Sistema Calculado escrita por Sadah


Capítulo 6
ATO 6


Notas iniciais do capítulo

Agradeço aos reviews de:
Belle_Epoque

Iandra Oliveira


obrigado, beijos.

Agora para a senhorita belle_epoque um capitulo destinado a esclarecer muitas duvidas sobre as metas e objetivos de Anne e Jacob. este capítulo é um flaxe back da historia de Jacob com Anne.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/374778/chapter/6

Eu acendo o fosforo e jogo nas minhas coisas, quando olho para o lado não vejo mais Anne, ela me aparece do outro lado com um bolo de morango que  ela acabara de fazer, ela diz:

- Crommo frie , quer dizer liberte-se.

Eu vendo aquilo tudo queimar enquanto Anne cortava o bolo e me passava uma fatia dele. Ela saboreava o bolo enquanto assistia tudo aquilo queimar em quanto comia o seu bolo ela começou a falar:

- Nos somos controlados o tempo todo pelo sistema, ele nos convence que precisamos de coisas caras para ser felizes. Você não é em nenhum momento o que compra em uma loja, você não é o dinheiro que você tem você é apenas matéria que depois vai virar pó a qualquer momento. Eu acho isso. –diz Anne reparando agora no meu prato, ela pergunta - você não gosta de bolo?

Eu fico em silêncio observando aquilo tudo queimar e se espalhar pela minha sala, ai eu digo que gosto sim de bolo e agradeço a Anne.

Vendo tudo aquilo queimar, virando pó.

Vendo camisas queimarem.

A madeira de meus moveis virando carvão.

Papéis e fotos queimarem.

            Sinto-me triste, mas ao mesmo tempo sem nenhum pesar de consciência. Aquilo tudo queimando era como ver um renascimento de uma fênix, tudo virando pó de uma hora para outra. Anne sorri para mim, seu sorriso era tímido, seu olhar penetrante resumia perguntas desnecessárias ela pegou minha mão e perguntou:

- Você está comigo?

Eu digo que sim e seguro sua mão com força. Agora nós dois admirávamos a cena de tudo queimando na minha... Antiga sala de estar.

Ela me puxa com força enquanto o napalm queimava minha casa, nós descemos as escadas de emergência até um carro que estava na frente do meu prédio que não tinha capô. Anne entrou nele e começou a revirar debaixo do volante por alguma coisa, quando eu vejo ela segura dois cabos um vermelho e um azul. Ela sabia fazer ligação indireta entre cabos. De repente o carro está funcionando ele diz para eu entrar.

Eu digo que não. Eu sabia que aquele carro não era dela, ou seja, ela estava roubando.

Ela pede de novo para que eu entrasse no carro e eu recuso mais uma vez dizendo que era errado etc e etc.

Mudei de ideia ao ver 3 carros de polícia chegando ao prédio.

Eu sento no banco confortável daquele carro vermelho enquanto Anne dirigia.

Ela acionou o capô do carro e ligou o rádio, colocando em alguma frequência de radio de musica. Ela vai passando mais e mais as frequências. Eu permanecia em silêncio, observando as milhões de pessoas nas ruas, jovens cordeiros indo pastar, cada um brigava com o outro e eu queria que aquele dia fosse o mais normal do que meus outros dias.

Até que ela parou numa frequência que estava transmitindo a minha musica preferida. Toxicity de System of Dawn.

Eu e Anne tínhamos muito a discutir sobre algumas coisas, mas que pelo visto eu e ela gostávamos da musica isso era fato e tinha que ser comemorado. Nós a cantávamos juntos.

“You, what do you own the world?

How do you own disorder, disorder

Now, somewhere between the sacred silence

Sacred silence and sleep

Somewhere, between the sacred silence and sleep

Disorder, disorder, disorder”

Eu pergunto para ela se ela gostava tanto System of Dawn quanto eu. Ela responde:

- Você tá brincando!? É a melhor banda que eu já ouvi em todos os tempos!

Eu dizia que adorava as letras das musicas. Anne dizia que adorava o modo como eles criticavam o mundo contemporâneo. Eu concordava com ela sobre isso.

Nós passamos o dia todo apenas andando de carro, atravessamos a Ponte do Brooklyn, seguimos a estrada a frente, andamos pela estrada que levava aos campos nós íamos para a Filadélfia, em seguida para Boston apenas curtindo a estrada e a musica de System of Dawn.

A noite nós paramos em um bar na Filadélfia, estávamos sem gasolina.

No bar nós pedimos umas cervejas com mel no Bar do Crash, no Bar do Jill nós bebíamos leite com energético, no Bar do Lonney nós bebíamos absinto com coca cola. Anne dizia que preferiria a Filadélfia à Nova Iorque, era mais calmo e menos vigiado.

Anne bebia sua cerveja com mel enquanto conversávamos sobre varias musicas que nós tínhamos em comum. Em seguida ela falou do sistema e eu me lembrei das minhas coisas se deteriorando naquela sala em chamas. Ela desviava de assunto pois via que esse assunto me dava dores de cabeça. Ela pergunta se eu tinha local para morar agora que meu antigo lar tinha se reduzido a pó.

Eu digo que não. Mas ela diz que tem um lugar onde ela estava morando e precisava de um colega de quarto. Ficava na Rua Flowers em Filadélfia.

A Rua Flowers mais parecia uma rua abandonada. Tinha alguns prédios de no máximo 10 andares e etc. Acho que naquele corredor que era a Rua Flowers só havia eu e Anne naquela rua sombria.

Ela me leva a um teatro abandonado no final da Rua.

Nós tínhamos que subir umas escadas para chegar a entrada principal. Na entrada havia uma bilheteria e um corredor que estendia para o interior do teatro. Anne acendeu as luzes do teatro abandonado, e disse:

- Ele foi fechado à alguns anos pela morte de alguns atores nos camarins, por isso ele foi fechado mas ele era o que mais bombava naquela época.

O teto tinha pinturas de anjos, o teto tinha um formato de abóbada com pinturas religiosas, nas laterais haviam algumas esculturas de anjos. Nas pilastras do teatro haviam detalhes romanos. Havia 4 andares para a plateia e um grande hall para aqueles que não compravam ingressos para o camarote. Anne seguia o enorme corredor que levava aos camarins, quando ela subiu no palco ela foi para trás das cortinas e acendeu as luzes dos camarins.

Ela mostrou os nossos quartos. O meu quarto tinha alguns casacos de pele e colchões de molas soltas, no centro do chão havia o desenho de uma cena de crime antiga.

Nós só tínhamos um banheiro que funcionava e vários camarins. Ela disse:

- Bem Vindo ao nosso quartel general! – a voz dela ecoava pelo teatro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sistema Calculado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.