How Can I Not Love It? escrita por Amystar


Capítulo 37
Novo casal?! A partida de Ace e Nojiko!




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Residência dos D; Sala de jantar; 22:02 PM; 06/06/2016

Já era tarde na noite, mas a família D. não tinha nenhum tipo de regra quanto a dormir tarde. Diferentemente das outras famílias da alta sociedade, eles não se importavam muito com etiquetas e coisas do tipo, e isso conseguia surpreender Koala em todas as refeições feitas em família.

— O que está achando da escola, Koala-chan? - Rouge perguntou sorridente. - espero que Sabo já tenha te ajudado a se adaptar.

— Ah, ele ajudou sim. - Koala sorriu, olhando para Sabo. - Ace-kun, Luffy-kun e Sabo-kun já me apresentaram para várias pessoas, e me tornei até vice-presidente do conselho estudantil.

— Há! Esses jovens de hoje em dia! Quando eu era novo, entrar pro conselho era muito difícil. - Garp disparou sem se importar por estar e boca cheia.

— Os tempos mudam, pai… Não seja inconveniente com a Koala. - Dragon bronqueou o pai calmamente, enquanto pegava mais salada para pôr no prato.

— A Koala entrou fácil, mas tá fazendo um trabalho… - Lisa engoliu o que tinha na boca. - … Ótimo! Todo estão elogiando o trabalho conjunto dela e do Sabo. Tem gente até que… - ela fez uma expressão pervertida. - …Diz que eles são um casal.

Sentamos à mesa haviam Garp, Dragon, Rouge, Lisa, Sabo, e Koala, e todos fora Lisa arregalaram os olhos.

— Isso seria maravilhoso! - Rouge juntou as mãos, extremamente feliz.

— Quem diria, hein? - Dragon ironizou.

— Há, há, há! Quero bisnetos! - Garp caiu na gargalhada.

— Garp-san, poupe a Koala dos seus comentários. - Sabo corou enquanto gritava para o avô postiço. - não estamos namorando nem nada, somos só bons amigos. E você, irmãzinha, - o loiro olhou para Lisa. - deveria parar de ficar dando ouvidos para fofocas. Já chegaram em mim rumos de que você e o Nayden estariam namorando, e nem por isso eu acreditei.

Lisa deu língua para Sabo, que revidou da mesma forma o ato infantil.

Alguns minutos se passaram e finalmente Luffy, Ace e Roger chegaram. A primeira impressão que Koala teve foi a de que eles três chegaram juntos, mas Ace fez logo questão de descartar essa possibilidade, alegando que fora pura e total coincidência. Então, após a chegada dos três últimos membros homens da família, o jantar parecia mais completo e bagunçado.

Era uma família bem maluca, mas Sabo tinha sorte de estar nela. Até onde sabia, o único filho legítimo de Garp era Dragon, sendo Luffy e Lisa os filhos deste. Já Roger era filho da irmã de Garp, mas fora criado por Garp como irmão de Dragon, assim se autodenominando como irmãos. Após casar com Rouge, nasceu Ace. Já Shanks, diferente dos outros membros que tinham laços sanguíneos uns com os outros, era apenas um ajudante de Roger, e fora morar com a família dele após a morte de sua mãe, aos 14 anos. E Sabo, aquele que contou tudo isso à Koala, fora adotado legalmente por Dragon após seus pais biológicos o “venderem” por uma alta quantia de dinheiro.

E assim se formou a família D. Koala amava o tio Tiger com todas as suas forças, mas ter uma família numerosa como aquela…

Parecia maravilhoso, pensou suspirando.

(…)

High School One Piece; escadas de acesso à cobertura; 12:31 PM; 08/06/2016

— Não fica assim, Usopp! Logo a Kaya volta da África! - Chopper falava para Usopp, enquanto subia junto dos outros para a cobertura do colégio.

— Você deveria estar feliz que ela finalmente está saudável o suficiente pra viajar. - Zoro disse.

— Eu entendo ele. Nunca fico animado quando a Nojiko tem que viajar. - Ace suspirou, e finalmente os dez chegaram ao local que desejavam.

Porém, ao abrir a porta, se depararam com duas pessoas que nunca tinham visto ali: Boa Hancock, a imperatriz, e Marshall D. Teach, um dos mais famosos alunos da turma especial, craque em arrumar confusão pela escola. Apesar de estar no 5º ano, assim como Ace e Sabo, todos sabiam que ele haviam repetido de ano diversas vezes e que, antes de Rayleigh assumir o cargo, subornara todos os membros da diretoria para passá-lo de série.

— Luffy? - Hancock colocou a mão no rosto, surpresa por ver todo o bando de Luffy ali.

— Hanmock, você é amiga desse cara? - Luffy fez uma careta enquanto apontava para ele.

— Não, e-eu… - a Boa estava nervosa, alternando o olhar entre Teach e Luffy.

— Se ele estiver te ameaçando ou algo assim, não vou hesitar em mandá-lo pelos ares! - Sanji andou até eles, ficando na frente de Hancock, quando ouviram uma longa risada de Teach.

O homem ria tanto que até podia-se ver finas lágrimas saindo de seus olhos. Todos estavam sérios: sabiam que ele não era flor que se cheire. E Ace, principalmente, apertava fortes os punhos se segurando para não voar em Teach e queimar a cara dele toda.

— Como sempre, se metendo onde não são chamados, não é mesmo, bando do Chapéu de palha?! - vociferou o Marshall. - Eu apenas estava tendo uma bela conversa com Boa Hancock, não vejo porquê tanto olhares raivosos pra mim.

— Você mandou o Thatch pro hospital, seu maldito. - Ace ralhou. - suma da nossa frente, agora.

E depois de lançar um olhar irônico para o Portgas e soltar outra gargalhada, Teach finalmente se retirou do local onde os Mugiwara sempre almoçavam. Passado todo o nervosismo com a presença do inimigo mortal de Ace, todos se sentaram no chão, abriram suas marmitas e convidaram a Imperatriz para almoçar junto deles, questionando-a sobre o porquê de estar com um homem como ele.

— Ele… - ela hesitou um pouco, parecendo envergonhada pela presença de Luffy ali. - Eu o vi me seguindo ontem, e perguntei diretamente a ele o motivo. Não é nada demais.

— Como não é nada demais?! E se ele tentar machucar esse seu rostinho?! - Sanji perguntou com um ar apaixonado, encantado com a beleza da modelo.

— Não me subestime, homem. Eu sei me defender, fiz diversos tipos de artes marciais e sou usuária de Akuma no mi. - ela jogou o cabelo para trás, se acostumando com a presença do líder da banda ali e voltando com sua personalidade difícil.

— O Sanji-kun só quis ser gentil se preocupando com você, deveria ser mais educada. - Nami disparou, fazendo com que todos os outros que ainda conversavam parassem e prestassem atenção dela.

A vocalista estava claramente enciumada. Estavam sentando em forma de roda, em cima de um pano azul trazido pelo cozinheiro da banda para forrar o chão, e por algum motivo acabara ficando longe de Luffy, sentada de frente para ele, no lado oposto. Enquanto que a modelo, de alguma forma, conseguira se sentar exatamente ao lado esquerdo de Luffy.

— Mesmo se eu for rude, ele vai me perdoar… - ela fez uma expressão de coitada, olhando para o loiro - ...por que eu sou linda, não é?

— CLARO!!! - Sanji desmaiou após ter uma hemorragia nasal.

Ninguém tocou mais no assunto, afinal, todos menos Luffy conseguiram perceber o tamanho incômodo que Hancock fazia. Além de simplesmente estar presente lá, ela conseguia deixar Nami furiosa por inventar de dar comida para Luffy na boca – e o pior, ele aceitava! A Okane achava que Luffy já havia entendido depois da conversa que tiveram que ela não gostava nem um pouco daquele tipo de aproximação.

“Você é mil vezes mais bonita que ela”… As palavras ditas por Luffy há uma semana parecia ser da boca pra fora naquele momento.

Depois de terminarem de almoçar e o sinal tocar indicando que já era hora de voltar para a aula, todos os onze jovens foram caminhando até a sala, quando Nami dissera que tinha que ir ao banheiro, e que todos podiam ir na frente sem ela. Robin, - diferente dos outros, que apenas assentiram sem pensar muito sobre isso. - percebeu que Nami não tinha ido na direção do único banheiro daquele andar, e sim, da cobertura de onde tinham acabado de sair.

— Luffy, você sabe onde fica o banheiro feminino? - Robin perguntou-lhe.

— Ahn… Do lado do masculino, né? - respondeu simplório.

— E onde fica o banheiro masculino?

— Pra lá. - Luffy apontou na direção que todos iam.

Foi quando finalmente captou o que Robin queria dizer, e olhou para trás. Por que Nami tinha ido na direção contrária?

— Acho que ela está no terraço, deveria ir atrás dela. - a amiga aconselhou.

O menino do chapéu de palha assentiu, e entregou o pote sem comida para Robin, a fim de que ela levasse para sala e ele pudesse ficar com as mãos livres. Segurando com uma mão o chapéu em sua cabeça para não voar, o líder da banda correu até onde imaginava que Nami estaria, e acertou na mosca: Ela estava lá, sentada no chão, de cabeça baixa.

— Nami, por que voltou pra cá? - ele perguntou, se sentando de frente para ela.

— Eu só queria pensar sozinha, Luffy. - ela desviou o olhar dele. - vai pra sala.

— Não, eu não vou te deixar aqui sozinha. - ele teimou. - você tá chateada? Eu não sei perceber essas coisas.

Ela sabia que isso era verdade. Diferente dos outros amantes ou namorados por aí, não adiantava nada ficar chateada ou triste com Luffy e não dizer claramente o motivo: ele nunca conseguia ler o clima e adivinhar o que tinha feito de errado.

— Isso não vai dar certo. - ela disse do nada. - Nós não estamos dando certo.

Luffy parou por uns minutos, assimilando seriamente as palavras da vocalista.

— Como assim?

— Não adianta, Luffy. Você nunca consegue entender como eu me sinto. Não consegue parar e pensar se o que você fez é adequado ou não levando em consideração o que nós estamos tendo. - ela explicou triste.

Por alguns segundos, novamente, o D. ficou em silêncio, pensando. E olhando fixo nos obres laranja da companheira, Luffy depositou os lábios nos lábios dela, se mexendo lentamente.

Os beijos de Luffy combinavam com sua personalidade. Era sempre elétrico, cheio de energia, e seus beijos tinham o mesmo estilo. Mas não naquele dia. Aquele dia, seus lábios pareciam mais apaixonados, quentes, e aproveitavam cada fração de segundo do momento.

Ao decorrer do beijo, Nami deslizava mais e mais, e quando deu-se por si já estava deitada no chão embaixo de Luffy.

— Ahh! - não conseguiu conter o gemido quando ele começou a trilhar beijos em seu pescoço. Estavam ficando há pouco tempo, mas ele já aprendera que aquele era seu ponto fraco.

Suas mãos, antes paradas em sua fina cintura, agora subiam lentamente, e de alguma forma acabaram parando…

Dentro de seu sutiã?

Nami levou um susto ao sentir cada mão de Luffy segurando um seio de seus seios.

— O que foi? - ele indagou percebendo que ela parara de reagir.

— Você… - ela corou, olhando para os seios nas mãos dele.

— Não posso? - ele perguntou. - é que… Eu sempre quis ver, mas principalmente pegar – Luffy apertou-os levemente, acidentalmente acabou apertando o mamilo direito de Nami que estava entre seus dedos, fazendo-a soltar um gritinho. - desculpa!! Doeu?!

Que situação era aquela?! Nami pensava. Havia voltado para lá para ficar sozinha e agora estava sendo seduzida por Monkey D. Luffy?! Já tivera outros namorados, mas nenhum deles nunca havia tocado nenhuma parte íntima de seu corpo como o moreno.

— Não doeu, idiota. - respondeu como se sua personalidade finalmente estivesse voltando a si. - tem que aprender mais sobre o corpo feminino antes de sair me apalpando assim.

— Certo, vou me esforçar. - ele respondeu.

Depois de alguns, ela olhou para baixo.

— Não vai tirar as mãos daí, não? - perguntou ela, já que as mãos de Luffy permaneciam dentro de seu sutiã.

— Sendo sincero, não queria. - Luffy fez bico enquanto retirava as mãos dali.

Na cabeça de Luffy só se passava pensamentos sobre como são macios.

Já na de Nami, sobre como Luffy era naturalmente pervertido.

(…)

Residência dos D; Sala de estar; 11:15 AM; 10/06/2016

— Amor, nós só vamos ficar fora por um dia e meio, pra que levar essa mala enorme? - Ace reclamava. - coloca umas mudas de roupa numa mochila e pronto.

— Não é tão grande, deixa de ser exagerado. - Nojiko replicou, deliciando-se com um suco de laranja o mordomo da casa, Inazuma, havia trazido. - o Sabo ainda não desceu?

— Eu não vou. - Sabo anunciou enquanto descia as escadas, aparecendo na sala. Diferente de Nojiko e Ace, que já estavam preparados pra sair, este vestia suas roupas causais de sempre.

— Por que? - Nojiko perguntou.

— A Koala acordou com um pouco de febre. - Sabo coçou de leve a cabeça, transparecendo um pouco de sua preocupação. - me sinto meio mal de deixá-la aqui para viajar, mesmo que seja uma viagem pra resolver assuntos de estadia nas férias.

— Ela está bem mesmo? - Nojiko tirou os óculos escuros, preocupada.

— Está medicada, o Chopper passou aqui mais cedo para vê-la, não se preocupe. - respondeu. - aproveitem e façam uma viagem romântica, vocês dois.

— Ando pegando tantos trabalhos que nem tenho tempo pra namorar. - ela lamentou-se, olhando para o namorado.

— Realmente, mas aceito que você me compense nessa viagem toda a atenção que não me deu antes. - Ace comentou em tom safado. - de preferência entre quatro paredes.

— Controla esse fogo, Ace! - Sabo bronqueou de brincadeira.

— Eu posso controlar qualquer fogo, mas esse é impossível. - ele ironizou, acendendo uma chama no dedo indicador.

Apartamento dos Roronoa; Cozinha; 11:47 AM; 10/06/2016

— Não precisava vir aqui fazer comida. - Zoro dizia enquanto lavava um alface. - eu ia pedir comida pra mim e pra Tashigi.

— Não é bom pra uma criança em crescimento se alimentar sempre de comida industrializada. - Robin falou enquanto grelhava uma carne. - Eu não estava fazendo nada de tão interessante, não me incomoda nem um pouco preparar o almoço. - a mulher sorriu. - só não espere algo tão bom como a comida do Sanji.

— Relaxa, a pirralha vai gostar.

— E você?

Zoro arregalou os olhos, e olhou para Robin, que o encarava com um olhar provocante.

— Vai gostar? - Robin completou a pergunta, desligando o fogo.

— Do que... Exatamente? - ele indagou devagar, secando as mãos.

— Ora... - ela caminhava até ele, olhando fixamente em seus olhos, até que parou a centímetros de distância. - da minha carne.

O esverdiado não aguentou. Podia ser um tanto cético em relação a mulheres, mas aquela mulher em especial conseguia deixá-lo louco com gestos simples. Certa vez, passara mais de meia hora só reparando em como o movimento que ela fazia colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha era sexy, o que o fez seriamente repensar sobre os próprios fetiches.

E enquanto a beijava, ali, com ela sentada na mesa a cozinha e ele em pé colado nela, pensou sobre como aquilo era bom. Não o beijo em especial – já havia beijado antes, e fora bom, claro, mas não era como aquilo. Sentia-se quente, sentia desejo e conseguia sentir-se desejado por ela por causa de pequenas coisas que fazia, como acariciar seu cabelo.

Nico Robin… Conseguia ela há uns dez anos, estavam sempre juntos, mas nunca conseguira imaginar um momento de sua vida onde ficar longe dela parecia impossível.

— Achei que estivesse interessada em Trafalgar Law. - Zoro confessou ofegante após se separarem para recuperar o ar. - naquela viagem escolar que fizemos vocês pareciam bem próximos.

— Só me aproximei dele pra chamar sua atenção. - Robin admitiu, passando os braços por cima do ombro dele. - você é fácil de fazer ciúmes, sabia?

— Realmente. - uma terceira voz foi ouvida, e Zoro e Robin arregalaram os olhos.

Depois de descer da mesa e se recompor, o casal passou o olhar pelo cômodo inteiro, e constatou que havia uma pequena pessoinha dentro do armário das panelas. Sem cerimônia, Zoro foi até lá e tirou a menina de lá, segurando-a no colo.

— Tashigi, o que estava fazendo nos espionando? - Zoro perguntou com uma veia saltando em sua testa.

— Eu tava só… Ahn… Brincando de pique-esconde! - inventou.

— Com quem?

— Sozinha! Sou uma loba solitária que nem você, Zorinho. - a menina mentiu, abraçando o irmão mais velho. Nem o espadachim e nem a arqueóloga acreditaram naquela versão da história, mas apenas ignoraram. - vocês ficaram em silêncio de repente. O que estavam fazendo?

— Coisas que você nunca vai fazer. - Zoro respondeu simplesmente, pensando em como era grato pela irmã ainda ser bem pequena.

(…)

Residência dos D; Porta de entrada; 13;02 PM; 10/06/2016

Ace não se lembrava de nada do acontecido, e Bonney sabia bem disso. Apesar de ter passado a noite com ela, de ter feito sexo com ela, passara os outros dias normalmente implicando e cumprimentando-a na escola, como se absolutamente nada demais tivesse acontecido.

E, na mente dele, talvez realmente não tivesse acontecido. Considerava um milagre que Ace já não tivesse sabendo, afinal, a recém vice-presidente do conselho estudantil era uma testemunha e o mordomo da casa sabia na estadia dela. Provavelmente, nem um nem o outro queria causar problemas no relacionamento tão bonito de Ace e Nojiko.

Todos sabiam da história: namoravam desde que eram praticamente crianças, e se conheceram através dos irmãos mais novos, Monkey D. Luffy e Okane Nami. Ele, sendo primo legítimo e criado como irmão de Luffy, nascera em berço de ouro e cercado do bom e do melhor, com uma família numerosa e muito influente. Já ela, órfã adotada por uma feirante, perdeu a mãe adotiva aos dez anos e fora adotada novamente por um amigo de sua mãe, um homem rico bem famoso por ser dono de uma marca de suco.

Era lindo, digno de um filme como a Cinderela. E talvez, se estreasse um filme cujo Portgas D. Ace fosse príncipe e Okane Nojiko fosse a princesa, Bonney estaria na história apenas como a madrasta má – ou melhor, como uma meia-irmã invejosa.

— Bonney? - a rosada foi interrompida de seus pensamentos ao ouvir a voz de Sabo, que havia atendido a porta. - o que faz aqui?

Ela era louca. Sabia que iria partir para Sabaody no dia seguinte, mas antes de ir queria tirar o peso da consciência e contar logo a Ace tudo o que havia acontecido. Bonney sabia que isso deixaria as coisas estranhas, que Ace se sentiria mal e talvez até com “raiva” da cantora por “se aproveitar” dele num estado de vulnerabilidade, mas mesmo assim não conseguia simplesmente deixar as coisas desse jeito.

— Eu… - ela tentava formular as palavras. - cadê aquele idiota?

Sabo soube de quem ela falava no mesmo instante.

— O Ace já está de saída. - informou.

— Que horas ele volta?

— Só vai conseguir vê-lo daqui uns dois dias. - Sabo saiu de dentro de casa e fechou a porta, encostando-se nela fechada. - você finalmente resolveu falar a verdade?

— Do que está falando?

— Eu sei que você… - Sabo pensou bem se deveria dizer tais palavras. - passou a noite aqui. - hesitou em falar.

Então a vice-presidente havia aberto o bico, constatou na mesma hora.

— E?

— “E” o que? - Sabo estranhou.

— Vai fazer o que? Vai contar pra ele? Vá em frente e faça o trabalho por mim, eu não ligo. - a rosada esbravejou, já com raiva daquela situação.

— Bonney, você não tem noção do quanto essa história vai machucar o Ace. Não apenas ele, mas a Nojiko, principalmente. - Sabo suspirou preocupado. - eu acho que agora não é a hora certa. Você não vai conseguir falar com ele agora, e quando voltar ainda não vai ser um momento legal.

— Você não quer que ele saiba do que aconteceu? - perguntou séria, quase se preparando para dar meia volta e ir pra casa.

— Eu quero. Quero mesmo. Meu irmão merece saber a verdade. - ele parecia responder com sinceridade. - Mas…

Sabo parou de falar ao ouvir passos um pouco longe, e desviou o olhar para mirar a longa estrada do jardim de sua casa que levava ao portão principal, que dava acesso à rua. Bonney virou-se de costas para saber o que ele tanto olhava, curiosa.

Então ela entendeu. Conseguiu compreender o que Sabo não estava conseguindo explicar em apenas frações de segundo após vislumbrar aquela cena: Ace e Nojiko, de mãos dadas, andavam em direção ao carro de Ace, que fora deixado ali por um dos seguranças da casa. Após o segurança sair do carro, entregou as chaves para Ace e este jogou uma enorme mala na parte do carona. Em seguida, abriu a porta para Nojiko em um gesto cavalheiro, dando um simples selinho nela e entrando pelo o outro lado.

Parecia uma cena boba, e, talvez, fosse. Mas não pra ela. Dava pra sentir de longe o amor e a afetividade dos dois, como se houvesse uma barreira entre eles e o resto do mundo. Pensou que, talvez, a maioria dos namorados de infância fossem assim. Era invejável.

— Parece que agora você entendeu. - Sabo constatou, com certa pena da glutã.

Ela entendeu sim. Ninguém em sã consciência gostaria de atrapalhar aquele lindo casal.

Nem mesmo ela, tão apaixonada pelo famoso Portgas D. Ace.


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