completa o próximo.
Nate manda beijos.



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