A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 20
O ataque a guargula


Notas iniciais do capítulo

Morena, muito obrigado por sua recomendação achei simplesmente fantástica. Este capítulo é de ação, não quero perpetuar muito no romance de Rose e Scorpius para não cansar, mas eu garanto que em breve teremos mais amor nesta história.
Boa leitura jovens padawans!



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FOTO DO BONECO COMO EU IMAGINO

15 de outubro

POV Malfoy

“...aquela que a muito tentou derrotar o Mago estará de volta”. Meu corpo se encontrava na sala de Transfiguração, mas minha mente estava concentrada nesta frase que a velha em Hogsmead falara e não parava de soar na minha cabeça mesmo que a voz do professor Fourttebarry ecoara mais alto pelas paredes.

– Não é obvio! – disse em voz alta atrapalhando o professor. Rose que estava ao seu lado o olhara espantada.

– O que seria tão obvio, senhor Malfoy? – perguntou o professor com desdém parecendo irritado por ter sido interrompido.

– Ah, não desculpe professor... eu pensei alto! – falei me sentindo arrependido quando todas as cabeças na sala estavam viradas para mim.

– Pois bem, então será que o senhor seria capaz de descrever com exatidão os princípios para a transfiguração humana escritos por Venetia Walderggrave? – perguntou ele andando até o meio da sala próximo onde Scorpius estava. Eu já havia lido aquela parte do livro, mas simplesmente a resposta soara em minha mente.

– Senhor, se me permite – disse Rose erguendo a mão, mas o homem mantinha os olhos sobre mim. Rose vendo que o homem não respondera... -, Venetia descreve a teoria dos três As, sendo eles Aptidão, Aplicação e Aparência desejada!

– Senhorita Weasley, por acaso foi para você que fiz a pergunta? – disse o professor com um sorriso no rosto.

– Não senhor, mas...

– Então dá próxima vez só fale quando for convidada! – rosnou ele fazendo com que Marlene Wilkes que estava do lado do professor soltou um gemido assustada.

– Mas se o senhor faz uma pergunta e não quer que ela seja respondida, por que a fez então? – perguntei demonstrando o obvio.

– Veja senhor Malfoy, menos dez pontos para Sonserina! – disse o homem virando-se de costas e seguindo em direção a sua mesa.

– O que? – disse várias vozes dos sonserinos. A mão de Rose voltara a se erguer e o professor ignorara, ele sentara-se em sua cadeira e recomeçara a falar.

– Professor, com licença! – chamou Rose e o professor ignorara. Um ódio súbito subiu pelo meu corpo.

– Professor Fourttebarry, será que o senhor poderia ser mais educado e escutar o que a Rose tem a lhe falar! – disse em voz alta. Ele se levantou da carteira e sorriu.

– Acho que o professor Flitwick poderá resolver o seu mal comportamento... – ele escreveu alguma coisa em um pedaço de pergaminho e lacrou-o magicamente.

– Venha aqui, entregue isso ao vice-diretor! – falou ele empurrando em minhas mãos o papel.

Sai da sala o mais rápido que pude para evitar que eu escutasse o que os outros tinham a dizer sobre aquilo. Nunca em minha vida escolar eu fui mandado para a sala do diretor da minha casa, pro vice-diretor ou para a diretora. Caminhei pelo pátio de Transfiguração erguendo a gola para me proteger do frio, entrei no corredor e subi as escadas até o segundo andar, segui reto e entrei em uma portinha. A sala estava fazia a não ser por Madame Clagg que espanava alguns artefatos.

– Sim querido? – disse ela ao me ver.

– Eu vim atrás do professor Flitwick, a senhora saberia me dizer onde posso encontra-lo? – perguntei tentando não parecer antipático com toda aquela situação.

– Acredito que ele esteja na sala da diretora, sim, ele deve estar lá... – falou a mulher.

– Muito obrigado! – agradeci e me retirei. Que ótimo, agora eu teria que me ver com a McGonagall que de longe era melhor que o professor Flitwick. Caminhei por todo o castelo até chegar no corredor do sétimo andar onde encontrei uma gárgula dourada.

– Ah, sim. Eu preciso ver o professor Flitwick, ele está com a diretora?! – exclamei a gárgula que piscou.

– Exato, mas sem senha não – disse ela voltando a ficar estática. Sentei-me em um adjacente a entrada para o escritório da professora McGonagall. Passei quase meia hora esperando que alguém aparecesse, acabei fechando os olhos e cochilando.

– Sr.Malfoy? – chamou-me alguém. Abri meus olhos e me deparei com professor Longbottom.

– Ah, professor... – digo esfregando os olhos.

– Você veio falar com a diretora? – perguntou ele me olhando de cima.

– Não, com o professor Flitwick, me avisaram que ele estava com a diretora McGonagall! – falei me levantando e guardando o papel no bolço.

– Sendo assim... – ele foi até a gárgula e murmurou alguma senha, no mesmo momento o animal dourado passou para o lado revelando uma escadaria a qual tomei caminho depois que lancei um rápido “obrigado” para o professor.

Estava a frente da porta do escritório quando a escada terminara, minha mão estava preste a bater três vezes.

– Minerva, você tem certeza que não seria melhor levarmos este livro para outro lugar? – falou a voz fina do professor.

– Filius, o Ministério da Magia encarregou Hogwarts de desvendar o mistério do Grimório de Merlin, bruxos do mundo todo tentaram abri-lo, até mesmo Alvo Dumbledore tentou. Estamos perto de desvendá-lo...

– Devo dizer velha amiga, que o livro estando aqui corre sérios perigos, mesmo agora que tentaram rouba-lo! – disse a voz de outra pessoa dentro da sala. Escutava a conversa extremamente intrigado.

– Ora, Alvo. Eu achei que você gostaria de revelar as maravilhas de Merlin... – falou Minerva animada.

– Sim, mas devemos lembrar que importante é a segurança de todos – de que Alvo ela falara, aquela não era a voz de Alvo Potter e Alvo Dumbledore jazia em seu tumulo de mármore na propriedade do castelo. Bati na porta três vezes.

– Pode entrar Price! – disse a voz da professora, enganando-se. Segurei a fechadura de latão e empurrei a porta. A diretora me olhara com os olhos semicerrados e o professor Flitwick virara o pescoço de onde estava sentado para me ver, mas apenas eles estavam na sala, não havia uma terceira pessoa. Nunca havia estado ali antes, era uma sala circular com bastante objetos de metais e livros para todo uma vida, eu conseguir ver o chapéu seletor sobre uma estante e uma bela espada em uma redoma de vidro, a decoração parecia alterada por um dos bonecos pertencentes ao professor Price estava encostado na parede junto a lareira, olhei para vários quadros de homens e mulheres em volta da escrivaninha, eram o retrato dos antigos diretores.

– Sr. Malfoy, o que lhe traz aqui? – disse a diretora parecendo surpresa e passando um pano de ceda sobre um livro extremamente grosso sobre uma sua mesa. Nada disse apenas entreguei o pergaminho para o professor.

– Vejam só, tudo que restou de minha descendência foi este rapaz, que belo rapaz! – disse um dos retratos, de acordo com a sua imagem reconheci sendo Fineu Nigellus Black que estava estampada no livro da genealogia dos Malfoy que minha avó me mostrara certa vez.

– Scorpius, filho de Draco – disse o retrato de um homem com cabelos até o ombro e bastante oleosos. – Como vai seu pai?

– Bem, eu acho... – acho que era o antecessor da diretora.

– Pois bem Malfoy, você de fato desrespeitou seu professor? – perguntou Flitwick passando o pergaminho para McGonagall que lera rapidamente.

– Não, pelo contrário.

– Então está dizendo que o professor Fourttenbarry está mentindo? – perguntou a diretora.

– Não, eu apenas disse que eu não o desrespeitei! – disse calmamente. Contei o que se de fato havia acontecido.

– Mas foi exatamente o que ele nos informara, você diz que disse “o senhor poderia ser mais educado” é a mesma coisa de o chamar de mal-educado, foi o que ele escreveu! – disse o professor de feitiços.

– Mas... – desistir de falar, parecia causa perdida.

– Você deveria ter sido mais cauteloso e não tentar defender uma Weasley! – disse o retrato de Fineus.

– Pois bem, o senhor passara amanhã à noite na minha sala para receber sua detenção – disse o professor ignorando Fineus que recebera advertências dos demais quadros de antigos diretores.

– Certo professor! – disse abaixando a cabeça. Virei-me de costas para sair da sala mas meu olhar caiu sobre o boneco na lareira. Voltei a olhar para os professores.

– Professora McGonagall?

– Sim? – disse ela.

– Desculpe-me perguntar, mas este boneco é aquele que eu capturei naquela noite? – perguntei com toda coragem que eu tinha. Ela me olhou com um olhar avaliador.

– Sim, é este mesmo – falou a mulher fitando o boneco.

– Desculpe-me novamente, mas não seria imprudente deixa-lo em sua sala?

– O professor Price cancelou o feitiço sobre ele, nada ocorrerá...

– Desculpe-me, mas e se não foi o professor Price que enfeitiçou o boneco? – perguntei dando um passo à frente.

– O que você quer dizer com isso, Sr. Malfoy? – perguntou ela com seu olhar severo.

– Só estou supondo que se o professor Price disse a verdade de que não foi ele, então deveria ter uma cautela redobrada! – disse recuando.

– Acredito que as palavras do jovem têm validade – disse o retrato de Alvo Dumbledore.

– Pois bem, faça me então a gentileza de devolve-lo ao seu dono, sim. – disse ela acenando com a varinha. Não tinha em mentes fazer aquele trabalho.

– Certo! – apanhei o boneco que era quinze centímetros mais baixo que eu e sai da sala. Estava andando pelo corredor deserto do sexto andar seguindo em direção a sala do professor Price, quando sinto algo segurar a minha mão e me empurrar para trás fazendo eu cair no chão, o boneco se desprendeu de minha mão com fúria e saiu correndo pelo corredor, tentei segui-lo mais já era tarde demais, ele desaparecera assim que dobrara no corredor subjacente. Como eu supôs ele ainda estava enfeitiçado.

– Scorpius! – chamou Rose que saíra de dentro de uma porta.

– O que você faz aqui? – Alvo viera com ela.

– Nó viemos ver se você estava bem... por que está suado? – perguntou ela colocando a mão na minha testa. – Está doente de novo?

– Não Rose, para com isso! – contei para os dois o que acabara de acontecer, eles pareciam intrigados juntamente comigo.

– Você precisa contar a McGonagall... – disse Alvo. Saímos correndo pelo corredor em frente para encontrar o melhor caminho para o sétimo andar, quando chegamos em frente a gárgula a diretora vinha saindo com o professor Flitwick.

– Por Merlin, por que estão correndo? – perguntou a diretora.

– O boneco, ele fugiu de mim! – disse ofegante.

– Não me faça de tola Malfoy, logo depois do que você disse... você acha que não sei que é uma pegadinha de mal gosto...

– Com todo respeito não é mentira, foi o que aconteceu! – falei irritado. A diretora e o professor se entreolharam.

– É verdade Senhores, eu e Rose encontramos Scorpius correndo atrás de alguma coisa no andar a baixo, só não vimos o que era – disse Alvo que se apoiara em uma coluna e respirara fundo.

– Certo, certo. Filius peça para os fantasmas fazerem esta busca imediatamente, vocês três fiquem de guardar aqui em frente não deixem ninguém passar... – disse ela saindo desesperada pelo corredor. Saquei minha varinha sendo imitado por Rose e Alvo. O professor Flitwick saiu em zig-zag pelo mesmo caminho de McGonagall.

– E agora? – perguntei.

– Esperamos... – disse Alvo. Ficamos os três em pé a frente da Gargula.

– Todos os alunos dirijam-se ao Salão Principal! – disse a voz da diretora que ecoara por todos os lados.

– Acha que vale para nós também? – perguntou Rose.

– Não, ela não disse que era para ficarmos aqui? – disse Alvo.

– Olhem! – pelo menos vinte bonecos surgiram no meio do corredor, eles tinham o braço arqueado e seguiam marchando em nossa direção. Alguém atrás deles estava coberto por uma capa negra que tampava seu rosto.

Estupefaça! – disse Alvo lançando contra dois bonecos um lampejo vermelho derrubando-os.

Começamos a lançar vários e vários feitiços na direção dos bonecos, mas eram muitos e voltavam a se levantar.

– Já sei... Reducto! – disse Rose lançando sobre um boneco um lampejo azulado fazendo o mesmo se reduzir a lascas de madeira. Eu e Alvo seguimos a ideia e fomos reduzindo o números de bonecos, mas mesmo assim muitos continuavam. O homem de capa murmurava um encanto com sua voz grave, definitivamente não era a voz do professor Price. Senti-me sonolento, a mão que eu segurava a varinha pesara e a mesma caíra no chão. Era o efeito do encanto do homem encapuzado, caí no chão sendo puxado pelos restos dos bonecos, acontecia o mesmo com Rose e Alvo, então apaguei.


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Notas finais do capítulo

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