A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 18
O problema de Scorpius


Notas iniciais do capítulo

Mais um para você. Estou sem ideias para o que escrever na NOTA, então boa leitura!



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09 de outubro

POV Rose

Nos dias que se seguiram Scorpius parecia não estar presente quando estávamos juntos, seu pensamento estava voltado para o passado, eu soube até que seu rendimento caíra nos treinos de Quadribol. Como também nas aulas, ele não fazia mais questão de responder as perguntas dos professores ou esforço para fazer as tarefas. Diversas vezes eu peguei ele na biblioteca remexendo livros de história da magia atrás de respostas. Até mesmo Alvo parecia bastante preocupado com ele e insistiu para que ele fosse jantar ao invés de ir para biblioteca ler.

Certa tarde quando estávamos com um tempo livre eu implorei para que fossemos para de baixo da árvore as margens do Lago Negro. Mas, seus beijos e abraços eram frios. Acabei que brigando com ele, dizendo que ele estava sendo um tolo e que deveria acordar para vida. Bem, ele não ficou nada contente e saiu andando apressado de volta ao castelo. Desde então passei os últimos dois dias na presença se Demétria e Alvo quando não estavam nos treinos de Quadribol.

– Ah, Rose releva, você viu o que aconteceu... – disse Demi quando estávamos juntas a frente da lareira na Sala Comunal sentadas sobre o tapete.

– Eu tentei, mas é difícil. Você não entenderia! – falei abraçando meus joelhos.

– Eu só acho que tudo isso está mexendo com o psicológico dele – Demétria passara a mão nas minhas costas.

– Rose? O que foi? – perguntou Hugo que acabara de descer de seu dormitório.

– Não foi nada Huguinho, ela só está preocupada com o N.I.E.M’s – explicou Demétria mentindo para meu irmão.

– Ah, então é birra. Como foi que a mamãe disse?... – ele colocou a mão na cabeça em pensandoto – Ah, sim, lembrei. “Rose, acredite mais em seu potencial!”

Eu não tive como não rir, era muito engraçado ver Hugo falar daquele jeito e ainda por cima comigo. Era mais fácil eu dar conselhos a ele e citar coisas que a mamãe falava.

– Obrigado maninho! – falei sorrindo para ele.

– Não tem de que, se precisar é só chamar! – Hugo sorrira e se retirara para jogar xadrez com Louis. Me levantei em um pulo do chão sendo seguida por Demétria.

– Rose, Rose! – chamou Alvo que entrara correndo na sala com a testa suada. Ele parecia exausto e assustado.

– Por Merlin, o que foi? – falei tomando um susto.

– É o Scor, vem comigo! – ele saiu me puxando pelos corredores da escola, por mais que eu implorasse para ele me contar o que estava acontecendo. Percebi que Demétria ficara na torre, assim que paramos em frente a porta da Ala Hospitalar.

– Alvo Sírius Potter, por que você me trouxe aqui? – ordenei que ele me contasse.

– Já disse é o Scorpius, ele não está bem – disse ele batendo duas vezes na porta da enfermaria. Madame Pomfrey fora que abrira a porta, seu olhar era de tensão e severo.

– O que fazem aqui? – perguntou ela tentando não ser rude.

– Viemos ver como Scorpius está, Madaem Pomfrey! – disse Alvo ainda mais tenso.

– Ele está dormindo e não poderá receber visitas agora... – disse ela.

– O que aconteceu com ele? – perguntei sentindo meu coração palpitar desesperadamente.

– Pelo que percebi ele está muito fraco e desnutrido, sem contar a grave inflamação no pulso direito. Por Merlin, o que ele andou fazendo, se cortando? – sussurrou ela horrorizada.

– Por favor, deixe eu o ver, sou a namorada dele... – disse soltando uma lágrima.

– Lamento senhorita Weasley, não posso. Para ser sincera nesse momento os pais dele estão com ele!

– Deixe-a entrar Madame Pomfrey, por favor! – disse uma voz doce de dentro da enfermaria.

– Sra. Malfoy, lamento mas... – Madame Pomfrey abrira a porta no instante que Astória Malfoy a olhou no olhos, aquela mulher tinha um incrível poder de persuasão.

– A senhora é um doce! – disse a Sr. Malfoy a enfermeira. Eu e Alvo seguimos em silencio até onde Scorpius se encontrara, percebi que o Sr. Malfoy estava sentado em uma cadeira ao seu lado e arregalou os olhos assim que nos viu. Scorpius estava deitado sobre a cama vestindo um pijama branco, seus olhos estavam fundos e as olheiras acentuadas, sua pele estava ainda mais pálida e seus cabelos bagunçados; ele dormia profundamente. O pulso machucado estava enfaixado com ataduras.

– Potter, Weasley! – disse Sr. Malfoy selando um sorriso um tanto forçado, não por que fosse desagrado em nos ver, mas o psicológico do home estava abalado ao ver seu único filho daquele jeito.

Aproximei-me da cama e toquei o lençol que estava cobrindo Scorpius. A senhora Malfoy passou a mão sobre meus ombros e se sentou em uma cadeira ao lado do marido.

– Perdão, senhor Malfoy. Não seria melhor levar Scorpius para o St. Mungus? – sugeriu Alvo.

– Não, não... deve afirmar que ele está bem assistido aqui. Só não está muito bem de saúde – disse o homem com a mesma voz calma do filho.

– Eu disse para ele comer e parar de ficar enfurnado naquela biblioteca dia e noite – falei segurando firme o lençol da cama.

– Tomos ficamos assim em ano de N.I.E.M’s! – disse Astória.

– Não, ele não estava estudando... a muito tempo ele perdeu o foco! – falei passando a mão sobre a têmpora.

– Como assim? – perguntou a mulher.

– Eu não quis me contar, mas ele estava fazendo uma pesquisa sem fim... eu não sei o que ele procurava – falei passando a mão sobre a cama. O casal se entreolhou e voltaram sua atenção para seu filho.

– Scorpius está namorando você, não é? – perguntou Draco assustando-me.

– Senhor Malfoy, eu sei que o senhor e meu pai...

– Se acalme Rose. Alguns de nós só querem ver nossos filhos felizes – e deu uma piscadinha.

– Sim, estávamos. Estamos, quero dizer! – falei desconcertada.

Depois de cinco minutos Madame Pomfrey insistiu que nos retirássemos, até mesmo os Malfoys que deram uma última olhada em seu filho e saíram juntamente comigo e Alvo.

– Prometam que vão cuidar dele? – pediu Sra. Malfoy quando estávamos do lado de fora da enfermaria.

– Pode deixar, vamos visita-lo todos os dias – disse Alvo confiante.

– Com certeza, é o mínimo que podemos fazer por ele – falei olhando para o Sr. Malfoy que estivera visando o armário de poções.

– Pois bem, acho que podemos ir agora querido! – disse a mulher passando a pele de raposa sobre o pescoço. Sr. Malfoy vestira seu casaco totalmente preto com pele negras.

– Precisamos passar com a professora McGonagall antes, Astória! – disse ele oferecendo o braço para a esposa.

– Realmente, eu havia me esquecido! – eles acenaram e seguiram pele corredor.

12 de outubro

POV Scorpius

Um abismo profundo e escuro me cercava, senti meus ossos doerem por todo meu corpo. Uma voz feminina e maléfica soara forte pelo lugar, mas eu não entendia o que ela falava. De repente uma risada medonha vinha da mesma voz, e vi grandes olhos castanhos surgirem de baixo do penhasco.

Acordei suando frio e sentindo alguém segurar o meu ombro, eram mãos macias e quente.

– Calma Scorpius, você está bem... calma! – disse Rose forçando-me a voltar para cama. Ela passou a mão nos meus cabelos arrumando-os.

– Será que devemos chamar a madame Pomfrey? – perguntou Cath que estava ao lado de Rose.

– Não, ele só estava sonhando! – disse Lírio aos pés da cama. Ele carregava uma grande cesta de guloseimas.

– Está melhor agora? – disse Rose beijando minha testa.

– Sim, com certeza! – falei sorrindo.

– Olha, ele lembrou como se sorrir, que fofo! – disse Cath que apertava suas próprias bochechas.

– Dá um tempo Catherin! – disse Líro, fazendo a garota ficar emburrada.

– Eu posso comer um desses doces? – perguntei almejando a caixinha de varinhas de Alcaçuz.

– Claro primo! – disse Lírio abrindo uma caixa e me entregando. Com dificuldade devido a elasticidade do doce conseguir come-lo depois de um tempo.

– Arrumaram um substituto para o jogo de sábado? – perguntei sentindo um vazio por não poder jogar quadribol.

– Já sim, Terence Higgs. Ele não é melhor que você, mais dá pro gasto! – disse Lírio.

– Eu copiei todas as aulas para você não perder a matéria! – disse Rose sentando-se na cama.

– Obrigado, Rose! – falei sorrindo.

– Escrevi para seus pais dizendo que você esta melhorando... – falou ela passando um braço por de trás da minha cabeça. Apenas balancei minha cabeça em agradecimento.

– Onde está o Alvo? – perguntei sentindo a falta do moreno.

– Treinando para o jogo, ele pediu desculpas mas não pode se ausentar – respondeu Rose.

– Tudo bem. Se vocês não se importam eu vou dormir mais um pouquinho! – falei fechando meus olhos e me encostando em Rose.

No dia seguinte eu recebi alta do hospital, mas madame Pomfrey recomendou que eu não fizesse muito esforço e que retornasse a minhas atividades com calma e me alimentar bem. Quando sai da enfermaria algumas pessoas me aguardavam do lado de fora: Rose, Alvo, Lírio, Cath e Demétria.

– Que isso? – perguntei quando Alvo tirou minha mala que eu segurava.

– Viemos te receber! – disse Rose me beijando.

– Não precisava, eu mesmo poderia ter...

– Ah, cala boca e deixa a gente fazer isso por você – disse Alvo.

– É não seja um estraga prazeres Malfoy, eu tive fugir da Persephone para vir aqui! – disse Catherin.

– Certo, obrigado! – sorrir para eles.

– Certo gente, abraço coletivo no Scorpius! – disse Lírio me abraçando e sendo seguido pelos demais formando um pequeno aglomerado a frente da enfermaria.

– Certo, de quem é essa mão na minha bunda? – perguntou Alvo.

– Desculpa, achei que fosse sua barriga! – disse Demétria corando.

Seguimos para o Salão Principal onde sentei-me com Cath e Lírio na mesa da Sonserina, eu não pude deixar de notar que Persephone me olhara como se quisesse perguntar se eu estava melhor, mas logo depois ela desviou a atenção para seu prato.


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