Forbidden Fire escrita por Victória Miranda


Capítulo 9
27 de junho de 2010


Notas iniciais do capítulo

Eu fiquei uma semana longe do site e quando eu entro, vejo que tenho 3 novas recomendações. GANHEI MAIS 3 RECOMENDAÇÕES! EU. SIMPLESMENTE. NÃO. ACREDITO! Sério, vocês são demais! Eu nem tenho como agradecer. Muito, muito, muito obrigada às minhas leitoras perfeitas e divinas - MaluPierce, Bella Mikaelson e Jade Lima - que recomendaram a minha história. AMO VOCÊS SUAS LINDASSSSSS! Obrigada também à todas vocês que comentaram no último capítulo.
Eu sinto muito pela demora. Eu sei que demorei uma semana para postar esse novo capítulo, e isso é um saco, odeio quando demoram para postar. Mas enfim, peço desculpas. Tive uma semana corrida, mal parei em casa, tive bloqueio criativo, mas, felizmente, o capítulo ficou bom. Eu, pelo menos, gostei muito :)



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Capítulo 9 - Caroline POV

Acordei com vozes vindas de algum lugar do apartamento. Eles falavam alto e riam escandalosamente. Mas que droga! Por que tanto barulho? Levantei da cama e fui em direção à cozinha, onde todos se encontravam.

Estava prestes a entrar naquele cômodo do apartamento, quando vejo Niklaus colocando um morango na boca de Meredith. Eca! Pensei comigo mesma. Na teoria pode até parecer romântico, mas ver aquilo... Não, não mesmo! Será que essa garota não conseguia se alimentar sozinha? Até para isso ela precisava do namorado?

Klaus não havia comentado nada sobre a noite na boate, quando ele basicamente se declarou. Sim, eu sabia que ele tinha bebido, mas não sabia que estava tão bêbado ao ponto de não lembrar o que tinha acontecido. O mais provável era que ele estivesse fingindo não lembrar, só porque eu dei um fora nele. Típico dele.

– Bom dia - eu resmunguei. Meu humor ficara ainda pior depois da cena que havia presenciado.

– Bom dia, Caroline - eles disseram quase ao mesmo tempo.

Enchi um copo com suco e me sentei, junto deles. Meredith começou a me olhar com uma cara esquisita, como ela sempre fazia quando estava animada.

– Posso contar para ela? - ela perguntou para mim mãe, que apenas balançou a cabeça, dando permissão à garota.

– Me contar o que? - ergui uma sobrancelha. Não sei por que, mas não estava gostando nada daquilo.

– Adivinha só, cunhadinha linda? - ela bateu palma uma única vez, demonstrando entusiasmo - Nós vamos passar o dia na praia. Isso não é ótimo?

– Tipo, todos nós?

– Pensei que você fosse ficar alegre, filha. Você adora ir à praia - minha mãe me olhou chateada.

Minha mãe tinha razão. Eu era apaixonada por praia. Sol, calor, pessoas bronzeadas, rapazes bonitos. Existe alguma coisa melhor do que isso? Mas eu teria que ficar junto com Niklaus e Meredith, e eu não estava nem um pouco a fim de ficar aturando o casal.

– O problema é que eu acordei meio indisposta hoje, mãe.

– Você podia ligar para o Kol e chamá-lo para ir com a gente. O que acha?

Mandou bem, mãe! Era a oportunidade perfeita para provocar o Klaus. Não era o que ele sempre fazia comigo? Pois era exatamente o que eu ia fazer naquele domingo.

– É... Parece uma boa ideia. Se o Kol for comigo, eu posso fazer um esforço para ir - dei uma de difícil, provocando o riso de todo mundo lá. Menos do Niklaus, é claro, que fez uma cara ainda mais feia.

[...]

– Eu não quero ir embora - Meredith confessou. Nós estávamos sentados sobre a areia, na beira do mar. Já era noite, provavelmente entre oito e nove horas.

Aquele domingo passara voando. Eu tinha aproveitado tanto e, assim como Meredith, gostaria de poder ficar ali para sempre.

– Eu também não. Foi um dia muito bom - Kol falou olhando para o violão que segurava em suas mãos. Involuntariamente, comecei a sorrir. Ele estava mais lindo do que nunca. Foram necessárias apenas duas horas para que ele ficasse com um bronzeado incrível, que combinava perfeitamente com a cor de seu cabelo - Obrigado, Caroline, por ter me convidado - ele segurou minha mão e beijou o dorso da mesma.

– Não há de que - eu continuei sorrindo - Não teria sido a mesma coisa sem você - eu disse a mais pura verdade. Sem Kol, meu dia teria sido um saco.

– Pessoal - Meredith voltou a falar - Acho que vou entrar no mar uma última vez.

– Mas agora, Meri? Você está lembrada de que vamos embora ainda hoje, não está? - Niklaus, que estava calado até então, se dirigiu à namorada, chamando-a pelo apelido - Daqui a pouco meu pai e Elizabeth virão atrás de nós. E, além disso, a nossa roupa de banho já está na secadora.

– Eu sei disso, Klaus. Mas a gente ainda tem um pouco de tempo e... Quer saber? Eu vou fazer isso, você querendo ou não - ela mostrou a língua para ele e saiu andando. Quando Meredith estava perto da água, ela tirou a blusa e o shorts, ficando apenas com sua roupa íntima.

Não dava para ver o corpo dela. Era noite, estava escuro e a praia estava praticamente deserta àquela hora.

– Eu acho que também vou - Kol disse enquanto se levantava e tirava a camiseta - Você vem comigo, linda? - ele esticou a mão, para que eu a segurasse caso quisesse ir com ele.

– Eu... Não sei. Talvez daqui a pouco - eu respondi tímida. Eu gostaria muito de ir, só não queria ter que tirar minha roupa na frente deles. Eu sei que passei o dia inteiro só de biquíni na frente de uma multidão de pessoas e não tinha me importado com isso. Só que vestir apenas calcinha e sutiã... Não, eu não tinha coragem de fazer isso. Não por causa do Kol ou da Meredith. Na verdade, era por causa do Niklaus.

– Caroline! - Kol já tinha alcançado Meredith quando gritou - Vem logo! A água está uma delícia.

– Por que você não vai? - Niklaus mudou de posição, sentando-se mais perto de mim - Dá pra ver de longe que você quer ir com eles.

– Eu estou com vergonha - minha voz saiu baixa. Eu realmente não queria falar sobre isso. Virei o rosto, tentando evitar qualquer contato visual com Klaus.

– Vergonha de tirar a roupa? - ele continuava olhando para mim - Caroline, estamos apenas nós quatro aqui. E está escuro, mal dá para enxergar direito.

– Eu sei disso. Mas eu não tenho certeza se eu devo... - não consegui terminar minha frase, já que ele me interrompeu.

– E se eu entrar no mar?

– O que? - eu perguntei, sem entender onde ele queria chegar.

– Se eu entrar, você vai comigo?

Não precisei pensar duas vezes. Balancei minha cabeça, como resposta. Niklaus deu um sorriso forte, igual ao de uma criança feliz, e se levantou. Ele tirou a blusa branca que vestia, deixando à mostra seu peitoral incrível. Não era um corpo exagerado. Seu corpo era definido na medida certa, exatamente do jeito como eu gostava. A calça estava um pouco larga, deixando aparecer o cós de sua cueca, também branca.

– Gosta do que vê? - saí do transe quando a voz dele entrou nos meus ouvidos. Ele tinha aquele sorriso idiota no rosto.

– Niklaus! - exclamei. Eu não tinha percebido que estava encarando, então virei o rosto rapidamente. Minhas bochechas começaram a esquentar. Sorte que meu rosto já estava todo vermelho por conta do sol, assim daria para disfarçar. Ou talvez não. Klaus deve ter percebido, já que deixou uma risada gostosa sair pela sua boca.

Ele segurou minha mão e começou a me puxar em direção ao mar. Eu não sabia por que, mas as borboletas dentro de mim faziam uma festa. Quando chegamos perto do mar, eu soltei nossas mãos e parei de andar.

– Vai me dizer que mudou de ideia? - ele levantou uma sobrancelha.

– Não. Eu preciso... Hum... Você sabe - eu apontei para minha roupa, indicando que o que eu precisava fazer.

– Ah sim. E-Eu não vou olhar - ele gaguejou. Ele estava nervoso? Por minha causa? Niklaus virou de costas para mim e esperou alguns segundos, antes de dizer algo novamente - Pronto?

– Não olha para mim, está bem? - eu falei baixo. Ele voltou a andar e eu o ia seguindo, mantendo certa distancia entre nós, para que ele não tivesse chance de me ver sem roupa.

– Viu? Não foi tão difícil assim - ele virou de frente para mim, quando a água do mar já batia mais ou menos na altura da cintura. Klaus fazia questão de manter os olhos no meu rosto, tomando cuidado para não olhar para o restante do meu corpo, completamente exposto da cintura para cima. Como ele é fofo! Eu pensei. Ele sabe se portar como um cavalheiro. Tem como ficar mais romântico do que isso? Não. Espera um pouco. Eu não podia pensar assim, senão todos aqueles sentimentos voltariam a me atormentar e eu não queria isso.

– É... Não foi - eu sorri, ainda morrendo de vergonha.

– Até que fim vocês dois apareceram! - Meredith e Kol se aproximaram de nós. Kol passou o braço ao redor da minha cintura e me puxou para perto dele. Não precisou fazer força para me pegar no colo, já que a água ajudava bastante, deixando todos os corpos aparentemente mais leves.

– Você é linda! - Kol falou baixo o suficiente para que só eu pudesse ouvi-lo.

– Obrigada. Você também é uma graça - eu sorri e inclinei meu corpo, a fim de alcançar sua boca e poder lhe dar um beijo. Kol, obviamente, me beijou de volta. Nosso beijo era calmo, mas pude sentir sua mão descer pelas minhas costas, em direção à minha bunda.

Mas, antes mesmo que as mãos dele tocassem qualquer outra parte do meu corpo, Niklaus se aproximou de nós.

– Olha cara, sem querer ser chato, mas não quero ver você tocar a Caroline desse jeito - Klaus pegou a mão de Kol e a tirou sobre a minha lombar.

– Primeiro: eu não estava fazendo nada de errado. Minha mão estava nas costas dela. E segundo: você não tem nada a ver com isso. Por que você não nos deixa em paz e vai cuidar da sua namorada?

Era óbvio que Niklaus estava morrendo de ciúmes, mas Kol também não abriria mão de mim tão rápido. Chame do que quiser: egoísmo, loucura, idiotice. Mas eu estava gostando de vê-los “brigar” por minha causa. Eu me sentia... Desejada.

A expressão facial de Klaus mudou drasticamente. O sorriso falso que ele apresentava quando foi falar com Kol desapareceu naquele mesmo segundo. Ele parecia bravo. Parecia não, ele estava bravo. Mas quando abriu a boca para responder, Meredith o segurou pelo braço.

– Ele tem razão. Vamos deixá-los em paz, querido - ela passou a mão pelo peitoral de Niklaus. Quem começou a sentir ciúmes, então, fui eu.

[...]

– Eu entro em casa e pego algumas toalhas para nós, está bem? - Niklaus começou a dizer, assim que nós saímos do mar - Caroline, você pode vir comigo?

– Hum... Por que eu?

– Porque você é da família? - ele respondeu como se aquilo fosse muito óbvio - Não acho que nossos pais ficariam confortáveis vendo eles sem nenhuma roupa.

– Verdade, eu não tinha pensado nisso. Vocês podem arrumar isso aqui enquanto a gente vai lá? - eu perguntei para Meredith e Kol enquanto apontava para nossas coisas. A gente tinha deixado um violão, garrafinhas de água, papel de sorvete e mais um monte de tranqueira jogada na areia da praia. Eles balançaram a cabeça, respondendo minha pergunta.

Niklaus e eu caminhávamos em silêncio. Eu sentia uma sensação boa. A brisa batia levemente em mim, fazendo com que meus cabelos voassem. As ondas do mar produziam um barulho calmo e tranquilo.

– Você e o Kol... É sério, então? - Niklaus não teve coragem de olhar para mim e, por isso, continuou observando para o chão.

– Acho que sim - dei de ombros, sem ter certeza do que dizer. A gente não tinha conversado sobre isso e, sinceramente, eu preferia que as coisas continuassem do jeito que estavam.

– Eu não gosto dele.

– Eu que tenho que gostar dele, não você - eu não tinha intenção de ser grossa, mas do jeito que me expressei, foi o que ficou parecendo.

– Mas eu acho que você merece um cara melhor.

– E você sugere quem? Você? - eu me arrependi instantaneamente de ter dito aquilo. Apressei o passo e comecei a andar na frente de Klaus, tentando me livrar daquele assunto. A casa de praia já estava próxima, e, assim que entrássemos lá, eu não teria que continuar conversando com ele.

– Eu seria um namorado bem melhor do que ele - ele aumentou o tom de voz, para que eu pudesse ouvir, mesmo estando bem na frente que ele.

Já estava na frente da casa, quando parei de andar. Fiquei alguns poucos segundos parada, sem saber ao certo se deveria respondê-lo ou não. Me virei, ficando de frente para ele.

– Niklaus, por que você falou isso? - eu levantei as mãos no ar num ato involuntário - Sério mesmo. Você tem uma namorada e eu estou com outra pessoa. Você não pode simplesmente ficar falando esse tipo de...

– Caroline, fica quieta - ele colocou suas mãos nos meus ombros nus, fazendo com que todo o meu corpo ficasse tenso. Assim que suas mãos encostaram em minha pele, eu me calei.

Niklaus continuou se aproximando de mim. Eu não estava gostando nada daquela proximidade. Minha mãe e Henry estavam dentro daquela casa, a poucos metros de nós. Meredith e Kol estavam esperando por nós. Aquilo estava errado, muito errado.

– Para de pensar - ele falou baixo e, por isso, sua voz saiu rouca e grossa - Pela primeira vez na sua vida, Caroline, deixa as coisas acontecerem.

“Deixa as coisas acontecerem”. O que isso significava? Eu sempre deixava tudo acontecer naturalmente. É, talvez nem sempre. Eu pensava demais e isso complicava tudo em minha vida. Tudo bem, Klaus estava certo.

Suas mãos, que se encontravam em meus ombros, começaram a descer pelos meus braços. Era um movimento lento, e através dele, Klaus me trazia para perto dele. Uma de suas mãos alcançou a minha. Minha mão era pequena e cabia perfeitamente na dele. Nossos dedos se entrelaçaram.

Eu respirei fundo. “Deixa as coisas acontecerem”. Repeti na minha mente. Sua outra mão tocou de leve minha cintura. Eu sentia cada um de seus dedos pressionados contra a minha pele. Ele não deixou de olhar dentro dos meus olhos por nenhum momento. Seu olhar era tão profundo que me assustava.

Se ele chegasse um pouco mais perto de mim, poderia sentir meu coração batendo rápido. Eu estava nervosa. Fazia tempo que não me sentia assim.

Niklaus começou a aproximar o rosto. Eu, sinceramente, não sei que o estava acontecendo comigo. Se fosse em qualquer outra ocasião, eu teria me afastado, com toda a certeza. Mas eu não conseguia. Parte de mim desejava aquilo mais do que tudo nesse mundo.

Eu podia sentir sua respiração, podia sentir o calor de seu corpo. “Deixa as coisas acontecerem”. Fechei meus olhos e fiquei esperando o que estava por vir. Mas nada aconteceu.

– Aí estão vocês - a voz de minha mãe surgiu por detrás de mim - Nós estávamos ficando preocupados.

Abri rapidamente meus olhos. Qual era o meu problema?


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Notas finais do capítulo

Tá. Então, tive uma ideia MARAVILHOSA para o próximo capítulo. Tenho certeza que vocês vão gostar heheheh
Mas voltando a esse capítulo aqui, o que vcs acharam? Gostaram? GALERA DEIXEM REVIEWS POR FAVORRRRRR, QUERO ULTRAPASSAR 100 COMENTÁRIOS, ENTÃO ME AJUDEM OK?
Ah, alguém tem alguma sugestão? Alguém tem uma ideia de como posso melhorar minha fic? Fiquem à vontade para me ajudar nisso também :)
Beijinhos para todas vocês s2