Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings


Capítulo 58
Elsa & Jack Frost


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! :D
Esse capítulo é o mais lindo e o casal mais perfeito que tem em animação! Jack x Elsa! Eu adorei escrever sobre eles! Um casal muito mais que divo! *--------------*
Espero que gostem!
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/375325/chapter/58

Tema: Frozen e A Origem dos Guardiões

Shipp: Elsa e Jack Frost

Let It Go

O brilho do sol entrava suavemente pela janela, iluminando o chão escorregadio devido à presença de uma fina camada de gelo sobre o piso de mármore.

Elsa estava encolhida sobre uma poltrona ao lado do vidro, abraçava os joelhos como se tentasse se proteger de algo, o que de fato era sua intenção. Seus olhos claros possuíam um tom frio e pálido, como se suas emoções tivessem sido congeladas junto com o chão de seu quarto silencioso e solitário. Seus suspiros eram algo involuntário depois de tanto tempo frustrada e decepcionada consigo mesma. Não expressava mais nenhuma reação, seus sorrisos foram roubados e ela não podia recuperá-los. Alguém os levara.

Abaixou a cabeça quando seus pensamentos novamente se direcionaram para um jovem rapaz de cabelos brancos. O ladrão de seu sorriso, o ladrão que levara uma parte de si com ele... O rapaz que lhe proporcionara as melhores lembranças que tinha desde que machucou acidentalmente sua irmã com seus poderes. Seus olhos já não lacrimejavam, havia esgotado suas energias chorando e estava cansada disso. Fechou os olhos e os abriu em um novo suspiro.

Enquanto fitava a luz vinda da janela, um breve momento de paz e tranquilidade lhe assomou, fazendo-a ao menos tentar esboçar um pequeno sorriso. Esticou o braço devagar e levou sua mão até a claridade sentindo um calor quase imperceptível, mas que para ela significava mais do aparenta. E então finalmente um sorriso tomou conta de seus lábios depois de um longo tempo.

Após anoitecer, Elsa estava sentada em frente ao seu espelho modelando uma trança em seus fios louros platinados. Já estava pronta para ir dormir e novamente entrar em mundo de memórias com o jovem de cabelos brancos. Parou de fazer a trança quando pensou em seus sonhos. Fixou o olhar em seu reflexo e ficou com raiva da pessoa fraca e amedrontada que se tornara.

– Você é um monstro Elsa. – murmurou para si mesma diante do espelho.

– Você é um anjo Elsa. – pronunciou alguém de repente fazendo-a segurar a respiração de susto e virar-se bruscamente buscando o dono da voz pela escuridão do quarto.

Seus olhos estavam arregalados e a trança se desfez em seus ombros, fazendo os fios platinados caírem graciosamente lhe dando um aspecto realmente angelical.

Um pequeno visco de gelo cresceu sobre sua cabeça e dele caiam alguns flocos de neve. Ela admirou a magia e quando seus olhos focaram a frente encontraram um jovem vestido de azul e com cabelos brancos. Ele possuía um sorriso carinhoso e se apoiava em um cajado de madeira. Seus olhos brilhavam enquanto fitavam a garota sentada.

Elsa observava a figura a sua frente totalmente pasmada, ela se perguntava mentalmente se por acaso não havia dormido e nem se lembrara. Afinal, o que poderia ser isso além de um sonho? Ela apenas o via em sua mente, já havia perdido as esperanças de um dia se tornar uma doce realidade.

– Você não mudou nada. – observou ele se agachando para ficar da altura da garota – Continua sendo a princesa mais linda.

– Jack? – balbuciou Elsa ainda sem acreditar no que via e deixando algumas lágrimas correrem involuntárias.

– Elsa – sua voz estava carregada de emoções ao pronunciar o nome da loira e seus olhos lacrimejavam. Ele levou a mão até as pontas do cabelo dela e os enrolou em seus dedos sentindo um calor na região.

Ela segurou a mão dele junto de suas madeixas e levou a outra até o rosto dele, tocando-o suavemente como se pudesse quebra-lo.

– Porque fez isso? – perguntou chorando lembrando-se de quando o viu partir.

Jack franziu a testa e se contraiu como se a pergunta o tivesse açoitado. Seus olhos expressavam o quanto aquilo lhe causara dor e o quanto se remoía de arrependimentos.

– Eu não queria Elsa. – respondeu apertando o cajado – Jamais foi minha intenção abandoná-la!

– Então porque o fez?! – indagou empurrando a mão dele e lhe encarando acusadora.

Jack sentiu como se tivesse levado um soco no rosto diante da reação de Elsa, mas sabia que o soco doeria muito menos do que aquele olhar de mágoa que foi como uma facada em seu coração. Sua mão esfriou e pedia com todas as forças aquela sensação de tocar sua amada. Mas ele não podia fazer isso.

Cerrou o punho sobre o joelho e desviou o olhar sem forças para encarar a expressão de decepção da jovem.

– Fui convocado para ser um guardião. Precisei ajudar a batalha conta Breu. – explicou devagar mirando as pernas de Elsa.

– Guardião? Breu? – repetiu ela totalmente confusa e tentando associar as coisas – Então você foi chamado para ser um guardião? – uma pontada de orgulho passou por seu rosto, isso significava que ele havia finalmente encontrado seu caminho, mas não apagava seus erros – Não achou que poderia me contar algo assim?! – indagou nervosa – Ou achou que era melhor simplesmente me deixar esperando feito uma tola?! – ela o encarava sem piscar.

Jack fechou os olhos para conter as lágrimas, não queria chorar agora, não iria ajudar em nada. Ele precisava explicar à Elsa tudo que sentia, tinha que abrir seu coração enquanto ainda tem alguma chance de perdão.

Suspirou pesadamente, demonstrando o peso que sentia, e abriu os olhos fitando os orbes brilhantes de raiva de Elsa.

– Quando fui convocado, pensei que teria que te esquecer. Coelho me disse que guardiões não podiam ter relações fixas e que as crianças deveriam sempre vir em primeiro lugar. – pausa – Eu iria vir para te explicar tudo, mas fui impedido. Sandman havia desaparecido e não tive outra escolha a não ser me entregar inteiramente à missão. E depois que derrotamos Breu tentei ao máximo viver isolado e sozinho, mas foi impossível. Não consigo me lembrar de apenas um único momento em que você não estivesse em minha mente ou sendo o motivo de todas as minhas ações. – Elsa engoliu em seco, pois também passara pela mesma coisa – Então um grande amigo me disse que não importa o motivo, nós nunca devemos abrir mão de um verdadeiro amor. Foi então que eu vim para cá. Eu não posso viver sem você Elsa, os melhores momentos da minha vida foram ao seu lado, tudo que existe de bom em mim foi você que libertou. – ele respirou fundo e levou lentamente a mão até a de Elsa, e para sua felicidade ela não o impediu. Ele sorriu e seu coração disparou ao sentir o tão amado calor entre eles – Eu te amo Elsa! Eu disse isso milhares de vezes e sei que é a verdade mais absoluta que há dentro de mim! Por favor, eu imploro que me perdoe! – seus olhos brilhavam de expectativa e esperança.

Elsa o encarava com o rosto molhado pelas lágrimas. Sua expressão era incerta, parecia emocionada, porém a tristeza permanecia.

Ela encarou suas mãos entrelaçadas e ficou um tempo refletindo.

– Você devia ter comunicado tudo a mim Jack. Não importando o que os outros guardiões dissessem. – falou sem olhá-lo.

Frost sentiu toda sua esperança desabar e seu peito apertou. Ele viu seu mundo perder o sentido com a possibilidade de Elsa jamais perdoá-lo.

– Elsa, me perdoe! – pediu novamente – Eu errei, e me culpo avidamente por isso, mas me dê uma chance... – seus olhos eram suplicantes.

Ela tirou a mão dele da sua e levantou-se, indo até a janela e ficando parada diante do vidro. Jack permaneceu imóvel no mesmo lugar se sentido perdido.

Ele seguiu até ela e parou a centímetros de suas costas. Elsa arrepiou-se com a proximidade, mas não se virou, sabia que se o encarasse iria ser impossível não perdoá-lo. Fitou a lua e então se lembrou de tudo que Frost havia contado sobre ela. Poderia a lua lhe dar algum conselho? Seu coração estava dividido.

Jack suspirou e tomou uma atitude. Sabia que seria arriscado, mas não se importava de ser estapeado pela amada, teria que tentar.

Ele deixou o cajado sobre a poltrona ali perto e direcionou as mãos aos ombros dela. Elsa se encolheu com o toque inesperado, mas não o repeliu. Jack desceu as mãos carinhosamente pelos braços dela até alcançar suas mãos. Entrelaçou-as. Ela fechou os olhos sentindo seu coração acelerar. Ele a envolveu com os braços de ambos, contornando perfeitamente o corpo dela e encostando-se ao seu. Aquela era o melhor momento dos dois em muito tempo.

Jack aproximou a cabeça e depositou um beijo sobre os cabelos platinados dela e então fechou os olhos inalando seu perfume.

Ela não podia mais negar, ou menos tentar, não podia dividir seu coração ou escutar sua razão. Ele a completava, fazia seu mundo parecer mais vivo e a raiva estava se dissipando rapidamente. Deixaria o amor dos dois por orgulho? Pela razão? Pensou que Jack a deixara por conta da razão e isso não faz nenhum dos dois felizes.

Eles não se amavam? Isso não já bastava?

Elsa abriu os olhos e sentiu a respiração dele perto. Um sorriso brotou em seus lábios. Ninguém nunca lhe proporcionou tal alegria ou satisfação. Valia a pena rejeitá-lo por seu erro? Não podia. Isso a mataria aos poucos, apenas pensando no “e se”.

A garota se soltou dele lentamente e se virou para encará-lo. Jack parecia pronto para uma pancada, mas a mesma não veio.

– Eu também preciso dessa chance. – sussurrou para ele que sentiu o rosto se iluminar. E então ela o beijou. Suavemente e longamente, como a leve brisa que passa pelos campos.

– O que vamos fazer? – perguntou ela quando se separaram.

– Venha comigo. – sugeriu enlaçado a cintura dela.

– Mas meu reino, minha irmã... – pensou que não poderia simplesmente abandonar suas responsabilidades.

– Você deve decidir de acordo com seu coração. Irei entender se ficar. – sorriu compreensivo.

Elsa aconchegou sua cabeça no peito dele o abraçou com toda força que tinha. Sempre quis ser livre, poder usar seus poderes, compartilhá-los com alguém. Jack possuía o mesmo dom, ambos condenados ao frio, vivendo sempre sobre o gelo e em companhia do inverno. Eles se completavam. O frio nunca os incomodou de qualquer modo.

Ela precisava deixar ir. Iria se libertar.

Voltou a encarar seu amado, agora com a expressão decidida e sorridente.

– Vamos deixar ir. Juntos.

Jack esboçou o sorriso mais alegre que podia se lembrar e beijou a testa de Elsa.

– Anna será uma boa rainha. – concluiu ela – Eu seria uma boa guardiã?

– A mais perfeita. – afirmou com veemência.

Iriamos congelar. Juntos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? *-------------------*
Pessoal, quem já assistiu Sucker Punch? Sugestões de casais yuris nesse filme?
Bjonas!