Katherine, Damon e Mark voltavam para casa no carro após o abate de vampiros que fizeram. Os três pareciam cansados no carro e nenhum soltava uma palavra. Damon dirigia, Mark sentado ao seu lado e no banco de trás Katherine, Damon soltou algo:

–Nossa quantos vampiros.

–Eu nunca vi tantos vampiros assim na minha vida- disse Mark surpreso.

–Katherine aprisionou vários vampiros em uma tumba por mais de cem anos, você sabia?- Damon riu.

Katherine fez uma expressão de raiva mas não conseguia manter seu pensamento no que eles diziam, ela apenas lembrava de Elijah saindo do prédio abandonado. Mark disse:

–Isso é sério?- Surpreso.

–Sim é sério, eu tenho uma grande lista de pessoas que eu matei.

–Incluindo meu cunhado.

–Oh, Little Gilbert, sinto saudades dele...porém tudo que fiz foi para meu próprio bem.

–Você faria isso de novo Katherine?- disse Mark intrigado.

Houve um grande silêncio no carro, todos ficaram em silêncio, Mark olhava a expressão de Katherine pelo espelho e ela de cabeça baixa, o carro estava uma enorme nuvem de silêncio quando Damon corajosamente soltou:

–Algumas coisas não mudam.

Katherine apenas o olhava querendo o estrangular mas se continha por Mark e por seus pensamentos sobre Elijah. Ao chegarem na porta de casa, Mark e Katherine saíram do carro e ele soltou:

–Ás vezes você me decepciona.

–O que? Eu te decepciono? Mark eu tenho mil problemas na minha cabeça, vi coisas horríveis, estou vivendo um tempo ruim as vezes eu esqueço que essa segunda chance de humano você me diz, eu acho essa uma maldição.

–Você quer ir? Se tornar uma vampira? Acabar com tudo quando eu fico aqui resolvendo seus problemas, ou tentando, então vá.

–Eu sinto que minha cabeça vai explodir no momento, eu não quero falar Mark, você não sabe quantas coisas eu vivi, o que fiz para sobreviver, não é apenas me tornar uma humana de novo e eu estarei bem? Vivendo uma vida maravilhosa? Tem muita escuridão em minha vida, eu estou cercada. Eu não...é melhor pra mim ficar em outro lugar hoje, eu preciso pensar...- Katherine entrou no carro de Damon e o ordenou: - Me leve para um hotel longe.

Damon paralisado e intrigado com a briga apenas ligou o carro e saiu, sem despedidas, sem mais nenhuma palavra, Mark olhava o carro ir e uma lágrima caía em seu rosto. No carro eles iam, Katherine estava furiosa, olhava pela janela e só queria ir embora, sumir, Damon arriscou a falar:

–O que você sente?

–Nada, eu estou bem, eu sempre lidei com meu sofrimento,talvez ele passe.

–Você não irá para um hotel, irá para minha casa.

–Damon..eu ficarei bem.

–Eu sei que vai, na minha casa, sério vamos para lá...podemos conversar, eu te ajudo.

–Damon, você não sabe.

–O que eu não sei?- Ficou intrigado.

–Elijah..no prédio abandonado quando eu estava saindo, eu o vi.

–O que? Mas o que diabos Elijah estaria fazendo lá?

–Talvez me odiando e mandando que me matem.

–Você ainda o ama?

–Não mais, mas há algum tempo sim, Elijah foi a pessoa que me mantém viva estando morta, como Stefan para Elena, eu realmente admirava isso nele, todas minhas mentiras e minha malignidade iam embora quando ele estava comigo. Eu acho que esse é o tipo de amor verdadeiro.

–E Damon continua sozinho, como sempre.- Damon brincou.

–Você tem a mim quando precisar- Katherine mordeu os lábios- É uma piada.

–Eu acho que tenho sim- Ele riu.

Os dois iam pelo carro falando sua sua humilhação com Elijah, nesse trajetória Damon e Katherine falavam de assuntos sérios mas não paravam de se olhar delicadamente. Ao chegarem na casa, ela saiu do carro e foi em direção a porta, Damon juntamente saiu e trancou as portas do carro indo para a porta, ele a abriu, Katherine olhou em volta suspirou e disse:

– Não é a das melhores mas é boa.

–Pare de ser exigente, essa não é a casa em que resido todo dia, essa é a casa que resido ás vezes para vir até você.

–Ok, obrigado, agora onde eu durmo?

–Temos sofá e minha cama.

–Ok, você no sofá e eu na cama.

–É uma cama de casal.

–Eu continuo na cama e você no sofá.

–Você é a visitante que não se incomoda onde dormir, apenas quer dormir.

–Mas você sabe que eu sou uma visitante irritante.

–É eu sei quão irritante, chata, fria você é.

–Também sei o quão irritante, manipulador e malvado que você é.- Quando Katherine deu por si as mãos de Damon estava em sua cintura e ela com as mãos em seu peitoral, eles estavam se falando face a face a ponto de um beijo e Katherine saiu.

Ela pensou, olhou para Damon e não conseguia esconder sua vergonha, falou:

–Eu fico no sofá, pode ir para o seu quarto.

–Eu sei que você não é essa dama toda Katherine mas não a deixarei dormir no sofá, vá dormir, boa noite.

Os dois foram dormir então, em locais diferentes, Katherine estava na cama de Damon, o cheiro dele estava nela, ela não conseguia parar de cheirar os lençóis e esfregá-los em seu corpo, ele porém lá embaixo já estava em sono profundo. Corajosamente Katherine se levantou da cama, saiu do quarto, fechou a porta e foi para a sala onde Damon estava no sofá, que não era tão pequeno, ela cuidadosamente se deitou de costas para ele no sofá e com uma coberta os cobriu. Damon não tinha sentido aquilo mas em alguma hora da madrugada ele abriu os olhos e Katherine estava lá entre ele, seu corpo aquecia as costas delas e então ele a envolveu com os dois braços e disse:

–Agora os dois dormes no sofá- Sussurrando.

E então os dois dormiram ali juntos.

Na manhã seguinte Damon acordou por primeiro e para não acordar Katherine fez um movimento em velocidade rápida saindo do sofá sem que ela percebesse. Ele estava na cozinha fazendo um café e ela simplesmente apareceu na porta de calcinha e com uma das camisas sociais de Damon, ela disse:

–Achei no seu armário e usei.

–Ok, você fica muito sexy de blusa de homem. -Ele riu.

–Eu estou quebrada, a noite passada lutei tanto e meus músculos estão roxos e na hora do dormir foi apertado naquele sofá.

–Então por que desceu e foi dormir no sofá?

–Isso não importa, causas minhas, estou começando a ter pena das pessoas.

Damon ficou em silêncio e se voltou para o café, enquanto estava fazendo-o deu um sorriso de alegria.

O telefone de Katherine tocou, era Mark, ela pegou o telefone nas mãos o olhou e no terceiro toque ela o atendeu:

–Alô.

–Como você está?

–Eu me sinto bem, eu dormi bem e agora vou tomar um café da manhã.

–Damon te deixou em um hotel?

–Sim deixou.

–Posso passar aí para te buscar.

–Não, não, não, não- Katherine se desesperou.

–Por que não?

–Eu já vou para casa, tenho que resolver algumas coisas e depois vou parar aí, eu prometo.

–Você não está com o Damon, está?

–Não Mark, fique tranquilo, tchau.- Ela desligou sem que ele soltasse mais nenhuma palavra.

Damon com sua audição ouvia o telefonema de longe e apenas ria.

Katherine tomava o café e outra vez seu telefone tocou, ela achava que era Mark e não quis atender, passou do quinto toque e ela achou estranho, o numero era restrito, ela atendeu o telefone:

–Alô?- Um grande silêncio ficou.

–Katerina.

–Elijah? O que você quer?

–Eu não estou tramando nada contra você, ontem eu a vi naquele depósito enfestado de vampiros mas eu não estava planejando aquilo.

–Então quem foi? E o que você estava fazendo lá?

–Eu posso te explicar tudo mas não por telefone, venha no parque próximo ao hotel Ramada.

–Vai arrancar minha cabeça fora?

–Eu vou te contar tudo que sei, e tenho algo para te entregar, mas não quero que venha acompanha do seu guardião Salvatore e nem do outro. Confie em mim, minha palavra é leal, eu não minto tanto quanto você.- Ele desligou.

Katherine olhou para Damon e ele se viu preocupado, já havia escutado tudo, ela disse:

–Eu vou.

–Você não pode ir.

–Eu preciso ir, posso ter minhas dúvidas mas não acredito que Elijah irá me matar. Eu preciso não ficar com medo de tudo.

–Mas ninguém estará lá para te proteger.

–Eu posso cuidar de mim mesma, me dê armas.

–Contra um vampiro original? Eu sei que uma bala deve doer muito.

–Eu fiz uma nova arma, ela dispara finas estacadas de uma madeira muito forte e mergulhada em verbena, mata um vampiro, e se eu conseguir atirar no coração dele deixa-o meio morto por alguns minutos.

–Por favor não morra.- Damon se preocupou e beijou sua testa.

Katherine se arrumou para encontrar com Elijah, colocou a roupa da noite passada, era a única que tinha ali, e também uma bolsa feminina grande onde ela colocou a arma com estacas finas de madeira. Deu a hora de ir se encontrar com Elijah e então ela foi, antes de tudo falou com Damon:

–Não se preocupe, eu ficarei bem.

–Se Elijah te matar eu juro que caço aquela estaca que os mata por Mystic Falls inteiro e eu faço uma chacina na família original.

–Mas se você fizer isso, você morre, e Elena e Stefan.

–Não tenho nada melhor em mente.- Damon segurou a cintura dela e a beijou na testa.

–Eu ficarei bem.- Ela beijou o pescoço de Damon e saiu.

Katherine estava no parque há tempos e nada de Elijah quando surpreendentemente ele apareceu e disse:

–Você veio.

–Você..demorou.- Falou gaguejando pelo susto que tomara.

–Desculpe o atraso, eu tenho algo que você se interessa.

–Fale tudo Elijah.

–Eu não planejei nada contra você, quando te deixei eu não quis dizer que a queria ver morta, eu só precisei seguir em frente. Eu acho que você deve sair desse lugar imediatamente, sinto que algo não muito bom está se aproximando de você e eu não a quero morta Katerina.

–O que você estava fazendo ontem a noite no depósito?

–Eu peguei alguma coisa de lá.

–E por que você me ignorou todo esse tempo? Falou coisas absurdas pra mim há alguns tempos atrás naquela noite. Você me odeia Elijah?

–Eu não te odeio, eu quero seu bem, espero que você vive uma boa vida.

–Não quero mais saber- Katherine se indignou.- O que você foi pegar no depósito ontem a noite.

–Um vampiro que você irá gostar em ver, eu o prendi em uma casa abandona posso te levar lá se quiser e ele é todo seu.

–O que você está dizendo?- Katherine ficou confusa.

–Sam, o vampiro que te torturou e quase matou.

–Como você sabe que ele fez isso? Foi você quem o mandou?

–Eu já disse que não fiz nada disso contra você, ele me disse que te torturou disse sobre ontem, eu não tenho nada haver com isso.-Elijah se irritou

–E por que me ajudou capturando ele?

–Você gosta de se vingar das pessoas e das de ontem quem você mais queria matar era ele.

–Onde ele está?

–Posso te levar até lá, você vem?

–Por que não posso falar com Damon ou Mark?

–Não quero que nossos assuntos se envolvam com eles.

–Eu não tenho assunto com você Elijah.

–Oh sim, você tem.

Os dois entraram no carro e se foram.