Forbidden Fire escrita por Victória Miranda


Capítulo 7
7 de junho de 2010


Notas iniciais do capítulo

VOCÊS SÃO DEMAIS, SÉRIO! EU AMEI TODOS OS COMENTÁRIOS, JURO! Estava preocupada com o capítulo anterior (porque eu não tinha gostado muito), mas eu fiquei feliz em saber que vocês não acharam tão ruim rsrsrsrsrs
Bom, pelo o que eu vi, parece que tenho novas leitoras - Jade Lima, AnaTheresaC e A Gueixa. Então, sejam bem-vindas e não deixem de acompanhar a fic, viu?
Esse capítulo está bem melhor que o anterior, espero que vocês gostem dele :)
PS: à pedido de uma leitora linda, eu tentei fazer um capítulo maior (tentei, não deu mt certo) heheheh



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Capítulo 7 - Caroline POV

– Você não tem ideia de como eu estou feliz! - Elena, com aquele enorme sorriso no rosto, começou a falar assim que se sentou na minha cama - Ele me ligou e fez um monte de perguntas sobre mim, sabe? Depois perguntou se eu gostava de chocolate e então eu comecei a suspeitar, sabe? Ninguém faz esse tipo de pergunta assim do nada. Obviamente, eu respondi que sim. Bom, até aí tudo bem. Então ele começou a falar sobre a...

Eu estava prestando toda minha atenção na minha amiga. Ela estava contente porque o garoto por quem estava interessada havia ligado para ela no meio da noite e eles passaram a madrugada inteira conversando. Ashton era o nome dele. Não, espera um pouco. Era Adam. Não, não era isso também, mas era algo bem parecido. Ah sim! Damon.

Elena contava detalhadamente a conversa entre eles e eu juro que estava prestando atenção. Até me lembrar de Niklaus. O que foi aquilo? Quero dizer, falar para o vendedor que a namorada dele merecia flores e comprá-las é algo extremamente fofo. Deve ser o sonho de qualquer garota, certo? Outra coisa completamente diferente é comprar uma rosa para mim quando ele certamente já namorava outra pessoa.

Eu não conseguia parar de pensar naquilo. Eu sei, ele só queria ajudar o vendedor a ganhar algum trocado, mas não precisava de toda aquela história de “minha namorada merece flores”. Fala sério! Esse cara é muito atirado! E irritante, safado, convencido, intrigante, charmoso, bonito... Caroline! Para! Por que eu continuava pensando nele?

– Caroline - Elena começou a balançar as mãos na frente do meu rosto, na tentativa de chamar minha atenção - Você não ouviu nada do que eu falei né?

– Claro que ouvi!

– Então qual foi a última coisa que eu te contei, hein?

– O Damon te ligou e perguntou se você gostava de chocolate? - eu chutei, sabendo que essa foi uma das primeiras coisas que ela havia falado.

– Não acredito nisso! Você não prestou atenção em nada! Car, o que está acontecendo com você?

– Não é nada - suspirei - Eu estou um pouco distraída, só isso.

– É o Klaus, não é?

– Niklaus? Você enlouqueceu de vez, juro. O que ele tem a ver com isso?

– Me diga você.

– Elena, é sério - eu sorri, tentando parecer indiferente - Eu não estou distraída por causa dele.

– Continue mentindo para você mesma, então. Eu sei que é por causa dele - ela sentou-se mais perto de mim e segurou minha mão, num gesto de carinho e amizade - Car, toma cuidado. Ele é seu irmão e...

– Ele não é meu irmão - a interrompi.

– Tudo bem - Elena revirou os olhos - Ele não é seu irmão, mas faz parte da família agora. Por que você não sai com outro cara qualquer? Um monte de garoto da faculdade morreria para sair com você, tenho certeza. Que tal o Tyler?

– Eu não vou ficar com um cara que nem sabe o meu nome.

– Você já ficou com vários garotos que não sabiam seu nome, querida. Por que não o Tyler? E tudo bem, mesmo que você não queria sair com ele, é só escolher um outro - Elena riu - Eu preciso ir agora, mas a gente se fala depois, pode ser?

– Claro, eu te ligo.

Nos levantamos da cama e fomos em direção à porta de entrada do apartamento. Elena me deu um abraço forte e, assim que abriu a porta, deu de cara com ninguém menos que Niklaus, que se aproximava da entrada.

– Oi Klaus. Tchau Caroline - ela lançou um olhar sério para mim, provavelmente me avisando para ficar longe dele, e foi embora pelo elevador.

– É impressão minha ou ela te olhou de um jeito estranho? - Klaus alternava o olhar entre mim e o lugar onde Elena se encontrava antes de ir.

– Impressão sua - menti, já que não conseguiria inventar uma boa desculpa para explicar o olhar dela.

– Você ficou aqui o dia inteiro?

– Não, eu saí para almoçar com a Elena e depois voltamos para cá.

Eu estava morrendo de vontade de perguntar o que ele tinha feito o dia inteiro, já que havia saído pela manhã e só tinha voltado àquela hora da tarde. Juro que a curiosidade era imensa. Mas eu não tinha nada a ver com a vida dele e seria muito ridículo eu ficar me intrometendo, por isso, fiquei quieta.

– Então... Você vai fazer alguma coisa essa noite? - ele perguntou, enquanto se jogava no sofá - Porque eu passei em uma locadora e peguei um filme para a gente assistir.

Sabe aqueles filmes em que a pessoa tem aqueles dois anjinhos, um em cada ombro? De um lado, fica o malvado e do outro, o bom? Então, eu me sentia exatamente nessa situação. Uma parte de mim, a parte racional, dizia para eu inventar uma desculpa e recusar o convite, enquanto a outra parte me dizia para ficar e assistir o filme com ele.

Para de exagerar, é só um filme! Que mal tem? Aquela voz dizia no meu ouvido. Bom, é verdade. Não tem nada de errado em só assistir um filme, não é?

– Parece legal - eu respondi, ignorando completamente o conselho que Elena tinha me dado - Que filme você alugou?

– Gattaca. É uma ficção científica. É que, na verdade, eu aprendi umas coisas nas aulas da faculdade que são tratadas pelo filme, então eu pensei que poderia ser interessante - ele se explicou, enquanto sorria - É um filme antigo, não sei se já ouviu falar.

– Não, mas pode ser. É bem melhor que terror.

– Não gosta de filme de terror?

– Nem um pouco.

– Bom saber... - ele riu, enquanto eu fazia minha cara de indignação.

[...]

– Tudo pronto para o filme? - Klaus perguntou enquanto colocava o DVD no aparelho.

– Sim, já temos pipoca e refrigerante - coloquei as bebidas em cima da mesa, na nossa frente, e me sentei num dos cantos do sofá.

Klaus sentou-se também, dessa vez, não tão perto de mim. Bem melhor assim, porque poderia me concentrar no filme ao invés de ficar pensando em como essa proximidade me afetava.

O filme era muito interessante. Falava sobre dois irmãos, um deles selecionado geneticamente em laboratório e outro que nasceu da forma... Como dizer? Normal? Biológica? É, podemos dizer isso.

Klaus e eu permanecíamos quietos e atentos. Cada um segurava uma vasilha de pipoca, o que evitaria que nossas mãos se tocassem em algum momento. Sim, eu tinha pensado nisso. Já estava na segunda metade do filme quando percebi, pelo canto do olho, Niklaus se aproximar discretamente de mim.

Comecei a sentir aquele maldito frio na barriga. Por que ele estava se aproximando? Continuei olhando para a televisão, tentando parecer concentrada.

– Hum... Caroline - Klaus chamou pelo meu nome - Posso dar pausa? Vai ser bem rápido, só vou buscar um cobertor.

– Tá, tudo bem - só então desviei meu olhar da televisão - Não demora.

Era começo de junho e mesmo não sendo verão ainda, essa época não costumava fazer frio. Entretanto, naquela madrugada de segunda-feira havia chegado uma frente fria, que se estenderia pelo resto da semana, para depois voltar a fazer calor. Não fazia muito frio naquele momento, mas também não estava quente.

– Pronto, voltei - Niklaus voltou a se sentar no sofá, mas não exatamente no mesmo lugar que antes. Ele havia se sentado um pouco mais perto ainda de mim. Nossos corpos não se tocavam; alguns míseros centímetros nos separavam.

Ele deu play no filme, mas confesso que já não consegui me concentrar tanto como antes. Eu sentia aquela sensação estranha dentro de mim, como se estivesse gostando do fato de ele estar perto de mim. Mas ao mesmo tempo, eu me sentia desconfortável. Queria falar para ele se afastar, mas não queria ser grosseira, o que seria inevitável naquele caso.

– Você está com frio? - Klaus perguntou e eu me recusei a olhar para ele, sabendo que nossos rostos ficariam muito próximos.

– Só um pouco.

– Vem cá, a gente pode dividir o cobertor - ele esticou a manta sobre o meu corpo - Está melhor assim?

– Sim, obrigada - sorri fraco para ele.

Niklaus estava sendo carinhoso comigo. E é justamente isso o que eu não podia entender. Por que ele estava se comportando daquele jeito? Eu odiava quando ele fazia isso, porque era óbvio que eu me sentia bem. Eu já havia saído com alguns garotos antes e também já havia namorado, mas nenhum deles jamais tinha cuidado de mim, quero dizer, cuidado de verdade. Eu não sentia nada por Klaus, disso eu tinha certeza. Talvez eu só precisasse de alguém para me dar atenção. Elena estava certa: Eu só precisava encontrar alguém para me distrair e todo esse conflito interno passaria.

Klaus esticou os braços no ar, como se estivesse se espreguiçando, o que chamou minha atenção e me fez sair do “transe” devido meus pensamentos. Ele apoiou um dos braços na almofada do sofá e depositou o outro, com muito cuidado, sobre o meu ombro. Exatamente como nos filmes, quando o garoto tímido tenta se aproximar da parceira.

– O que exatamente você está fazendo, Niklaus? - perguntei, enquanto tirava seu braço de cima de mim.

– Meu braço estava adormecido? - ele respondeu com certo tom de incerteza, como se fosse uma pergunta.

– Niklaus... - eu balancei a minha cabeça de um lado para o outro, demonstrando que aquilo não havia me agradado.

– Caroline, era só uma brincadeira. Viu? Meu braço já está aqui comigo - ele levantou o braço, mostrando que não havia motivo para eu ficar brava.

Klaus poderia mesmo estar só brincando, mas aquilo era demais para mim. Ele estava invadindo o meu espaço e o pior de tudo é que a culpa não era dele, e sim minha, por ter lhe dado tanta liberdade. Eu não queria ser grossa ou parecer desesperada, nada disso. Só queria impor alguns limites.

– Uma brincadeira? Você tem certeza? Porque você vive chegando perto e fica...

– Caroline - Klaus me interrompeu. Ele não parecia bravo ou desapontado, pelo contrário, estava calmo e me olhava com carinho - Você deve estar imaginando coisas. Eu sei que a gente se aproximou bastante, mas eu só quero parecer legal - eu fiquei quieta, olhando para ele, sem entender ao certo o que ele estava tentando me dizer. Devido meu silêncio, ele continuou, só que mais agitado que anteriormente - Eu tenho uma namorada. E você é como uma irmã agora. A gente não... Você não... - ele parecia preocupado, tenso, não sei explicar ao certo. Estava claro que ele não sabia como dizer aquilo, pelo fato de não conseguir forma uma frase sequer - Eu nunca tocaria em você dessa forma.

“Eu nunca tocaria em você dessa forma”. Ele não havia dito nada novo, nada que eu não soubesse. Era óbvio que ele não tocaria em mim, éramos como uma família. E eu não estava apaixonada por ele. Mas então, por que doeu quando Niklaus disse aquilo? Não deveria, mas doeu.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem por causa desse capítulo. É só um charme sabe? Toda história tem o seu, então, fiquem calmas KKKKKKKKKKKKKKKKKK ;)
Ei, galera, me sigam no instagram: @gmsvi
E DEIXEM MUITOS REVIEWS LINDOS E INSPIRADORES PARA MIM, belezinha?